Buscar

Mandado de Segurança e Inquérito para apuração de falta grave

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Queridos alunos. 
 
Peço desculpas pela troca de arquivos. 
 
Segue agora a aula sobre ação rescisória. Aproveito para apresentar o 
Mandado de Segurança e o Inquérito para apuração de falta grave. 
 
Na aula 08 comentarei as Súmulas e OJs sobre Ação Rescisória. 
 
Aula 07: Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta 
grave e mandado de segurança. Ação Rescisória 
 
7.1. Do Mandado de Segurança: 
 
O Mandado de Segurança é uma ação de conhecimento de natureza 
constitucional amparada pelo art. 5º, LXIX e LXX da CF/88, busca 
tutelar direito liquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica nas atribuições de 
função pública. 
 
É regulado também pela Lei 12.016 de 2009 que revogou a Lei 1.533 de 
1951, que passou a ser responsável por disciplinar todas as diretrizes 
infraconstitucionais atinentes ao mandado de segurança e no seu art. 1º 
apresenta o conceito da ação. 
 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, 
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver 
justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os 
administradores de entidades autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições. 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 2
 
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão 
comercial praticados pelos administradores de empresas 
públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias 
de serviço público. 
§ 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias 
pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de 
segurança. 
 
É também conhecida como writ e/ou mandamus, e está disposta no rol 
das garantias fundamentais. 
 
Nesse sentido nos ensina Bezerra Leite (Curso de Direito Processual do 
Trabalho, pág. 1249. 10ª ed. 2012):O mandado de segurança é uma 
garantia fundamental, portanto, de natureza constitucional, 
exteriorizada por meio de uma ação civil, cuja titularidade é conferida a 
qualquer pessoa (física ou jurídica, de direito público ou privado) ou 
ente despersonalizado com capacidade processual, cujo escopo repousa 
na proteção de direitos individuais próprios ou direitos individuais 
homogêneos ou coletivos, caracterizados como liquido e certos, não 
amparados por habeas corpus ou habeas data, contra ato de autoridade 
pública ou de agente de pessoa jurídica de direito privado no exercício 
delegado de atribuições do Poder Público. (grifo nosso) 
 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu nos incisos LXIX e LXX do 
ser art. 5º, importantes considerações sobre o mandado de segurança, 
in verbis; 
 
LXIX- conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público; 
 
LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por: a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 3
 
O mandado de segurança está atrelado às condições genéricas de toda e 
qualquer ação, mas além destas, exige três outras condições especiais, 
quais sejam: 
 
 
 
A) O direito líquido e certo: 
 
O direito líquido e certo enquanto condição específica do mandado de 
segurança é o que decorre de um fato que pode ser provado de plano, 
mediante prova exclusivamente documental, no momento da 
impetração. 
 
As provas do mandado de segurança devem ser constituídas antes de 
sua interposição, e serem apresentadas juntamente com a petição 
inicial, uma vez que em sede de mandado de segurança não se admite 
fase probatória. 
 
O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não 
forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 
do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o 
impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na 
petição inicial. 
 
 
 
 
 
Condições 
Especiais da Ação 
 
O direito líquido 
e certo. 
 
A ilegalidade ou 
abuso de poder. 
 
O ato de 
autoridade 
pública. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 4
 
 
Súmula 415 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. ART. 284 DO 
CPC. APLICABILIDADE. Exigindo o mandado de segurança prova 
documental pré-constituida, inaplicável se torna o art. 284 do CPC 
quando verificada, na petição inicial do mandamus, a ausência de 
documento indispensável ou de sua autenticação. 
 
B) A ilegalidade ou abuso de poder: 
 
O ato que se deseja atacar com o mandado de segurança deverá ter 
sido praticado com ilegalidade ou abuso de poder. 
 
Nas palavras de Cassio Scarpinella temos que: 
 
"Ilegalidade, na doutrina do direito público, usualmente se 
relaciona aos desvios dos padrões de legalidade estrita(...) e, 
consequentemente, à prática de atos vinculados. Abuso de poder, 
diferentemente, relaciona-se intrinsecamente aos chamados 'atos 
discricionários' que, de acordo com a doutrina tradicional do direito 
administrativo, correspondem àqueles atos em que a autoridade tem 
maior margem de apreciação dos motivos, dos elementos ou da 
finalidade a ser atingida pelo ato (...) tanto os casos de 'ilegalidade' 
como os de 'abuso de poder' são formas de invalidades e 
desconformidades com o ordenamento jurídico". (BUENO, Cassio 
Scarpinella. Mandado de segurança, p.18) 
 
Sergio Ferraz (Mandado de Segurança (individual e coletivo): aspectos 
polêmicos. 2.ed. pág. 24-25), esclarece que como condição especifica 
da ação, aplicam-se à ilegalidade ou abuso de poder as mesmas 
considerações que expendemos relativamente ao direito líquido e certo 
(na perspectiva estrita de se tratar de uma especial condição da ação), 
inclusive quanto a constituir a negação de sua existência matéria de 
mérito, não pronunciável mediante extinção do processo sem 
julgamento do mérito. 
 
C) O ato de autoridade pública: 
 
Autoridade pública aqui deve ser entendida no sentido lato, estando 
incluídos os agentes da administração direta e indireta, bem como, os 
agentes dos poderes executivos, legislativo e judiciário, desde que 
pratiquem ato na condição de autoridade pública. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 5
 
Para Hely Lopes Meireles, "ato de autoridade é toda manifestação ou 
omissão do Poder Público ou de seus delegados, no desempenho de 
suas funções ou a pretexto de exercê-las. Por autoridade entende-se a 
pessoa física investida de poder de decisãodentro da esfera de 
competência que lhe é atribuída (...) equiparam-se a atos de autoridade 
as omissões administrativas das quais possa resultar lesão a direito 
subjetivo da parte" (MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de segurança, 
ação popular, ação civil pública, mandado de injunção e habeas data", 
ação declaratória de constitucionalidade, arguição de descumprimento 
de preceito fundamental, controle incidental de normas no direito 
brasileiro, p.33-34) 
 
À guisa de ilustração, transcrevemos acórdão do STF: 
 
Mesmo após a edição da Lei n. 12.016/2009, Lei do Mandado 
de Segurança, aquele que, na condição de superior 
hierárquico, não pratica ou ordena concreta e especificamente 
a execução ou inexecução de um ato não poderá figurar como 
autoridade coatora. Caso contrário, o presidente da Republica 
seria autoridade coatora em todos os mandados de segurança 
impetrados contra ações ou omissões danosas verificadas no 
âmbito federal. (STF-RMS 26.211. Rel. Min. Luiz Fux, J. 
7.9.2011, 1ª t., DJE de 11.10.2011). 
 
Vejamos, agora, a competência da Justiça do Trabalho! 
 
A Emenda Constitucional 45/04 estabeleceu a competência da justiça do 
trabalho para processar e julgar os mandados de segurança quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. Trazendo 
assim, a possibilidade de interposição de mandado de segurança 
perante as Varas de Trabalho, órgão de primeiro grau de jurisdição. 
 
Art. 114 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição. 
 
É oportuno ressaltar que a competência para processar e julgar o 
mandado de segurança será também dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da autoridade 
que estiver envolvida (artigos 652 e 653 da CLT). 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 6
A competência será dos Tribunais Regionais do Trabalho, quando as 
autoridades coatoras forem: juízes do Trabalho, juiz de direito investido 
na jurisdição trabalhista, funcionários do TRT e funcionários das Varas 
de Trabalho. 
 
A competência será do TST quando a autoridade coatora for Ministro do 
TST. 
 
Hipóteses de não-cabimento de mandado de segurança: 
 
A Lei 12.016 de 2009, dispõem em seus art. 5º e 6º, §5º hipóteses em 
que não deverá ser admitido o mandado de segurança, in verbis: 
 
 Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se 
tratar: 
I-de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II-de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III-de decisão judicial transitada em julgado. 
Art. 6º (...) 
§5º Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos 
pelo art. 267 da Lei. n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973- 
Código de Processo Civil. 
 
Além disso, também não cabe mandado de segurança contra lei em tese 
conforme a súmula 266 do STF e como substittutivo de ação de 
cobrança, súmula 269 do STF. 
 
Súmulas e OJs do TST que tratam do tema: 
 
Súmula 33 do TST Não cabe mandado de segurança de decisão judicial 
transitada em julgado. 
 
 OJ 54 da SDI-II do TST Ajuizados embargos de terceiro (art.1046 do 
CPC) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível a 
interposição de mandado de segurança com a mesma finalidade. 
 
Súmula 259 do TST Não caberá a impetração de mandado de 
segurança quando o juiz conceder liminar ou homologar um acordo, até 
porque um acordo homologado somente poderá ser atacado, em relação 
às parcelas trabalhistas, por uma Ação Rescisória. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 7
 
 
Súmula 418 do TST A concessão de liminar ou a homologação de 
acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo 
tutelável pela via do mandado de segurança. 
 
OJ 99 da SBDI-2 do TST. Esgotadas as vias recursais existentes, não 
cabe mandado de segurança. 
 
OJ 138 da SBDI-2 do TST. A Justiça do trabalho é incompetente para 
apreciar ação de cobrança de honorários advocatícios, pleiteada na 
forma do ar. 24, §§1 e 2, da Lei 8.906/94, em face da natureza civil do 
contrato de honorários. 
 
OJ 140 da SBDI-2 do TST. Não cabe mandado de segurança para 
impugnar despacho que acolheu ou indeferiu liminar em outro mandado 
de segurança. 
 
Hipóteses de cabimento do Mandado de Segurança: 
 
Na Justiça do Trabalho o mandado de segurança é utilizado na maioria 
das vezes contra ato jurisdicional. 
 
A Emenda Constitucional 45/04 possibilitou a utilização do mandado de 
segurança para impugnar outros atos que não sejam de natureza 
jurisdicional, ou seja, que não sejam atos praticados pelo juiz. 
 
A seguir, citarei alguns exemplos dados pelo jurista Manoel Antônio 
Teixeira Filho (Mandado de segurança na Justiça do Trabalho. 2.ed. pág. 
164. 1994) de cabimento de mandado de segurança na Justiça do 
trabalho: 
 a) contra o cerceio de defesa quando o juiz de um modo ilegal 
não permite que a parte produza as provas necessárias para demonstrar 
a veracidade dos fatos alegados; 
b) contra a decisão que não admitiu o Agravo de Instrumento que 
é o recurso interposto contra decisão que não dá seguimento a um 
recurso interposto, conforme estudaremos nas próximas aulas; 
c) contra a decisão que proíba que os advogados retirem os autos 
do processo de cartório, sem que haja impedimento legal para isto; 
 d) para liberar a penhora efetuada em um bem público; 
e) para desfazer a arrematação quando o juiz não respeitar a 
preferência do credor para adjudicar o bem. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 8
 
PROCESSAMENTO: O processamento do mandado de segurança na 
Justiça do Trabalho é o mesmo estabelecido pela Lei 12.016/2009, 
cabendo destacar os principais pontos: 
 
Prazo decadencial 
 
Prova 
 
Petição inicial 
 
 
120 dias contados da 
ciência, pelo 
interessado, do ato 
impugnado. 
 
 
Deverá ser proposta 
com toda prova 
documental (pré-
constituída), sob pena 
de indeferimento da 
inicial. 
 
 
O mandado de 
segurança será 
interposto através de 
petição inicial em duas 
vias, observando-se 
os requisitos do art. 
282 do CPC. Deverá 
ser subscrita por 
advogado, não se 
admitindo o jus 
postulandi das 
próprias partes. 
 
 
SÚMULA 425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. ALCANCE 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, 
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competência do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Em caso de urgência o art. 4º da Lei n.12.016/2009 permite que a 
impetração do mandado de segurança ocorra por telegrama ou 
radiograma ao juiz competente que poderá determinar que seja feita 
pela mesma forma a notificação à autoridade coatora, mas deverá nos 
termos do §2º do art. 4º da lei em questão apresentar o texto original 
da petição em até 5 dias úteis seguintes. 
 
O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não 
forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 
do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o 
impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na 
petição inicial. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e QuestõesFCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 9
 
 
Súmula 415 do TST Exigindo o mandado de segurança prova 
documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC 
quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de 
documento indispensável ou de sua autenticação. 
 
Prevê, ainda, o art. 6ª, §6 da lei que o pedido do mandado de 
segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a 
decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. 
 
Despacho inicial: Nos termos do art. 7º da lei 12.016/2009, o juiz ao 
despachar a inicial, ordenará: 
 
I-que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, 
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos 
documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste 
as informações; 
II-que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial 
da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial 
sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; 
III-que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e de ato impugnado puder 
resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, 
sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou 
depósito, com o objeto de assegurar o ressarcimento à pessoa 
jurídica. 
 
Importante salientar, que uma vez que, foi concedida medida liminar, 
salvo se revogada ou cassada, os seus efeitos persistirão até que a 
sentença seja prolatada e ainda, se esta foi deferida o processo terá 
prioridade de julgamento, conforme o art. 7º, §§3º e 4º da lei n. 
12.016/2009. 
 
Oitiva do Ministério Público: Após o fim dos 10 dias previstos para a 
autoridade coatora prestar as informações, o juiz ouvira o representante 
do MP, que opinará, dentro do prazo de 10 dias improrrogáveis. 
 
Após o prazo do MP com o sem o seu parecer, os autos serão conclusos 
ao juiz, que deverá decidir em 30 (trinta) dias. 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 10
 
Sentença: Ao proferir a sentença o juiz deverá observar todos os 
requisitos previstos na legislação processual civil e trabalhista. 
 
Recurso: Caberá recurso ordinário para atacar a sentença, que 
denegou ou concedeu o mandado de segurança. 
 
Contra o indeferimento da petição inicial pelo juiz de primeiro grau 
caberá recurso ordinário e se a competência para o julgamento couber 
originariamente a um dos tribunais, caberá agravo (interno ou 
regimental) para o órgão competente do tribunal que integre. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: A Constituição Federal de 
1988 inovou ao prevê em seu art. 5º, LXX, o mandado de segurança 
coletivo, remédio constitucional capaz de tutelar direitos subjetivos 
coletivos, líquidos e certos violados, in verbis: 
 
LXX- o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por; 
a)partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidades de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
 
 
 Quando o ato questionado no Mandado de Segurança 
Coletivo for relativo à matéria sujeita à jurisdição trabalhista 
a competência será da Justiça do Trabalho (art. 114, IV da 
CF\88). 
 
 As regras de competência para o mandado de segurança 
individual são as mesmas para o mandado de segurança 
coletivo. 
 
 Vejamos os artigos da Lei 12.016 de 2009 que tratam do 
Mandado de Segurança Coletivo: 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 11
 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na 
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou 
à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos 
da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na 
forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de 
segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo 
ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária 
por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta 
Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação 
específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do 
impetrante. 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa 
julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria 
substituídos pelo impetrante. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não 
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a 
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) 
dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança 
coletiva. 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser 
concedida após a audiência do representante judicial da pessoa 
jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 
(setenta e duas) horas. 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 12
 
SÚMULAS DO TST e ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST: 
 
OJ-SDI2-151 Ação rescisória. Irregularidade de representação 
processual verificada na fase recursal. Procuração outorgada com 
poderes específicos para ajuizamento de reclamação trabalhista. Vicio 
processual insanável. (DEJT divulgado em 03,04, e 05.12.2008) 
 
SÚM-365 Alçada. Inaplicável. Ação rescisória. 
 
OJ-SDI2-91 Autenticação de copias pelas secretarias dos tribunais 
regionais do trabalho para formação do agravo de instrumento. 
Requerimento indeferido. CLT, art. 789§ 9º. 
 
OJ-SDI2-88 Cabimento. Alteração, de oficio, do valor da causa. 
Majoração das custas processuais. 
 
SÚM-414, I Cabimento. Antecipação de tutela concedida na sentença. 
Efeito suspensivo. Existência de ação própria. (conversão da OJ n. 51 da 
SDI-2) 
 
SÚM-414, II Cabimento. Antecipação de tutela ou liminar concedida 
antes da sentença. (conversão das OJs ns. 50 e 58 da SDI-2) 
 
SÚM-33 Cabimento. Decisão transitada em julgamento. 
 
OJ-SDI2-99 Cabimento. Esgotamento de todas as vias processuais 
disponíveis. Trânsito em julgamento formal. 
 
OJ-SDI2-98 Cabimento. Exigência do deposito prévio dos honorários 
periciais. Incompatibilidade com o processo do trabalho. (nova redação- 
DJ 22.08.2005) 
 
OJ-SDI2-92 Cabimento. Existência de recurso próprio. 
 
OJ-SDI2-57 Cabimento. INSS. Averbação e\ou reconhecimento. 
 
OJ-SDI2-140 Liminar concedida ou denegada em outra segurança. Lei 
n. 1.533/51, art. 8º. 
 
OJ-SDI2-67 Liminar obstativa da transferência do emprego. CLT, art. 
659, IX. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 13
OJ-SDI2-59 Penhora. Carta de fiança bancaria. CPC, art. 655. 
 
OJ-SDI2-93 Penhora. Renda mensal ou faturamento de 
estabelecimento comercial. 
 
OJ-TP-10 Precatório. Processamento e pagamento. Natureza 
administrativa. Cabimento. 
 
OJ-SDI2-144 Proibição de prática de atosfuturos. Sentença genérica. 
Evento futuro. Ocorrência incerta. (nova redação- DJ 22.08.2005) 
 
SÚM-415 Prova documental pré-constituida. CPC, art. 284. (conversão 
da OJ n. 52 da SDI-2) 
 
OJ-SDI2-100 Recurso ordinário. Cabimento. Decisão regional proferida 
em agravo regimental contra liminar em ação cautelar ou em mandado 
de segurança. 
 
OJ-SDI2-65 Reintegração liminarmente concedida. Dirigente sindical. 
CLT, art.659, X. 
 
OJ-SDI2-142 Reintegração liminarmente concedida. Tutela antecipada. 
CLT, art. 659, X. 
 
OJ-SDI2-64 Reintegração. Tutela antecipada. Estabilidade provisória 
prevista em lei ou nome coletiva. 
 
SÚM-303, III Remessa ex officio. Cabimento. Fazenda Pública 
prejudicada pela concessão da ordem. (incorporação das OJs ns. 72 E 
73 da SDI-1) 
 
OJ-SDI2-155 Valor atribuído á causa na inicial. Majoração de oficio. 
Invialidade. 
 
SÚM-418 Visando á concessão de liminar ou homologação de acordo. 
Faculdade do juiz. 
 
Relembrando: O Mandado de Segurança é uma ação de conhecimento 
de natureza constitucional amparada pelo art. 5º, LXIX e LXX da CF/88. 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 14
 
A concessão do mandado de segurança será para proteger direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus e habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público. 
 
A Constituição Federal estabeleceu duas espécies de mandado de 
segurança: o mandado de segurança individual (art. 5º, LXIX) e o 
mandado de segurança coletivo (art. 5º LXX). 
 
A Emenda Constitucional 45/04 estabeleceu a competência da justiça do 
trabalho para processar e julgar os mandados de segurança quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição. Trazendo 
assim, a possibilidade de interposição de mandado de segurança 
perante as Varas de Trabalho, órgão de primeiro grau de jurisdição. 
 
É oportuno ressaltar que a competência para processar e julgar o 
mandado de segurança será também dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, dependendo da autoridade 
que estiver envolvida (artigos 652 e 653 da CLT). 
 
A competência será dos Tribunais Regionais do Trabalho, quando as 
autoridades coatoras forem: juízes do Trabalho, juiz de direito investido 
na jurisdição trabalhista, funcionários do TRT e funcionários das Varas 
de Trabalho. 
 
A competência será do TST quando a autoridade coatora for Ministro do 
TST. 
 
Hipóteses de não-cabimento de mandado de segurança: 
 
A Lei 12.016 de 2009 trouxe algumas alterações na antiga lei do 
mandado de segurança, que apresentarei, no quadro em anexo, ao final 
deste tópico. 
 
Súmula 33 do TST Não cabe mandado de segurança de decisão judicial 
transitada em julgado. 
 
 OJ 54 da SDI-II do TST Ajuizados embargos de terceiro (art.1046 do 
CPC) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível a 
interposição de mandado de segurança com a mesma finalidade. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 15
Não caberá a impetração de mandado de segurança quando o juiz 
conceder liminar ou homologar um acordo, até porque um acordo 
homologado somente poderá ser atacado, em relação às parcelas 
trabalhistas, por uma Ação Rescisória (Súmula 259 do TST). 
 
Súmula 418 do TST A concessão de liminar ou a homologação de 
acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo 
tutelável pela via do mandado de segurança. 
 
Processamento: 
 
O mandado de segurança será interposto através de petição inicial em 
duas vias, observando-se os requisitos do art. 282 do CPC. 
 
Em caso de urgência a referida lei permite que a impetração do 
mandado de segurança ocorra por telegrama ou radiograma ao juiz 
competente que poderá determinar que seja feita pela mesma forma a 
notificação à autoridade coatora. 
 
O mandado de segurança, sob pena de indeferimento da inicial, deverá 
ser proposto com a prova documental pré-constituída. 
 
O que é prova documental pré-constituída? 
 
As provas do mandado de segurança devem ser constituídas antes de 
sua interposição, e serem apresentadas juntamente com a petição 
inicial, uma vez que em sede de mandado de segurança não se admite 
fase probatória. 
 
O art. 284 do CPC permite que o autor emende a inicial quando não 
forem preenchidos os requisitos do art. 282 do CPC, mas a Súmula 415 
do TST é no sentido de inaplicabilidade deste artigo quando o 
impetrante do mandado de segurança não apresentar os documentos na 
petição inicial. 
 
Súmula 415 do TST Exigindo o mandado de segurança prova 
documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC 
quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de 
documento indispensável ou de sua autenticação. 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 16
Principais Súmulas referentes ao Mandado de Segurança: 
 
Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em 
mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) 
dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o 
recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
 
 (CESPE – Defensor Público da União/2007) Julgue os itens a 
seguir com base na jurisprudência e na legislação trabalhista: 
107 Não é cabível mandado de segurança contra tutela 
antecipada concedida antes da sentença, por existir recurso próprio. 
 
Comentários: Incorreta a assertiva, uma vez que a Súmula 414 do 
TST estabelece exatamente o contrário. 
 
Súmula 414 do TST I - A antecipação da tutela concedida na 
sentença não comporta impugnação pela via do mandado de 
segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação 
cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. 
 
 
 
(Juiz do Trabalho/ TRT-14ª Região/2006) Considerando a 
jurisprudência consolidada do TST, analise as proposições dadas, 
apontando a alternativa correta: 
I- A tutela antecipada conseguida antes da prolação da sentença é 
impugnável por mandado de segurança, em face da inexistência de 
recurso próprio. 
IV- A concessão de liminar constitui faculdade do juiz, no uso de seu 
poder discricionário e de geral de cautela, inexistindo direito líquido e 
certo tutelável pela via de mandado de segurança. 
 
Comentários: I e II corretas. Súmula 414 do TST. 
 
Súmula 414 do TST II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) 
ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de 
segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III - A 
superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto 
do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela 
antecipada (ou liminar). 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 17
 
Súmula 416 do TST Devendo o agravo de petição delimitar 
justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere 
direito líquido e certo, o prosseguimento da execução quanto aos tópicos 
e valores não especificados no agravo. 
 
Súmula 417 do TSTI - Não fere direito líquido e certo do impetrante o 
ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em 
execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que 
obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendodiscordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado 
direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem 
depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 
666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito 
líquido e certo do impetrante a determinação de penhora em dinheiro, 
quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito 
a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, 
nos termos do artigo 620 do CPC. 
 
Súmula 267. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO 
JUDICIAL PASSÍVEL DE RECURSO OU CORREIÇÃO. 
 
OJ Nº. 92 MANDADO DE SEGURANÇA. EXISTÊNCIA DE RECURSO 
PRÓPRIO. Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial 
passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito 
diferido. 
 
 
Súmula 268, STF. NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA 
DECISÃO JUDICIAL COM TRÂNSITO EM JULGADO. 
 
 Observem a literalidade da lei nova: 
LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física 
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte 
de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções 
que exerça. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 18
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, 
somente no que disser respeito a essas atribuições. 
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão 
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de 
sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
§ 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias 
pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. 
Art. 2o Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as 
consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o 
mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela 
controlada. 
Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em 
condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança 
a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 
(trinta) dias, quando notificado judicialmente. 
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste 
artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da 
notificação. 
Art. 4o Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos 
legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax 
ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. 
§ 1o Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por 
telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do 
documento e a imediata ciência pela autoridade. 
§ 2o O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 
(cinco) dias úteis seguintes. 
§ 3o Para os fins deste artigo, em se tratando de documento 
eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves 
Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 19
Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se 
tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos 
estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias 
com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda 
e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta 
integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado 
se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de 
autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz 
ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em 
original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da 
ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à segunda via da petição. 
§ 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a 
própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da 
notificação. 
§ 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o 
ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. 
§ 4o (VETADO) 
§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo 
art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil. 
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado 
dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver 
apreciado o mérito. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 20
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, 
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, 
a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; 
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da 
pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem 
documentos, para que, querendo, ingresse no feito; 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a 
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado 
exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de 
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar 
a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a 
compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens 
provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores 
públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza. 
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, 
persistirão até a prolação da sentença. 
§ 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para 
julgamento. 
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares 
previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem 
os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de 
Processo Civil. 
Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da medida 
liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, 
concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento 
do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os 
atos e as diligências que lhe cumprirem. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 21
 
Art. 9o As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas da notificação da medidaliminar, remeterão ao Ministério ou 
órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a 
quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou 
da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado 
notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às 
providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e 
defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. 
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, 
quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum 
dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a 
impetração. 
§ 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá 
apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de 
segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator 
caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. 
§ 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o 
despacho da petição inicial. 
Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório 
corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados 
ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em 
aceitá-los ou dar recibo e, no caso do art. 4o desta Lei, a comprovação 
da remessa. 
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 
7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que 
opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os 
autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser 
necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. 
Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por 
intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência 
com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade 
coatora e à pessoa jurídica interessada. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 22
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o 
disposto no art. 4o desta Lei. 
Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe 
apelação. 
§ 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita 
obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 
§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 
§ 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser 
executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a 
concessão da medida liminar. 
§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias 
assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a 
servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual 
e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se 
vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. 
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito 
público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à 
ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do 
tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso 
suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da 
sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo 
de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à 
sua interposição. 
§ 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que 
se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao 
presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso 
especial ou extraordinário. 
§ 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 
1o deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento 
interposto contra a liminar a que se refere este artigo. 
§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar 
concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não 
prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que 
se refere este artigo. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 23
§ 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito 
suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do 
direito invocado e a urgência na concessão da medida. 
§ 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas 
em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os 
efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples 
aditamento do pedido original. 
Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá 
ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na 
sessão do julgamento. Parágrafo único. Da decisão do relator que 
conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão 
competente do tribunal que integre. 
Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos 
respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) 
dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas 
respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão. 
Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em 
única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, 
nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for 
denegada. 
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de 
segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por 
ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos 
patrimoniais. 
Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos 
recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas 
corpus. § 1o Na instância superior, deverão ser levados a julgamento 
na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao 
relator. § 2o O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 
5 (cinco) dias. 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 24
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de 
seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) 
ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, 
dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde 
que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização 
especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de 
segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou 
categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta 
Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação 
específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do 
impetrante. 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa 
julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos 
pelo impetrante. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não 
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a 
desistência de seu mandado de segurançano prazo de 30 (trinta) dias a 
contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser 
concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica 
de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e 
duas) horas. 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-
á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo 
interessado, do ato impugnado. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 25
Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da 
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 
interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento 
dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no 
caso de litigância de má-fé. 
Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento 
das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das 
sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 
1950, quando cabíveis. 
 
Bem, vou fazer um quadro comparativo entre os principais artigos da 
nova lei do mandado de segurança e da lei antiga. (o que estiver grifado 
em azul, foi a alteração da nova lei). 
 
Atenção: Trata-se de um quadro comparativo, por isso consta a lei 
antiga. 
 
 Lei 1.533/51 Lei 12.016/09 
 
 
 Art. 1º Conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por 
habeas-corpus, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso do 
poder, alguém sofrer violação ou 
houver justo receio de sofrê-la por 
parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem 
as funções que exerça. 
 
Art. 1º Conceder-se-á mandado 
de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com 
abuso de poder, qualquer pessoa 
física ou jurídica sofrer violação, 
ou houver justo receio de sofrê-la, 
por parte de autoridade, seja de 
que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça. 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 26
§ 1º - Consideram-se autoridades, 
para os efeitos desta lei, os 
representantes ou administradores 
das entidades autárquicas e das 
pessoas naturais ou jurídicas com 
funções delegadas do Poder 
Público, somente no que entender 
com essas funções. 
 
 
 § 1o Equiparam-se às 
autoridades, para os efeitos desta 
Lei, os representantes ou órgãos 
de partidos políticos e os 
administradores de entidades 
autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício 
de atribuições do Poder Público, 
somente no que disser respeito a 
essas atribuições. 
 § 2o Não cabe mandado de 
segurança contra os atos de 
gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas 
públicas, de sociedade de 
economia mista e de 
concessionárias de serviço público. 
(incluído) 
 Art. 3º Parágrafo único. O 
exercício do direito previsto no 
caput deste artigo submete-se ao 
prazo fixado no art. 23 desta Lei, 
contado da notificação. 
 (Prazo será de 120 dias) 
 Parágrafo acrescentado 
Art. 6º Parágrafo único. No 
caso em que o documento 
necessário a prova do alegado se 
acha em repartição ou 
estabelecimento publico, ou em 
poder de autoridade que recuse 
fornecê-lo por certidão, o juiz 
ordenará, preliminarmente, por 
oficio, a exibição desse documento 
em original ou em cópia autêntica 
e marcará para cumprimento da 
ordem o prazo de dez dias. Se a 
autoridade que tiver procedido 
dessa maneira for a própria 
coatora, a ordem far-se-á no 
próprio instrumento da notificação. 
Art. 6º § 1º No caso em que o 
documento necessário à prova do 
alegado se ache em repartição ou 
estabelecimento público, ou em 
poder de autoridade que recuse 
fornecê-lo por certidão, ou de 
terceiro, o juiz ordenará, 
preliminarmente, por ofício, a 
exibição desse documento em 
original ou em cópia autêntica e 
marcará, para o cumprimento da 
ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O 
escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à 
segunda via da petição. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 27
O escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à 
segunda via da petição. 
 
Suprimida a expressão Se a 
autoridade que tiver procedido 
dessa maneira for a própria 
coatora, a ordem far-se-á no 
próprio instrumento da notificação, 
que passou a ser o § 2º do projeto 
de lei. 
 
 
 
Art. 10º § 2o O ingresso de 
litisconsorte ativo não será 
admitido após o despacho da 
petição inicial. 
 Parágrafo acrescentado ao texto 
 Art. 16 Parágrafo único. Da 
decisão do relator, que conceder 
ou denegar a medida liminar 
caberá agravo ao órgão 
competente do tribunal que 
integre.Parágrafo acrescentado 
 Art. 30 Constitui crime de 
desobediência, nos termos do art. 
330 do Decreto-Lei 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940, o não 
cumprimento das decisões 
proferidas em mandado de 
segurança, sem prejuízo das 
sanções administrativas e da 
aplicação da Lei 1.079 Artigo 
acrescentado 
 
 
7.2. Ação Rescisória: A ação rescisória é uma ação de natureza 
especial, que tem por objetivo atacar a coisa julgada. 
 
A Coisa julgada ocorrerá quando a decisão judicial tiver transitado em 
julgado, ou seja, não estará mais sujeita à interposição de recursos. 
 
É importante ressaltar que o ajuizamento da ação rescisória não 
impedirá ou não suspenderá o cumprimento da sentença rescindenda, 
que aquela sentença que se pretende desconstituir, conforme estabelece 
o art. 489 do CPC. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 28
O jurista Mauro Schiavi (Recursos no Processo do Trabalho. pág.285, 
2012) entende que coisa julgada é o efeito ou a qualidade da sentença 
que se torna imutável, dentro da mesma relação jurídica processual em 
razão de já terem escoado os recursos, ou ainda que não esgotados 
todos os recursos, eles já não são possíveis em razão da parte que 
pretendia a reforma da decisão não os ter interposto ou eles não terem 
sido recebidos. 
 
É importante ressaltar que o ajuizamento da ação rescisória não 
impedirá ou não suspenderá o cumprimento da sentença rescindenda, 
que aquela sentença que se pretende desconstituir, conforme estabelece 
o art. 489 do CPC. 
 
Desta forma, é importante que conceituemos ação rescisória, para isso 
utilizaremos os conceitos apresentados pelos juristas abaixo: 
 
Para Jose Carlos Barbosa Moreira (Comentários ao Código de 
Processo Civil, v.V, 12 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.p.100). 
Chama-se rescisória a ação por meio da qual se pede a 
desconsideração de sentença transitada em julgado, com 
eventual rejulgamento, a seguir, da matéria nela julgada. 
 
Coqueijo Costa (Ação rescisória. 7.ed. SP LTR, 2002.p.27) 
relata que a ação rescisória tem por escopo fazer com que o 
interesse de justiça prevaleça sobre o interesse de segurança. A 
sentença, imutável embora, mostra-se tisnada por vícios 
fundamentais, justifica-se que o ordenamento jurídico preveja 
um remédio especifico para repará-la:é ação rescisória. A 
sentença deve ser justa, mas precisa ser certa. Daí a coisa 
julgada cobrir os efeitos da sentença,passível esta, entretanto, 
de corte pela rescisórias, assim o autor demonstre, no prazo 
preclusivo para a sua proposição, um dos vícios que a maculam. 
Mauro Schiavi (Recursos no Processo do Trabalho. LTR. p. 
287.2012) ação de rito especial destinada a desconstituir a coisa 
julgada material, nas hipóteses previstas em lei. Sua natureza é 
constitutivo-negativa, ou desconstitutiva. Portanto, não se trata 
de recurso, pois não é destinada a neutralizar a sentença dentro 
da mesma relação jurídico-processual em que ela se formou, 
mas uma ação autônoma que tem por objetivo desconstituir a 
coisa julgada material. 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 29
 
 Desse modo, somente a sentença de mérito (art. 269 do CPC) pode ser 
objeto da ação rescisória. As sentenças terminativas (art. 267 do CPC), 
as proferidas em processos de jurisdição voluntária e as decisões 
interlocutórias não podem ser objeto da ação rescisória. 
 
A) Hipóteses de cabimento da ação rescisória 
 
O art. 485 apresenta um rol taxativo das hipóteses que são 
passiveis da ação rescisória, vejamos: 
 
Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser 
rescindida quando: 
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou 
corrupção do juiz; 
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte 
vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar literal disposição de lei; 
Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em 
processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; 
Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja 
existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si 
só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; 
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência 
ou transação, em que se baseou a sentença; 
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de 
documentos da causa; 
§ 1º - Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, 
ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. 
§ 2º - É indispensável, num como noutro caso, que não tenha 
havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. 
 
As decisões interlocutórias, por não apreciarem o mérito/pedido, jamais 
serão passiveis de ataque por ação rescisória. 
 
O art. 836 da CLT prevê expressamente a possibilidade de ajuizamento 
de ação rescisória no processo do trabalho e dispõe que serão aplicados 
os dispositivos do Código de Processo Civil (artigos 485/495 do CPC). 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 30
 
Art. 836 da CLT É vedado aos órgãos da Justiça do 
Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos 
expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que 
será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX 
da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do 
valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. 
 
Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação 
rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu 
origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a 
respectiva certidão de trânsito em julgado. (NR). 
 
E em que hipóteses a coisa julgada poderá ser atacada? 
 
Nas hipóteses previstas no artigo 485 do CPC: 
a) quando a sentença foi dada por prevaricação, concussão ou 
corrupção do juiz; 
b) quando a sentença foi proferida por juiz impedido ou 
absolutamente incompetente; 
c) quando a sentença resultar de dolo da parte vencedora em 
detrimento da parte vencida ou de colusão entre as partes a fim de 
fraudar a lei; 
d) quando a sentença ofender a coisa julgada; 
e) quando a sentença violar literal disposição de lei; 
f) quando a sentença se fundar em prova cuja falsidade tenha sido 
apurada em processo criminal; 
g) quando o autor obtiver documento novo depois da sentença, 
cuja existência ignorava ou não pode fazer uso capaz de lhe assegurar 
por si só, pronunciamento favorável; 
h) quando houver fundamento para invalidar confissão, transação 
ou desistência, em que se baseou a sentença; 
i) fundada em erros de fato resultante de atos ou de documentos 
da causa. 
 
No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento adequado 
para atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e reclamado 
(art. 831 da CLT e Súmula 259 do TST). 
 
No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão 
irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que 
forem devidas. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 31
 
Súmula 259 do TST Só por ação rescisória é impugnável o termo de 
conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 
 
Súmula 100 V do TST. O acordo homologado judicialmente tem força 
de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o 
termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação 
judicial. 
 
O defeito procedimental (error in procedendo), contido na sentença de 
mérito, também pode ensejar à rescisória. Nesse sentido é a Súmula 
412 do TST: 
 
Súmula 412 do TST. Ação rescisória. Sentença de mérito. Questão 
processual. Pode uma questão processual ser objeto de rescisão desde 
que consista em pressuposto de validade de uma sentença de mérito. 
 
B) Competência: Na justiça do trabalho, a competência originária para 
processar e julgar a ação rescisória é dos Tribunais. Da decisão vier a 
ser proferida na ação rescisória, caberá recurso ordinário para o Tribunal 
Superior do Trabalho, conforme a Lei. 7.701/88, arts. 2º, II, b, e 3º, III, 
a. 
 
Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em 
ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do 
Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. 
 
Se o acórdão de mérito emanar de órgão do Tribunal Superior do 
Trabalho, competente para a ação rescisória será o próprio TST, por 
meio da Seção de Dissídios Individuais ou Seção de Dissídios Coletivos. 
 
Nesse sentido é a Súmula 192 do TST: 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 32
 (Advogado da União/2006) Marcus ajuizou reclamação trabalhista 
contra o seu antigo empregador. A sentença de primeira instância 
julgou absolutamente improcedente o pedido de Marcus, que 
irresignado interpôs recurso ordinário. O TRT ao analisar a questão 
negou provimento ao recurso ordinário. Marcus não se conformando 
interpôs recurso de revista, o qual foi admitido na origem. No TST, o 
recurso de revista não foi conhecido em virtude de a tese defendida 
por Marcus confrontar súmula de direito material de jurisprudência 
dominante do TST. A referida decisão transitou em julgado. Nessa 
situação se Marcus ajuizar ação rescisória, deverá fazê-lo perante o 
TRT, que é o Tribunal competente para julgar o feito. 
 
Comentários: A competência para o julgamento da ação rescisória, 
no caso em tela, é do TST (Súmula 192 do TST). 
 
Súmula 192 do TST I - Se não houver o conhecimento de recurso de 
revista ou de embargos,a competência para julgar ação que vise a 
rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, 
ressalvado o disposto no item II. 
 
II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não 
conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição 
de violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância 
com súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual 
jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais 
(Súmula 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da 
competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
III - Em face do disposto no art. 512 do CPC, é juridicamente 
impossível o pedido explícito de desconstituição de sentença quando 
substituída por acórdão do Tribunal Regional ou superveniente 
sentença homologatória de acordo que puser fim ao litígio. 
 
IV - É manifesta a impossibilidade jurídica do pedido de rescisão de 
julgado proferido em agravo de instrumento que, limitando-se a aferir 
o eventual desacerto do juízo negativo de admissibilidade do recurso 
de revista, não substitui o acórdão regional, na forma do art. 512 do 
CPC. V - A decisão proferida pela SBDI, em sede de agravo 
regimental, calcada na Súmula nº 333, substitui acórdão de Turma do 
TST, porque emite juízo de mérito, comportando, em tese, o corte 
rescisório. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 33
C) Requisitos específicos da Petição Inicial: 
 
A ação rescisória será proposta por petição escrita, endereçada ao 
Tribunal Regional do Trabalho, que possui competência originária para o 
julgamento da respectiva ação. Caberá recurso ordinário para o TST 
contra a decisão proferida em ação rescisória. 
 
Aplicam-se os requisitos essenciais do art. 282 do CPC, ao processo do 
trabalho, devendo o autor: 
I-cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo 
julgamento da causa; 
II-depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da 
causa, a título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de 
votos, declarada inadmissível, ou improcedente. 
 
Devendo ainda o autor, observar os requisitos comuns previstos no art. 
282 do CPC e indicar na petição inicial: 
a)a existência de uma decisão definitiva (sentença ou acórdão de 
mérito) transitada em julgado; 
b)a invocação de alguma (ou algumas) das hipóteses de 
admissibilidade taxativamente arroladas no art. 485 do CPC. 
 
Não é admitido o jus postulandi na ação rescisória, neste sentido é a 
Súmula 425 do TST. 
 
SUM-425 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
É importante lembrar que é necessário para ajuizamento da ação 
rescisória um depósito prévio fixado em 20% sobre o valor da causa, 
salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. 
 
D) Prazo: O prazo para propor ação rescisória é de dois anos, contados 
do trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, é o que 
dispõe o art. 495 do CPC e a Súmula 100 do TST. 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 34
 
 Art.495 do CPC: O direito de propor ação rescisória se extingue em 
2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão. 
 
No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento adequado 
para atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e reclamado 
(art. 831 da CLT e Súmula 259 do TST). 
 
Súmula 259 do TST Só por ação rescisória é impugnável o termo 
de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 
 
Súmula 100 V - O acordo homologado judicialmente tem força de 
decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o 
termo conciliatório transita em julgado na data da sua 
homologação judicial. 
 
A ação rescisória será proposta por petição escrita, endereçada ao 
Tribunal Regional do Trabalho, que possui competência originária para o 
julgamento da respectiva ação. Caberá recurso ordinário para o TST 
contra a decisão proferida em ação rescisória. 
 
SÚMULA 100 DO TST. 
I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia 
imediatamente sub-seqüente ao trânsito em julgado da última decisão 
proferida na causa, seja de mérito ou não. 
II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado 
dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo 
decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada 
decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa 
tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a 
decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o 
recurso parcial. 
III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso 
intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo 
inicial do prazo decadencial. 
IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em 
julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção 
através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou 
postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. 
V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão 
irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo 
conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 35
VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação 
rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não 
interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência 
da fraude. 
VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do 
TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, 
aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de 
direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
 
VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, 
sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a 
consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do 
prazo decadencial para a ação rescisória. 
 
IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o 
prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira 
em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não 
houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
 
X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do 
prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, 
apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. 
 
Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em 
ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do 
Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. 
 
Comentários: A finalidade da ação rescisória é o desfazimento da 
sentença que possui algum vício processual, descrito no artigo 485 do 
CPC, é o que se chama de rescindibilidade da sentença. 
 
O julgamento da ação rescisória divide-se em duas fases, ou seja, 
o autor deverá formular dois pedidos: 
 
a) Juízo Rescindente: o autor formula o pedido de rescisão e caso 
este pedido seja procedente, passa-se ao juízo rescisório. 
 
b) Juízo Rescisório: O autor formula o pedido de novo julgamento 
daquilo que é objeto de rescisão da sentença.Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 36
A ação rescisória deve ser proposta no prazo de dois anos, 
contados do trânsito em julgado da decisão (art. 495 da CLT). Este 
prazo é de decadência e deverá ser contado do trânsito em julgado da 
última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
 
Súmula 100 do TST I - O prazo de decadência, na ação rescisória, 
conta-se do dia imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da 
última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. 
 
Há muitas Súmulas do TST que tratam da Ação Rescisória! 
 
Súmula 83 do TST I - Não procede pedido formulado na ação 
rescisória por violação literal de lei se a decisão rescindenda estiver 
baseada em texto legal infraconstitucional de interpretação 
controvertida nos Tribunais. II - O marco divisor quanto a ser, ou não, 
controvertida, nos Tribunais, a interpretação dos dispositivos legais 
citados na ação rescisória é a data da inclusão, na Orientação 
Jurisprudencial do TST, da matéria discutida. 
 
Comentários: A Súmula 343 do STF declara que não cabe ação 
rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão 
rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação 
controvertida nos Tribunais. Porém, em se tratando de tema 
constitucional e não de texto legal de interpretação controvertida o STF 
tem entendido ser cabível a rescisória. 
 
De acordo com o inciso II da Súmula 83 o marco divisor para que 
a matéria seja considerada controvertida é a sua inclusão como 
orientação jurisprudencial do TST. 
SUM-99 Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é 
exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, 
devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, 
sob pena de deserção. 
Súmula 100 do TST II - Havendo recurso parcial no processo 
principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais 
diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do 
trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de 
preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão 
recorrida, hipótese em que flui a decadência, a partir do trânsito em 
julgado da decisão que julgar o recurso parcial. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 37
O trânsito em julgado poderá ocorrer em partes em relação a cada 
tópico da sentença. Por isso, que ele dar-se-á em momentos diferentes. 
Neste caso o prazo decadencial para a propositura da ação rescisória 
deverá ser contado do trânsito em julgado de cada decisão. 
 
III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso 
intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo 
inicial do prazo decadencial. 
 
O trânsito em julgado ocorrerá mesmo na hipótese de interposição de 
um recurso incabível ou intempestivo. 
 
IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em 
julgado juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção 
através de outros elementos dos autos quanto à antecipação ou 
postergação do "dies a quo" do prazo decadencial. 
 
Há a possibilidade da certidão do trânsito em julgado ter sido feita de 
forma errada. Quando outros elementos nos autos comprovar que o 
trânsito em julgado ocorreu em outra data, o juiz poderá considerá-los 
porque ele não está adstrito à certidão. 
 
V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão 
irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo 
conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. 
 
VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação 
rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não 
interveio no processo principal, a partir do momento em que tem 
ciência da fraude. 
 
Colusão é o uso que as partes fazem do processo, violando a lei ou 
prejudicando terceiros. Trata-se de uma fraude processual. Assim, a 
partir do momento em que o Ministério Público do Trabalho tomar 
conhecimento da fraude processual é que começará a fruir o prazo para 
o ajuizamento da ação rescisória. 
 
VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do 
TST que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, 
aprecia desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de 
direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 38
Quando o Tribunal afastar a decadência, ele poderá ingressar no mérito 
da postulação se a matéria discutida for unicamente de direito e nos 
autos constarem elementos suficientes para propiciar o imediato 
julgamento do processo. 
 
VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, 
sem ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a 
consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do 
prazo decadencial para a ação rescisória. 
 
Este inciso menciona a hipótese da exceção de incompetência ser 
oposta no prazo recursal, mas não dentro do recurso. Neste caso, ela 
não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e, assim, 
postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. 
 
IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o 
prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira 
em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não 
houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
 
O art. 775 da CLT estabelece que os prazos que vencerem no sábado, 
domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia útil que se seguir. A 
Súmula 100, IX estabelece, também que no dia em que não houver 
expediente forense, o prazo decadencial para a interposição da ação 
rescisória expirará no 1º dia útil que se seguir. 
 
X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do 
prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, 
apenas quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. 
 
Súmula 192 do TST I - Se não houver o conhecimento de recurso de 
revista ou de embargos, a competência para julgar ação que vise a 
rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Trabalho, 
ressalvado o disposto no item II. 
 
É o que esclarece a Súmula 249 do STF que estabelece a competência 
do STF para julgamento de ação rescisória quando, embora não tendo 
conhecido do recurso extraordinário, ou havendo negado provimento ao 
agravo, tiver apreciado a questão federal controvertida. 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT da 12ª e 18ª Regiões 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 39
II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não 
conhece de recurso de embargos ou de revista, analisando argüição de 
violação de dispositivo de lei material ou decidindo em consonância com 
súmula de direito material ou com iterativa, notória e atual 
jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais 
(Súmula nº 333), examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória 
da competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Diz Sérgio Pinto Martins, que o TST adequou sua jurisprudência ao 
entendimento do STF ao considerar que se o acórdão rescindendo do 
TST, não conhecer de recurso de embargos ou de revista, analisando 
argüição de violação de direito material ou de jurisprudência, estará 
examinando o mérito

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes