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AULA 10 - Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência da Empresa
Com a promulgação da Lei 11.101/05, o Brasil passa a adotar duas formas de evitar a falência do devedor em crise.
Recuperação Judicial.
Recuperação Extrajudicial.
O empresário e a sociedade (Algumas sociedades, embora empresárias, estão excluídas total ou parcialmente da falência, ou excluídas totalmente da recuperação (art. 2)) empresária estão sujeitos à recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência.
Vamos entender agora o perfil de dois atores envolvidos nas relações judiciais e extrajudiciais.
	
- Administrador Judicial: Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada.
	- Comitê de Credores: Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional.
Só poderá ser Administrador ou membro do Comitê a pessoa que não é legalmente impedida.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação judicial?
A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do empregado e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Quem é legitimado a requerer a recuperação judicial?
O Empresário
A Sociedade Empresária
O Cônjuge Sobrevivente
Os Herdeiros
O Inventariante
O Sócio Remanescente
Quais são os requisitos para requerer a recuperação judicial?
Exercer atividade regular há mais de dois anos.
Não ser falido e, se o foi, estarem extintas suas responsabilidades.
Não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial; sendo o devedor micro ou empresário de pequeno porte, o prazo é ampliado para oito anos.
Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime falimentar.
Vamos estudar agora os conceitos relacionados ao microempresário e empresário de pequeno porte.
Considera-se microempresário aquele que atinge faturamento bruto anual de R$ 244.000,00 e empresário de pequeno porte aquele cujo faturamento bruto anual varie entre R$ 244.000,01 e R$ 1.200.000,00.
Os microempresários e os empresários de pequeno porte poderão apresentar um plano especial de recuperação judicial.
O plano de recuperação limitar-se-á a algumas condições (art. 71).
Abrangerá exclusivamente os créditos quirografários.
Preverá parcelamento em até 36 parcelas iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a.
Preverá o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial.
Estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, depois de ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
Vamos entender os conceitos relacionados à recuperação extrajudicial?
Nem todos os credores serão atingidos pelo plano recuperação extrajudicial. Veja.
Credores Trabalhistas
Credores Tributários
Credores Titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietários ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio.
Credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para a exportação.
O empresário e a sociedade empresária, para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial, deverão preencher os requisitos* previstos no art. 161.
*Requisitos: Se o devedor encontrar uma saída para a crise que enfrenta em conformidade com os credores, não precisará atender a nenhum dos requisitos previstos na lei. Assim, quando a lei impõe requisitos, está se referindo ao devedor que pretender levar seu acordo a homologação judicial. 
Obs.: após a distribuição do pedido de homologação, os credores que aderiram ao plano não podem mais desistir da adesão, salvo com a anuência dos demais signatários.
A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor, empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores.
Quem está sujeito à falência?
A falência atinge o empresário e a sociedade (Algumas sociedades, embora empresárias, estão excluídas total ou parcialmente do regime falimentar) empresária, bem como o espólio do devedor empresário e aqueles que, embora expressamente proibidos, exercem atividades empresariais.
Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor apresente-se insolvente. No Brasil, a insolvência presume alguns elementos. Veja.
Impontualidade
Execução Frustrada
Prática de Atos de Falência

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