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Resenha - Manifesto Comunista

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
KAUAN MATEUS KUBASKI
RESENHA DO MANIFESTO COMUNISTA – KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS
PONTA GROSSA
2016
KAUAN MATEUS KUBASKI
RESENHA DO MANIFESTO COMUNISTA – KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS
Dissertação para obtenção de notas no 1° semestre na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Geociências
INTRODUÇÃO
 É apresentado os principais tópicos que giram no livro Manifesto Comunista, obra que Karl Marx escreveu juntamente com Friedrich Engels, importantes para a compreensão de como infiltrou-se o capitalismo, em especial nos “países civilizados”, e sobretudo, como foi atingindo na massa de pessoas que atuavam no labor das unidades marcadas pela divisão do trabalho e a militarização em evidência. 
 Há uma abordagem histórica e econômica em que será tratada apenas o essencial daquilo que se pretende exibir nesta resenha, principalmente aos entraves do antagonismo (que na verdade segundo os autores, são os próprios instrumentos combativos) observado e seu sentimento que emerge uma ação revolucionária generalizada. Em suma, será trazido quais são as pretensões que os aspira, as colocações que são apresentadas e o que foi abordado em questão.
DESENVOLVIMENTO
 Trata-se de dois autores que arrastaram séculos posteriores até os dias de hoje, ideologias que marcaram os movimentos em prol da classe trabalhadora em associações partidárias ou sociais, Karl Marx (1818-1883), de formação principalmente filosófica e influenciado por questões liberalistas e iluministas que reinavam a retórica de sua época e Friedrich Engels (1820-1895) condicionado aos preceitos protestantes, sua educação marcou mais em relação ao que era lecionado pelo seu pai, em fervor da mercancia concebida pela liberdade democrática, participando de correntes que tratam de abordar a filosofia hegeliana. Ambos se uniram para produzir o materialismo histórico, apesar de cada um possuem suas convicções próprias que vieram a ser construídas. (PEREIRA; SIQUEIRA, 2011)
 Desta forma, Marx e Engels propiciam um campo aberto de discussões que precipitam as ríspidas críticas a sociedade burguesa em ascensão a depravar e degenerar o feudalismo cujo o regime era absolutista, sem condições suficientes para expandir seus lucros, desenvolve e aflora em seguida o comércio e as grandes indústrias, não há barreiras para mercantilização. Fica extremamente evidente na obra Manifesto Comunista aonde demonstra um sinal que o confronto de interesses de classes e sua divisão fez parte do curso da História, mesmo diferente na amplitude das civilizações, percorrem com a mesma objeção. Talvez o mais importante desse trabalho escrito em 1848, é a união dos proletariados a fim de destituir o poder vigente (aí estaria o papel dos comunistas na organização, devido que estes acreditavam na retirada das propriedades da própria burguesia e não das propriedades em geral, como aqueles afirmariam), abolindo a propriedade privada, pela qual no capitalismo é vendido a força de trabalho do operário moderno ao burguês, detentor político e do controle dos demais membros da nação, este adquire à custa desta apropriação juntamente com a mais-valia – creditando o capital. 
 Assim, objetiva-se na célebre frase “Proletariados de todos os países, uni-vos!”, a única condição para esses alemães desta exploração que massacrava os trabalhadores, como simples utilitário nos meios de produção, um “apêndice da máquina” em que suas condições são apenas para alimentar-se para manter os produtos fabricados, entregue ao sistema imperante. Ao dito socialismo ou comunismo utópico, Marx e Engels não creem nessa possibilidade, neste partido, são os burgueses que confessam a realidade em que viviam ou o pequeno-burguês, o intermediário entre o campesinato e os timoneiros da burguesia. Nessa situação, são apenas efeitos amenizadores da luta de classes sublinhado por feições poéticas e teóricas trazidas do arcabouço francês, com seu exemplo em práxis através da Revolução Francesa. Contudo, foi muito mais amplamente colhido na produção intelectual, as transformações almejadas no Manifesto Comunista não poderiam vir senão do proletariado, que contém a administração até certo ponto acabar seu agrupamento enquanto classe, aonde todas as unidades pertenceram exclusivamente ao Estado, e todos partem daí, mesmo considerando a produção individual de cada um, o resultado será em defesa de todos os pertencentes do mesmo vínculo, em benefício a todos os pertencentes é o postulado do comunismo ou socialismo “verdadeiro” ou real. Os paradigmas entorno da imposição ao nacionalismo e os valores religiosos, familiares, da mortal, etc. das famílias mais ricas, que aparenta ser próprio do socialismo e do comunismo, são justificáveis na medida em que as transformações modificam a visão do homem, acerca daquilo que se apreende.
 Afere-se assim o caráter crítico e a negação a qualquer manutenção reacionária presente na obra, sendo bem completa quando coloca os pontos decisivos em questão. Marx e Engels conviveram com a realidade existente ao século XIX, logo não podendo ser levada a interpretação literal integralmente, todavia, ainda muito útil para a compreensão das divergências que abalam ainda o mundo “contemporâneo”, considerava-se praticamente garantida a vitória dos proletários, de certa forma isso realmente concretizou (vide a Revolução Russa de 1917, dentre outros), porém nada na escala global que se fixasse, e parte das vitórias socialistas foram-se dissolvidas devido as desestruturações no sistema. Parece que, ainda inevitavelmente, dois polos da concentração da riqueza irão existir, tal que o capital satisfaça essa infeliz perenidade. O que não quer dizer, de modo algum, que seja irresolúvel, quem sabe a fórmula não foi ainda encontrada em detrimento das bases marxistas. Outra questão a levantar-se é de qual maneira os trabalhadores irão erigir coletivamente frente a burguesia, se estão alienados no trabalho mecânico e repetitivo sem nenhuma compaixão de seus domadores? Está certo que possuem o apoio irrefutável dos comunistas, mas questiona-se sobra a força que os possibilitarão se levantar frente as condições desumanas que haviam, a não ser por meio de uma greve geral, neste sentido falta conjecturas para combater a alienação, que são exploradas em outras literaturas.
CONCLUSÃO
 Pode afirmar-se que os escritos de Marx e Engels trazem importantes análises para o entendimento das desigualdades que existem ainda no século XXI mesmo com algumas reformas efetuadas e sua relação com os fatores que decorrem de ordem política e econômica. Há outras análises, mas esta apresenta a problemática referente aos diversos interesses sociais conforme o pós-feudalismo. Sem dúvida muitos movimentos que se encontra atualmente de um contingente de trabalhadores, foram influenciados direta ou indiretamente das teorias marxistas. 
 O manifesto apresentado por eles, nada mais é que um postulado socialista ou comunista, com o objetivo, sem dúvida de abolir a propriedade privada (noção do que é produzido pertencente aos mesmos que produziram, ou seja, todos os envolvidos no processo), recheado de informações adicionais para trazer à tona as dificuldades para os que atuam no labor, guardando em consciência os desafios. Sendo ainda, um referencial muito utilizado pelas correntes defensoras do marxismo, partidos comunistas-socialistas, estudos de ciências sociais, etc. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
ENGELS, F; MARX, K. H. Manifesto Comunista. Traduzido por: Álvaro Pino. São Paulo: Boitempo, 1998. 254 p.
PEREIRA, F; SIQUEIRA, S. M. M. Aspectos da vida e da obra de Marx e Engels. Disponível em: < http://www.lemarx.faced.ufba.br/arquivo/marx_engels_aspectos_vidaeobra.pdf>. Acesso em: 18 jul.2016.

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