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Aula 7 - Teoria da Produção

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AULA 7
Teoria da Produção
A teoria da produção ou teoria da firma refere-se à análise:
das quantidades produzidas
dos custos de produção envolvidos
dos lucros obtidos pelas empresas
Função de produção
Observe-se que o nível de produção de uma firma está diretamente relacionado com a combinação e a quantidade de fatores utilizados no processo produtivo.  
Daí, deriva-se o conceito de função de produção como sendo:
“uma relação que mostra qual a quantidade de produto que pode ser obtida a partir de uma dada quantidade de fatores de produção”.
Mal comparando, é como se estivéssemos determinando as quantidades de tortas que um doceiro pode produzir dadas as quantidades de ingredientes e materiais que dispõe.
Assim, pela definição, se y representar as quantidades produzidas do bem Y e “a”, “b” e “c” os fatores de produção, podemos representar a respectiva função de produção como:
y= f(a;b;c)
Ou seja, dependendo da combinação das quantidades dos fatores de produção “a”; “b” e “c”  a firma irá obter uma determinada quantidade y do produto Y.
Imagine, por exemplo, que uma confecção atue na moda praia produzindo biquínis e sungas. O processo produtivo adotado por ela para a obtenção de seus produtos é definido como sendo a sua “função de produção”.
 
É importante perceber que cada produto terá sua respectiva função de produção e que a produção de um mesmo produto por firmas diferentes pode ter distintas funções de produção.
Produtividade média de um fator de produção
O conceito de produtividade média de um fator de produção está ligado à ideia de quanto, em média, cada unidade dele utilizada  produz. Certamente você já percebeu que isso é o mesmo que dividir a quantidade produzida pela quantidade empregada do fator que se esteja analisando.
Ou seja, se   y = f(a; b),  [diz-se: se as quantidades produzidas y são função (dependem) dos fatores de produção “a” e “b”], então, pode-se concluir que:
 Y
Pme(a)= --------
 a
 Y
Pme(b)= --------
 b
Na confecção mencionada, imagine que possuindo 6 costureiras (fator mão de obra) e 4 máquinas (fator capital), a empresa produza 36.000 peças por mês. As respectivas produtividades médias dos fatores de produção ficam assim definidas:
 36000
Pme(mão de obra)= ---------- = 6.000 peças/mês
 6
 36000
Pme(capital)= ---------- = 9.000 peças/mês
 4
Produtividade marginal de um fator de produção
A produtividade marginal de um fator de produção é medida pela relação (divisão) entre o quanto varia a quantidade produzida de um bem pela variação ocorrida na quantidade empregada do fator considerado. Ou seja, se y = f(a;b), então:
 Δ Y
PMg(a)= -------- (produtividade marginal do fator "a")
 Δ a
 Δ Y
PMg(b)= -------- (produtividade marginal do fator "b")
 Δ b
Obs: Δ  significa variação (para mais ou para menos)
Assim, se no exemplo anterior o número de costureiras aumentar para 8 e a quantidade produzida passar para  50.000 peças mês, pode-se dizer que a produtividade marginal das costureiras será de:
 50000 – 36000 14000 (variação na produção)
PMg= ---------------------------= ------------- = 7000 peças/mês
 8 – 6 2 (variação nas costureiras)
Pelo mesmo raciocínio, caso o número de máquinas passasse de  4 para 8, a produtividade marginal das máquinas seria de 3.500 peças / mês  (resultado da divisão de 14.000  por  4).
Custos de produção
É de se supor que uma firma procurará sempre maximizar seus resultados. Cabe, então, estudarmos o comportamento dos custos para os diversos níveis de produção.
Inicialmente, cumpre observar que uma parte dos recursos utilizados pela firma  varia de acordo com o volume  de produção (recursos variáveis) e outra parte não varia, independentemente do nível de produção (recursos fixos).
Como fixos, temos prédios, galpões, equipamentos, pessoal de direção e administrativo etc., e como recursos variáveis, temos as matérias-primas, os operários, a energia etc.  Essas duas categorias de recursos acarretam, por sua vez, duas categorias de custos: os fixos e os variáveis.
Categorias de custos
- Custos Fixos (CF): São aqueles em que a firma incorre independentemente do nível de produção. São exemplos de custos fixos a imobilização de prédios e equipamentos, os impostos prediais e territoriais, as despesas de gerência e administração etc.
	- Custos Variáveis (CV): Decorrem das despesas da firma com pagamento de matérias primas , de mão de obra, energia, etc., que variam em função do volume de produção.
Atenção: Custo Total (CT) - É a soma dos custos fixos mais os custos variáveis.
Além desses, é importante conhecer outros conceitos de custos, essenciais para a análise da atividade produtiva de uma empresa. São eles os custos médios de produção e o custo marginal.
- Custos Médios de Produção (CM): Como o nome indica, os custos médios de produção indicam o que, em média, cada fator de produção custa à empresa na produção d um determinado produto. Assim , se “q” for a quantidade produzida, têm-se...
- Custo Fixo Médio (CFM) = CF / q :Vem a ser a resultante da divisão do custo fixo pelas respectivas quantidades produzidas.
- Custo Variável Médio (CVM) = CV / q :Obtido através da divisão do custo variável pelas quantidades produzidas.
- Custo Total Médio (CTM) = CT / q :Resultante da divisão do custo total pelas respectivas quantidades produzidas)
Observe que o CTM também pode ser obtido através da soma do CFM com o CVM, ou seja: CTM = CFM + CVM.
Custo Marginal (CMg)
Vem a ser o custo em que incorre a empresa quando produzir uma unidade a mais do produto; ou seja, seu valor é dado pelo acréscimo do custo total decorrente  do aumento de uma unidade na produção.
A Tabela 5 mostra que mesmo quando a firma nada produz, ela incorre nos custos fixos. Assim, a uma produção de 0 unidade seu custo total será igual ao custo fixo, ou seja, 50 (primeira linha).
A partir do momento que há produção, ocorrem também os custos variáveis que são aqueles que dependem da quantidade produzida. Neste caso, o custo total terá dois componentes: o custo fixo e o custo variável.
Outra observação relevante é que o custo fixo médio (coluna E) cai ininterruptamente à medida que aumenta o volume de produção. Isso é o mesmo que dizer que ele se dilui com a produção.
Conclui-se, daí, que quanto menor a produção maior será a importância relativa do custo fixo, e vice-versa.
No quadro você observa que quando a produção é de 10 unidades, o produtor  terá que incluir 5 unidades monetárias ao preço do produto para cobrir o custo fixo de 50 unidades monetárias. 
 
Quando, entretanto, passa para 50 unidades produzidas, bastará apropriar 1 unidade monetária ao preço para cobrir os custos fixos. Nesse caso, o preço do produto será menor e este, mais competitivo.
Finalmente, com relação ao custo marginal, você percebeu que os resultados foram obtidos da divisão de quanto variou o custo total pela variação da quantidade produzida.
Comentário: os conceitos de curto prazo e longo prazo em economia.
O conceito econômico que distingue curto prazo de longo prazo não está afeito ao tempo, e sim à capacidade da empresa em modificar a utilização de seus fatores de produção. Assim, enquanto a firma estiver atuando em um período de tempo que não seja capaz de, se quiser, alterar as quantidades de todos os fatores de produção, esse período será considerado de curto prazo. Da mesma forma, a partir do momento que a empresa seja capaz de alterar todos os seus fatores de produção (mesmo que não o faça), será considerado longo prazo.Por essa razão, como no longo prazo não existem fatores fixos, a firma terá apenas custos variáveis.
 
Para que você fixe melhor esse conceito, imagine que uma empresa situada numa loja possa alterar todos os seus fatores de produção em até 2, à exceção da loja, cujo contrato de locação prevê, ainda, um período de 10 meses para seu término. Nesse caso, para essa empresa o curto prazo seria de 10 meses. A partir daí, longo prazo, onde todos os fatores poderiam se alterar. Caso o contrato seja renovado, o prazo que restar para seu término, é o que será considerado como de curto prazo.
O equilíbrio da firma
A questão conceitual de equilíbrio da firma reside na constatação de que o mesmo não ocorrerá com a produção máxima, e sim com o maior lucro.
 
Como, em termos simplistas, o lucro vem a ser a diferença entre receita total e custo total, conclui-se que o empresário, na busca do equilíbrio da sua empresa, deverá preocupar-se em produzir ao menor custo possível, uma vez que, pela concorrência, nem sempre poderá influir no preço de mercado do produto.
A expressão do lucro de uma empresa é mostrada a seguir.
LT = RT – CT
LT (lucro total que deve ser maximizado)
RT (receita total)
CT (custo total)
Conceito de função de produção:
Podemos entender a função de produção como sendo “uma relação que mostra qual a quantidade de produto que pode ser obtida a partir de uma dada quantidade de fatores de produção”.

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