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CASAMENTO
Wellington Magalhães - 5º F
1. Qual a natureza jurídica do direito de família? A que ramo do Direito pertence? Explique.
Natureza jurídica de direito privado, pertencendo ao direito civil, apesar de sofrer intervenção estatal, devido à importância social da família, constituindo exceção à autonomia da vontade.
A família é o alicerce mais sólido da organização social, merecendo a proteção do Estado. Como tal, rege-se por normas de ordem pública e nos litígios que envolvam relações familiares há necessidade de participação do MP.
A intervenção do Estado no direito de família somente se verifica para protegê-la e fortalecê-la (CF, art. 226, §§ 7º e 8º). Isso nos leva a considerar também seu aspecto social, não perdendo, contudo, a característica de direito privado, já que diz respeito às relações entre pessoas físicas (para alguns doutrinadores, o direito de família pertence ao direito público).
2. Classifique os impedimentos e as causas suspensivas do casamento.
a) Impedimentos – não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o 3º grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
b) Causas suspensivas – não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até 10 meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
3. O que é casamento nuncupativo?
Casamento nuncupativo é aquele realizado quando um dos contraentes está em iminente risco de morte e não há tempo para a celebração do matrimônio dentro das conformidades previstas pelo Código Civil.
4. Fale sobre o casamento putativo.
É o casamento nulo ou anulável que, quando contraído de boa-fé, por um ou ambos os cônjuges, se considera válido para todos os efeitos legais. O vocábulo putativo deriva do latim putare, cujo significado é imaginar. Destarte, casamento putativo é casamento imaginário.
5. Quem é o responsável por conduzir o processo de habilitação para o casamento?
O oficial do Cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais.
6. Qual o prazo de validade para se realizar o casamento após expedida a certidão de habilitação?
Noventa dias.
7. Qual a idade núbil para o casamento? Fale das exceções.
O Código exige que os nubentes tenham 16 anos de idade e exibam autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
A prática de crime contra os costumes contra o menor ou o estado de gravidez constituem as condições para o requerimento do suprimento judicial de idade. Todavia, a Lei 11.106/05 revogou o inc. VII do art. 107 do Código Penal. Em consequência, o casamento deixou de evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal, nos crimes contra os costumes de ação penal pública.
Mesmo que o noivo tenha idade inferior a 16 anos, admite-se o suprimento de idade, dele somente ou de ambos, embora não esteja sujeito às penas do Código Penal. Interpreta-se o art. 1.520 de modo benévolo, porque há um interesse social na realização desses casamentos. Assim, a expressão “pena criminal” abrange qualquer espécie de sanção de caráter criminal, ainda que prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. Somente não se admite o suprimento de idade do noivo menor de 16 anos quando a noiva já atingiu ou ultrapassou a idade de 18 anos, se por esse motivo o fato for atípico.
O suprimento da idade não dispensa o consentimento dos pais. Todavia, somente quando o casamento for totalmente desaconselhado, por causas inafastáveis, é de se admitir a validade da negativa dos pais em dar o seu consentimento.
Na hipótese de gravidez, objetiva-se, com a antecipação da capacidade para o casamento, proteger a prole vindoura. Se o casamento se realizou sem autorização judicial, a gravidez constitui fato obstativo da sua anulação por motivo de idade (art. 1.551).
É oportuno mencionar que os Tribunais, invocando preceitos morais, têm permitido o casamento de pessoas menores de 16 quando haja concordância de seus pais (ou representantes legais) e exista coabitação.
8. Quais os regimes de bens existentes no Código Civil?
- Comunhão Parcial
- Participação Final nos Aquestos
- Comunhão Universal
- Separação de Bens
9. Qual regime de bens é considerado induzido, supletório ou legal?
Comunhão Parcial de Bens
10. Em quais casos deve-se adotar o regime de separação obrigatória de bens?
- Das pessoas que contraírem casamento com inobservância de causa suspensiva.
- Casamento entre nubentes com mais de 70 anos.
- Casamento dos que dependem de consentimento judicial.
11. Quais são as causas terminativas da sociedade conjugal?
- Morte de um dos cônjuges
- Nulidade ou anulação do casamento
- Divórcio
12. Qual o princípio adotado pelo direito de família no que se refere ao regime de bens? Por quê?
Princípio da variedade do regime de bens. Porque o direito de família prevê quatro tipos diferentes de regimes de bens, além de franquiar aos cônjuges, mediante combinações entre eles, o poder de criar um novo regime (convencional), exceto nas hipóteses tratadas no art. 1.641, onde não há espaço para convenção das partes.
13. Qual o momento da escolha do regime de bens? Quando ele começa a vigorar?
O momento apropriado ocorre antes da celebração do matrimônio, durante o processo de habilitação para o casamento. O regime adotado começa a vigorar logo quando da celebração do casamento.
14. Qual é a forma de escolha do regime de bens e onde ela é realizada?
A forma de escolher o regime de bens é o pacto antenupcial, que corresponde a um contrato onde os nubentes escolhem o regime de bens a vigorar durante o casamento. O pacto antenupcial é lavrado, necessariamente, por escritura pública, no Cartório de Registro de Notas.
15. Quais as hipóteses de anulação do casamento? Explique a legitimidade para propor a ação e o prazo para a propositura da mesma.
É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
A legitimidade para propor a ação é:
- do próprio cônjuge em todas as hipóteses de anulação;
- apenas do cônjuge quando se tratar de erro essencial;
- dos representantes legais e os ascendentes, quando se tratar de menor de 16 anos;
- quando se tratar de menor em idade núbil, de seus representantes legais e dos herdeiros necessários;
- dos representantes legais e os herdeiros necessários quando se tratar de incapacidade de manifestação do consentimento.
O prazo para a propositura da ação é de:
- 180 dias em se tratando de menor, relativamente incapaz ou mandatário sem poderes;
- dois anos em se tratando de incompetência da autoridade celebrante;
- três anos em se tratando de erro essencial;
- quatro anos no caso de coação art. 1.560 IV.

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