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14_ENTEROVÍRUS

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ENTEROVÍRUS
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Enterovírus
são um subgrupo de vírus do grupo dos picornavirus. 
São vírus pequenos (28-30nm)
Genoma de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente na síntese proteica).
 Não são envelopados por lipídios, têm capsídeo icosaédrico e são muito resistentes.
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ENTEROVÌRUS:
RNA
Simetria icosaédrica.
4 polipéptidos (VP1-VP4).
Proteína VPg. 
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POLIOMIELITE
 É uma doença infectocontagiosa viral aguda, que se manifesta de várias formas: infecções inaparentes, quadro febril inespecífico, meningite asséptica, formas paralíticas e morte.
Sinonímia - Paralisia infantil
Início dos registros:
Erradicação: 1994
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Poliomielite
Sinonímia - Paralisia infantil.
Agente etiológico:
 Poliovírus(RNA)
Gênero: Enterovírus,
família: Picornaviridae, com três sorotipos: I, II e III.
Reservatório - O homem.
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Poliovírus
Enterovírus típicos
Dimensões: cerca de 20-30 nm. 
Simetria icosaédrica com 60 subunidades e 12 vértices pentaméricos.
Genoma do tipo RNA de cadeia simples 
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Poliovírus
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Poliovírus
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Modo de transmissão - Principalmente por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral (a principal) ou oral-oral. 
Período de incubação - Geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.
Período de transmissibilidade - Não se conhece com exatidão. O vírus é encontrado nas secreções da orofaringe após 36 a 72 horas a partir da infecção, onde se instala e persiste por uma semana. Nas fezes, é encontrado por cerca de 3 a 6 semanas.
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Poliomielite, 1988 - 2003
1988
> 350 000 casos
> 125 países
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Casos de Poliomielite no Mundo, 2006 (até 9/05/06)
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Manifestações Clínicas
Poliomielite Abortiva
Poliomielite não paralítica
Poliomielite Paralítica
Atrofia muscular progressiva pós poliomielite
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Poliomielite Abortiva
Doença leve
Febre, mal estar, cefaléia, náusea, vômito, constipação e faringite
Recuperação rápida
Diagnóstico: Isolamento do vírus e determinação da produção de anticorpos 
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Poliomielite Não Paralítica
Sintomas mencionados
Dor e rigidez na nuca e costas
Duração: 2-10 dias
Recuperação rápida e completa
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Poliomielite Paralítica
Q.P: Paralisia Flácida 
Características típicas:instalação súbita da deficiência motora, acompanhada de febre; assimetria, acometendo sobretudo a musculatura dos membros, com mais freqüência os inferiores; flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; sensibilidade conservada e persistência de alguma paralisia residual (seqüela) após 60 dias do início da doença. 
Paralisia dos músculos respiratórios e da deglutição 
Formas paralíticas :1% a 1,6% dos casos
Formas inaparentes: 90% a 95% dos casos
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Atrofia muscular progressiva pós poliomielite
Atinge cerca de metade das vítimas (por vezes mais de 40 anos depois). 
Caracteriza-se pela atrofia de músculos, presumivelmente pela destruição no tempo da doença de muitos neurônios que os inervavam. 
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Crianças afetadas por poliomielite
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Aparelho de tração para corrigir posturas defeituosas dos membros (extraído de Civita, 1979) 
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Diagnóstico Laboratorial
Isolamento do Vírus
Swabs de garganta obtidos após o nício da doença
Swabs retais ou de amostras de fezes colhidas durante longos períodos de tempo
Sorologia
São necessárias amostras pareadas de soro para demonstrar uma elevação nos títulos de anticorpos
 Fase Inicial: Anticorpos C
Fase Mediana: C e D
Fase Tardia: Anticorpos D
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Lâmina com poliovírus
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Vacinação
Vacinal oral de poliovírus atenuados
 Vacina injetável de poliovírus inativados.
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VACINA ORAL - SABIN
É administrada por via oral e suscita desenvolvimento da imunidade tanto local, na mucosa, quanto humoral.
Os vírus vacinais são excretados pelas fezes e podem infectar contatos suscetíveis, levando a uma imunidade coletiva (campanhas de vacinação em massa)
COMPOSIÇÃO:
Vacina trivalente: Poliovírus vivos atenuados P1 – 1.000.000 DICT50; P2 – 100.000 DICT50; P3 – 600.000 DICT50, além de cloreto de magnésio como estabilizante e o vermelho amarante ou roxo de fenol como indicadores de pH.
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DOSES E ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO
A vacina é administrada por via oral em duas gotas.
Imunização primária: 3 doses com intervalo de dois meses entre elas. 
 Reforço: 2 doses sendo a primeira entre 6 e 12 meses após, e a segunda aos cinco ou seis anos de idade.
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VACINA INATIVADA CONTRA POLIOMIELITE -SALK
São de potência elevada.
A imunidade desenvolvida é essencialmente do tipo humoral. 
Não há imunização secundária entre contatos.
COMPOSIÇÃO
Poliovírus inativados P1, P2, P3 (40-8-32 D), além de 2-fenoxietanol e formaldeído como conservantes e traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B.
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DOSES E ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO
Via intramuscular ou subcutânea.
 imunização primária: três doses, as duas primeiras com intervalo de dois meses e a terceira 6 a 12 meses após a segunda dose. 
Crianças imunodeficientes ou contactantes de imunodeficientes:
 Esquema: aos dois meses, quatro meses, quinze meses e uma dose de reforço entre os quatro e seis anos.
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Indicações
Imunodeficientes em geral – imunodeficiência primária, infecção por HIV (assintomática ou sintomática), neoplasias, imunosupressão por medicamentos,quimioterapia ou radioterapia, transplantede medula;
Contatos domiciliares de indivíduos imunodeficientes.
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VÍRUS COXSACKIE
Produzem uma variedade de doenças em humanos:
 A- faringite vesicular, a doença das mãos, dos pés e da boca e conjuntivite hemorrágica adulta
 B- mialgia epidêmica, miocardite, pericardite, meningoencefalite e a doença generalizada grave de lactentes 
 Diversos sorotipos de do grupo A e B: meningite asséptica, doenças febris respiratórias e indiferenciadas, hepatite e paralisia. 
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Propriedades dos vírus
A. Propriedades Gerais
B. Propriedades Antigênicas: na atualidade, são reconhecidos pelo menos 29 tipos imunológicos diferentes de vírus coxsackie; 23 estão incluídos no grupo A e 6 no grupo B. 
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Patogenia e Patologia
O vírus foi isolado do sangue nos estágios iniciais da infecção natural em humanos e da infecção experimental em chimpanzés. 
O vírus também é encontrado na garganta durante alguns dias no estágio inicial da doença, bem como nas fezes por um período de até 5-6 semanas. 
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Manifestações Clínicas
O período de incubação da infecção varia de 2 a 9 dias.
 A.Neurológicas: 
 A meningite asséptica é causada por todos os tipos de vírus Coxsackie do grupo B e por muitos do grupo A, mais comumente A7 e A9. Os sinais iniciais comuns consistem em febre, mal-estar, cefaléia,náusea e dor abdominal. Algumas vezes a doença evolui para fraqueza muscular leve, sugerindo poliomielite paralítica. 
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 B. Pele e Mucosas: 
 A herpangina é uma faringite febril grave, causada por certo vírus do grupo A (2-6, 8, 10). Verifica-se o início abrupto de febre e faringite. Em geral, a faringe apresenta-se hiperêmica, e aparecem vesículas discretas e características na metade posterior do palato, na faringe, amígdalas ou língua. A doença é autolimitada e mais freqüente em crianças de pouca idade. 
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 Doença das mãos, dos pés e da boca: caracteriza-se por ulcerações orais e faríngeas e por erupção vesicular das palmas das mãos e plantas dos pés. As vesículas cicatrizam sem formar crostas, o que as diferencia clinicamente das vesículas produzidas por herpesvírus e poxvírus. O Vírus pode ser isoladonão apenas das fezes e das secreções faríngeas como também do líquido vesicular.
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 C. Doença Cardíaca e Muscular: 
 A pleurodinia (mialgia epidêmica ou doença de Bornholm) é causada por vírus do grupo B. Em geral, a febre e a dor torácica tem início abrupto, embora sejam algumas vezes precedidas de mal-estar, cefaléia e anorexia. Ocorre dor abdominal em cerca de metade dos casos, que pode constituir a principal queixa em crianças. A doença é autolimitada e a recuperação é completa, embora seja comum a ocorrência de recidivas.
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 A miocardite é uma doença grave. Trata-se de uma inflamação aguda do coração e de suas membranas (pericardite). As infecções por vírus Coxsackie B constituem uma causa de doença primária do miocárdio em adultos, bem como em crianças. Cerca de 5% de todas as infecções sintomáticas por Coxsackie produzem cardiopatia. As infecções podem ser fatais em recém-nascidos ou podem causar lesão cardíaca permanente em qualquer idade.
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 D. Gastrintestinal: 
 A conjuntivite hemorrágica aguda em geral, é caudsada pelo enterovírus 70, mas também pode ser provocada por uma variante do vírus Coxsackie protótipo A24. 
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E. Doença generalizada de lactentes: 
 É uma doença extemamente grave, em que o lactente é afetado por infecções virais simultâneas de vários órgãos, incluindo o coração, o fígado e o cérebro. A evolução clínica pode ser rapidamente fatal, ou o paciente pode recuperar-se por completo. Nos casos graves, pode ocorrer miocardite ou pericardite dentro dos primeiros 8 dias de vida.
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Diagnóstico Laboratorial
 A. Isolamento do Vírus: o vírus é facilmente isolado de lavados de garganta durante os primeiros dias da doença e das fezes no decorrer das primeiras semanas. 
Infecções causadas por vírus A21: nas secreções nasais. 
Meningite asséptica: líquido cefalorraquidiano.
Conjuntivite hemorrágica: foi isolado o vírus A24 de swabs da conjuntiva e da garganta, e amostras de fezes.
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 B. Sorologia: Os anticorpos neutralizantes, que aparecem precocemente durante o curso da infecção, tendem a ser específicos contra o vírus infectante e persistem por vários anos. 
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Imunidade
Nos humanos, os anticorpos neutralizantes os anticorpos fixadores de complemento são transferidos passivamente de mãe para o feto.
Os adultos apresentam anticorpos contra maior número de tipos de vírus Coxsackie do que as crianças. 
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Epidemiologia
Os vírus Coxsackie são isolados com mais freqüência no verão e no início do outono
Uma vez introduzido o vírus num domicílio, todas as pessoas suscetíveis geralmente se tornam infectadas, embora nem todas desenvolvam doença clinicamente aparente. 
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ECHOVÍRUS
Os echovírus (vírus entéricos citopatogênicos humanos órfãos) são reunidos num grupo pelo fato de infectarem o trato entérico humano e serem isolados de humanos apenas através de inoculação em determinadas culturas de tecido.
São conhecidos mais de 30 sorotipos.
Doenças: meningite asséptica, encefalite, doenças febris com ou sem exantema e resfriados comuns. 
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A princípio, os echovírus foram diferenciados dos vírus Coxsackie pela sua incapacidade de produzir alterações patológicas em camundongos recém-nascidos.
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Manifestações Clínicas
Meningite asséptica
Observação de exantema com os tipos 4, 9, 16 (“doença exantematosa de Boston”) e 18. Os exantemas são mais comuns em crianças de pouca idade.
Conjuntivite, fraqueza muscular e espasmos (com os tipos 6, 9 e outros).
A diarréia infantil pode estar associada a alguns tipos.
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Diagnóstico Laboratorial
Deve-se considerar a presença de echovírus nas seguintes situações epidêmicas: 
 1) Surtos de meningite asséptica no verão;
 2) Epidemias durante o verão, ou particularmente em crianças de pouca idade, com doença febril e exantema.
O exame depende de exames laboratoriais. O procedimento de escolha consiste no isolamento de swabs de garganta, amostras de fezes, swabs retais e, na meningite asséptica, do líquido cefalorraquidiano.
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Epidemiologia
A disseminação ampla do vírus é a regra. Em um período em que 149 hab de uma cidade de 740.000 hab foram hospitalizados com doença causada por echovírus 9, cerca de 6% da população, ou seja, 45.000 pessoas, tiveram doença compatível.
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Controle
Evitar contato de criança de pouca idade com pacientes que exibem doença febril aguda (exantema).
Os membros de equipes responsáveis pelos lactentes devem ser examinados para determinar se são portadores de enterovírus.
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ENTEROVÍRUS NO AMBIENTE
Em geral, são eliminados por períodos mais prolongados de tempo nas fezes do que nas secreções do trato gastrintestinal superior.
São encontrados em quantidades variáveis em esgotos.
Sobrevivem à exposição ao tratamento e cloração dos esgotos. 
A adsorção a materiais orgânicos e sedimentos protege o vírus da inativação e ajuda o seu transporte.
Moluscos filtradores (ostras, mariscos, mexilhões) concentram os vírus na água e, quando inadeqüadamente cozidos, podem transmitir a doença.
Tremendous progress has been made in the Global Polio Eradication efforts. 
In 1988 more than 1000 polio cases per day were reported in more than 125 countries.
In 2003, only 784 cases were reported throughout the year and the poliovirus has been cornered in only 6 countries that are now considered polio-endemic. (India, Pakistan, Afghanistan, Egypt, Nigeria and Niger).

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