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Parasito - Esquistossomose mansônica

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Antes de começar o assunto novo, gostaria de lembrar do diagnóstico de Hidatidose que não coloquei no último resumo:
Diagnóstico: (hidatidose)
-Métodos imunológicos
-Métodos por imagem
Esquistossomose mansônica
Agente Etiológico: Schistosoma mansoni. 
Quanto ao ciclo: Heteroxênico (mais de um hospedeiro).
Quanto a localização: Endoparasitos obrigatórios.
Habitat da forma adulta: Veias mesentéricas, do sigmoide e reto.
ATENÇÃO:
-Hospedeiro intermediário: caramujo do gênero Biomphalaria.
-Hospedeiro definitivo: Homem.
Morfologia:
Ovo 
A principal característica do ovo é a presença de uma espícula lateral. A casca é muito fina, porosa e transparente, fazendo com que na água ela se rompa.
Larva 
Existem duas formas de larva:
-Miracídio: Essa é a forma infectante para o caramujo. Possui glândulas de penetração que liberam enzimas.
-Cercária: Essa é a forma infectante para o homem. Possuem termotropismo (atração pela temperatura, neste caso, do homem).
Parasito adulto
São dioicos (2 sexos) e apresentam dimorfismo sexual (diferenças entre macho e fêmea.)
Características iguais entre machos e fêmeas: Ambos possuem ventosas oral e ventral (acetábulos), aparelho digestório incompleto e se alimentam de sangue.
Diferenças entre machos e fêmeas: A fêmea é maior e cilíndrica. O macho é achatado e menor, dobrando-se formando um canal onde a fêmea se aloja, o canal ginecóforo. Fazendo isso, eles ficam constantemente em posição de cópula.
No macho as ventosas são mais desenvolvidas, para fixação no endotélio dos vasos.
Ciclo
Quando os ovos do parasito entram em contato com a água, este se rompe liberando o miracídio que já estava formado. Caso exista o caramujo, o miracídio usa as glândulas de penetração para liberar enzimas que o permitirá penetrar no hospedeiro intermediário.
Já dentro do caramujo, o miracídio passa a ser esporocisto, com membrana cheia de células. O esporocisto I dará origem ao esporocisto II, que por sua vez dará origem a esporocistos III e também a cercarias. O esporocisto III dará origem a esporocistos IV e também a cercarias. Ou seja, o caramujo permanece infectado e capaz de liberar cercarias.
IMPORTANTE: todas as cercarias liberadas por um caramujo são do mesmo sexo. O sexo é definido pelo miracídio.
As cercarias saem com o estímulo de luz. Elas também possuem o termotropismo, que as direciona para o hospedeiro definitivo (homem). Já possuem ventosas que aderem a pele humana. Para penetração, as cercarias usam as glândulas pré-acetabulares. Caso as cercarias sejam ingeridas não ocorrerá penetração pois estas não resistem ao pH do estômago.
Após a penetração, a cercaria perde água e muda morfologicamente, passando a se chamar esquistossomulo. Este atinge a circulação sanguínea até ser levado ao sistema porta entrepático, habitat da forma juvenil do parasito. Uma parte pode chegar migrando ativamente pelos tecidos (via transtissular).
A partir daí ocorre o amadurecimento sexual, (macho e fêmea). Lembrando que o sexo já foi definido desde o miracídio.
O casal assume a postura de cópula e migram para as veias mesentéricas (habitat da forma adulta).
Relação Parasito x Hospedeiro
-Resposta do hospedeiro: imune (IgE, mastócitos e eosinófilos).
-Evasão do verme adulto: Este possui tegumento heptalaminar, que mesmo sofrendo descamação por ser atingido pela resposta imune do hospedeiro, tem grande capacidade de se regenerar. O parasito também possui a síntese ou aquisição de moléculas semelhantes ao do hospedeiro (mimetsimo molecular).
Patogenia:
-Penetração e migração da cercaria: pode acontecer reações de hipersensibilidade a secreção das glândulas pré-acetabulares (proteinases).
-Presença de esquistossomulos e vermes adultos:
Os vivos estão se alimentando, ou seja, causando espoliação do sangue: perda de ferro, glicose (geralmente não é suficiente para gerar um quadro clínico).
Os mortos geram reações inflamatórias (geralmente no fígado levando a uma hepatite).
-Presença de ovos: Presença dos ovos no sistema porta entrepático (ação citolítica).
Formação de granulomas:
Fase I: Necrótica exsudativa (presença de neutrófilos e eosinófilos).
Fase II: Reparação.
Fase III: Fibrose.
Quadro clínico:
Esquistossomose crônica:
Os granulomas esquistossomáticos levam a fibrose Peri-portal. Ocorre então obstrução dos ramos entrepáticos gerando uma hipertensão portal (aumento de pressão no sistema porta). Ocorre uma congestão venosa.
Essa congestão leva a formação de uma circulação colateral, com o aparecimento de anastomoses para tentar desviar o fluxo de sangue que está sendo interrompido pela obstrução. Esses novos vasos não resistem a pressão exercida sobre suas paredes, e as ligações entre as células ficam frouxas. O plasma extravasa e se acumula no peritônio, levando ao quadro clínico de ascite (barriga d’gua).
A congestão venosa leva a esplenomegalia (aumento do baço) com hiperplasia do sistema macrófago linfocitário e também a hepatomegalia (aumento do fígado), caracterizando a hepatoesplenomegalia esquistossomótica.
A esquistossomose crônica pode se apresentar nas formas:
-Intestinal
-Hepato-intestinal
-Hepato-esplênica
-cardiopulmonar
Entre outras formas.
Diagnóstico:
Parasitológico de fezes por sedimentação gravitacional (busca de ovos).
Testes imunológicos:
-Reação intradérmica
-ELISA
-Imunofluorescência indireta
Profilaxia:
-Investimento em saneamento e educação sanitária.
-Evitar banhos em locais suspeitos de transmissão.
-Tratar os infectados.
-Notificar casos esporádicos em municípios novos.
Observações para a prova:
Umas questão bastante comum é descrever todo o processo do quadro clínico causado pela congestão do sistema porta.

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