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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Febre Amarela * * * Febre Amarela Características Gerais É um arbovírus. Transmitido por mosquitos ( Aëdes aegypti ). Pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Apresenta sorotipo único. O genoma é constituído por uma fita simples de RNA. * * * O VÍRUS Os flavivírus são esféricos, envelopados, com projeções em sua superfície e medem aproximadamente 40-50 nm de diâmetro. O genoma deste vírus possui uma fita única de RNA contendo aproximadamente 11.000 nucleotídeos, a qual comporta-se como RNA mensageiro. * * * Características Gerais. O vírus é inativado por solventes lipídicos, como éter, clorofórmio; aldeídos; uréia; lipases; proteases e radiação ultravioleta e aquecimento a 56°C durante 30 minutos. * * * ESTRUTURA ANTIGÊNICA A partícula viral é constituída por um capsídeo protéico, com simetria icosaédrica. Apresenta um envelope lipídico onde estão inseridas pequenas proteínas de membrana e espículas de natureza glicoprotéica. O genoma viral codifica três proteínas estruturais: proteína do capsídeo(C) e proteínas de envelope, pré-M, precursora da proteína de membrana (M) e E. * * * Febre Amarela Patogenia Penetração do vírus através da pele pela picada do mosquito infectado Nódulos linfáticos regionais Fígado, rins, medula óssea, coração, SNC, pâncreas, baço e linfonodos Replicação no órgão alvo com posterior necrose Replicação local Corrente sanguínea * * * Febre Amarela Patogenia Mosquito pica/ Adquire o vírus Mosquito pica/ Transmite o vírus Período de incubação extrínsico Período de incubação intrínsico viremia viremia Doença Ser humano 1 0 5 8 12 16 20 24 28 Doença Ser humano 2 DIAS * * * Febre Amarela Manifestações Clínicas Apresenta um quadro clínico bifásico. As duas fases são separadas por um período de remissão. A viremia ocorre na primeira fase, quando o quadro clínico é inespecífico. A segunda fase se caracteriza por disfunção hepato-renal e hemorragia. O período de incubação varia de três a seis dias. * * * Febre Amarela Manifestações Clínicas A maioria das pessoas infectadas apresenta infecção subclínica. Nas formas leves e moderadas evoluem com febre alta, mal-estar, cefaléia, mialgia, cansaço e calafrios, diarréia e vômitos, de início súbito. A maioria dos pacientes melhora com quatro dias, com recuperação total. Em torno de 15% dos pacientes evoluem para formas graves. * * * Febre Amarela Manifestações Clínicas Na forma grave, os pacientes apresentam febre alta, dor epigátrica, diarréia e vômito, que pode ser hemorrágico( vômito-negro). Apresentam manifestações hemorrágicas como equimoses, epistaxe e gengivorragia. Apresentam alterações da função hepática e renal. Nos casos graves, 50% dos pacientes evoluem para o óbito, e o restante se recupera totalmente sem deixar seqüelas. * * * VETOR Aëdes aegypti * * * CICLO SILVESTRE No Brasil, a febre amarela silvestre ocorre na região amazônica e no Planalto Central. Trata-se de uma doença de macacos (Callitrichidae e Cebicidae) que, ao se infectarem, costumam ter alta mortalidade. Por esse motivo, os macacos não são hospedeiros potenciais dos vírus, mas apenas hospedeiros preferenciais temporários. * * * CICLO SILVESTRE Os vetores da febre amarela silvestre são mosquitos natropofílicos de atividade diurna nas copas das arvores, os Haemagogos janthinomys e leucocelaenus. A infecção humana é acidental e conseqüente à penetração humana no local onde ocorre a zoonose. * * * CICLO URBANO É importante estabelecer que a forma urbana da febre amarela não é mais prevalente entre nós. A última epidemia de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Estado do Acre, em 1942. * * * CICLO URBANO A febre amarela urbana no Brasil, se esta viesse a ocorrer, estaria relacionada ao papel do próprio homem como reservatório do vírus e fonte para infecção do artrópodo/vetor mantendo, dessa forma, o ciclo da arbovirose. Para tanto, faz-se necessária a presença de vetores antropofílicos vivendo no domicilio ou peridomicílio do homem urbano, como é o caso do mosquito vetor da febre amarela e do dengue, o Aedes aegypti. * * * CICLO URBANO O ciclo da febre amarela urbana envolve mosquitos Aedes aegypti fêmeas que são hematófagas devido às necessidades protéicas relacionadas à oviposição. Estas se infectam após picarem indivíduos virêmicos e transferem, através da picada, o vírus da febre amarela ao homem suscetível, determinando um ciclo. * * * CICLO URBANO Após a picada em um individuo virêmico, o vírus multiplica-se no aparelho digestivo do mosquito, disseminando-se pelos diferentes tecidos do inseto. A chegada do vírus às glândulas salivares, após um período de incubação denominado extrínseco, de sete a 11 dias, determina o inicio do período de transmissão viral pelo mosquito, que passa a transmiti-lo por toda a vida * * * QUADRO CLÍNICO O espectro clínico da doença varia desde um quadro benigno, caracterizado por doença febril não especifica, até uma doença fulminante, caracterizada por disfunção de múltiplos órgãos, em particular por hemorragia * * * QUADRO CLÍNICO A febre amarela grave começa abruptamente com febre, calafrios, cefaléia intensa, dor lombossacral, mialgia generalizada, anorexia, náuseas e vômitos e hemorragias gengivais de pequenas intensidade ou epistaxe * * * QUADRO CLÍNICO Desidratação é geralmente devida aos vômitos e às perdas insensíveis aumentadas. A disfunção renal é marcada pelo aparecimento súbito de albuminúria e pela diminuição do débito urinário. O óbito acontece em 20-50% dos casos graves de febre amarela e geralmente ocorre entre o sétimo e o 10.° dia da doença. * * * DIAGNÓSTICO Testes laboratoriais Hemograma completo. Albumina. Testes da função hepática. Testes de função renal. Sumário de urina. Testes específicos para o dengue Isolamento viral. Sorologia (ELISA para anticorpos da classe IgM). * * * DIAGNÓSTICO Isolamento e Identificação viral Material de escolha é o sangue ou soro do paciente infectado coletado até o 4º-5° dia de doença. O sangue ou soro podem ser inoculados em cultura de células de animais, de mosquitos, camundongos recém-nascidos. A identificação pode ser feita através de Teste de Neutralização (TN), Inibição da Hemaglutinação (HI), Fixação do Complemento(FC), ensaio Imunoenzimático (ELISA) e Imunofluorescência (IF). * * * DIAGNÓSTICO Sorologia A sorologia produz resultados bem definidos em pacientes expostos pela primeira vez a um flavivírus (infecções primárias). Para pessoas previamente expostas(infecção secundária) a pesquisa de anticorpos forma uma reação rápida e intensa em função da memória imunológica prévia (anticorpos heterólogos). * * * DIAGNÓSTICO Pode-se empregar sorologia pareada empregando TN, HI ou FC e pesquisa de anticorpos da classe IgM através de IF ou ELISA. Detecção do ácido nucléico. Emprega-se a reação de transcrição reversa seguida da reação em cadeia de polimerase (RT-PCR). * * * Febre Amarela Epidemiologia, Prevenção e Controle O vírus é mantido na natureza, através de dois ciclos: Silvestre e urbano. No ciclo silvestre, a transmissão é feita por intermédio de mosquitos, principalmente do gênero Haemagogus. O homem susceptível pode ser infectado ao penetrar em áreas de florestas e tornar-se fonte de infecção para o mosquito Aedes aegypti ao retornar a áreas urbanas. * * * TRATAMENTO O tratamento da febre amarela se baseia em oferecer ao paciente cuidados de suporte em terapia intensiva. Entretanto, ainda continua indefinida a extensão pela qual administração vigorosade fluidos e a correção da hipotensão e dos distúrbios do equilíbrio ácido-base influenciaram na reversão do curso da febre amarela. * * * TRATAMENTO Não existe até o momento droga antiviral em uso clinico que tenha ação efetiva contra os vírus da febre amarela. Ribavirin e interferon-gama já foram usados sem resultados satisfatórios. Nos casos benignos da febre amarela faz-se apenas o tratamento sintomático da febre, cefaléia, mialgias e artralgias; contudo, evita-se o uso de salicilatos, que podem causar hemorragias digestivas altas e acidose. Prefere-se utilizar o paracetamol e seus derivados. * * * EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia, Prevenção e Controle A forma urbana ocorre através da transmissão pessoa a pessoa pelo mosquito doméstico Aedes. O mosquito A. aegypti prolifera-se dentro ou nas proximidades de habitações, em recipientes contendo água limpa, e possuem o hábito de picar de dia. A Febre Amarela ocorre em toda América do Sul, principalmente na Bolívia, Equador, Peru, Colômbia e Brasil, e na África, como uma doença zoonótica. O homem é um hospedeiro acidental. * * * EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia, Prevenção e Controle O vírus multiplica-se nos mosquitos, que permanecem infecciosos por toda a vida, sendo necessário um intervalo de 12-14 dias para se tornar infectante ( período de incubação extrínsico). Todos os grupos etários são susceptíveis. Ocorre grande número de infecções inaparentes. Nas Américas, a Febre Amarela apresenta características da forma silvestre com incidência maior em pessoas do sexo masculino de 15-45 anos e envolvido em atividades agrícolas ou florestais. * * * EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia, Prevenção e Controle Doença que pode evoluir com surtos até possíveis epidemias. O controle da doença é feita através do extermínio do mosquito. A vacinação com vírus vivo atenuado da cepa 17D é dada em dose única, com eficácia de 95%, e perdura por 10 anos. A vacina deve ser feita pelo menos 10 dias antes de sua entrada ou saída de uma zona endêmica. * * * VACINA A vacina da febre amarela (YF-17D) é o meio mais seguro de se prevenir, visto que não há tratamento especifico para essa doença. Essa vacina é administrada em doses subcutâneas únicas de 0,5ml e mais de 95% das pessoas imunizadas desenvolverão anticorpos.
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