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002 Relação de Emprego

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RELAÇÃO DE EMPREGO 
A relação de emprego é uma das modalidades da relação de trabalho 
(gênero). Para que o vínculo empregatício exista, são necessários alguns requisitos, 
isto é, pressupostos fáticos primordiais. São eles: 
1. Pessoa Física: Só a pessoa natural pode ser empregada, ou seja, para 
que se caracterize a relação de emprego é necessária a exploração da energia do 
trabalho humano, sendo assim, a pessoa jurídica não será em nenhuma ocasião, 
empregada. 
2. Pessoalidade: A Relação de Emprego possui a denominada natureza 
intuito personae, isto é, uma vez pactuado o contrato de emprego, o empregado deve 
prestar seus serviços pessoalmente, não podendo em regra, se fazer substituir por 
outrem. 
3. Onerosidade: A relação de emprego é essencialmente contra prestativa, 
isto é, de um lado, temos o emprego, que fornece sua força de trabalho, e do outro o 
empregador, cuja sua principal obrigação será remunerar o empregador pelos serviços 
prestados. Importante destacar ainda que essa contraprestação poderá ser paga em 
pecúnia (dinheiro) ou em utilidades. 
4. Habitualidade (ou não eventualidade): Na relação de emprego, a 
prestação de serviço é habitual, repetitiva e rotineira, existindo assim, uma certeza na 
prestação dos serviços. Sendo assim, o empregado deve executar seus serviços de 
forma habitual, bem como o empregado deve cumprir com suas obrigações 
trabalhistas enquanto durar o pacto laboral. 
5. Subordinação Jurídica: É pacífico na doutrina que este é o principal 
requisito da relação de emprego e se caracteriza como sendo a sujeição de uma das 
partes contratantes (empregado) em relação a outra (empregador). 
Importantíssimo esclarecer que essa subordinação deverá ser jurídica, isto 
é, em decorrência do contrato, o qual deverá ser respeitado o poder de direção que o 
empregador possui, todavia, é vedada ordens excessivas ou ilegais. 
6. Alteridade: Significa que o empregado trabalha por conta alheia, isto é, 
seu trabalho é explorado por outrem. O empregador não corre o risco do negócio, 
sendo que este será assumido pelo empregador. 
 
 
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MAPAS MENTAIS 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO 
Art. 2.º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. 
Art. 3.º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
RECURSO DE REVISTA. VÍNCULO DE EMPREGO - CARACTERIZAÇÃO. O TRT consignou 
que a empresa não demonstrou o alegado trabalho autônomo do autor e que a prova 
sopesada pelo juízo de primeiro grau apontou para a presença dos requisitos 
caracterizadores da relação jurídica de emprego. Eventual reforma da decisão 
regional no particular importaria o inevitável revolvimento de fatos e provas dos autos, 
expediente vedado nesta instância extraordinária pela Súmula/TST nº 126. Recurso de 
revista não conhecido. INTERVALO INTRAJORNADA - CONCESSÃO PARCIAL - 
PAGAMENTO TOTAL DO PERÍODO. O TRT emitiu tese no sentido de que o empregado 
que não frui integralmente o intervalo intrajornada faz jus ao pagamento, como hora 
extra, da remuneração equivalente à totalidade do lapso mínimo legal, nos termos do 
§ 4º do artigo 71 da CLT. Assim, a decisão recorrida encontra-se em plena sintonia com 
o item I da Súmula/TST nº 437. Recurso de revista não conhecido. MULTA DO ARTIGO 
477 DA CLT - VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO EM JUÍZO. Após o cancelamento 
da Orientação Jurisprudencial da SBDI-1 nº 351, a jurisprudência desta Corte firmou-se 
no sentido de que a decisão judicial que reconhece a existência de vínculo de emprego 
apenas declara situação fática preexistente, o que impõe a incidência da penalidade do 
artigo 477, § 8º, da CLT, não mais prevalecendo a tese de que a existência de fundada 
controvérsia é óbice ao deferimento da multa. Precedentes da SBDI-1. No mesmo 
sentido a novel Súmula nº 462 desta Corte. Recurso de revista não conhecido. 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE JANEIRO DE 2009 
E 23/10/2009 - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. O TRT não firmou tese quanto à 
pertinência, ou não, de limitação da condenação ao período apontado pela reclamada. 
A Corte Regional sequer foi instada a fazê-lo por intermédio de embargos de 
declaração. Assim, o recurso de revista não ultrapassa a barreira da Súmula/TST nº 
297. Recurso de revista não conhecido. HONORÁRIOS DE ADVOGADO - 
ENQUADRAMENTO SINDICAL. O TRT consignou que é inovatório o recurso ordinário da 
reclamada quanto ao enquadramento sindical do autor. Assim, encontra-se preclusa a 
discussão nesse aspecto. Por outro lado, o Colegiado sublinhou que a condenação da 
reclamada ao pagamento dos honorários de advogado justifica-se pelo preenchimento 
dos requisitos da Lei nº 5.584/70, uma vez que o reclamante encontra-se patrocinado 
 
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por advogado credenciado pelo sindicato de sua categoria profissional. Dessa forma, 
estando preenchidos os requisitos legais, são devidos os honorários advocatícios, 
conforme Súmula nº 219, I, do TST. Recurso de revista não conhecido. CONCLUSÃO: 
Recurso de revista integralmente não conhecido. (TST - RR: 1808920105040402, 
Relator: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 08/06/2016, 3ª 
Turma, Data de Publicação: DEJT 10/06/2016) 
 
 
 
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QUESTÕES 
1 – (OAB-2014) A empresa Infohoje Ltda. firmou contrato com Paulo, pelo qual ele 
prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da 
empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo 
que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos e trabalhos por via 
remota ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de 
segunda a sexta- feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para 
cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática.Sobre o caso sugerido, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois 
ausente a subordinação, já que inexistente fiscalização efetiva física. 
b) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois 
ausente o pagamento de salário fixo. 
c) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois 
ausente o requisito da pessoalidade, já que impossível saber se era Paulo quem 
efetivamente estaria trabalhando. 
d) Paulo é empregado da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores 
da relação de emprego. 
RESPOSTA: Letra D. O art. 6° da CLT eliminou, com sua nova redação, quaisquer 
controvérsias porventura ainda existentes no tocante à possibilidade de 
enquadramento do teletrabalhador como empregado, desde que configurados os 
requisitos da relação de emprego (Direito do trabalho esquematizado/Ricardo 
Resende. – 5. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015). 
 
Art. 6º: Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desdeque estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
Parágrafo único: Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e 
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e 
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio 
 
 
 
 
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2 - (OAB-2010) Os requisitos necessários à caracterização do vínculo de emprego 
abrangem 
a) onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade. 
b) eventualidade, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica. 
c) subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade. 
d) dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade. 
RESPOSTA: Letra C. Alguns autores, entretanto, não relacionam a alteridade como 
requisito caracterizador da relação de emprego, pelo que seriam cinco os requisitos, a 
saber: trabalho prestado por pessoa física, de forma pessoal, onerosa, não eventual e 
subordinada. Para resolver questão de prova, a solução é simples: se aparecer nas 
alternativas a alteridade, não tenha dúvidas de que é um dos requisitos; caso 
contrário, e aparecendo os demais, está correto também (Direito do trabalho 
esquematizado/Ricardo Resende. – 5. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São 
Paulo: MÉTODO, 2015). 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
Direito do trabalho esquematizado / Ricardo Resende. – 5. ed. rev. e atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 
Direito do trabalho esquematizado / Carla Teresa Martins Romar; coordenador Pedro 
Lenza. – 2. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014. – (Coleção esquematizado)

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