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AULA 9
Novo Código Civil, Legislação Tributária e Societária
O contador no desempenho da sua função deve possuir conhecimento de várias leis, normas e regulamentos que exercem influência direta sobre a prática contábil.
Dentre eles, destacamos os mais importantes — o Código Civil, a Constituição da República Federativa do Brasil de 88, o Código Tributário Nacional, a Lei n º 6.404/76 e a Lei nº 11.638/07 —, que você verá detalhadamente no decorrer desta aula.
Novo Código Civil
O Novo Código Civil entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003. Ele veio substituir o antigo Código Comercial de 1850 e o Decreto 3.708 de 1979. 
Com a entrada em vigor do Novo Código Civil (Lei 10.406/02), fica revogada a primeira parte do antigo Código Comercial de 1850 ("Do Comércio em Geral"), que tratava das sociedades comerciais.
A Lei 10.406/02 introduziu mudanças significativas para as Sociedades Limitadas, que passam a ter que cumprir diversas exigências previstas, anteriormente, somente para as Sociedades Anônimas (SA).
Ao tratar das Sociedades Limitadas, o Novo Código estabelece:
quando a matéria não estiver regulada no capítulo específico, fica sujeita à disciplina da sociedade simples;
A Sociedade Limitada somente poderá aplicar as normas que regem as S.A. se prevista no contrato. Caso contrário, rege-se, nas omissões, pelas normas da sociedade simples. 
O Novo Código impõe a obrigatoriedade da realização de reunião ou assembleia para deliberações de sócios, como por exemplo, aumento/redução de capital, incorporação, fusão ou cisão, aprovação das contas do balanço e outras decisões.
A reunião de sócios, cujo procedimento deverá ser estabelecido no contrato social, é possível apenas em sociedades com menos de 10 sócios, deliberando por maioria, sem a necessidade de quaisquer publicações. Já a assembleia geral de sócios é obrigatória em sociedades limitadas com mais de 10 sócios, e facultativa em sociedades que possuem menos de 10 sócios.
A titularidade da maioria absoluta do capital social passou a não garantir ao titular o controle societário, pois a simples alteração do contrato social depende da aprovação de 75% do capital social.
Assembleia Geral
A Assembleia Geral (reuniões para deliberar sobre a empresa) deve ser realizada ao menos uma vez por ano, nos 4 meses seguintes ao término do exercício social.
No entanto, a Lei 10.406/02 estabelece que tanto a reunião quanto a assembleia, poderão ser dispensadas, quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. 
A sociedade deve colocar à disposição dos sócios, até 30 dias antes da data marcada para a assembleia geral:
a) as contas dos administradores;
b) o balanço patrimonial; 
c) o balanço do resultado econômico. 
Como você viu até aqui, o Novo Código Civil, que entrou em vigor em 2003, revogou a Lei n° 3.017/1916 (Código Civil de 1916) e a Parte Primeira do Código Comercial de 1850,  trouxe alterações significativas para as empresas. 
Tipos de Sociedades
Sociedade simples
A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (parágrafo único do artigo 966). Exemplo típico de sociedade econômica não-empresária é aquela constituída por profissionais do mesmo ramo como, por exemplo, a dos advogados, médicos ou engenheiros, configurando-se como sociedade simples (artigos 966 e 981) cujo contrato social é inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. O Novo Código Civil considera empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços (artigo 966).
Sociedade em nome coletivo
Na Sociedade em nome coletivo os sócios são pessoas físicas, com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa, podendo o credor executar os bens particulares dos sócios, mesmo sem ordem judicial. Em virtude do elevado rico é pouco utilizada.
Sociedade em comandita simples
Na Sociedade em comandita simples a empresa é formada por sócios comanditados (aqueles que participam com capital e trabalho, tendo responsabilidade solidária e ilimitada) e comanditários (aqueles que aplicam apenas capital, possuindo responsabilidade limitada ao capital empregado e não participando da gestão dos negócios da empresa). Pela existência de responsabilidade solidária e ilimitada, por parte dos comanditados, é também pouco utilizada.
Sociedade limitada
Grande parte das empresas no Brasil é limitada (Ltda.), uma vez que nesse tipo de sociedade a responsabilidade de cada sócio restringe-se ao valor de suas cotas, porém responde solidariamente pela integralização do capital social, referente à parte não integralizada pelos demais sócios.
Legislação Tributária
A legislação tributária se refere às leis quanto à definição de tributos, atribuição de responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as penalidades para o caso de descumprimento da lei.O artigo 96 do Código Tributário Nacional (CTN) estabelece o que significa o termo “legislação tributária” onde a lei, em sentido formal, aparece como uma das espécies: “leis, tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”.
Segundo o Código Tributário Nacional, "tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada."
Imposto de Renda (IR)
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) incide no Brasil sobre todas as entidades jurídicas diferentes da Pessoa Física: as pessoas jurídicas e as empresas individuais. As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não. 
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/96, art. 60). As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º).
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
É um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, IV, da Constituição Federal). Suas disposições estão regulamentadas através do Decreto 7212 de 15 de junho de 2010, que institui a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados nacionais e estrangeiros. 
Os contribuintes do imposto podem ser o importador, o industrial, o comerciante ou o arrematador, ou a quem a lei os equiparar, a depender do caso. 
O IPI pode ocorrer em um dos seguintes momentos: com o desembaraço aduaneiro do produto importado, com a saída do produto industrializado do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante ou do arrematador, com a arrematação do produto apreendido ou abandonado, quando este é levado a leilão.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Instituída pela Lei nº 7.689/1988, é destinada ao financiamento da Seguridade Social, e incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda.
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
Trata-se de imposto estadual e incide sobre a circulação de mercadorias e sobre dois tipos de serviços: transporte (interestadual ou intermunicipal) e comunicações.
Imposto sobre Serviços (ISS)
É um imposto municipal, com exceção do Distrito Federal. Os contribuintes do imposto são as empresas ou profissionais autônomos que prestam o serviço tributável, mas os municípiose o Distrito Federal podem atribuir às empresas ou indivíduos que tomam os serviços a responsabilidade pelo recolhimento do imposto.
Legislação Societária
A Legislação Societária possui duas leis que se destacam por tratarem das sociedades anônimas: 
- Lei 6.404/76:
Criada em 15 de dezembro de 1976, a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976) é a lei que rege contabilmente as Sociedades Anônimas. 
Até  1976, os aspectos de ordem contábil, para elaboração  das demonstrações contábeis das empresas, eram regidos pelo decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1.940.
Redigida por José Luiz Bulhões Pedreira e Alfredo Lamy Filho, a pedido do então ministro da fazenda, Mário Henrique Simonsen - A Lei das Sociedades por Ações , foi promulgada pelo presidente Ernesto Geisel, e é considerada por muitos uma cópia do Model Business Corporation Act (MBCA), o modelo federal de legislação societária dos Estados Unidos.
O texto original da Lei nº 6.404/76, foi alterado 5 de maio de 1997 pela Lei nº 9.457,  no que dispõe sobre as sociedades por ações e pela Lei nº 10.303 de 31 de outubro de 2001, principalmente no que tange aos dispositivos de matéria societária e do direito dos acionistas.
O advento da Lei nº 6.404/76, à época e até fins de 2007, representou um avanço na técnica de elaboração das demonstrações contábeis e na forma de avaliação dos elementos  componentes do patrimônio contábil  das empresas.
- Lei 11.638/07
* Publicada no Diário Oficial da União de 28 de dezembro de 2007, vigorando para as demonstrações contábeis do exercício social iniciado somente a partir de 1º de janeiro de 2008, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera e revoga a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76). 
* A promulgação da referida Lei constituiu um grande marco na história brasileira e para os mercados de capital e financeiro, uma vez que direcionou as práticas contábeis adotadas no Brasil para uma maior modernização e harmonização com relação às normas contábeis internacionais, permitindo a inserção das empresas brasileiras no processo de convergência contábil  internacional e contribuindo para agregar maior grau de transparência às demonstrações contábeis em geral.
De acordo com a Lei 6.404/76, as demonstrações contábeis previstas no Art. 176 são: balanço patrimonial, a demonstração de resultado do exercício, a demonstração das origens e aplicação dos recursos, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração de fluxo de caixa e a demonstração de valor adicionado (DVA).

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