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7. Salário de benefício

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SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei nº 8.213/1991 e Regulamento da Previdencia Social aprovado pelo Decreto 3.048/99. 
CONCEITO: Salário de benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
O salário de benefício é a base de cálculo para a obtenção do valor do benefício a ser pago ao segurado. Ele consiste em:  
I- para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários de contribuições correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; 
II - para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondente a oitenta por cento de todo o período contributivo.
O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes (ver exemplos adiante). 
	Para a apuração do período básico de cálculo são utilizados os salários de contribuição de julho/94 em diante. 
 	Somente existe o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e idade, sendo que para esta o fator é opcional. 
 	O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício. A partir de 1º de janeiro de 2015, o salário de- benefício e o salário de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 788,00 nem superiores a R$ 4.663,75. 
TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015.
 
	SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$)
	ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS
	até 1.399,12
	8%
	de 1.399,13 até 2.331,88
	9%
	de 2.331,89 até 4.663,75
	11 %
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Serão considerados para cálculo do salário de benefício os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob a forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdenciária. Entretanto, não será considerado, no cálculo do salário de benefício, o aumento dos salários de contribuição que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos trinta e seis meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva.
Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, considerar-se-á como salário de contribuição, no período, o salário de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição. 
 	Exceto para o salário-família e o auxílio-acidente, será pago o valor mínimo de benefício quando não houver salário de contribuição no período básico de cálculo. Se um segurado se acidenta no trabalho no primeiro dia de contrato não terá salário de contribuição para efetuar o cálculo de seu benefício, recebendo, por isso, o valor do salário mínimo. Em relação ao salário-família e ao auxílio-acidente, estes podem ter valor inferior ao mínimo, pois não são benefícios que substituem a remuneração do segurado. Um dos principais princípios que regem a Previdência Social está previsto no art. 4º, inciso VI do Decreto 3.048/99 e assegura: valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo. 
	De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF Nº 13, de 09 de janeiro de 2015 - dou de 12/01/2015 o valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2015, é de: 
I - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);
II - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$ 1.089,72 (um mil e oitenta e nove reais e setenta e dois centavos).
 Considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas.
O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados.
 Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o décimo terceiro salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do direito à cota do salário-família.
A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado.
	 Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida de auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição antes da aplicação dos índices de correção, não podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição. Exemplo: o segurado recebe um benefício de auxílio-acidente resultante de uma seqüela definitiva no valor de R$300,00. Continuou a trabalhar e o seu salário de contribuição para fins de cálculo da aposentadoria é de R$1.000,00. No cálculo da aposentadoria o salário de contribuição para apurar o salário de benefício será o que recebeu no auxílio-acidente mais a remuneração de empregado, desde que o valor não ultrapasse o teto de contribuições.
 	O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, mediante a fórmula: 
f = Tc x A  x [ 1 + (Id + Tc x A) ]
 Es 100
Onde:
 f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria; 
A = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
	A alíquota de contribuição de 31% foi tomada levando-se em conta a alíquota máxima de contribuição do empregado (11%) e a alíquota de contribuição da empresa (20%). A contribuição da empresa incide sobre o total da remuneração, sendo que somente a parcela incidente até o limite máximo será considerada na capitalização virtual, para a aposentadoria por tempo de contribuição, enquanto o excedente será direcionado para o pagamento dos demais benefícios em esquema de repartição simples.
 	TC x 0,31 = parcela de anos de vida laborativa que o segurado destinou para cobrir o período de sua aposentadoria.
	ES = número médio provável de anos de vida que uma pessoa teria a partir de uma determinada idade.
	A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – para toda a população brasileira, considerando a média nacional para ambos os sexos. Uma vez sendo publicada a tábua de mortalidade, os benefícios concedidos a partir dessa publicação levarão em conta a nova expectativa de sobrevida.Para efeito da aplicação do fator previdenciário ao tempo de contribuição do segurado será adicionado: 
I - cinco anos, quando se tratar de mulher; ou
II - cinco ou dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
	Fórmula de cálculo para aposentadoria por tempo de contribuição e idade
SB= F x M
F= fator previdenciário
M= média 
 	No cálculo do salário de benefício serão considerados os salários de contribuição vertidos para regime próprio de previdência social de segurado oriundo desse regime, após a sua filiação ao Regime Geral de Previdência Social.
 Todos os salários de contribuição utilizados no cálculo do salário de benefício serão reajustados, mês a mês, de acordo com a variação integral do índice definido em lei para essa finalidade, referente ao período decorrido a partir da primeira competência do salário de contribuição que compõe o período básico de cálculo até o mês anterior ao do início do benefício, de modo a preservar os seus valores reais. A partir de abril/2004 o índice utilizado é do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). 
O salário de benefício do segurado que contribui em razão de atividades concomitantes será calculado com base na soma dos salários de contribuição das atividades exercidas até a data do requerimento ou do óbito ou no período básico de cálculo, da seguinte forma:
I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições para obtenção do benefício requerido, o salário de benefício será calculado com base na soma dos respectivos salários de contribuição;
II - quando não se verificar a hipótese do item anterior, o salário de benefício corresponderá à soma das seguintes parcelas:
a) o salário de benefício calculado com base nos salários de contribuição das atividades em relação às quais são atendidas as condições do benefício requerido; 
b) um percentual da média do salário de contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completos de contribuição e os do período da carência do benefício requerido;
III - quando se tratar de benefício por tempo de contribuição, o percentual de que trata a letra "b" do item anterior será o resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de contribuição considerado para a concessão do benefício.
O disposto acima não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do salário de contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes.
	Exemplo: segurado que teve duplo vínculo empregatício durante toda sua vida laboral. Ao se aposentar por idade o salário de contribuição utilizado no cálculo do salário de benefício será o somatório de ambos, desde que o segurado tenha cumprido todos os requisitos para a aposentadoria em ambos os vínculos. Por outro lado, se, em situação diversa, trabalhou somente por 10 anos em outro vínculo empregatício, ao atingir a idade para aposentadoria o salário de benefício será a soma da parcela integral do salário de contribuição da atividade que preencheu todos os requisitos, com 120/180 da parcela referente aos 10 anos de trabalho. Se o benefício fosse por tempo de contribuição, o cálculo da parcela proporcional seria em anos. Se homem com 20 anos de contribuição na atividade proporcional, o percentual seria de 20/35, multiplicada pelos valores percebidos nesta atividade.
 	Se o segurado se afastar de uma das atividades antes da data do requerimento ou do óbito, porém em data abrangida pelo período básico de cálculo do salário de benefício, o respectivo salário de contribuição será computado.
		FATOR PREVIDENCIÁRIO
HISTÓRICO: Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98, que realizou a chamada reforma da previdência, as aposentadorias ficaram subordinadas a um regime previdenciário de base contributiva e atuarial. Assim, foi inserida no art 201 da Constituição Federal a expressão “equilíbrio financeiro e atuarial”. 
Art. 201 – a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial...
	A Lei nº 9.876, de 28 de novembro de 1999 veio dar aplicabilidade ao texto constitucional.
	Até o advento da Lei nº 9.876, o RGPS era financiado nos termos da Lei 8.312/91 e se revelava em regime de repartição simples, que é aquele em que os contribuintes ativos de hoje pagam pelos inativos de hoje, na esperança de que novas gerações de contribuintes venham a fazê-lo quando passarem para a inatividade.
	Sendo a finalidade da Lei nº 9.876/99 a de dar sustentabilidade ao equilíbrio financeiro e atuarial ao RGPS e, optando o legislador por um novo regime previdenciário que não o de repartição simples, necessário se faz tecer algumas considerações acerca dessa opção que, com a introdução do fator previdenciário, revela-se a opção pelo chamado regime de capitalização escritural. Nessa forma, cada individuo acumula um capital virtual e este quando chega à aposentadoria se converte em um fluxo de aposentadorias e daí em diante essa aposentadoria é paga. Este regime pode ser definido como o esquema em que cada segurado tem uma conta individual, com capitalização virtual ou escritural, na qual lhe é creditada a sua contribuição (mais a do empregador, se existir), mas creditada de forma virtual, por não se creditar efetivamente dinheiro numa conta real, mas sendo o dinheiro usado de imediato para pagar os benefícios dos atuais aposentados.
	 O regime de capitalização escritural é adotado em países como a Suécia e Itália, por exemplo.
	O fator previdenciário é um coeficiente atuarial que busca devolver ao segurado a poupança acumulada, distribuída ao longo da sua vida de aposentado. 
O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for: (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta anos. (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
As somas de idade e de tempo de contribuição serão majoradas em um ponto em: (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015) 
I - 1º de janeiro de 2017; (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
]II - 1º de janeiro de 2019; (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
III - 1º de janeiro de 2020; (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
IV - 1º de janeiro de 2021; e (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
V - 1º de janeiro de 2022. (Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015)
Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.(Incluído pela Medida Provisória nº 676, de 17 de Junho de 2015).
 
			RENDA MENSAL INICIAL
	Após o cálculo do salário de benefício, o próximo passo é a quantificação da renda mensal de benefício. Este é o valor que será efetivamente pago ao segurado. Os benefícios quando calculados sobre o salário de benefício têm a incidência de certo percentual sobre este, determinando a Renda Mensal Inicial do benefício que deve ser pago ao segurado.
	Determina o art. 35 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto3.048/99 que: A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao do salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição, exceto o aposentado por invalidez que necessite do auxílio permanente de terceiros que terá um acréscimo de 25% no seu benefício e à recebedora do salário-maternidade. 
	Outra exceção à regra acima é na hipótese de renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos internacionais de previdência social, quando poderá ser pago valor de benefício menor que o mínimo. Isto ocorre porque o segurado recebe parte de seu benefício pelo sistema brasileiro e outra parte por regime estrangeiro.
Na hipótese de a média do salário de benefício resultar superior ao limite máximo do salário de contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício, juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum benefício assim reajustado poderá ser superior ao limite máximo do salário de contribuição vigente na competência em que ocorrer o reajuste. 
Exemplo: SB de R$ 5.000,00
Limite máximo do salário de contribuição: R$4.663,75
Diferença percentual entre o SB e o limite máximo: 1,07
Exemplo de percentual de reajuste para o BI: 5%
Primeiro reajustamento do BI= 5% + 1,07 % sobre a Renda Mensal Inicial
Atenção: se a RMI ficar acima do limite máximo do salário de contribuição, será pago o valor do teto.
	O percentual para cálculo da Renda Mensal Inicial – RMI - é variável para cada benefício. Assim a renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício os seguintes percentuais: 
I - auxílio-doença - noventa e um por cento do salário de benefício; 
II - aposentadoria por invalidez - cem por cento do salário de benefício; 
III - aposentadoria por idade - setenta por cento do salário de benefício, mais um por cento deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento; 
IV - aposentadoria por tempo de contribuição: 
a) para a mulher - cem por cento do salário de benefício aos trinta anos de contribuição; 
b) para o homem - cem por cento do salário de benefício aos trinta e cinco anos de contribuição; 
c) cem por cento do salário de benefício, para o professor aos trinta anos, e para a professora aos vinte e cinco anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio. 
V - aposentadoria especial - cem por cento do salário de benefício; 
VI - auxílio-acidente - cinqüenta por cento do salário de benefício. 
	No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, serão computados: 
1) para o segurado empregado e trabalhador avulso, os salários de contribuição referente aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis;
2) para o segurado empregado, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente, considerado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria;
3) para os demais segurados, os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições efetivamente recolhidas. 
 Ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será considerado para cálculo do benefício, no período sem comprovação do valor do salário de contribuição, o valor do salário mínimo, devendo esta renda ser recalculada, quando da apresentação de prova dos salários de contribuição.
Para o segurado empregado doméstico que, tendo satisfeito as condições exigidas para a concessão do benefício requerido, não comprovar o efetivo recolhimento das contribuições devidas, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentação da prova dos salários de contribuição.
 Para garantir a revisão do benefício quando o segurado não possa comprovar os salários de contribuição do período básico de cálculo, ele deve apresentar requerimento de revisão no ato do requerimento de seu benefício, sendo processada a revisão quando da apresentação de prova dos salários de contribuição ou do recolhimento das contribuições, nesse caso, a renda mensal inicial deve ser recalculada e reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que prevalecia até então.
A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez, concedida por transformação de auxílio-doença, será de 100% do salário de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral. Exemplo: segurado que recebia R$910,00 (91% de R$1.000,00) de auxílio-doença, tem sua invalidez determinada pela perícia médica. Ao se converter o benefício para aposentadoria por invalidez, a Renda Mensal Inicial passará a ser R$1.000,00 mais os reajustes devidos desde a data de início do auxílio-doença até a data de início da aposentadoria.
	O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será igual ao valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito, se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
	Para os segurados especiais é garantida a concessão, alternativamente:
A) de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão por morte, no valor de um salário mínimo, ou, 
B) dos demais benefícios especificados na legislação, observados os critérios e a forma de cálculo estabelecido, desde que contribuam facultativamente, na condição de contribuinte individual.
Exemplos de cálculos: 
Auxílio-doença (comum/acidentário)
Regra: 91% do valor do “Salário de Benefício” não podendo exceder à média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes, inclusive em casos de remuneração variável (Regra inserida pela MP 664/2014 para trabalhadores afastados da atividade a partir de 01/03/2015. 
Exemplo 1: o cidadão possui 5 anos de contribuição
média 12 últimos salários de contribuição = R$ 2.200,00
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00 (menor que média dos últimos 12, não haverá limitação)
Multiplicação pela alíquota de 0,91 = R$ 1.820,00
Renda Mensal Inicial = R$ 1.820,00
 
Exemplo 2: o cidadão possui 5 anos de contribuição
média 12 últimos salários de contribuição = R$ 2.000,00
“Salário de Benefício” = R$ 2.500,00 (maior que média dos últimos 12, haverá limitação)
Multiplicação pela alíquota de 0,91 = R$ 2.000,00 x 0,91 = R$ 1.820,00
Renda Mensal Inicial = R$ 1.820,00
 
Exemplo 3: o cidadão possui 5 anos de contribuição
média 12 últimos salários de contribuição = R$ 1.100,00
“Salário de Benefício” = R$ 850,00 (menor que média dos últimos 12, não haverá limitação)
Multiplicação pela alíquota de 0,91 = R$ 773,50
Renda Mensal Inicial = R$ 788,00
*Neste exemplo, houve a chamada equiparação ao valor do salário mínimo, uma vez que com a aplicação da alíquota de 91% ao “Salário de Benefício” o valor final ficou abaixo no salário mínimo vigente que é de R$ 788,00 em 01/2015
REAJUSTAMENTO DO VALOR E PAGAMENTO DOS BENEFÍCIOS.
O reajustamento dos benefícios visa a garantir, em caráter permanente, o seu valor real da data de sua concessão, em virtude das perdas inflacionaria. A correção deverá observar a variação de preços de produtos necessários e relevantes para a aferição da manutenção do valor de compra dos benefícios.
	Para a obtençãoda variação de preços, poderão ser utilizados índices divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE - ou por instituição congênere de reconhecida notoriedade para fixação do percentual do reajuste do benefício, com a Fundação Getulio Vargas.
	Conforme prevê no art. 41 da Lei nº 8.213/91, o índice de reajuste não precisa estar definido na Lei, essa tarefa foi delegada ao Regulamento. Segundo consta no art. 40 do Regulamento de Benefícios os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, de acordo com suas respectivas datas de início, com base na variação integral do índice definido para essa finalidade, desde a data de concessão do benefício ou do último reajustamento, observados os seguintes critérios:
Preservação do valor real do benefício;
Atualização anual;
Variação de preços de produtos necessários e relevantes para a aferição da manutenção do valor de compra dos benefícios.
O objetivo da alteração foi trazer flexibilidade à Administração Pública, na escolha dos índices mais adequados à correção dos benefícios. As freqüentes alterações de indexadores sempre trazem algum descontentamento entre os beneficiários, em especial quando índices mais altos são substituídos por outros inferiores.
O índice atualmente utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o qual substituiu o IGP-DI. Este é calculado pela Fundação Getulio Vargas. Já o INPC é calculado pelo IBGE e refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. A pesquisa é realizada em 09 regiões metropolitanas do país. A partir de 01/01/10 os benefícios da Previdência Social serão reajustados da seguinte forma:
Os valores dos benefícios em manutenção são reajustados de acordo com as suas respectivas datas de início, com base na variação integral do índice definido em portaria ministerial para essa finalidade.
 FATOR DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DE ACORDO COM AS RESPECTIVAS DATAS DE INÍCIO, APLICÁVEL A PARTIR DE JANEIRO DE 2015. 
 
	DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO
	REAJUSTE (%)
	Até janeiro de 2014
	6,23
	em fevereiro de 2014
	5,56
	em março de 2014
	4,89
	em abril de 2014
	4,04
	em maio de 2014
	3,23
	em junho de 2014
	2,62
	em julho de 2014
	2,35
	em agosto de 2014
	2,22
	em setembro de 2014
	2,04
	em outubro de 2014
	1,54
	em novembro de 2014
	1,15
	em dezembro de 2014
	0,62
A partir de 01/03/04, em cumprimento à Medida Provisória nº 167 de 19/02/04, também serão utilizados os índices do INPC para a correção dos salários de contribuição considerados no cálculo do valor do benefício. 
Para os benefícios que tenham sofrido majoração devido à elevação do salário mínimo, o referido aumento deverá ser descontado quando da aplicação do percentual de correção. Evita-se com isso aumento indevido da prestação, a qual receberia incremento oriundo do aumento do salário mínimo e da correção anual.
O Decreto nº 4.862, de 21/10/03, alterou o parágrafo 2º do art. 40 do Decreto 3.048/99, estabelecendo que, a partir de 01/04/04 os benefícios devem ser pagos nos cinco primeiros dias úteis do mês seguinte ao de sua competência, observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento.
Nenhum benefício reajustado poderá ser superior ao limite máximo do salário de contribuição, nem inferior ao valor de um salário mínimo, salvo as exceções regulares ao teto, como o salário-maternidade.
O abono de permanência em serviço, o auxílio-suplementar (ambos extintos, porém ainda mantidos), o auxílio-acidente, o salário-família e a parcela a cargo do RGPS dos benefícios por totalização, concedidos com base em acordos internacionais de previdência social, poderão ter valor inferior ao salário-mínimo.

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