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Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos. Peço desculpas pela troca de arquivos. Segue agora a aula sobre ação rescisória. Aproveito para apresentar o Mandado de Segurança e o Inquérito para apuração de falta grave. Na aula 08 comentarei as Súmulas e OJs sobre Ação Rescisória. Aula 07: Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave e mandado de segurança. Ação Rescisória 7.1. Do Mandado de Segurança: O Mandado de Segurança é uma ação de conhecimento de natureza constitucional amparada pelo art. 5º, LXIX e LXX da CF/88, busca tutelar direito liquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica nas atribuições de função pública. É regulado também pela Lei 12.016 de 2009 que revogou a Lei 1.533 de 1951, que passou a ser responsável por disciplinar todas as diretrizes infraconstitucionais atinentes ao mandado de segurança e no seu art. 1º apresenta o conceito da ação. Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 § 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. § 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. É também conhecida como writ e/ou mandamus, e está disposta no rol das garantias fundamentais. Nesse sentido nos ensina Bezerra Leite (Curso de Direito Processual do Trabalho, pág. 1249. 10ª ed. 2012):O mandado de segurança é uma garantia fundamental, portanto, de natureza constitucional, exteriorizada por meio de uma ação civil, cuja titularidade é conferida a qualquer pessoa (física ou jurídica, de direito público ou privado) ou ente despersonalizado com capacidade processual, cujo escopo repousa na proteção de direitos individuais próprios ou direitos individuais homogêneos ou coletivos, caracterizados como liquido e certos, não amparados por habeas corpus ou habeas data, contra ato de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica de direito privado no exercício delegado de atribuições do Poder Público. (grifo nosso) A Constituição Federal de 1988 estabeleceu nos incisos LXIX e LXX do ser art. 5º, importantes considerações sobre o mandado de segurança, in verbis; LXIX- conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 O mandado de segurança está atrelado às condições genéricas de toda e qualquer ação, mas além destas, exige três outras condições especiais, quais sejam: A) O direito líquido e certo: O direito líquido e certo enquanto condição específica do mandado de segurança é o que decorre de um fato que pode ser provado de plano, mediante prova exclusivamente documental, no momento da impetração. As provas do mandado de segurança devem ser constituídas antes de sua interposição, e serem apresentadas juntamente com a petição inicial, uma vez que em sede de mandado de segurança não se admite fase probatória. O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na petição inicial. Condições Especiais da Ação O direito líquido e certo. A ilegalidade ou abuso de poder. O ato de autoridade pública. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 Súmula 415 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. ART. 284 DO CPC. APLICABILIDADE. Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituida, inaplicável se torna o art. 284 do CPC quando verificada, na petição inicial do mandamus, a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. B) A ilegalidade ou abuso de poder: O ato que se deseja atacar com o mandado de segurança deverá ter sido praticado com ilegalidade ou abuso de poder. Nas palavras de Cassio Scarpinella temos que: "Ilegalidade, na doutrina do direito público, usualmente se relaciona aos desvios dos padrões de legalidade estrita(...) e, consequentemente, à prática de atos vinculados. Abuso de poder, diferentemente, relaciona-se intrinsecamente aos chamados 'atos discricionários' que, de acordo com a doutrina tradicional do direito administrativo, correspondem àqueles atos em que a autoridade tem maior margem de apreciação dos motivos, dos elementos ou da finalidade a ser atingida pelo ato (...) tanto os casos de 'ilegalidade' como os de 'abuso de poder' são formas de invalidades e desconformidades com o ordenamento jurídico". (BUENO, Cassio Scarpinella. Mandado de segurança, p.18) Sergio Ferraz (Mandado de Segurança (individual e coletivo): aspectos polêmicos. 2.ed. pág. 24-25), esclarece que como condição especifica da ação, aplicam-se à ilegalidade ou abuso de poder as mesmas considerações que expendemos relativamente ao direito líquido e certo (na perspectiva estrita de se tratar de uma especial condição da ação), inclusive quanto a constituir a negação de sua existência matéria de mérito, não pronunciável mediante extinção do processo sem julgamento do mérito. C) O ato de autoridade pública: Autoridade pública aqui deve ser entendida no sentido lato, estando incluídos os agentes da administração direta e indireta, bem como, os agentes dos poderes executivos, legislativo e judiciário, desde que pratiquem ato na condição de autoridade pública. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 Para Hely Lopes Meireles, "ato de autoridade é toda manifestação ou omissão do Poder Público ou de seus delegados, no desempenho de suas funções ou a pretexto de exercê-las. Por autoridade entende-se a pessoa física investida de poder de decisãodentro da esfera de competência que lhe é atribuída (...) equiparam-se a atos de autoridade as omissões administrativas das quais possa resultar lesão a direito subjetivo da parte" (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança, ação popular, ação civil pública, mandado de injunção e habeas data", ação declaratória de constitucionalidade, arguição de descumprimento de preceito fundamental, controle incidental de normas no direito brasileiro, p.33-34) À guisa de ilustração, transcrevemos acórdão do STF: Mesmo após a edição da Lei n. 12.016/2009, Lei do Mandado de Segurança, aquele que, na condição de superior hierárquico, não pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução de um ato não poderá figurar como autoridade coatora. Caso contrário, o presidente da Republica seria autoridade coatora em todos os mandados de segurança impetrados contra ações ou omissões danosas verificadas no âmbito federal. (STF-RMS 26.211. Rel. Min. Luiz Fux, J. 7.9.2011, 1ª t., DJE de 11.10.2011). Vejamos, agora, a competência da Justiça do Trabalho! A Emenda Constitucional 45/04 estabeleceu a competência da justiça do trabalho para processar e julgar os mandados de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. Trazendo assim, a possibilidade de interposição de mandado de segurança perante as Varas de Trabalho, órgão de primeiro grau de jurisdição. Art. 114 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. É oportuno ressaltar que a competência para processar e julgar o mandado de segurança será também dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da autoridade que estiver envolvida (artigos 652 e 653 da CLT). Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 A competência será dos Tribunais Regionais do Trabalho, quando as autoridades coatoras forem: juízes do Trabalho, juiz de direito investido na jurisdição trabalhista, funcionários do TRT e funcionários das Varas de Trabalho. A competência será do TST quando a autoridade coatora for Ministro do TST. Hipóteses de não-cabimento de mandado de segurança: A Lei 12.016 de 2009, dispõem em seus art. 5º e 6º, §5º hipóteses em que não deverá ser admitido o mandado de segurança, in verbis: Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I-de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II-de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III-de decisão judicial transitada em julgado. Art. 6º (...) §5º Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei. n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973- Código de Processo Civil. Além disso, também não cabe mandado de segurança contra lei em tese conforme a súmula 266 do STF e como substittutivo de ação de cobrança, súmula 269 do STF. Súmulas e OJs do TST que tratam do tema: Súmula 33 do TST Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado. OJ 54 da SDI-II do TST Ajuizados embargos de terceiro (art.1046 do CPC) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível a interposição de mandado de segurança com a mesma finalidade. Súmula 259 do TST Não caberá a impetração de mandado de segurança quando o juiz conceder liminar ou homologar um acordo, até porque um acordo homologado somente poderá ser atacado, em relação às parcelas trabalhistas, por uma Ação Rescisória. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Súmula 418 do TST A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. OJ 99 da SBDI-2 do TST. Esgotadas as vias recursais existentes, não cabe mandado de segurança. OJ 138 da SBDI-2 do TST. A Justiça do trabalho é incompetente para apreciar ação de cobrança de honorários advocatícios, pleiteada na forma do ar. 24, §§1 e 2, da Lei 8.906/94, em face da natureza civil do contrato de honorários. OJ 140 da SBDI-2 do TST. Não cabe mandado de segurança para impugnar despacho que acolheu ou indeferiu liminar em outro mandado de segurança. Hipóteses de cabimento do Mandado de Segurança: Na Justiça do Trabalho o mandado de segurança é utilizado na maioria das vezes contra ato jurisdicional. A Emenda Constitucional 45/04 possibilitou a utilização do mandado de segurança para impugnar outros atos que não sejam de natureza jurisdicional, ou seja, que não sejam atos praticados pelo juiz. A seguir, citarei alguns exemplos dados pelo jurista Manoel Antônio Teixeira Filho (Mandado de segurança na Justiça do Trabalho. 2.ed. pág. 164. 1994) de cabimento de mandado de segurança na Justiça do trabalho: a) contra o cerceio de defesa quando o juiz de um modo ilegal não permite que a parte produza as provas necessárias para demonstrar a veracidade dos fatos alegados; b) contra a decisão que não admitiu o Agravo de Instrumento que é o recurso interposto contra decisão que não dá seguimento a um recurso interposto, conforme estudaremos nas próximas aulas; c) contra a decisão que proíba que os advogados retirem os autos do processo de cartório, sem que haja impedimento legal para isto; d) para liberar a penhora efetuada em um bem público; e) para desfazer a arrematação quando o juiz não respeitar a preferência do credor para adjudicar o bem. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 PROCESSAMENTO: O processamento do mandado de segurança na Justiça do Trabalho é o mesmo estabelecido pela Lei 12.016/2009, cabendo destacar os principais pontos: Prazo decadencial Prova Petição inicial 120 dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Deverá ser proposta com toda prova documental (pré- constituída), sob pena de indeferimento da inicial. O mandado de segurança será interposto através de petição inicial em duas vias, observando-se os requisitos do art. 282 do CPC. Deverá ser subscrita por advogado, não se admitindo o jus postulandi das próprias partes. SÚMULA 425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Em caso de urgência o art. 4º da Lei n.12.016/2009 permite que a impetração do mandado de segurança ocorra por telegrama ou radiograma ao juiz competente que poderá determinar que seja feita pela mesma forma a notificação à autoridade coatora, mas deverá nos termos do §2º do art. 4º da lei em questão apresentar o texto original da petição em até 5 dias úteis seguintes. O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na petição inicial. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e QuestõesFCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 Súmula 415 do TST Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. Prevê, ainda, o art. 6ª, §6 da lei que o pedido do mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. Despacho inicial: Nos termos do art. 7º da lei 12.016/2009, o juiz ao despachar a inicial, ordenará: I-que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; II-que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; III-que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e de ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objeto de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. Importante salientar, que uma vez que, foi concedida medida liminar, salvo se revogada ou cassada, os seus efeitos persistirão até que a sentença seja prolatada e ainda, se esta foi deferida o processo terá prioridade de julgamento, conforme o art. 7º, §§3º e 4º da lei n. 12.016/2009. Oitiva do Ministério Público: Após o fim dos 10 dias previstos para a autoridade coatora prestar as informações, o juiz ouvira o representante do MP, que opinará, dentro do prazo de 10 dias improrrogáveis. Após o prazo do MP com o sem o seu parecer, os autos serão conclusos ao juiz, que deverá decidir em 30 (trinta) dias. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Sentença: Ao proferir a sentença o juiz deverá observar todos os requisitos previstos na legislação processual civil e trabalhista. Recurso: Caberá recurso ordinário para atacar a sentença, que denegou ou concedeu o mandado de segurança. Contra o indeferimento da petição inicial pelo juiz de primeiro grau caberá recurso ordinário e se a competência para o julgamento couber originariamente a um dos tribunais, caberá agravo (interno ou regimental) para o órgão competente do tribunal que integre. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: A Constituição Federal de 1988 inovou ao prevê em seu art. 5º, LXX, o mandado de segurança coletivo, remédio constitucional capaz de tutelar direitos subjetivos coletivos, líquidos e certos violados, in verbis: LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por; a)partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidades de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Quando o ato questionado no Mandado de Segurança Coletivo for relativo à matéria sujeita à jurisdição trabalhista a competência será da Justiça do Trabalho (art. 114, IV da CF\88). As regras de competência para o mandado de segurança individual são as mesmas para o mandado de segurança coletivo. Vejamos os artigos da Lei 12.016 de 2009 que tratam do Mandado de Segurança Coletivo: Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. § 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 SÚMULAS DO TST e ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST: OJ-SDI2-151 Ação rescisória. Irregularidade de representação processual verificada na fase recursal. Procuração outorgada com poderes específicos para ajuizamento de reclamação trabalhista. Vicio processual insanável. (DEJT divulgado em 03,04, e 05.12.2008) SÚM-365 Alçada. Inaplicável. Ação rescisória. OJ-SDI2-91 Autenticação de copias pelas secretarias dos tribunais regionais do trabalho para formação do agravo de instrumento. Requerimento indeferido. CLT, art. 789§ 9º. OJ-SDI2-88 Cabimento. Alteração, de oficio, do valor da causa. Majoração das custas processuais. SÚM-414, I Cabimento. Antecipação de tutela concedida na sentença. Efeito suspensivo. Existência de ação própria. (conversão da OJ n. 51 da SDI-2) SÚM-414, II Cabimento. Antecipação de tutela ou liminar concedida antes da sentença. (conversão das OJs ns. 50 e 58 da SDI-2) SÚM-33 Cabimento. Decisão transitada em julgamento. OJ-SDI2-99 Cabimento. Esgotamento de todas as vias processuais disponíveis. Trânsito em julgamento formal. OJ-SDI2-98 Cabimento. Exigência do deposito prévio dos honorários periciais. Incompatibilidade com o processo do trabalho. (nova redação- DJ 22.08.2005) OJ-SDI2-92 Cabimento. Existência de recurso próprio. OJ-SDI2-57 Cabimento. INSS. Averbação e\ou reconhecimento. OJ-SDI2-140 Liminar concedida ou denegada em outra segurança. Lei n. 1.533/51, art. 8º. OJ-SDI2-67 Liminar obstativa da transferência do emprego. CLT, art. 659, IX. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 OJ-SDI2-59 Penhora. Carta de fiança bancaria. CPC, art. 655. OJ-SDI2-93 Penhora. Renda mensal ou faturamento de estabelecimento comercial. OJ-TP-10 Precatório. Processamento e pagamento. Natureza administrativa. Cabimento. OJ-SDI2-144 Proibição de prática de atosfuturos. Sentença genérica. Evento futuro. Ocorrência incerta. (nova redação- DJ 22.08.2005) SÚM-415 Prova documental pré-constituida. CPC, art. 284. (conversão da OJ n. 52 da SDI-2) OJ-SDI2-100 Recurso ordinário. Cabimento. Decisão regional proferida em agravo regimental contra liminar em ação cautelar ou em mandado de segurança. OJ-SDI2-65 Reintegração liminarmente concedida. Dirigente sindical. CLT, art.659, X. OJ-SDI2-142 Reintegração liminarmente concedida. Tutela antecipada. CLT, art. 659, X. OJ-SDI2-64 Reintegração. Tutela antecipada. Estabilidade provisória prevista em lei ou nome coletiva. SÚM-303, III Remessa ex officio. Cabimento. Fazenda Pública prejudicada pela concessão da ordem. (incorporação das OJs ns. 72 E 73 da SDI-1) OJ-SDI2-155 Valor atribuído á causa na inicial. Majoração de oficio. Invialidade. SÚM-418 Visando á concessão de liminar ou homologação de acordo. Faculdade do juiz. Relembrando: O Mandado de Segurança é uma ação de conhecimento de natureza constitucional amparada pelo art. 5º, LXIX e LXX da CF/88. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 A concessão do mandado de segurança será para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus e habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. A Constituição Federal estabeleceu duas espécies de mandado de segurança: o mandado de segurança individual (art. 5º, LXIX) e o mandado de segurança coletivo (art. 5º LXX). A Emenda Constitucional 45/04 estabeleceu a competência da justiça do trabalho para processar e julgar os mandados de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. Trazendo assim, a possibilidade de interposição de mandado de segurança perante as Varas de Trabalho, órgão de primeiro grau de jurisdição. É oportuno ressaltar que a competência para processar e julgar o mandado de segurança será também dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da autoridade que estiver envolvida (artigos 652 e 653 da CLT). A competência será dos Tribunais Regionais do Trabalho, quando as autoridades coatoras forem: juízes do Trabalho, juiz de direito investido na jurisdição trabalhista, funcionários do TRT e funcionários das Varas de Trabalho. A competência será do TST quando a autoridade coatora for Ministro do TST. Hipóteses de não-cabimento de mandado de segurança: A Lei 12.016 de 2009 trouxe algumas alterações na antiga lei do mandado de segurança, que apresentarei, no quadro em anexo, ao final deste tópico. Súmula 33 do TST Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado. OJ 54 da SDI-II do TST Ajuizados embargos de terceiro (art.1046 do CPC) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível a interposição de mandado de segurança com a mesma finalidade. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 Não caberá a impetração de mandado de segurança quando o juiz conceder liminar ou homologar um acordo, até porque um acordo homologado somente poderá ser atacado, em relação às parcelas trabalhistas, por uma Ação Rescisória (Súmula 259 do TST). Súmula 418 do TST A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Processamento: O mandado de segurança será interposto através de petição inicial em duas vias, observando-se os requisitos do art. 282 do CPC. Em caso de urgência a referida lei permite que a impetração do mandado de segurança ocorra por telegrama ou radiograma ao juiz competente que poderá determinar que seja feita pela mesma forma a notificação à autoridade coatora. O mandado de segurança, sob pena de indeferimento da inicial, deverá ser proposto com a prova documental pré-constituída. O que é prova documental pré-constituída? As provas do mandado de segurança devem ser constituídas antes de sua interposição, e serem apresentadas juntamente com a petição inicial, uma vez que em sede de mandado de segurança não se admite fase probatória. O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na petição inicial. Súmula 415 do TST Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 Principais Súmulas referentes ao Mandado de Segurança: Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. (CESPE – Defensor Público da União/2007) Julgue os itens a seguir com base na jurisprudência e na legislação trabalhista: 107 Não é cabível mandado de segurança contra tutela antecipada concedida antes da sentença, por existir recurso próprio. Comentários: Incorreta a assertiva, uma vez que a Súmula 414 do TST estabelece exatamente o contrário. Súmula 414 do TST I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. (Juiz do Trabalho/ TRT-14ª Região/2006) Considerando a jurisprudência consolidada do TST, analise as proposições dadas, apontando a alternativa correta: I- A tutela antecipada conseguida antes da prolação da sentença é impugnável por mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. IV- A concessão de liminar constitui faculdade do juiz, no uso de seu poder discricionário e de geral de cautela, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via de mandado de segurança. Comentários: I e II corretas. Súmula 414 do TST. Súmula 414 do TST II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III - A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar). Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 Súmula 416 do TST Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo, o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo. Súmula 417 do TSTI - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendodiscordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do artigo 620 do CPC. Súmula 267. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO OU CORREIÇÃO. OJ Nº. 92 MANDADO DE SEGURANÇA. EXISTÊNCIA DE RECURSO PRÓPRIO. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido. Súmula 268, STF. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. Observem a literalidade da lei nova: LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. § 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. § 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. Art. 2o Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. Art. 4o Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. § 1o Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. § 2o O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. § 3o Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em julgado. Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. § 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. § 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. § 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. § 4o (VETADO) § 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. § 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. § 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. § 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. § 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. § 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. § 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medidaliminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. § 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar recibo e, no caso do art. 4o desta Lei, a comprovação da remessa. Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o disposto no art. 4o desta Lei. Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. § 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. § 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. § 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. § 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. § 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. § 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1o deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. § 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 § 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. § 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original. Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento. Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre. Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão. Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais. Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus. § 1o Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator. § 2o O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco) dias. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurançano prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. § 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se- á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis. Bem, vou fazer um quadro comparativo entre os principais artigos da nova lei do mandado de segurança e da lei antiga. (o que estiver grifado em azul, foi a alteração da nova lei). Atenção: Trata-se de um quadro comparativo, por isso consta a lei antiga. Lei 1.533/51 Lei 12.016/09 Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-corpus, sempre que, ilegalmente ou com abuso do poder, alguém sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação, ou houver justo receio de sofrê-la, por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 § 1º - Consideram-se autoridades, para os efeitos desta lei, os representantes ou administradores das entidades autárquicas e das pessoas naturais ou jurídicas com funções delegadas do Poder Público, somente no que entender com essas funções. § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do Poder Público, somente no que disser respeito a essas atribuições. § 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (incluído) Art. 3º Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. (Prazo será de 120 dias) Parágrafo acrescentado Art. 6º Parágrafo único. No caso em que o documento necessário a prova do alegado se acha em repartição ou estabelecimento publico, ou em poder de autoridade que recuse fornecê-lo por certidão, o juiz ordenará, preliminarmente, por oficio, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará para cumprimento da ordem o prazo de dez dias. Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. Art. 6º § 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público, ou em poder de autoridade que recuse fornecê-lo por certidão, ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. Suprimida a expressão Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação, que passou a ser o § 2º do projeto de lei. Art. 10º § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. Parágrafo acrescentado ao texto Art. 16 Parágrafo único. Da decisão do relator, que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre.Parágrafo acrescentado Art. 30 Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei 1.079 Artigo acrescentado 7.2. Ação Rescisória: A ação rescisória é uma ação de natureza especial, que tem por objetivo atacar a coisa julgada. A Coisa julgada ocorrerá quando a decisão judicial tiver transitado em julgado, ou seja, não estará mais sujeita à interposição de recursos. É importante ressaltar que o ajuizamento da ação rescisória não impedirá ou não suspenderá o cumprimento da sentença rescindenda, que aquela sentença que se pretende desconstituir, conforme estabelece o art. 489 do CPC. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 O jurista Mauro Schiavi (Recursos no Processo do Trabalho. pág.285, 2012) entende que coisa julgada é o efeito ou a qualidade da sentença que se torna imutável, dentro da mesma relação jurídica processual em razão de já terem escoado os recursos, ou ainda que não esgotados todos os recursos, eles já não são possíveis em razão da parte que pretendia a reforma da decisão não os ter interposto ou eles não terem sido recebidos. É importante ressaltar que o ajuizamento da ação rescisória não impedirá ou não suspenderá o cumprimento da sentença rescindenda, que aquela sentença que se pretende desconstituir, conforme estabelece o art. 489 do CPC. Desta forma, é importante que conceituemos ação rescisória, para isso utilizaremos os conceitos apresentados pelos juristas abaixo: Para Jose Carlos Barbosa Moreira (Comentários ao Código de Processo Civil, v.V, 12 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.p.100). Chama-se rescisória a ação por meio da qual se pede a desconsideração de sentença transitada em julgado, com eventual rejulgamento, a seguir, da matéria nela julgada. Coqueijo Costa (Ação rescisória. 7.ed. SP LTR, 2002.p.27) relata que a ação rescisória tem por escopo fazer com que o interesse de justiça prevaleça sobre o interesse de segurança. A sentença, imutável embora, mostra-se tisnada por vícios fundamentais, justifica-se que o ordenamento jurídico preveja um remédio especifico para repará-la:é ação rescisória. A sentença deve ser justa, mas precisa ser certa. Daí a coisa julgada cobrir os efeitos da sentença,passível esta, entretanto, de corte pela rescisórias, assim o autor demonstre, no prazo preclusivo para a sua proposição, um dos vícios que a maculam. Mauro Schiavi (Recursos no Processo do Trabalho. LTR. p. 287.2012) ação de rito especial destinada a desconstituir a coisa julgada material, nas hipóteses previstas em lei. Sua natureza é constitutivo-negativa, ou desconstitutiva. Portanto, não se trata de recurso, pois não é destinada a neutralizar a sentença dentro da mesma relação jurídico-processual em que ela se formou, mas uma ação autônoma que tem por objetivo desconstituir a coisa julgada material. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 Desse modo, somente a sentença de mérito (art. 269 do CPC) pode ser objeto da ação rescisória. As sentenças terminativas (art. 267 do CPC), as proferidas em processos de jurisdição voluntária e as decisões interlocutórias não podem ser objeto da ação rescisória. A) Hipóteses de cabimento da ação rescisória O art. 485 apresenta um rol taxativo das hipóteses que são passiveis da ação rescisória, vejamos: Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; § 1º - Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. § 2º - É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. As decisões interlocutórias, por não apreciarem o mérito/pedido, jamais serão passiveis de ataque por ação rescisória. O art. 836 da CLT prevê expressamente a possibilidade de ajuizamento de ação rescisória no processo do trabalho e dispõe que serão aplicados os dispositivos do Código de Processo Civil (artigos 485/495 do CPC). Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 Art. 836 da CLT É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de trânsito em julgado. (NR). E em que hipóteses a coisa julgada poderá ser atacada? Nas hipóteses previstas no artigo 485 do CPC: a) quando a sentença foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; b) quando a sentença foi proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; c) quando a sentença resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou de colusão entre as partes a fim de fraudar a lei; d) quando a sentença ofender a coisa julgada; e) quando a sentença violar literal disposição de lei; f) quando a sentença se fundar em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal; g) quando o autor obtiver documento novo depois da sentença, cuja existência ignorava ou não pode fazer uso capaz de lhe assegurar por si só, pronunciamento favorável; h) quando houver fundamento para invalidar confissão, transação ou desistência, em que se baseou a sentença; i) fundada em erros de fato resultante de atos ou de documentos da causa. No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento adequado para atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e reclamado (art. 831 da CLT e Súmula 259 do TST). No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que forem devidas. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 Súmula 259 do TST Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. Súmula 100 V do TST. O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. O defeito procedimental (error in procedendo), contido na sentença de mérito, também pode ensejar à rescisória. Nesse sentido é a Súmula 412 do TST: Súmula 412 do TST. Ação rescisória. Sentença de mérito. Questão processual. Pode uma questão processual ser objeto de rescisão desde que consista em pressuposto de validade de uma sentença de mérito. B) Competência: Na justiça do trabalho, a competência originária para processar e julgar a ação rescisória é dos Tribunais. Da decisão vier a ser proferida na ação rescisória, caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, conforme a Lei. 7.701/88, arts. 2º, II, b, e 3º, III, a. Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. Se o acórdão de mérito emanar de órgão do Tribunal Superior do Trabalho, competente para a ação rescisória será o próprio TST, por meio da Seção de Dissídios Individuais ou Seção de Dissídios Coletivos. Nesse sentido é a Súmula 192 do TST: Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 (Advogado da União/2006) Marcus ajuizou reclamação trabalhista contra o seu antigo empregador. A sentença de primeira instância julgou absolutamente improcedente o pedido de Marcus, que irresignado interpôs recurso ordinário. O TRT ao analisar a questão negou provimento ao recurso ordinário. Marcus não se conformando interpôs recurso de revista, o qual foi admitido na origem. No TST, o recurso de revista não foi conhecido em virtude de a tese defendida por Marcus confrontar súmula de direito material de jurisprudência dominante do TST. A referida decisão transitou em julgado. Nessa situação se Marcus ajuizar ação rescisória, deverá fazê-lo perante o TRT, que é o Tribunal competente para julgar o feito. Comentários: A competência para o julgamento da ação rescisória, no caso em tela, é do TST (Súmula 192 do TST). Súmula 192 do TST I - Se não houver o conhecimento de recurso de revista ou de embargos,a competência para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, ressalvado o disposto no item II. II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais (Súmula 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da competência do Tribunal Superior do Trabalho. III - Em face do disposto no art. 512 do CPC, é juridicamente impossível o pedido explícito de desconstituição de sentença quando substituída por acórdão do Tribunal Regional ou superveniente sentença homologatória de acordo que puser fim ao litígio. IV - É manifesta a impossibilidade jurídica do pedido de rescisão de julgado proferido em agravo de instrumento que, limitando-se a aferir o eventual desacerto do juízo negativo de admissibilidade do recurso de revista, não substitui o acórdão regional, na forma do art. 512 do CPC. V - A decisão proferida pela SBDI, em sede de agravo regimental, calcada na Súmula nº 333, substitui acórdão de Turma do TST, porque emite juízo de mérito, comportando, em tese, o corte rescisório. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 C) Requisitos específicos da Petição Inicial: A ação rescisória será proposta por petição escrita, endereçada ao Tribunal Regional do Trabalho, que possui competência originária para o julgamento da respectiva ação. Caberá recurso ordinário para o TST contra a decisão proferida em ação rescisória. Aplicam-se os requisitos essenciais do art. 282 do CPC, ao processo do trabalho, devendo o autor: I-cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa; II-depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível, ou improcedente. Devendo ainda o autor, observar os requisitos comuns previstos no art. 282 do CPC e indicar na petição inicial: a)a existência de uma decisão definitiva (sentença ou acórdão de mérito) transitada em julgado; b)a invocação de alguma (ou algumas) das hipóteses de admissibilidade taxativamente arroladas no art. 485 do CPC. Não é admitido o jus postulandi na ação rescisória, neste sentido é a Súmula 425 do TST. SUM-425 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. É importante lembrar que é necessário para ajuizamento da ação rescisória um depósito prévio fixado em 20% sobre o valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. D) Prazo: O prazo para propor ação rescisória é de dois anos, contados do trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, é o que dispõe o art. 495 do CPC e a Súmula 100 do TST. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 Art.495 do CPC: O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão. No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento adequado para atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e reclamado (art. 831 da CLT e Súmula 259 do TST). Súmula 259 do TST Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. Súmula 100 V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. A ação rescisória será proposta por petição escrita, endereçada ao Tribunal Regional do Trabalho, que possui competência originária para o julgamento da respectiva ação. Caberá recurso ordinário para o TST contra a decisão proferida em ação rescisória. SÚMULA 100 DO TST. I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente sub-seqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência da fraude. VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. Comentários: A finalidade da ação rescisória é o desfazimento da sentença que possui algum vício processual, descrito no artigo 485 do CPC, é o que se chama de rescindibilidade da sentença. O julgamento da ação rescisória divide-se em duas fases, ou seja, o autor deverá formular dois pedidos: a) Juízo Rescindente: o autor formula o pedido de rescisão e caso este pedido seja procedente, passa-se ao juízo rescisório. b) Juízo Rescisório: O autor formula o pedido de novo julgamento daquilo que é objeto de rescisão da sentença.Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 A ação rescisória deve ser proposta no prazo de dois anos, contados do trânsito em julgado da decisão (art. 495 da CLT). Este prazo é de decadência e deverá ser contado do trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. Súmula 100 do TST I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. Há muitas Súmulas do TST que tratam da Ação Rescisória! Súmula 83 do TST I - Não procede pedido formulado na ação rescisória por violação literal de lei se a decisão rescindenda estiver baseada em texto legal infraconstitucional de interpretação controvertida nos Tribunais. II - O marco divisor quanto a ser, ou não, controvertida, nos Tribunais, a interpretação dos dispositivos legais citados na ação rescisória é a data da inclusão, na Orientação Jurisprudencial do TST, da matéria discutida. Comentários: A Súmula 343 do STF declara que não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos Tribunais. Porém, em se tratando de tema constitucional e não de texto legal de interpretação controvertida o STF tem entendido ser cabível a rescisória. De acordo com o inciso II da Súmula 83 o marco divisor para que a matéria seja considerada controvertida é a sua inclusão como orientação jurisprudencial do TST. SUM-99 Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção. Súmula 100 do TST II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência, a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 O trânsito em julgado poderá ocorrer em partes em relação a cada tópico da sentença. Por isso, que ele dar-se-á em momentos diferentes. Neste caso o prazo decadencial para a propositura da ação rescisória deverá ser contado do trânsito em julgado de cada decisão. III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. O trânsito em julgado ocorrerá mesmo na hipótese de interposição de um recurso incabível ou intempestivo. IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. Há a possibilidade da certidão do trânsito em julgado ter sido feita de forma errada. Quando outros elementos nos autos comprovar que o trânsito em julgado ocorreu em outra data, o juiz poderá considerá-los porque ele não está adstrito à certidão. V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência da fraude. Colusão é o uso que as partes fazem do processo, violando a lei ou prejudicando terceiros. Trata-se de uma fraude processual. Assim, a partir do momento em que o Ministério Público do Trabalho tomar conhecimento da fraude processual é que começará a fruir o prazo para o ajuizamento da ação rescisória. VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 Quando o Tribunal afastar a decadência, ele poderá ingressar no mérito da postulação se a matéria discutida for unicamente de direito e nos autos constarem elementos suficientes para propiciar o imediato julgamento do processo. VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. Este inciso menciona a hipótese da exceção de incompetência ser oposta no prazo recursal, mas não dentro do recurso. Neste caso, ela não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. O art. 775 da CLT estabelece que os prazos que vencerem no sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil que se seguir. A Súmula 100, IX estabelece, também que no dia em que não houver expediente forense, o prazo decadencial para a interposição da ação rescisória expirará no 1º dia útil que se seguir. X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. Súmula 192 do TST I - Se não houver o conhecimento de recurso de revista ou de embargos, a competência para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, ressalvado o disposto no item II. É o que esclarece a Súmula 249 do STF que estabelece a competência do STF para julgamento de ação rescisória quando, embora não tendo conhecido do recurso extraordinário, ou havendo negado provimento ao agravo, tiver apreciado a questão federal controvertida. Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões Analista Judiciário e Execução de Mandados Teoria e Questões FCC PROFESSORA: Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 39 II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais (Súmula nº 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da competência do Tribunal Superior do Trabalho. Diz Sérgio Pinto Martins, que o TST adequou sua jurisprudência ao entendimento do STF ao considerar que se o acórdão rescindendo do TST, não conhecer de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de violação de direito material ou de jurisprudência, estará examinando o mérito
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