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Aula sobre Ato Infracional
Apostila de aula
Código de Menores Mello de Matos – 1927 – surge o temo menor, diferenciando a criança e o adolescente pobre de outras classes.
Código de Menores de 1979 – no primeiro artigo estabeleceu menoridade dividida em criança e menor em situação irregurlar. 
ECA – retira a categoria menor para criança e adolescente
Doutrina de situação irregular(1) X Doutrina de Proteção Integral(2)
Código de Menores Mello de Matos – 1927 
(1)Os menores eram objeto de tutela do Estado,recebiam algumas formas de tratamento que variam desde o Assistencialismo a total segregação. O juiz, ao estabelecer que a família não tinha condições de educar e possibilitar o desenvolvimento de seus filhos, encaminhava os menores para internação, a fim de prevenir ou reeducar os frutos dessas famílias “desajustadas” e do meio de origem inadequado ao seu desenvolvimento (SOUZA, 2002). Nos mesmos locais viviam crianças e jovens que por algum motivo não podiam viver com sua família e também aqueles que cometeram algum tipo de ato infracional. 
Código de Menores de 1979 
(2) Seu princípio fundamental é o reconhecimento de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos. Afirma o valor da criança como ser humano em condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e que precisa de cuidados e de proteção integral por parte da família, da sociedade e do Estado.
Enquanto o Código de Menores responsabilizava a família pelas condições em que se encontrava e, até mesmo destituía o poder familiar em função de sua situação de miserabilidade, o Estatuto reconhece família, sociedade e Estado como os violadores dos direitos das crianças e dos adolescentes. No artigo 23 do ECA, encontramos: “a falta ou carência de recursos materiais não constitui, motivo suficiente para a perda ou suspensão do pátrio poder” (BRASIL, 1990).
ECA
Art.103 – considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Autores de ato infracional são adolescentes entre 12 a 18 anos.
Art. 101 – Medidas de proteção – Se a criança cometer ato infracional será encaminhada ao Conselho Tutelar e sofrerá medidas de proteção.
Art 112 – Medidas socioeducativas – O adolescente que praticar ato infracional receberá uma sanção no processo legal denominada medidas socioeducativas, que visa promover mudanças significativas e transformadoras de modo a melhorar a qualidade de vida do adolescente..
Não podemos esquecer que, por trás da prática de ato infracional, existe um adolescente, que tem toda uma história de vida desconhecida e desconsiderada. O modo de agir do adolescente revela vivências de seu meio social e de seu tempo que geram efeitos, refletem em seu dia a dia e em sua intimidade. A conduta sempre evidencia algo do indivíduo e de seu ambiente social. 
Medidas: Advertência; Obrigação de reparar o dano; prestação de serviços a comunidade; liberdade assistida; semiliberdade; internação.
I – ADVERTÊNCIA – trata-se de uma advertência verbal feita ao adolescente, a qual é reduzida a termo (art. 115). Os pais devem estar presentes, se possível. Essa medida poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade da infração e indícios suficientes de autoria. 
II – OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO – encontra-se prevista no art. 116. É aplicável aos atos infracionais de reflexos patrimoniais. Espécies: restituição, reparação e compensação. Aplica-se a disciplina do Código Civil em relação ao patrimônio dos pais, sendo que se possível deve-se buscar a reparação pelo próprio infrator (pagando, por exemplo, com sua “mesada”, para que perceba o efeito da medida sofrida). Existe responsabilidade solidária dos pais se o menor for relativamente incapaz. 
III – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE – prevista no art. 117, do ECA. Consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a 6 meses, por no máximo 8 horas semanais, de forma a não prejudicar seus estudos, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas ou outros estabelecimentos do mesmo gênero. 
IV – LIBERDADE ASSISTIDA – art. 118, do ECA. Destina-se a acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. O caso será acompanhado por pessoa capacitada, designada pela autoridade. Deverá ser nomeado um orientador, a quem incumbirá promover socialmente o adolescente e sua família, supervisionar a freqüência escolar, diligenciar a profissionalização. A aplicação dessa medida tem prazo mínimo de 6 meses e deverá ser apresentado relatório de acompanhamento. Poderá ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o Defensor. 
V – SEMILIBERDADE – está prevista no art. 120, do ECA. É admissível como início ou como forma de progressão para o meio aberto. Comporta o exercício de atividades externas, independentemente de autorização judicial. É obrigatória a escolarização e a profissionalização. Não tem prazo determinado, devendo ser aplicadas as disposições a respeito da internação, no que couber e deverá ser revista a cada 6 meses. 
VI – INTERNAÇÃO – medida prevista no art.121, do ECA. É medida privativa de liberdade, sujeita aos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. Tem prazo máximo de 3 anos, com avaliação a cada 6 meses. Atingido o limite de 3 anos o adolescente será colocado em liberdade, e, dependendo do caso, sujeitar-se à medida de semiliberdade ou liberdade assistida. Ocorrerá nas seguintes hipóteses: ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça; reincidência em infrações graves (punidas com reclusão) e descumprimento reiterado e injustificável de outra medida imposta (máximo de 3 meses). Nesse caso é obrigatória a observância do princípio do contraditório. Aos 21 anos a liberdade é compulsória. 
Priorizar medidas em meio aberto (prestação de serviços a comunidade e de liberdade assistida) e como ultimo recurso as medidas restritivas de liberdade (semiliberdade e internação em estabelecimento educacional).
A medida de privação de liberdade é uma estratégia de ressocialização (isolar para tratar).
Unidade de Internação (UI) e Unidade de internação provisória (UIP) (até 45 dias)
Nessa unidade, há dois objetivos, que se constituem focos para a atuação do psicólogo (e demais profissionais):
1. a contribuição para a organização do cotidiano institucional com suas rotinas;
2. elaboração do parecer psicológico, que comporá, com os estudos dos demais profissionais, o relatório técnico a ser encaminhado ao Poder Judiciário.
A função do psicólogo é de garantir o devido processo legal – na apuração do ato infracional – e realizar intervenções técnicas pontuais, utilizando-se desse período (45 dias) para introduzir ao adolescente a questão da responsabilização pelas consequências de seus atos. Cabe ao profissional iniciar, por meio do estudo de caso, uma construção que requer a articulação com uma rede de programas e serviços presentes no município, envolvendo, principalmente sua família. Portanto, a contribuição do psicólogo – e da equipe profissional – é não apenas fornecer subsídios à decisão judicial, por meio da elaboração de parecer, mas, também, estabelecer – por meio de estudo rigoroso – indicações importantes que incidam sobre o adolescente no que diz respeito a seu modo de viver.
PIA – Programa Individual de Atendimento (Em instituições de Internação)
A elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA) se constitui em uma importante ferramenta para possibilitar o acompanhamento da evolução pessoal e social do adolescente e também auxiliar na conquista de metas e compromissos firmados com os adolescentes e com as suas famílias durante o período em que estão cumprindo a medida sócio educativa. 
A elaboração do PIA começa na entrada e acolhida do adolescente no programa de atendimento e a premissa básica para sua elaboração é a realização do diagnóstico polidimensional por meio de intervenções técnicas junto comos adolescentes e com as suas famílias, nas seguintes áreas:
a) Jurídica: verificar a situação processual e providências necessárias;
b) Saúde: física e mental proposta;
c) Psicológica: (afetivo-sexual) dificuldades, necessidades, potencialidades, avanços e retrocessos; 
d) Social: relações sociais, familiares e comunitárias, aspectos dificultadores e facilitadores da inclusão social; necessidades, avanços e retrocessos. 
e) Pedagógica: estabelecem-se metas quanto à: escolarização, profissionalização, cultura, lazer e esporte, oficinas e autocuidado. Essa área enfoca os interesses, potencialidades, dificuldades, necessidades, avanços e retrocessos. 
A construção do PIA junto com o adolescente implica conhecê-lo (sua história de vida, suas habilidades, seus interesses, suas dificuldades e a prática do ato infracional situada no contexto de sua biografia) e, sempre que possível, conhecer sua família ou seus responsáveis, no sentido de garantir a viabilidade do plano e os incentivos necessários ao adolescente, durante e após o cumprimento da medida de internação.
Nas unidades destinadas aos adolescentes em privação de liberdade (UIP e UI) dois aspectos ainda precisam ser abordados: a atuação do psicólogo com o adolescente em sofrimento mental e em situações críticas de violência.
Na segunda situação, é necessário que o psicólogo desenvolva a capacidade de interpretar os indicadores ambientais que sugerem a eclosão de situações de violência (entre adolescentes, entre adolescentes e adultos da instituição ou de adultos em relação aos adolescentes) e recorra às instâncias internas da unidade para a prevenção e/ou erradicação de tal situação. 
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