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Processo do Trabalho TRT 12ª Região - Teoria e Questões FCC

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Processo do Trabalho TRT da 12ª Região 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá Pessoal, 
 
O Edital do concurso do TRT 18 já foi publicado. A banca será a FCC! O 
nosso curso irá abranger também o cronograma do edital. 
 
Na próxima aula irei apresentar o conteúdo programático dos dois 
editais, divididos e separados por temas. 
 
 
 
 
 
Direito Processual do Trabalho: Da Justiça do Trabalho: organização 
e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 
Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas 
do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de 
justiça avaliadores. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Do 
processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista 
(aplicação subsidiária do CPC). Dos atos, termos e prazos processuais. 
Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores; 
do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da 
assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades. Das 
exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; 
da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e 
confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de 
reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da 
legitimidade para ajuizar. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 
Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, 
ação rescisória e mandado de segurança. Da sentença e da coisa 
julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por 
arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão 
da sentença normativa. Da execução: execução provisória; execução 
por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; 
execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação 
e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis 
e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 
8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos 
embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; 
das custas na execução. Dos recursos no processo do trabalho. 
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Conteúdo programático: Edital 
TRT 12 
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Direito Processual do Trabalho: Da Justiça do Trabalho: organização 
e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 
Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas 
do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de 
justiça avaliadores. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Do 
processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista 
(aplicação subsidiária do CPC). Dos atos, termos e prazos processuais. 
Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e 
procuradores;do jus postulandi; da substituição e representação 
processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das 
nulidades. Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução 
e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do 
processo; da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: 
da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; 
da legitimidade para ajuizar. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 
Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, 
ação rescisória e mandado de segurança. Da sentença e da coisa 
julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por 
arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão 
da sentença normativa. Da execução: execução provisória; execução 
por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; 
execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação 
e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis 
e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 
8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos 
embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; 
das custas na execução. Dos recursos no processo do trabalho. 
 
Vejamos o cronograma de aulas: 
 
Aula 01: 06/06 Aula 06: 26/06 
Aula 02: 13/06 Aula 07: 01/07 
Aula 03: 17/06 Aula 08: 08/07 
Aula 04: 20/06 Aula 09: 11/07 
Aula 05: 24/06 Aula 10: 15/07 
 
Conteúdo programático: Edital 
TRT 18 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Justiça do Trabalho: 
organização e competência. Varas do Trabalho, tribunais regionais do 
trabalho e Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 
Serviços auxiliares da justiça do trabalho: secretarias das Varas do 
Trabalho; distribuidores; oficiais de justiça e oficiais de justiça 
avaliadores. 
 
1.1. Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho: 
 
 De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do 
Trabalho o TST, os TRTS e os Juízes do Trabalho. 
 
Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são: 
I-Tribunal Superior do Trabalho; 
II- Tribunal regional do Trabalho; 
III- Juízes do Trabalho. 
 
 
Varas de Trabalho (1º grau) 
 (Juízes do Trabalho) 
 
Das Varas do Trabalho: 
 
⇒ É o primeiro grau de jurisdição. 
⇒ A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz 
singular. 
TST 
(3º grau) 
 
 
 
 
 
 
TRT (2º grau) 
 
 
 
 
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⇒ Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, 
nas quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será 
atribuída à jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo 
TRT. 
⇒ Compete às Varas de Trabalho: 
a) conciliar e julgar: 
I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da 
estabilidade de empregado; 
II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização 
por motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; 
III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice; 
IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de 
trabalho. 
V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores 
portuários ou o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes 
das relações de trabalho. 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões; 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. 
 
Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): 
 
⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88). 
⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha 
mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão 
encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e 
encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias 
escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e membros do ministério Públicodo 
Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício. 
⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por 
antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
 
 
 
 
 
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Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): 
 
⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e 
menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação do Senado Federal por maioria absoluta. 
⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de 
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do 
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. 
⇒ Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação 
ilibada. 
⇒ A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de 
representação das respectivas classes, que a enviam para o 
tribunal que formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder 
Executivo que terá o prazo de 20 dias para escolher um dos 
indicados para nomeação. 
⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais 
do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo 
próprio TST. 
 
DICA: As frases abaixo são verdadeiras e são abordadas em provas 
de concursos. 
⇒ O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém 
dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado. 
⇒ Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente 
coordenados, em regime de mútua colaboração, sob a orientação do 
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
⇒ A Emenda Constitucional 24 de 1999, que extinguiu a representação 
classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de 
conciliação e julgamento. 
⇒ A Emenda 45/2004 prevê a criação de um Fundo de garantia das 
execuções trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de 
condenações trabalhistas e multas administrativas oriundas da 
fiscalização do trabalho. 
⇒ Prevê a criação de um Conselho Superior da Justiça do Trabalho e de 
uma Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados 
do Trabalho que funcionarão junto do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
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⇒ A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do 
Trabalho funcionará junto ao TST e tem dentre outras funções a de 
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na 
carreira. 
⇒ O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará também junto 
ao TST e exercerá, na forma da lei, a supervisão administrativa, 
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 1º e 
2º graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito 
vinculante. 
1.2 Competência e Jurisdição: Antes de falar de competência 
devemos falar de jurisdição! 
O conceito clássico de jurisdição é o poder que o Estado avocou para si 
de dizer o direito. A jurisdição é poder, função e atividade reconhecida 
ao Poder Judiciário pela Constituição Federal. 
 
 
 
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o Poder Judiciário não tem a 
função de, apenas, dizer o direito, mas sim de efetivá-lo. 
A finalidade da jurisdição é a de tutelar os direitos ou interesses 
individuais ou metaindividuais reconhecidos pelo ordenamento jurídico 
às pessoas que, diretamente ou por intermédio de seus representantes 
invocarem a tutela jurisdicional. 
Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de 
aplicar o direito objetivo a um caso concreto, substituindo os titulares 
dos interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da 
pacificação do conflito que os envolve, a realização da justiça e o 
estabelecimento da paz social. 
Jurisdição 
Poder Função Atividade 
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Quando o direito material for violado a parte lesada precisará recorrer 
ao Poder Judiciário, porque não poderá fazer valer o seu direito pelas 
suas próprias mãos. Isto ocorreu porque o Estado avocou para si a 
função de resolver os conflitos de interesses entre as partes. 
Esta função é denominada de jurisdição! 
A jurisdição é exercida pelos juízes. 
Conceito de Jurisdição: “É a função do Estado que tem por escopo a 
atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela 
atividade de Órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros 
órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no 
torná-la praticamente efetiva” (Chiovenda). 
 
 Art. 1º CPC “A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é 
exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as 
disposições que este código estabelece”. 
 
 Art. 2º CPC “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional 
senão quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e 
formas legais”. 
 
São características da jurisdição: a unidade, a secundariedade, a 
imparcialidade e a substitutividade. 
 
� Unidade: A jurisdição é exercida, exclusivamente pelos juízes 
monocraticamente ou em Órgãos colegiados. Ela é uma e 
homogênea. 
 
� Secundariedade: O Poder Judiciário é acionado quando há um 
conflito de interesses. Portanto, a jurisdição só atua quando não 
há possibilidade de resolução de conflito pelos próprios 
interessados. 
 
� Imparcialidade: Os Juízes devem decidir com justiça e 
imparcialidade. 
 
� Substitutividade: A Jurisdição substitui a atuação das partes na 
solução do conflito, sendo um poder de dizer e realizar o direito. 
 
 
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 Não poderemos nos esquecer da recente OJ do TST: 
 
OJ 416 do TST. Imunidade de jurisdição. Organização ou organismo 
internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou 
organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição 
quando amparados por norma internacional incorporada ao 
ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. 
Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de 
renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
Os entes de direito público externo são: 
a) Estados estrangeiros; 
b) Organizações internacionais. 
 
Os estados estrangeiros podem praticar os atos de império e os atos de 
Gestão. Os primeiros são aqueles praticados no exercício de suas 
prerrogativas soberanas, possuindo os Estados estrangeiros imunidade 
absoluta de jurisdição, não se submetendo à Jurisdição brasileira. 
 
Atos de gestão são aqueles em que o Estado estrangeiro atua em 
matéria de ordem privada, agindo como um particular, por exemplo, 
quando contratam empregados. 
 
Em relação aos atos de gestão, a jurisprudência do TST não aceita a 
imunidade de jurisdição. 
 
Em relação aos Organismos Internacionais (ONU, OMC, OIT, etc.) a 
imunidade de jurisdição é absoluta no processo de conhecimento, 
segundo a OJ 416 do TST. 
 
Vamos resumir a Orientação Jurisprudencial 416 da SDI – 1 do TST! 
 
 OJ 416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU 
ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 
15 e 16.02.2012). As organizações ou organismos 
internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando 
amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento 
jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudináriorelativa à natureza dos atos praticados. 
Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese 
de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
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Imunidade é em síntese a análise quanto à possibilidade de 
determinado ente jurídico ser submetido à Jurisdição brasileira. 
 
A doutrina costuma dividi-la em: a) Imunidade de Jurisdição (fase 
de conhecimento); b) Imunidade de Execução (fase de execução). 
 
Em relação aos Estados estrangeiros deveremos avaliar a 
natureza do ato. 
 
Quando tratar-se de atos de gestão (atos ligados às atividades 
privadas), como a contratação de empregados, por exemplo, a 
doutrina afasta a imunidade de jurisdição na fase de 
conhecimento. Porém, o STF entende que quanto à execução há 
imunidade. 
 
Quando se tratar de atos de império (ligados à soberania) os 
Estados estrangeiros gozam de absoluta imunidade de jurisdição. 
 
A OJ 416 da SDI I do TST trata dos organismos internacionais 
(OMS, ONU, OEA, etc.). Em relação aos Organismos 
internacionais, o TST entendeu que há absoluta imunidade de 
jurisdição, ou seja, eles não poderão ser julgados e nem 
executados pela Justiça do Trabalho, salvo na hipótese de 
renúncia à imunidade. 
 
 
Vamos, agora, estudar a competência! 
 
 
Jurisdição 
Medida da 
jurisdição 
Competência 
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Conceito de Competência: A competência é a delimitação da 
jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos 
encarregados da função jurisdicional. 
 
⇒ A competência é a medida da jurisdição. 
⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes 
possuem competência para julgar determinadas ações. 
 
Vamos apresentar uma situação hipotética: 
 
Exemplificando: Uma empregada doméstica que não recebeu as feiras 
de sua empregadora interpõe ação na Justiça estadual em umas das 
Varas de família, o juiz titular de tal Vara não seria competente para 
julgar a ação que trate de direito do trabalho. A Justiça do Trabalho é 
que será competente para julgar o conflito entre empregada doméstica 
e sua empregadora. 
 
1.3. Espécies de competência: Absoluta e Relativa. 
 
A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em 
razão da pessoa e em razão da função. 
 
DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa) 
 
Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo 
usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para 
lembrá-los da competência relativa. 
 
 
Competência 
Absoluta 
Matéria Pessoa Função 
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 A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e 
o juiz deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), 
não admitindo prorrogação. 
 
Inderrogável é aquela competência que não poderá ser prorrogada, ou 
seja, o juiz que é absolutamente incompetente para julgar determinada 
ação jamais tornar-se-á competente. Poderá ser argüida em qualquer 
tempo e grau de jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da 
contestação. 
 
A competência relativa é a competência em razão do valor e do 
território. 
 
A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a exceção (art. 
114 CPC). 
 
Vamos destacar alguns pontos importantes sobre a competência! 
 
Atenção: A Jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de resolver 
conflitos intersubjetivos de interesses fazendo atuar a vontade concreta 
da lei aplicando o direito material ao caso concreto. 
 
 A Competência é a delimitação da jurisdição de cada órgão do 
Poder Judiciário. 
 
� Veremos alguns conceitos importantes para a prova: 
 
⇒ Competência Originária: É aquela que ocorre quando um 
determinado Órgão tem competência para primeiro 
manifestar-se sobre a demanda. 
 
⇒ Competência Absoluta: Não poderá ser alterada pelo juiz ou 
pela vontade das partes porque envolve interesse público. 
Na Justiça do Trabalho como vimos esta competência é em 
razão da Matéria, da Pessoa e da Função. Deverá ser 
declarada de ofício pelo juiz. Poderá ser alegada em 
qualquer tempo e grau de jurisdição, independente de 
exceção (peça processual). 
 
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⇒ Competência Relativa: Na Justiça do Trabalho é a 
competência Territorial. Deverá ser suscitada por meio de 
exceção. Não poderá ser declarada de ofício. 
 
DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual 
um juiz inicialmente incompetente torna-se competente. Este fenômeno 
somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca com a 
incompetência absoluta. 
 
 
 
 
Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): 
Esta competência determina que quando houver Varas especializadas a 
competência será sempre destas. 
 
A competência em razão da matéria no Processo do Trabalho é 
delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida 
em juízo. Portanto, ela é fixada em razão da causa de pedir e do pedido. 
 
Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência 
em razão da matéria na Justiça do Trabalho foi ampliada. 
 
A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e deve ser 
declarada de ofício pelo Juiz, independentemente de provocação das 
partes. 
 
Competência 
Relativa 
Valor VT Território 
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Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo 
art. 114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e 
da pessoa também. 
 
A competência material da Justiça do Trabalho é exercida, em regra, no 
primeiro grau pelas Varas do Trabalho. Em grau de recurso ordinário ela 
será exercida pelos Tribunais Regionais do Trabalho. 
 
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o art. 114 da CF/88 revela a 
existência de três regras constitucionais básicas de competência 
material da Justiça do Trabalho: 
a) Competência Material Original; 
b) Competência Material Derivada; 
c) Competência Material Executória. 
 
Vamos estudar cada inciso mais adiante. Por ora, apenas, transcrevo o 
artigo. 
 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração pública direta 
e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, 
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição. 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas 
aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de 
trabalho; 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no 
art. 195, I, a e II, e seus acréscimoslegais decorrentes das 
sentenças que proferir. 
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IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, 
na forma da lei. 
 
A Competência Material Original envolve as ações oriundas da relação 
de emprego, os danos morais individuais e coletivos, o acidente de 
trabalho. O cadastramento do PIS/PASEP, as ações que tenham como 
causa de pedir matéria alusiva ao meio ambiente do trabalho, FGTS, 
Seguro-Desemprego, quadro de carreira, dentre outros. 
 
A Competência Material Derivada tem como fundamento a redação do 
inciso IX do art. 114 da CF/88. 
 
IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, 
na forma da lei. 
 
Assim, quando houver lei dispondo que a controvérsia oriunda da 
relação de trabalho é da competência da Justiça Comum, com esta 
prevalecerá até que venha lei transferindo tal competência para a 
Justiça do Trabalho. 
 
A Competência Material Executória poderá ser executar as próprias 
sentenças e executar as contribuições previdenciárias. 
 
Passaremos, agora, a analisar os incisos do art. 114 da CF/88. 
 
Atenção: Competência Material da Justiça do Trabalho (art. 114 da 
CF\88) 
 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração pública direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Com a nova redação do 
art. 114 da CF/88 a Justiça do trabalho teria competência para julgar os 
processos envolvendo servidores públicos, inclusive os estatutários. 
Acontece que o Ministro Nelson Jobim deferiu Liminar em sede de ADIN 
interposta pela Associação dos Juízes Federais na qual objetivava a 
inconstitucionalidade do art. 114, I da emenda constitucional 45/04 no 
que se refere aos servidores estatutários. 
 
 
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Em 2006 o plenário do STF confirmou a Liminar e, por isso continua 
suspensa a interpretação do inciso I do art. 114 da CF/88 que atribuía à 
Justiça do Trabalho competência para julgar os estatutários. Portanto, 
esta competência é da Justiça Federal. 
 
Existe uma importante cizânia doutrinária em relação à abrangência do 
termo relação de trabalho inserido no art. 114, I da CF/88 pela Emenda 
Constitucional 45/2004. 
 
1ª corrente. Corrente Ampliativa: Defende que a Justiça do Trabalho 
após o advento da Emenda Constitucional 45/04 possui competência 
para processar e julgar qualquer demanda oriunda das relações de 
trabalho desde que o prestador dos serviços seja pessoa física. 
 
2ª Corrente. Corrente Ampliativa sem relação de consumo: Esta 
corrente faz distinção entre relação de trabalho e relação de consumo 
com base no que estabelece o art. 2º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa 
do Consumidor). Quando o serviço for prestado a um destinatário final 
será relação de consumo e por isso não competirá à Justiça do Trabalho 
porque na relação de trabalho a finalidade é negocial. 
 
3ª Corrente. Corrente Restritiva: O alcance da expressão relação de 
trabalho seria o mesmo que relação de emprego no que se refere à 
competência. 
 
É importante falar da Súmula 363 do STJ 
Súmula 363 do STJ Compete à justiça estadual processar e julgar a 
ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 
 
 II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; 
 
Neste inciso é importante destacar que as ações que envolvem o 
exercício do direito de greve em dissídio individual são de competência 
das Varas de Trabalho. Já o dissídio coletivo de greve é de competência 
do TRT. 
 
 Ações de interdito proibitório em greve (ação possessória): 
 
 1ª corrente: Não é competência da Justiça do Trabalho. 
 
 2ª corrente: È competência da Justiça do Trabalho. 
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� Compete à Justiça do Trabalho o julgamento de interdito proibitório 
para garantir o livre acesso de funcionários e clientes às agências 
bancárias, sob o risco de interdição, devido ao movimento grevista 
(Ag.Rg no CC 101.574-SP, 2ªS, j. em 25/3/2009, Info. 388). 
Súmula Vinculante 23 do STF: Competência - Processo e Julgamento 
- Ação Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da 
Iniciativa Privada: A Justiça do Trabalho é competente para processar e 
julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito 
de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
Súmula 189 do TST GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. ABUSIVIDADE A Justiça do Trabalho é competente para 
declarar a abusividade, ou não, da greve. 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadoresIV – os 
mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
 
Atenção: O conflito de competência é um incidente processual que 
ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se competentes (conflito 
positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar 
determinado processo. 
 
� Não há conflito de competência se já existe sentença com 
trânsito em julgado proferida por um dos juízes conflitantes. 
� Não poderá suscitar conflito a parte que já apresentou 
exceção de incompetência. 
� Serão dirimidos pelos TRTs os conflitos de competência 
suscitados entre Varas do trabalho da mesma região, entre 
juízes de direito investido na jurisdição trabalhista da 
mesma região ou entre varas de trabalho e juízes de direito 
investidos na jurisdição trabalhista da mesma região (art. 
808 da CLT). 
 
 
 
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� Serão dirimidos pelo TST quando suscitado entre TRTs, entre 
varas do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição 
trabalhista sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais 
diferentes (art. 808 da CLT). 
� Serão resolvidos pelo STJ os conflitos suscitados entre vara 
do trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição 
trabalhista (art. 105, I, d da CF/88). 
� Serão resolvidos pelo STF quando suscitado entre TST e 
órgão de outros ramos do Judiciário (art. 102, I, o da 
CF/88). 
� Não há conflito de competência entre TRT e Vara de trabalho 
e nem entre o TRT e o TST (Súmula 420 do TST). 
 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
É importante lembrar da Súmula 392 do TST. 
Súmula 392 do TST Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do 
Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à 
indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho. 
 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 
195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que 
proferir. 
 
IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na 
forma da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 (FCC - TRT 1ª REGIÃO Técnico Judiciário Área 
Administrativa/2013) Nos termos das previsões da Constituição 
Federal e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do 
Trabalho processar e julgar os crimes contra a organização do 
trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema 
financeiro e a ordem econômico-financeira. 
ERRADA (art. 109, VI da CF/88). A competência será dos juízes 
federais. 
 
 
DICA: O TST modificou a redação da Súmula 368, para reconhecer, 
apenas a execução de ofício das contribuições previdenciárias 
provenientes das sentenças condenatórias. 
 
Quanto aos acordos firmados em Comissão de Conciliação Prévia, não é 
competente a Justiça do Trabalho para a execução das contribuições 
previdenciárias, devendo o INSS fazer o lançamento e execução fiscal 
fora da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula 368 do TST I. A Justiça do Trabalho é competente para 
determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da 
Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições 
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que 
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o 
salário-de-contribuição. 
 
II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das 
contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do 
empregado oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação 
aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às 
parcelas tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei nº 8.541, de 
23.12.1992, art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996. 
 
 
Questão 
de prova 
 
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III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 
que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição 
do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, 
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite 
máximo do salário de contribuição. 
 
OJ 414 do TST. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, 
da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que 
tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 
195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios 
relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no 
trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
Não podemos nos esquecer da súmula 300 do TST considera a Justiça 
do Trabalho competente para ações que objetivem o cadastramento do 
empregado no PIS. 
 
É importante falar também da Súmula 389 do TST! 
 
Súmula 389 do TST SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO 
LIBERAÇÃO DE GUIAS. I - Inscreve-se na competência material da 
Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por 
objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia 
necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao 
direito à indenização. 
 
� Competência absoluta em razão da pessoa: A competência 
em razão da pessoa é fixada levando-se em consideração a 
qualidade da parte que figura na relação jurídica processual. 
Exemplos: os Sindicatos (art.114, III da CF/88) e os entes de 
direito público externo (art. 114, I da CF/88). 
 
� Competência Relativa Territorial: No conceito de José 
Frederico Marques: “A competência territorial é aquela que 
distribui o poder jurisdicional dos juízes em razão das 
circunscrições judiciárias em que o país se divide”. 
 
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As competências em razão da função e em razão do território dos 
órgãos da Justiça do Trabalho são fixadas pela Lei e não pela 
Constituição Federal, conforme reflete o art. 113 da CF/88. 
 
Art. 113 da CF/88 A lei disporá sobre a constituição, investidura, 
jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos 
órgãos da Justiça do Trabalho. 
 
Atenção: Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da 
CLT). 
 
A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, atribuída 
às Varas de Trabalho. É importante frisar que os TRTs e o TST possuem 
competência originária para o julgamento de determinadas causas 
trabalhistas. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 
 (FCC – Analista Judiciário – TRT 1ª região – 2013) Minerva, 
domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada no 
município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo 
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no 
município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de 
labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que 
não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de 
reclamação trabalhista é a do município de Friburgo, porque é o local 
da prestação dos serviços da trabalhadora. 
 
Comentários: CERTA. A regra geral preconizada pelo caput do art. 
651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação 
trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador 
tenha sido contratado em local diverso. 
 
 
Questão 
de prova 
 
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Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha 
trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será 
competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último 
lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos 
estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. 
 
Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou 
em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a 
ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE. 
 
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da vara da localidade em que a empresa tenha 
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na 
falta, será competente a vara da localização em que o empregado 
tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que 
presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é 
dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em 
que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, 
em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na 
localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio. 
 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou 
filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não 
haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços 
em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois 
ser transferido para outro. 
 
A Súmula 207 do TST estabelecia: ”a relação jurídica trabalhista será 
regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por 
aquelas do local da contratação”.Em Julho de 2009 foi alterado o caput da lei 7.064 de 1962 que só era 
aplicada aos empregados de empresas de engenharia que eram 
transferidos para o exterior. A partir daí a lei passou a ser aplicada a 
todos os empregados que contratados no Brasil e transferidos por mais 
de 90 dias para prestar serviços no exterior. Assim, passou-se a aplicar 
a norma mais favorável. 
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Esta é a razão do cancelamento da súmula 207 do TST. Quando o 
empregado for contratado no Brasil e transferido para o exterior por 
mais de 90 dias será aplicada a lei mais favorável. Trata-se da 
competência de lei. 
O art. 651 da CLT trata da competência para julgamento. Não podemos 
confundir a legislação material a ser aplicada, com a competência da 
Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do 
contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a 
realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O 
parágrafo 3º é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e 
deverá ser utilizado quando o empregador exercer a sua atividade em 
locais transitórios, eventuais ou incertos. 
 
Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora 
do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação 
de caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, 
montadoras, etc. 
 
Vamos estudar agora alguns importantes institutos em relação à 
competência: 
 
Prevenção: A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem 
competentes e for necessário determinar qual juiz julgará aquela ação. 
 
Quando os juízes tenham a mesma competência territorial o juiz 
prevento será aquele que despachou em primeiro lugar e quando os 
juízes tiverem competência territorial distinta será considerado prevento 
aquele em que ocorreu a primeira citação válida (arts. 106 e 219 do 
CPC). 
 
Conexão: A competência relativa poderá ser modificada por conexão e 
continência. O art. 102 do CPC será aplicado ao Processo do Trabalho 
por força do art. 769 da CLT. 
 
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Reza o art. 102 do CPC que a competência em razão do valor e do 
território, poderá modificar-se pela conexão ou continência. 
 
O art. 103 do CPC estabelece que duas ou mais ações serão conexas 
quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. 
 
Na Justiça do Trabalho é comum haver conexão entre demandas 
trabalhistas que apresentem em comum o mesmo pedido ou a causa de 
pedir. 
 
Continência: O art. 104 do CPC estabelece que a continência ocorrerá, 
quando entre duas ou mias ações sempre que há identidade quanto às 
partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma por ser mais amplo 
abrange o das outras. 
 
No Processo do Trabalho é comum haver continência quando, por 
exemplo, o reclamante propõe duas reclamações trabalhistas em face de 
uma mesma empregadora, mas o rol de pedidos de uma é mais 
abrangente do que o de outra. 
 
Havendo conexão ou continência o juízo competente será aquele do 
local em que a inicial trabalhista foi distribuída em primeiro lugar. 
 
IMPORTANTE: A competência em razão da função (funcional) é aquela 
que se refere à distribuição das atribuições cometidas aos diferentes 
órgãos da Justiça do Trabalho. Esta competência geralmente é pouco 
cobrada em concursos, que abordam mais a competência das Varas do 
Trabalho. 
 
A competência funcional das Varas do Trabalho é exercida pelo juiz 
titular ou substituto (artigos 652, 653 da CLT e 114 da CF\88). 
 
Compete funcionalmente à Vara do Trabalho do local onde ocorreu lesão 
ou ameaça a interesses ou direitos metaindividuais (difusos, coletivos ou 
individuais homogêneos) processar e julgar ação civil pública promovida 
pelo Ministério Público do Trabalho ou associação sindical (art. 83, III da 
Lei complementar 75\93 combinado com o art. 2º da lei 7.347\85 e o 
art. 93 da Lei 8.078\90. 
 
A competência Funcional dos Tribunais Regionais do Trabalho está 
inserida no art. 678 da CLT. Já a competência funcional dos presidentes 
dos Tribunais Regionais está prevista no art. 682 da CLT. 
 
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Competência do Tribunal Superior do Trabalho: 
 
A principal função do TST é uniformizar a jurisprudência trabalhista. A 
competência do TST está disciplinada pela Lei 7.701\88 e pela 
Resolução Administrativa 1.295\2008 que instituiu o Regimento Interno 
do TST. 
 
O regimento interno do TST e a competência do TST são abordados em 
concurso do TST, sendo raramente abordado em concursos para o TRT, 
por isto não entrei neste tema na aula passada. 
1.4. Conflito de Competência: Quando ocorre o conflito de 
competência, ou seja, quando dois juízes declaram-se competentes ou 
incompetentes para processar e julgar determinadas ações, quem irá 
solucioná-los será: 
TRT Suscitados entre Varas de Trabalho 
TST Suscitado entre Tribunais Regionais do Trabalho. Suscitados 
entre varas e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista de 
regiões distintas. 
STF Conflitos entre STJ e qualquer outro Tribunal. Entre Tribunais 
Superiores. Entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. 
STJ Entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior. 
Entre Tribunal e Juízes a ele não vinculados. Entre juízes vinculados a 
tribunais diversos 
DICA: Aposto com vocês que caso seja cobrado na prova o tema 
conflito de competência, a banca irá abordar a Súmula 420 do TST, que 
estabelece que entre as Varas de Trabalho e os Tribunais Regionais do 
Trabalho a que estejam vinculadas, há relação de hierarquia e, por isso, 
não ocorrerá conflito de competência. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
 
 
 
 
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1.5. Questões FCC sem comentários: 
 
1. (Juiz do Trabalho – TRT 24ª Região – 2006) Analise as 
proposições seguintes: 
I. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios 
ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado 
seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. Não obstante, o direito material a ser aplicável será o vigente 
no país da prestação de serviços. 
II. Compete ao Ministério Público do Trabalho propor ações visando a 
declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou 
convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os 
direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores. 
III. O empregado e o empregador, no contrato de emprego, podem 
estabelecer foro de eleição. 
IV. Quando dois ou mais juízos se derem por incompetentes, dá-se o 
conflito de competência negativo. Possível é o conflito de competência 
entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada, o qual será dirimido pelo 
TST. 
a) somente as proposições III e IV são corretas; 
b) todas as proposições são corretas; 
c) somente as proposições I e II são corretas; 
d) somente as proposições I, II e III são corretas; 
e) somente as proposições II, III e IV são corretas;2. (FCC/ Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 6ª 
REGIÃO/2006) É competente para conhecer e julgar reclamação 
trabalhista ajuizada por empregado, que tem domicílio em Caruaru e foi 
contratado em Recife, tendo prestado serviços em Cabo de Santo 
Agostinho para instituição bancária, cuja matriz está situada em São 
Paulo, a Vara do Trabalho de 
(A) Cabo de Santo Agostinho ou Caruaru. 
(B) Cabo de Santo Agostinho ou São Paulo. 
(C) Recife, apenas. 
(D) Recife ou São Paulo. 
(E) Cabo de Santo Agostinho, apenas. 
 
 
 
 
 
 
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3. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência 
em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, 
são consideradas, respectivamente, 
(A) absoluta, absoluta e relativa. 
(B) relativa, absoluta e absoluta. 
(C) absoluta, relativa e absoluta. 
(D) relativa, relativa e absoluta. 
(E) relativa, absoluta e relativa. 
 
4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) As execuções das 
contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças trabalhistas, 
tendo em vista a natureza de tributo federal das mesmas, devem ser 
processadas perante a Justiça Federal Comum; 
 
5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) A Justiça do 
Trabalho não possui competência para apreciar ações relativas às 
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho. 
 
6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar 
(A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do 
advento da Emenda Constitucional nº 45, de 2004. 
(B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às 
relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. 
(C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não 
decorrentes diretamente das relações de trabalho. 
(D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo 
conflito de competência caberá: 
I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do 
Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição 
trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; 
(II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais 
Regionais do Trabalho; 
III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência 
suscitados entre as Varas do Trabalho; 
IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e 
o Tribunal Regional respectivo. 
Assinale a resposta: 
a) apenas a afirmativa IV está correta; 
b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; 
c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; 
d) apenas a afirmativa III está correta; 
 
8. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª 
Região – 2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o 
território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou 
restringida por lei 
(A) federal. 
(B) estadual. 
(C) municipal. 
(D) estadual ou lei federal. 
(E) municipal ou lei estadual. 
 
9. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª 
Região – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, 
em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela 
localidade onde 
(A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. 
(B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador 
quando este for pessoa física. 
(C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. 
(D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. 
(E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do 
empregador quando este for pessoa física. 
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10. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 
2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do 
lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a 
agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será 
competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara 
(A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou 
filiais da empresa. 
(B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante. 
(C) do domicílio do reclamante, apenas. 
(D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo 
reclamante. 
(E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima. 
 
11. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à 
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é 
INCORRETO afirmar que 
(A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as 
ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o 
Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho. 
(B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo 
local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido 
diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador. 
(C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar as ações sobre representação sindical entre 
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores. 
(D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, 
sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério 
Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do 
Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
(E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá 
um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem 
rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para 
esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados. 
 
 
 
 
 
 
 
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12. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O 
trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município 
“Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua 
sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o 
trabalhador, que reside no município “Delta”, resolve ajuizar ação 
reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste 
caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município 
(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato. 
(B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante. 
(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada. 
(D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da 
celebração do contrato ou pelo seu domicílio. 
(E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços. 
 
13. (FCC – Analista Execução e Mandados – TRT 6ª Região – 
2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Para efeito de jurisdição dos TribunaisRegionais do Trabalho, o 
território nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. 
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações 
entre os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão 
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios 
resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja 
operário ou artífice. 
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do 
Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao 
julgamento dos feitos sob sua apreciação. 
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade 
da contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente 
do local da prestação dos serviços ao empregador. 
 
------------------------------------------------------------------------- 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
 
01. 04. 07. 10. 13. 
02. 05. 08. 11. 
03. 06. 09. 12. 
 
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1.6. Questões FCC comentadas: 
 
1. (Juiz do Trabalho – TRT 24ª Região – 2006) Analise as 
proposições seguintes: 
I. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios 
ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado 
seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. Não obstante, o direito material a ser aplicável será o vigente 
no país da prestação de serviços. 
II. Compete ao Ministério Público do Trabalho propor ações visando a 
declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou 
convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os 
direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores. 
III. O empregado e o empregador, no contrato de emprego, podem 
estabelecer foro de eleição. 
IV. Quando dois ou mais juízos se derem por incompetentes, dá-se o 
conflito de competência negativo. Possível é o conflito de competência 
entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada, o qual será dirimido pelo 
TST. 
a) somente as proposições III e IV são corretas 
b) todas as proposições são corretas 
c) somente as proposições I e II são corretas 
d) somente as proposições I, II e III são corretas 
e) somente as proposições II, III e IV são corretas 
 
Comentários: O empregado poderá ser contratado em um país para 
prestar serviços em outro, ou ser contratado para prestar serviço em 
um país e depois ser transferido para outro. A Súmula 207 do TST 
estabelecia que a relação jurídica trabalhista seria regida pelas leis 
vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da 
contratação. 
 
Não podemos confundir a legislação material a ser aplicada, com a 
competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. 
Assim, antes do cancelamento da súmula estaria correta também a 
segunda parte da assertiva que diz “Não obstante, o direito material a 
ser aplicável será o vigente no país da prestação de serviços”. 
 
Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
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 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou 
filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não 
haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 Art. 83 da LC 75/93 Compete ao Ministério Público do Trabalho 
o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça 
do Trabalho: 
 IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de 
cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que 
viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos 
individuais indisponíveis dos trabalhadores; 
Não existe foro de eleição na Justiça do Trabalho. E, em relação ao 
conflito de competência a Súmula 420 do TST afirma que não configura 
conflito de competência entre a Vara de Trabalho e o TRT a que for 
vinculada. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
2. (FCC/ Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 6ª 
REGIÃO/2006) É competente para conhecer e julgar reclamação 
trabalhista ajuizada por empregado, que tem domicílio em Caruaru e foi 
contratado em Recife, tendo prestado serviços em Cabo de Santo 
Agostinho para instituição bancária, cuja matriz está situada em São 
Paulo, a Vara do Trabalho de 
(A) Cabo de Santo Agostinho ou Caruaru. 
(B) Cabo de Santo Agostinho ou São Paulo. 
(C) Recife, apenas. 
(D) Recife ou São Paulo. 
(E) Cabo de Santo Agostinho, apenas. 
 
Comentários: Letra E. A regra geral do art. 651 da CLT é o fundamento 
da questão. O empregado prestou serviços em Cabo de Santo 
Agostinho, sendo este o foro competente. 
 
 
 
 
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3. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência 
em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, 
são consideradas, respectivamente, 
(A) absoluta, absoluta e relativa. 
(B) relativa, absoluta e absoluta. 
(C) absoluta, relativa e absoluta. 
(D) relativa, relativa e absoluta. 
(E) relativa, absoluta e relativa. 
 
Comentários: Letra A. Lembrem-se das siglas MPF (Absoluta) e VT 
(Relativa). 
 
4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) As execuções das 
contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças trabalhistas, 
tendo em vista a natureza de tributo federal das mesmas, devem ser 
processadas perante a Justiça Federal Comum; 
 
Comentários: A assertiva está incorreta, uma vez que violou o 
entendimento sumulado do TST (Súmula 368, I do TST). 
 
Súmula 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. 
COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE 
CÁLCULO 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento 
das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto 
à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças 
condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário-de-contribuição. 
 
5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) A Justiça do 
Trabalho não possui competência para apreciar ações relativas às 
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho. 
 
Comentários: Incorreta, porque o art. 114 da CF/88 ampliou a 
competência da Justiça do Trabalho, através da Emenda Constitucional 
45/2004. 
 
 
 
 
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Art. 114, VII – as ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho; 
 
 
6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar 
(A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do 
advento da Emenda Constitucional nº 45, de 2004. 
(B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às 
relações de trabalho,inclusive de servidores públicos estatutários. 
(C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não 
decorrentes diretamente das relações de trabalho. 
(D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. 
Comentários: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a 
determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da 
função jurisdicional. 
 
A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo 
art. 114 da CF\88, que foi abordado pela banca nesta questão. 
 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes 
de direito público externo e da administração pública direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição. 
 
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V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas 
aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de 
trabalho; 
 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no 
art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das 
sentenças que proferir. 
 
IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, 
na forma da lei. 
 
7. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo 
conflito de competência caberá: 
I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do 
Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição 
trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; 
(II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais 
Regionais do Trabalho; 
III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência 
suscitados entre as Varas do Trabalho; 
IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e 
o Tribunal Regional respectivo. 
Assinale a resposta: 
a) apenas a afirmativa IV está correta; 
b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; 
c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; 
d) apenas a afirmativa III está correta; 
 
Comentários: I- Ao TST caberá julgar o conflito entre as Varas de 
Trabalho e os Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista, e não 
ao STJ. 
II- Ao TST caberá julgar os conflitos de competência entre dois Tribunais 
Regionais do Trabalho e não ao STF. 
III- Ao TRT caberá julgar os conflitos suscitados entre as Varas de 
Trabalho, portanto correta esta assertiva. 
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IV- De acordo com a Súmula 420 do TST acima mencionada, não haverá 
conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada. 
Incorreta a assertiva. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
8. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª 
Região – 2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o 
território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou 
restringida por lei 
(A) federal. 
(B) estadual. 
(C) municipal. 
(D) estadual ou lei federal. 
(E) municipal ou lei estadual. 
 
Comentários: O art. 650 da CLT estabelece que a jurisdição de cada 
Vara do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem 
sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal. 
 
9. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª 
Região – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, 
em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela 
localidade onde 
(A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. 
(B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador 
quando este for pessoa física. 
(C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no 
estrangeiro. 
(D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar 
serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. 
(E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do 
empregador quando este for pessoa física. 
 
Comentários: A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em 
regra, atribuída às Varas de Trabalho. 
 
 
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 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante 
comercial, a competência será da vara da localidade em que a 
empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em 
que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou 
filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não 
haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização 
de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado 
ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do 
contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
10. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 
2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do 
lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a 
agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será 
competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara 
(A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou 
filiais da empresa. 
(B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante. 
(C) do domicílio do reclamante, apenas. 
(D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo 
reclamante. 
(E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima. 
 
Comentários: A assertiva abordou o parágrafo 1º do art. 651 da CLT, 
portanto, o viajante comercial que não estiver subordinado à agência ou 
filial terá o seu domicílio ou a localidade mais próxima como foro 
competente. Letra E. 
 A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT 
estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o 
lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido 
contratado em local diverso. 
 
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 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado 
tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em locais diferentes, 
será competente para processar e julgar a ação a Varado Trabalho do 
último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos 
estabelecimentos da empresa, no qual tenha prestado serviços. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
11. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à 
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é 
INCORRETO afirmar que 
(A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as 
ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o 
Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho. 
(B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo 
local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido 
diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador. 
(C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar as ações sobre representação sindical entre 
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores. 
(D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, 
sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério 
Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do 
Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
(E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá 
um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem 
rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para 
esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados. 
 
Comentários: Letra B. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha 
sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 
 
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12. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O 
trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município 
“Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua 
sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o 
trabalhador, que reside no município “Delta”, resolve ajuizar ação 
reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste 
caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município 
(A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato. 
(B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante. 
(C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada. 
(D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da 
celebração do contrato ou pelo seu domicílio. 
(E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços. 
 
Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 
da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação 
trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador 
tenha sido contratado em local diverso. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o 
empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais 
diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do 
Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local 
dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. 
 
 Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, 
trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. 
Neste caso a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE. 
 
 § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante 
comercial, a competência será da vara da localidade em que a 
empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em 
que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
 
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Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele 
que presta serviços em mais de uma localidade), a regra da 
competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na 
localidade em que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado 
vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá 
demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de 
seu domicílio. 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou 
filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não 
haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização 
de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado 
ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do 
contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
13. (FCC – Analista Execução e Mandados – TRT 6ª Região – 
2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o 
território nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. 
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações 
entre os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão 
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios 
resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja 
operário ou artífice. 
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do 
Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao 
julgamento dos feitos sob sua apreciação. 
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade 
da contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente 
do local da prestação dos serviços ao empregador. 
 
Comentários: Letra E. O art. 674 da CLT estabelece que para efeito de 
jurisdição os Tribunais Regionais do Trabalho são divididos em 24 
regiões. 
 
Art. 674. Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território 
nacional é dividido nas 24 (vinte e quatro) Regiões seguintes: 
1ª Região - Estado do Rio de Janeiro; 
2ª Região - Estado de São Paulo; 
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3ª Região - Estado de Minas Gerais; 
4ª Região - Estado do Rio Grande do Sul; 
5ª Região - Estado da Bahia; 
6ª Região - Estado de Pernambuco; 
7ª Região - Estado do Ceará; 
8ª Região - Estado do Pará e do Amapá; 
9ª Região - Estado do Paraná; 
10ª Região - Distrito Federal 
11ª Região - Estado do Amazonas e de Roraima; 
12ª Região - Estado de Santa Catarina; 
13ª Região - Estado da Paraíba; 
14ª Região - Estado de Rondônia e Acre; 
15ª Região - Estado de São Paulo (área não abrangida pela jurisdição 
estabelecida na 2ª Região); 
16ª Região - Estado do Maranhão; 
17ª Região - Estado do Espírito Santo; 
18ª Região - Estado de Goiás; 
19ª Região - Estado de Alagoas; 
20ª Região - Estado de Sergipe; 
21ª Região - Estado do Rio Grande do Norte; 
22ª Região - Estado do Piauí; 
23ª Região - Estado do Mato Grosso; 
24ª Região - Estado do Mato Grosso do Sul. 
 
Parágrafo único. Os Tribunais

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