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Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá Pessoal, O Edital do concurso do TRT 18 já foi publicado. A banca será a FCC! O nosso curso irá abranger também o cronograma do edital. Na próxima aula irei apresentar o conteúdo programático dos dois editais, divididos e separados por temas. Direito Processual do Trabalho: Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades. Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e mandado de segurança. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Dos recursos no processo do trabalho. --------------------------------------------------------------------------------- Conteúdo programático: Edital TRT 12 Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 Direito Processual do Trabalho: Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). Dos atos, termos e prazos processuais. Da distribuição. Das custas e emolumentos. Das partes e procuradores;do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. Das nulidades. Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Das provas. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e mandado de segurança. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Dos recursos no processo do trabalho. Vejamos o cronograma de aulas: Aula 01: 06/06 Aula 06: 26/06 Aula 02: 13/06 Aula 07: 01/07 Aula 03: 17/06 Aula 08: 08/07 Aula 04: 20/06 Aula 09: 11/07 Aula 05: 24/06 Aula 10: 15/07 Conteúdo programático: Edital TRT 18 Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Justiça do Trabalho: organização e competência. Varas do Trabalho, tribunais regionais do trabalho e Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. Serviços auxiliares da justiça do trabalho: secretarias das Varas do Trabalho; distribuidores; oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. 1.1. Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho: De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho o TST, os TRTS e os Juízes do Trabalho. Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são: I-Tribunal Superior do Trabalho; II- Tribunal regional do Trabalho; III- Juízes do Trabalho. Varas de Trabalho (1º grau) (Juízes do Trabalho) Das Varas do Trabalho: ⇒ É o primeiro grau de jurisdição. ⇒ A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz singular. TST (3º grau) TRT (2º grau) Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 ⇒ Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, nas quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será atribuída à jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo TRT. ⇒ Compete às Varas de Trabalho: a) conciliar e julgar: I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho. V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das relações de trabalho. b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência. Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): ⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. ⇒ Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88). ⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para nomeação. ⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do ministério Públicodo Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício. ⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): ⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. ⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal por maioria absoluta. ⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. ⇒ Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada. ⇒ A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal que formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para nomeação. ⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo próprio TST. DICA: As frases abaixo são verdadeiras e são abordadas em provas de concursos. ⇒ O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado. ⇒ Os órgãos da Justiça do Trabalho funcionarão perfeitamente coordenados, em regime de mútua colaboração, sob a orientação do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. ⇒ A Emenda Constitucional 24 de 1999, que extinguiu a representação classista na Justiça do trabalho acabando com as Juntas de conciliação e julgamento. ⇒ A Emenda 45/2004 prevê a criação de um Fundo de garantia das execuções trabalhistas, integrado pelas multas decorrentes de condenações trabalhistas e multas administrativas oriundas da fiscalização do trabalho. ⇒ Prevê a criação de um Conselho Superior da Justiça do Trabalho e de uma Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho que funcionarão junto do Tribunal Superior do Trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 ⇒ A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho funcionará junto ao TST e tem dentre outras funções a de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. ⇒ O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará também junto ao TST e exercerá, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 1.2 Competência e Jurisdição: Antes de falar de competência devemos falar de jurisdição! O conceito clássico de jurisdição é o poder que o Estado avocou para si de dizer o direito. A jurisdição é poder, função e atividade reconhecida ao Poder Judiciário pela Constituição Federal. Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o Poder Judiciário não tem a função de, apenas, dizer o direito, mas sim de efetivá-lo. A finalidade da jurisdição é a de tutelar os direitos ou interesses individuais ou metaindividuais reconhecidos pelo ordenamento jurídico às pessoas que, diretamente ou por intermédio de seus representantes invocarem a tutela jurisdicional. Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de aplicar o direito objetivo a um caso concreto, substituindo os titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da pacificação do conflito que os envolve, a realização da justiça e o estabelecimento da paz social. Jurisdição Poder Função Atividade Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Quando o direito material for violado a parte lesada precisará recorrer ao Poder Judiciário, porque não poderá fazer valer o seu direito pelas suas próprias mãos. Isto ocorreu porque o Estado avocou para si a função de resolver os conflitos de interesses entre as partes. Esta função é denominada de jurisdição! A jurisdição é exercida pelos juízes. Conceito de Jurisdição: “É a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de Órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la praticamente efetiva” (Chiovenda). Art. 1º CPC “A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este código estabelece”. Art. 2º CPC “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais”. São características da jurisdição: a unidade, a secundariedade, a imparcialidade e a substitutividade. � Unidade: A jurisdição é exercida, exclusivamente pelos juízes monocraticamente ou em Órgãos colegiados. Ela é uma e homogênea. � Secundariedade: O Poder Judiciário é acionado quando há um conflito de interesses. Portanto, a jurisdição só atua quando não há possibilidade de resolução de conflito pelos próprios interessados. � Imparcialidade: Os Juízes devem decidir com justiça e imparcialidade. � Substitutividade: A Jurisdição substitui a atuação das partes na solução do conflito, sendo um poder de dizer e realizar o direito. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 Não poderemos nos esquecer da recente OJ do TST: OJ 416 do TST. Imunidade de jurisdição. Organização ou organismo internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Os entes de direito público externo são: a) Estados estrangeiros; b) Organizações internacionais. Os estados estrangeiros podem praticar os atos de império e os atos de Gestão. Os primeiros são aqueles praticados no exercício de suas prerrogativas soberanas, possuindo os Estados estrangeiros imunidade absoluta de jurisdição, não se submetendo à Jurisdição brasileira. Atos de gestão são aqueles em que o Estado estrangeiro atua em matéria de ordem privada, agindo como um particular, por exemplo, quando contratam empregados. Em relação aos atos de gestão, a jurisprudência do TST não aceita a imunidade de jurisdição. Em relação aos Organismos Internacionais (ONU, OMC, OIT, etc.) a imunidade de jurisdição é absoluta no processo de conhecimento, segundo a OJ 416 do TST. Vamos resumir a Orientação Jurisprudencial 416 da SDI – 1 do TST! OJ 416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012). As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudináriorelativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 Imunidade é em síntese a análise quanto à possibilidade de determinado ente jurídico ser submetido à Jurisdição brasileira. A doutrina costuma dividi-la em: a) Imunidade de Jurisdição (fase de conhecimento); b) Imunidade de Execução (fase de execução). Em relação aos Estados estrangeiros deveremos avaliar a natureza do ato. Quando tratar-se de atos de gestão (atos ligados às atividades privadas), como a contratação de empregados, por exemplo, a doutrina afasta a imunidade de jurisdição na fase de conhecimento. Porém, o STF entende que quanto à execução há imunidade. Quando se tratar de atos de império (ligados à soberania) os Estados estrangeiros gozam de absoluta imunidade de jurisdição. A OJ 416 da SDI I do TST trata dos organismos internacionais (OMS, ONU, OEA, etc.). Em relação aos Organismos internacionais, o TST entendeu que há absoluta imunidade de jurisdição, ou seja, eles não poderão ser julgados e nem executados pela Justiça do Trabalho, salvo na hipótese de renúncia à imunidade. Vamos, agora, estudar a competência! Jurisdição Medida da jurisdição Competência Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Conceito de Competência: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. ⇒ A competência é a medida da jurisdição. ⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem competência para julgar determinadas ações. Vamos apresentar uma situação hipotética: Exemplificando: Uma empregada doméstica que não recebeu as feiras de sua empregadora interpõe ação na Justiça estadual em umas das Varas de família, o juiz titular de tal Vara não seria competente para julgar a ação que trate de direito do trabalho. A Justiça do Trabalho é que será competente para julgar o conflito entre empregada doméstica e sua empregadora. 1.3. Espécies de competência: Absoluta e Relativa. A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão da função. DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa) Para que os meus alunos não se confundam na hora da prova, costumo usar a sigla MPF para lembrá-los da competência absoluta e VT para lembrá-los da competência relativa. Competência Absoluta Matéria Pessoa Função Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 A competência absoluta é inderrogável pela vontade das partes e o juiz deverá conhecê-la de ofício (sem que as partes requeiram), não admitindo prorrogação. Inderrogável é aquela competência que não poderá ser prorrogada, ou seja, o juiz que é absolutamente incompetente para julgar determinada ação jamais tornar-se-á competente. Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de jurisdição. Deverá ser argüida em preliminar da contestação. A competência relativa é a competência em razão do valor e do território. A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a exceção (art. 114 CPC). Vamos destacar alguns pontos importantes sobre a competência! Atenção: A Jurisdição é o poder-dever do Estado-juiz de resolver conflitos intersubjetivos de interesses fazendo atuar a vontade concreta da lei aplicando o direito material ao caso concreto. A Competência é a delimitação da jurisdição de cada órgão do Poder Judiciário. � Veremos alguns conceitos importantes para a prova: ⇒ Competência Originária: É aquela que ocorre quando um determinado Órgão tem competência para primeiro manifestar-se sobre a demanda. ⇒ Competência Absoluta: Não poderá ser alterada pelo juiz ou pela vontade das partes porque envolve interesse público. Na Justiça do Trabalho como vimos esta competência é em razão da Matéria, da Pessoa e da Função. Deverá ser declarada de ofício pelo juiz. Poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independente de exceção (peça processual). Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 ⇒ Competência Relativa: Na Justiça do Trabalho é a competência Territorial. Deverá ser suscitada por meio de exceção. Não poderá ser declarada de ofício. DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz inicialmente incompetente torna-se competente. Este fenômeno somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca com a incompetência absoluta. Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): Esta competência determina que quando houver Varas especializadas a competência será sempre destas. A competência em razão da matéria no Processo do Trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo. Portanto, ela é fixada em razão da causa de pedir e do pedido. Com o advento da Emenda Constitucional 45 de 2004, a competência em razão da matéria na Justiça do Trabalho foi ampliada. A incompetência em razão da matéria é de natureza absoluta e deve ser declarada de ofício pelo Juiz, independentemente de provocação das partes. Competência Relativa Valor VT Território Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada pelo art. 114 da CRFB/88 que trata da competência em razão da matéria e da pessoa também. A competência material da Justiça do Trabalho é exercida, em regra, no primeiro grau pelas Varas do Trabalho. Em grau de recurso ordinário ela será exercida pelos Tribunais Regionais do Trabalho. Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, o art. 114 da CF/88 revela a existência de três regras constitucionais básicas de competência material da Justiça do Trabalho: a) Competência Material Original; b) Competência Material Derivada; c) Competência Material Executória. Vamos estudar cada inciso mais adiante. Por ora, apenas, transcrevo o artigo. Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimoslegais decorrentes das sentenças que proferir. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei. A Competência Material Original envolve as ações oriundas da relação de emprego, os danos morais individuais e coletivos, o acidente de trabalho. O cadastramento do PIS/PASEP, as ações que tenham como causa de pedir matéria alusiva ao meio ambiente do trabalho, FGTS, Seguro-Desemprego, quadro de carreira, dentre outros. A Competência Material Derivada tem como fundamento a redação do inciso IX do art. 114 da CF/88. IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei. Assim, quando houver lei dispondo que a controvérsia oriunda da relação de trabalho é da competência da Justiça Comum, com esta prevalecerá até que venha lei transferindo tal competência para a Justiça do Trabalho. A Competência Material Executória poderá ser executar as próprias sentenças e executar as contribuições previdenciárias. Passaremos, agora, a analisar os incisos do art. 114 da CF/88. Atenção: Competência Material da Justiça do Trabalho (art. 114 da CF\88) Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Com a nova redação do art. 114 da CF/88 a Justiça do trabalho teria competência para julgar os processos envolvendo servidores públicos, inclusive os estatutários. Acontece que o Ministro Nelson Jobim deferiu Liminar em sede de ADIN interposta pela Associação dos Juízes Federais na qual objetivava a inconstitucionalidade do art. 114, I da emenda constitucional 45/04 no que se refere aos servidores estatutários. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 Em 2006 o plenário do STF confirmou a Liminar e, por isso continua suspensa a interpretação do inciso I do art. 114 da CF/88 que atribuía à Justiça do Trabalho competência para julgar os estatutários. Portanto, esta competência é da Justiça Federal. Existe uma importante cizânia doutrinária em relação à abrangência do termo relação de trabalho inserido no art. 114, I da CF/88 pela Emenda Constitucional 45/2004. 1ª corrente. Corrente Ampliativa: Defende que a Justiça do Trabalho após o advento da Emenda Constitucional 45/04 possui competência para processar e julgar qualquer demanda oriunda das relações de trabalho desde que o prestador dos serviços seja pessoa física. 2ª Corrente. Corrente Ampliativa sem relação de consumo: Esta corrente faz distinção entre relação de trabalho e relação de consumo com base no que estabelece o art. 2º da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Quando o serviço for prestado a um destinatário final será relação de consumo e por isso não competirá à Justiça do Trabalho porque na relação de trabalho a finalidade é negocial. 3ª Corrente. Corrente Restritiva: O alcance da expressão relação de trabalho seria o mesmo que relação de emprego no que se refere à competência. É importante falar da Súmula 363 do STJ Súmula 363 do STJ Compete à justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; Neste inciso é importante destacar que as ações que envolvem o exercício do direito de greve em dissídio individual são de competência das Varas de Trabalho. Já o dissídio coletivo de greve é de competência do TRT. Ações de interdito proibitório em greve (ação possessória): 1ª corrente: Não é competência da Justiça do Trabalho. 2ª corrente: È competência da Justiça do Trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 � Compete à Justiça do Trabalho o julgamento de interdito proibitório para garantir o livre acesso de funcionários e clientes às agências bancárias, sob o risco de interdição, devido ao movimento grevista (Ag.Rg no CC 101.574-SP, 2ªS, j. em 25/3/2009, Info. 388). Súmula Vinculante 23 do STF: Competência - Processo e Julgamento - Ação Possessória - Exercício do Direito de Greve - Trabalhadores da Iniciativa Privada: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Súmula 189 do TST GREVE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ABUSIVIDADE A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadoresIV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; Atenção: O conflito de competência é um incidente processual que ocorre quando dois órgãos judiciais proclamam-se competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para processar e julgar determinado processo. � Não há conflito de competência se já existe sentença com trânsito em julgado proferida por um dos juízes conflitantes. � Não poderá suscitar conflito a parte que já apresentou exceção de incompetência. � Serão dirimidos pelos TRTs os conflitos de competência suscitados entre Varas do trabalho da mesma região, entre juízes de direito investido na jurisdição trabalhista da mesma região ou entre varas de trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista da mesma região (art. 808 da CLT). Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 � Serão dirimidos pelo TST quando suscitado entre TRTs, entre varas do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes (art. 808 da CLT). � Serão resolvidos pelo STJ os conflitos suscitados entre vara do trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista (art. 105, I, d da CF/88). � Serão resolvidos pelo STF quando suscitado entre TST e órgão de outros ramos do Judiciário (art. 102, I, o da CF/88). � Não há conflito de competência entre TRT e Vara de trabalho e nem entre o TRT e o TST (Súmula 420 do TST). VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; É importante lembrar da Súmula 392 do TST. Súmula 392 do TST Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho. VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciárioe Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 (FCC - TRT 1ª REGIÃO Técnico Judiciário Área Administrativa/2013) Nos termos das previsões da Constituição Federal e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira. ERRADA (art. 109, VI da CF/88). A competência será dos juízes federais. DICA: O TST modificou a redação da Súmula 368, para reconhecer, apenas a execução de ofício das contribuições previdenciárias provenientes das sentenças condenatórias. Quanto aos acordos firmados em Comissão de Conciliação Prévia, não é competente a Justiça do Trabalho para a execução das contribuições previdenciárias, devendo o INSS fazer o lançamento e execução fiscal fora da Justiça do Trabalho. Súmula 368 do TST I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. II. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei nº 8.541, de 23.12.1992, art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996. Questão de prova Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 III. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. OJ 414 do TST. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). Não podemos nos esquecer da súmula 300 do TST considera a Justiça do Trabalho competente para ações que objetivem o cadastramento do empregado no PIS. É importante falar também da Súmula 389 do TST! Súmula 389 do TST SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO LIBERAÇÃO DE GUIAS. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro- desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. � Competência absoluta em razão da pessoa: A competência em razão da pessoa é fixada levando-se em consideração a qualidade da parte que figura na relação jurídica processual. Exemplos: os Sindicatos (art.114, III da CF/88) e os entes de direito público externo (art. 114, I da CF/88). � Competência Relativa Territorial: No conceito de José Frederico Marques: “A competência territorial é aquela que distribui o poder jurisdicional dos juízes em razão das circunscrições judiciárias em que o país se divide”. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 As competências em razão da função e em razão do território dos órgãos da Justiça do Trabalho são fixadas pela Lei e não pela Constituição Federal, conforme reflete o art. 113 da CF/88. Art. 113 da CF/88 A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Atenção: Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da CLT). A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, atribuída às Varas de Trabalho. É importante frisar que os TRTs e o TST possuem competência originária para o julgamento de determinadas causas trabalhistas. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (FCC – Analista Judiciário – TRT 1ª região – 2013) Minerva, domiciliada no município de Duque de Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo, sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de reclamação trabalhista é a do município de Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora. Comentários: CERTA. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. Questão de prova Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio. § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser transferido para outro. A Súmula 207 do TST estabelecia: ”a relação jurídica trabalhista será regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação”.Em Julho de 2009 foi alterado o caput da lei 7.064 de 1962 que só era aplicada aos empregados de empresas de engenharia que eram transferidos para o exterior. A partir daí a lei passou a ser aplicada a todos os empregados que contratados no Brasil e transferidos por mais de 90 dias para prestar serviços no exterior. Assim, passou-se a aplicar a norma mais favorável. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 Esta é a razão do cancelamento da súmula 207 do TST. Quando o empregado for contratado no Brasil e transferido para o exterior por mais de 90 dias será aplicada a lei mais favorável. Trata-se da competência de lei. O art. 651 da CLT trata da competência para julgamento. Não podemos confundir a legislação material a ser aplicada, com a competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais ou incertos. Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, etc. Vamos estudar agora alguns importantes institutos em relação à competência: Prevenção: A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem competentes e for necessário determinar qual juiz julgará aquela ação. Quando os juízes tenham a mesma competência territorial o juiz prevento será aquele que despachou em primeiro lugar e quando os juízes tiverem competência territorial distinta será considerado prevento aquele em que ocorreu a primeira citação válida (arts. 106 e 219 do CPC). Conexão: A competência relativa poderá ser modificada por conexão e continência. O art. 102 do CPC será aplicado ao Processo do Trabalho por força do art. 769 da CLT. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 Reza o art. 102 do CPC que a competência em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência. O art. 103 do CPC estabelece que duas ou mais ações serão conexas quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. Na Justiça do Trabalho é comum haver conexão entre demandas trabalhistas que apresentem em comum o mesmo pedido ou a causa de pedir. Continência: O art. 104 do CPC estabelece que a continência ocorrerá, quando entre duas ou mias ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma por ser mais amplo abrange o das outras. No Processo do Trabalho é comum haver continência quando, por exemplo, o reclamante propõe duas reclamações trabalhistas em face de uma mesma empregadora, mas o rol de pedidos de uma é mais abrangente do que o de outra. Havendo conexão ou continência o juízo competente será aquele do local em que a inicial trabalhista foi distribuída em primeiro lugar. IMPORTANTE: A competência em razão da função (funcional) é aquela que se refere à distribuição das atribuições cometidas aos diferentes órgãos da Justiça do Trabalho. Esta competência geralmente é pouco cobrada em concursos, que abordam mais a competência das Varas do Trabalho. A competência funcional das Varas do Trabalho é exercida pelo juiz titular ou substituto (artigos 652, 653 da CLT e 114 da CF\88). Compete funcionalmente à Vara do Trabalho do local onde ocorreu lesão ou ameaça a interesses ou direitos metaindividuais (difusos, coletivos ou individuais homogêneos) processar e julgar ação civil pública promovida pelo Ministério Público do Trabalho ou associação sindical (art. 83, III da Lei complementar 75\93 combinado com o art. 2º da lei 7.347\85 e o art. 93 da Lei 8.078\90. A competência Funcional dos Tribunais Regionais do Trabalho está inserida no art. 678 da CLT. Já a competência funcional dos presidentes dos Tribunais Regionais está prevista no art. 682 da CLT. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Competência do Tribunal Superior do Trabalho: A principal função do TST é uniformizar a jurisprudência trabalhista. A competência do TST está disciplinada pela Lei 7.701\88 e pela Resolução Administrativa 1.295\2008 que instituiu o Regimento Interno do TST. O regimento interno do TST e a competência do TST são abordados em concurso do TST, sendo raramente abordado em concursos para o TRT, por isto não entrei neste tema na aula passada. 1.4. Conflito de Competência: Quando ocorre o conflito de competência, ou seja, quando dois juízes declaram-se competentes ou incompetentes para processar e julgar determinadas ações, quem irá solucioná-los será: TRT Suscitados entre Varas de Trabalho TST Suscitado entre Tribunais Regionais do Trabalho. Suscitados entre varas e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista de regiões distintas. STF Conflitos entre STJ e qualquer outro Tribunal. Entre Tribunais Superiores. Entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. STJ Entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior. Entre Tribunal e Juízes a ele não vinculados. Entre juízes vinculados a tribunais diversos DICA: Aposto com vocês que caso seja cobrado na prova o tema conflito de competência, a banca irá abordar a Súmula 420 do TST, que estabelece que entre as Varas de Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho a que estejam vinculadas, há relação de hierarquia e, por isso, não ocorrerá conflito de competência. Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 1.5. Questões FCC sem comentários: 1. (Juiz do Trabalho – TRT 24ª Região – 2006) Analise as proposições seguintes: I. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Não obstante, o direito material a ser aplicável será o vigente no país da prestação de serviços. II. Compete ao Ministério Público do Trabalho propor ações visando a declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores. III. O empregado e o empregador, no contrato de emprego, podem estabelecer foro de eleição. IV. Quando dois ou mais juízos se derem por incompetentes, dá-se o conflito de competência negativo. Possível é o conflito de competência entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada, o qual será dirimido pelo TST. a) somente as proposições III e IV são corretas; b) todas as proposições são corretas; c) somente as proposições I e II são corretas; d) somente as proposições I, II e III são corretas; e) somente as proposições II, III e IV são corretas;2. (FCC/ Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 6ª REGIÃO/2006) É competente para conhecer e julgar reclamação trabalhista ajuizada por empregado, que tem domicílio em Caruaru e foi contratado em Recife, tendo prestado serviços em Cabo de Santo Agostinho para instituição bancária, cuja matriz está situada em São Paulo, a Vara do Trabalho de (A) Cabo de Santo Agostinho ou Caruaru. (B) Cabo de Santo Agostinho ou São Paulo. (C) Recife, apenas. (D) Recife ou São Paulo. (E) Cabo de Santo Agostinho, apenas. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 3. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, são consideradas, respectivamente, (A) absoluta, absoluta e relativa. (B) relativa, absoluta e absoluta. (C) absoluta, relativa e absoluta. (D) relativa, relativa e absoluta. (E) relativa, absoluta e relativa. 4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) As execuções das contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças trabalhistas, tendo em vista a natureza de tributo federal das mesmas, devem ser processadas perante a Justiça Federal Comum; 5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) A Justiça do Trabalho não possui competência para apreciar ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda Constitucional nº 45, de 2004. (B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários. (C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente das relações de trabalho. (D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 7. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo conflito de competência caberá: I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; (II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais Regionais do Trabalho; III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência suscitados entre as Varas do Trabalho; IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o Tribunal Regional respectivo. Assinale a resposta: a) apenas a afirmativa IV está correta; b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; d) apenas a afirmativa III está correta; 8. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei (A) federal. (B) estadual. (C) municipal. (D) estadual ou lei federal. (E) municipal ou lei estadual. 9. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª Região – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde (A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. (B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física. (C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. (E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 10. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara (A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa. (B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante. (C) do domicílio do reclamante, apenas. (D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante. (E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima. 11. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que (A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho. (B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador. (C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. (D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. (E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 12. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município “Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador, que reside no município “Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município (A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato. (B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante. (C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada. (D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da celebração do contrato ou pelo seu domicílio. (E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços. 13. (FCC – Analista Execução e Mandados – TRT 6ª Região – 2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é INCORRETO afirmar: a) Para efeito de jurisdição dos TribunaisRegionais do Trabalho, o território nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação. e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao empregador. ------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocês: 01. 04. 07. 10. 13. 02. 05. 08. 11. 03. 06. 09. 12. ------------------------------------------------------------------------- Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 1.6. Questões FCC comentadas: 1. (Juiz do Trabalho – TRT 24ª Região – 2006) Analise as proposições seguintes: I. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Não obstante, o direito material a ser aplicável será o vigente no país da prestação de serviços. II. Compete ao Ministério Público do Trabalho propor ações visando a declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores. III. O empregado e o empregador, no contrato de emprego, podem estabelecer foro de eleição. IV. Quando dois ou mais juízos se derem por incompetentes, dá-se o conflito de competência negativo. Possível é o conflito de competência entre TRT e Vara do Trabalho a ele vinculada, o qual será dirimido pelo TST. a) somente as proposições III e IV são corretas b) todas as proposições são corretas c) somente as proposições I e II são corretas d) somente as proposições I, II e III são corretas e) somente as proposições II, III e IV são corretas Comentários: O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser transferido para outro. A Súmula 207 do TST estabelecia que a relação jurídica trabalhista seria regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação. Não podemos confundir a legislação material a ser aplicada, com a competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. Assim, antes do cancelamento da súmula estaria correta também a segunda parte da assertiva que diz “Não obstante, o direito material a ser aplicável será o vigente no país da prestação de serviços”. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Art. 83 da LC 75/93 Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; Não existe foro de eleição na Justiça do Trabalho. E, em relação ao conflito de competência a Súmula 420 do TST afirma que não configura conflito de competência entre a Vara de Trabalho e o TRT a que for vinculada. Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 2. (FCC/ Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT 6ª REGIÃO/2006) É competente para conhecer e julgar reclamação trabalhista ajuizada por empregado, que tem domicílio em Caruaru e foi contratado em Recife, tendo prestado serviços em Cabo de Santo Agostinho para instituição bancária, cuja matriz está situada em São Paulo, a Vara do Trabalho de (A) Cabo de Santo Agostinho ou Caruaru. (B) Cabo de Santo Agostinho ou São Paulo. (C) Recife, apenas. (D) Recife ou São Paulo. (E) Cabo de Santo Agostinho, apenas. Comentários: Letra E. A regra geral do art. 651 da CLT é o fundamento da questão. O empregado prestou serviços em Cabo de Santo Agostinho, sendo este o foro competente. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 3. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-16ª Região/2009) A competência em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, são consideradas, respectivamente, (A) absoluta, absoluta e relativa. (B) relativa, absoluta e absoluta. (C) absoluta, relativa e absoluta. (D) relativa, relativa e absoluta. (E) relativa, absoluta e relativa. Comentários: Letra A. Lembrem-se das siglas MPF (Absoluta) e VT (Relativa). 4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) As execuções das contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças trabalhistas, tendo em vista a natureza de tributo federal das mesmas, devem ser processadas perante a Justiça Federal Comum; Comentários: A assertiva está incorreta, uma vez que violou o entendimento sumulado do TST (Súmula 368, I do TST). Súmula 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. 5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região – 2007) A Justiça do Trabalho não possui competência para apreciar ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Comentários: Incorreta, porque o art. 114 da CF/88 ampliou a competência da Justiça do Trabalho, através da Emenda Constitucional 45/2004. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 Art. 114, VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 6. (FCC- PGE-AM- 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (A) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda Constitucional nº 45, de 2004. (B) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho,inclusive de servidores públicos estatutários. (C) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente das relações de trabalho. (D) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. (E) ações postulando cobrança de honorários advocatícios. Comentários: A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo art. 114 da CF\88, que foi abordado pela banca nesta questão. Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. IX – Outras controvérsias decorrentes das relações de trabalho, na forma da lei. 7. (FCC/Juiz do Trabalho – TRT/14ª Região/2003) Havendo conflito de competência caberá: I) Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes; (II) Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais Regionais do Trabalho; III) Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência suscitados entre as Varas do Trabalho; IV) Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o Tribunal Regional respectivo. Assinale a resposta: a) apenas a afirmativa IV está correta; b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas; c) apenas as afirmativas I e III estão corretas; d) apenas a afirmativa III está correta; Comentários: I- Ao TST caberá julgar o conflito entre as Varas de Trabalho e os Juízes de Direito investidos de jurisdição trabalhista, e não ao STJ. II- Ao TST caberá julgar os conflitos de competência entre dois Tribunais Regionais do Trabalho e não ao STF. III- Ao TRT caberá julgar os conflitos suscitados entre as Varas de Trabalho, portanto correta esta assertiva. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 IV- De acordo com a Súmula 420 do TST acima mencionada, não haverá conflito de competência entre TRT e Vara de Trabalho a ele vinculada. Incorreta a assertiva. Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 8. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 11ª Região – 2005) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei (A) federal. (B) estadual. (C) municipal. (D) estadual ou lei federal. (E) municipal ou lei estadual. Comentários: O art. 650 da CLT estabelece que a jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal. 9. (FCC- Técnico Judiciário – área administrativa – TRT 20ª Região – 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde (A) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro. (B) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física. (C)) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (D) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro. (E) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física. Comentários: A competência territorial na Justiça do Trabalho é, em regra, atribuída às Varas de Trabalho. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 10. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados TRT– GO- 2008) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara (A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa. (B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante. (C) do domicílio do reclamante, apenas. (D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante. (E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima. Comentários: A assertiva abordou o parágrafo 1º do art. 651 da CLT, portanto, o viajante comercial que não estiver subordinado à agência ou filial terá o seu domicílio ou a localidade mais próxima como foro competente. Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Varado Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa, no qual tenha prestado serviços. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 11. (FCC – Técnico Judiciário - TRT 11ª Região - 2012) Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que (A) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação de trabalho. (B) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador. (C) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. (D) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. (E) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados. Comentários: Letra B. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 12. (FCC - Analista Administrativo - TRT 11º Região – 2012) O trabalhador firmou contrato de trabalho com a empresa no município “Alfa” para prestar serviços no município “Beta”. A empresa possui sua sede e domicílio no município “Gama”. Após ser dispensado o trabalhador, que reside no município “Delta”, resolve ajuizar ação reclamatória trabalhista para receber seus haveres rescisórios. Neste caso, de acordo com a CLT, deverá ajuizar a reclamatória no município (A) “Alfa” porque foi o local onde da celebração do contrato. (B) “Delta” porque é o domicílio do trabalhador reclamante. (C) “Gama” porque é o domicílio da empresa reclamada. (D) “Alfa” ou “Delta” porque o trabalhador poderá optar pelo local da celebração do contrato ou pelo seu domicílio. (E) “Beta” porque foi o local da prestação dos serviços. Comentários: Letra E. A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 39 Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio. § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 13. (FCC – Analista Execução e Mandados – TRT 6ª Região – 2012) Quanto às regras aplicáveis à jurisdição e competência, é INCORRETO afirmar: a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é dividido em 24 (vinte e quatro) regiões. b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre os trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação. e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao empregador. Comentários: Letra E. O art. 674 da CLT estabelece que para efeito de jurisdição os Tribunais Regionais do Trabalho são divididos em 24 regiões. Art. 674. Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido nas 24 (vinte e quatro) Regiões seguintes: 1ª Região - Estado do Rio de Janeiro; 2ª Região - Estado de São Paulo; Processo do Trabalho TRT da 12ª Região Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 40 3ª Região - Estado de Minas Gerais; 4ª Região - Estado do Rio Grande do Sul; 5ª Região - Estado da Bahia; 6ª Região - Estado de Pernambuco; 7ª Região - Estado do Ceará; 8ª Região - Estado do Pará e do Amapá; 9ª Região - Estado do Paraná; 10ª Região - Distrito Federal 11ª Região - Estado do Amazonas e de Roraima; 12ª Região - Estado de Santa Catarina; 13ª Região - Estado da Paraíba; 14ª Região - Estado de Rondônia e Acre; 15ª Região - Estado de São Paulo (área não abrangida pela jurisdição estabelecida na 2ª Região); 16ª Região - Estado do Maranhão; 17ª Região - Estado do Espírito Santo; 18ª Região - Estado de Goiás; 19ª Região - Estado de Alagoas; 20ª Região - Estado de Sergipe; 21ª Região - Estado do Rio Grande do Norte; 22ª Região - Estado do Piauí; 23ª Região - Estado do Mato Grosso; 24ª Região - Estado do Mato Grosso do Sul. Parágrafo único. Os Tribunais
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