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Direito Econômico [Ano] Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 2 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Unidade - O Sistema Financeiro Nacional MATERIAL TEÓRICO Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms Reinaldo Zychan de Moraes Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 3 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Objetivos da Aula: Prezado Aluno Nesta unidade estudaremos o Sistema Financeiro Nacional. Como veremos esse é um assunto extremamente importante para o nosso país e para o cotidiano de todos. o Sistema Financeiro Nacional é formado por uma série de agentes públicos e privados que precisamos conhecer. Bom estudo a todos! 1. INTRODUÇÃO Aproveitando as lições de José Afonso da Silva1, podemos afirmar que há dois sistemas financeiros regulados pela Constituição Federal de 1988, o público e o parapúblico. O Sistema Público trata das finanças públicas e os orçamentos públicos, estando disciplinado, em especial, nos artigos 163 a 169 de nossa Carta Magna. Já o Sistema Parapúblico, denominado Sistema Financeiro Nacional, está disciplinado especialmente no artigo 192 da Constituição, com a redação dada pela Emenda Constitucional n.º 40, de 29 de maio de 2003. Vamos ver detalhes de cada um desses sistemas. 1 Curso de direito constitucional positivo. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2012. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 4 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 2. FINANÇAS PÚBLICAS E OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS Esse assunto, na verdade, é objeto de estudo do Direito Financeiro, ramo do Direito Público interno que estuda as fontes primárias e secundárias de arrecadação de receitas públicas e disciplina as despesas públicas, bem como a elaboração do orçamento público. O Direito Tributário era uma parte especializada do Direito Financeiro que ganhou autonomia. Como foi mencionado, esse assunto está disposto, em especial, nos artigos 163 a 169 da Constituição Federal, bem como em diversas normas legais e infralegais. Devemos somente destacar duas normas legais de suma importância para o Direito Financeiro: Lei nº 4320/64: que institui normas gerais de Direito Financeiro, especialmente no que se refere aos orçamentos públicos; Lei Complementar nº 101/00: também conhecida como Lei da Responsabilidade Fiscal que possui a tarefa de estabelecer normas de responsabilidade na gestão fiscal ao criar mecanismos de limitação de gastos e endividamento da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 5 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 3.1 O Sistema Financeiro Nacional na Constituição Federal de 1988 O Sistema Financeiro Nacional está disciplinado no Capítulo IV do Título VII da Constituição Federal, que trata “Da Ordem Econômica e Financeira”, sendo composto somente pelo artigo 192. Esse dispositivo constitucional fomentou duas grandes discussões em sua redação original: a necessidade de que o Sistema fosse regulamentado por uma única lei complementar. a redação do seu § 3º, que estipulava um teto para as taxas de juros em doze por cento ao ano. Em relação ao primeiro assunto, a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, a grande crítica que havia era que o assunto era por demais complexo e que exigiria mais de um instrumento legislativo para discipliná-lo. Sobre o segundo assunto, a redação original do § 3º do artigo 192 da Constituição Federal era a seguinte: § 3º - As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar. Em razão de seu conteúdo esse dispositivo causou grandes discussões e debates, gerando no Supremo Tribunal Federal a edição de duas súmulas: Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 6 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Súmula n.º 648 A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar. Súmula Vinculante n.º 7 A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei complementar. Em ambas fica claro que esse dispositivo constitucional tinha sua aplicabilidade condicionada à edição da lei complementar – aquela mesma que deveria tratar do Sistema Financeiro Nacional. Ocorre, contudo, que essa lei complementar não chegou a ser editada, sendo que, na verdade, esse dispositivo não chegou a ser aplicado. Essas duas situações foram superadas em razão da edição da Emenda Constitucional n.º 40/03, que alterou a redação do artigo 192 de nossa Carta Magna, cuja redação passou a ser a seguinte: Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. Como pode ser observado, não há mais qualquer menção a taxas de juros, bem como foi expressamente estipulado que a regulamentação do Sistema Financeiro deve ocorrer por meio de leis complementares (no plural). Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 7 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional O que se observou com a mencionada Emenda Constitucional foi, na verdade, uma desconstitucionalização desse tema, ou seja, a Constituição Federal somente realizou a indicação de que o Sistema Financeiro deve “ser estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e servir aos interesses da coletividade”, sendo que os detalhes de seu funcionamento deveriam ser tratados por normas infraconstitucionais, no caso, por leis complementares. Esse deslocamento permite uma maior agilidade na discussão e produção legislativa, o que se sincroniza com a necessária agilidade que, em algumas situações, são necessárias para tratar de um tema tão dinâmico como esse. 3.2 A Legislação Infraconstitucional que Regula o Sistema Financeiro Nacional A principal norma que regulamenta o Sistema Financeiro Nacional é a Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de 1.964. Essa norma foi editada sob a égide da Constituição Federal de 1946, sendo recepcionada pelas Constituições de 1967 e 1988. Particularmente, em relação à atual ordem constitucional, podemos mencionar que o fato dela ter sido recepcionadacomo uma lei complementar implica na necessidade de que qualquer alteração de seu conteúdo deve ocorrer por meio de um instrumento normativo dessa categoria. É o que ocorreu, por exemplo, na revogação do artigo 38 pela Lei Complementar n.º 105/01 e dos artigos 40 e 41 pela Lei Complementar n.º 130/09. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 8 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 3.3 Composição do Sistema Financeiro Nacional O Sistema Financeiro Nacional é composto por uma série de órgãos públicos e pessoas jurídicas de direito público e privado, sendo que podemos dividi-los em: Órgãos normativos: o Como menciona o nome dessa categoria, ela é composta de órgãos públicos que podem editar atos administrativos normativos necessários para a regulação de suas áreas de atuação; Entidades supervisoras: o Elas se caracterizam, em especial, pela atuação na fiscalização dos operadores do Sistema Financeiro Nacional; Operadores: o São, em regra, os agentes privados que realizam as operações financeiras propriamente ditas e que mantém com a sociedade e com as demais pessoas jurídicas relações de negócios e de intermediação. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 9 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Podemos ilustrar essa estrutura da seguinte forma: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL CONTROLE DA MOEDA E CRÉDITO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL BANCO CENTRAL OPERADORES COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS OPERADORES SEGUROS PRIVADOS CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS OPERADORES PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR OPERADORES 3.3.1 Âmbito do controle da moeda e do crédito 3.3.1.1 Órgão Normativo - Conselho Monetário Nacional (CNM) O Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, sendo que sua criação ocorreu em virtude das prescrições contidas no artigo 2º e seguintes da Lei n.º 4.595/64. Esse conselho é atualmente composto pelos seguintes membros: Ministro da Fazenda; Ministro do Planejamento; Presidente do Banco Central. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 10 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Cabe ao Ministro da Fazenda a presidência desse conselho. O Conselho Monetário Nacional tem por finalidade “formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País” (artigo 1º de seu Regimento Interno – Decreto n.º 1.307/94). Para atingir essas finalidades, o Conselho atua buscando os objetivos traçados no artigo 3º da Lei n.º 4.595/64: Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará: I - Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais; [...] IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Devemos ainda destacar que é o Conselho Monetário Nacional o órgão que autoriza a emissão de moeda (cédulas e moedas) – inciso I do artigo 4º da Lei n.º 4.595/64. O controle da moeda e do crédito possui dois órgãos supervisores: o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 11 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 3.3.1.1.1 Órgão Supervisor – Banco Central do Brasil O Banco Central do Brasil é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Segundo a divisão de competências desenhada no texto constitucional, cabe à União a tarefa de emitir moeda (art. 21, inciso VII, da CF), sendo que essa tarefa é desempenhada, com exclusividade, pelo Banco Central (caput do art. 164, da CF). Não podemos confundir a competência exclusiva do Banco Central para emitir moedas, ou seja, realizar a sua circulação, com o trabalho realizado pela Casa da Moeda do Brasil. Esta última somente desempenha a tarefa de produzir em escala industrial as cédulas e as moedas metálicas. Na verdade, esse processo contém três fases básicas: 1 - o Conselho Monetário Nacional autoriza a emissão de papel moeda e das moedas metálicas; 2 - as cédulas e as moedas metálicas são produzidas pela Casa da Moeda; 3 - o Banco Central realiza a sua emissão, ou seja, inicia a sua circulação, conforme diretrizes estabelecidas pelo mencionado Conselho. Acrescente-se que a Casa da Moeda do Brasil é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. O Banco Central não é um banco comercial, mas do “banco dos bancos”, sendo a principal autoridade monetária do Sistema Financeiro Brasileiro. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 12 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 3.3.1.1.1.1 Operadores Os principais operadores na área monetária e de crédito são, em geral, os bancos comerciais, os quais assumem as seguintes formas jurídicas: Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista; Bancos de câmbio; Bancos de investimento; Bancos de desenvolvimento; Agências de fomento. 3.3.1.1.2 Órgão Supervisor – Comissão de Valores Mobiliários (CVM) A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que foi criada pela Lei n.º 6.385/76. Essa lei, além de criar essa autarquia, regulamentou o mercado de valores mobiliários. Segundo essa lei, os valores mobiliários são os seguintes títulos: Lei n.º 6.385/76 Art. 2.º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II; III - os certificados de depósito de valores mobiliários; IV - as cédulas de debêntures; V - as cotas de fundos de investimentoem valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; VI - as notas comerciais; VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 13 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Sua competência é expressa no artigo 8º da lei que a criou, cuja redação é a seguinte: Lei n.º 6.385/76 Art. 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários: I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações; II - administrar os registros instituídos por esta Lei; III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados; IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado; V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório. 3.3.1.1.2.1 Operadores Os operadores do mercado mobiliários são: as Bolsas de Valores; as Bolsas de mercadorias e futuros. 3.3.2 Âmbito dos seguros privados 3.3.2.1Órgão Normativo: Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP É um órgão público subordinado ao Ministério da Fazenda que se caracteriza por ser o órgão de cúpula do Sistema Nacional de Seguros Privados, ambos criados pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 14 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Dentre suas atribuições se inclui a de “fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados” (inciso I do artigo 32 do Decreto-lei n.º 73/66), razão pela qual esse conselho se caracteriza por ser o principal órgão normativo das atividades securitícias do país. O artigo 33 do Decreto-lei n.º 73/66, com a redação dada pela Lei n.º 10.190/01, estabeleceu a composição desse conselho com os seguintes membros: Ministro da Fazenda ou seu representante; representante do Ministério da Justiça; representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP; representante do Banco Central do Brasil; representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. O Conselho Nacional de Seguros Privados é presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. 3.3.2.2 Órgão Supervisor: Superintendência de Seguros Privados – SUSEP A Superintendência de Seguros Privados é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73/66, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados: de seguro; de previdência privada aberta (planos abertos de previdência privada); de capitalização; e de resseguro. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 15 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Esse mesmo ato normativo também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados. Suas atribuições estão definidas no artigo 36 do Decreto-lei nº 73/66, as quais se referem, em especial, à sua atuação como órgão fiscalizador da constituição, organização, funcionamento e operações das sociedades seguradoras, devendo ser destacadas as seguintes: processar os pedidos de autorização, para constituição, organização, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferência de controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades Seguradoras; baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das operações de seguro; fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras; proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem cassada a autorização para funcionar no país. 3.3.2.3 Operadores Os operadores do sistema de seguros privados são: Resseguradoras; Sociedades seguradoras; Sociedades de capitalização; Entidades abertas de previdência complementar privada. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 16 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 3.3.3 Âmbito da previdência complementar fechada 3.3.3.1 Órgão Normativo: Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) O Conselho Nacional de Previdência Complementar é órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional responsável por regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar. Não podemos confundir as entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) com os planos abertos de previdência privada. A grande diferença é que os planos abertos são livremente comercializados para qualquer pessoa física, já o ingresso em entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) somente é permitido “aos empregados de uma empresa e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominados instituidores”2. Sua composição é definida pela Lei n.º 12.154/09 da seguinte forma: Lei n.º 12.154/09 Art. 14. O Conselho Nacional de Previdência Complementar contará com 8 (oito) integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução, sendo: I - 5 (cinco) representantes do poder público; e II - 3 (três) indicados, respectivamente: a) pelas entidades fechadas de previdência complementar; b) pelos patrocinadores e instituidores; e c) pelos participantes e assistidos. 2 Previdência Social. O que é previdência complementar. Acesso em 09 de maio de 2012, disponível em http://www.previdencia.gov.br/sppc.php?id_spc=915 Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 17 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Regulamentando essa lei, estabeleceu o Decreto n.º 7.123/10 que essa composição deve ser a seguinte: Decreto n.º 7.123/10 Art. 6º - O CNPC será integrado pelo Ministro de Estado da Previdência Social, que o presidirá, e por um representante de cada um dos seguintes indicados, todos com direito a voto: I - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; II - Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social; III - Casa Civil da Presidência da República; IV - Ministério da Fazenda; V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; VI - entidades fechadas de previdência complementar;VII - patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar; e VIII - participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar. 3.3.3.2 Órgão Supervisor: Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) A Superintendência Nacional de Previdência Complementar é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência, criada pela Lei n.º 12.154/09, para atuar como “entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar” (parágrafo único do artigo 1º). Suas atribuições estão discriminadas no artigo 2º dessa norma, cabendo ser destacadas as seguintes: Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 18 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Lei n.º 12.154/09 Art. 2.º - Compete à Previc: I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações; II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003; IV - autorizar: a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; [...] 3.3.3.3 Operadores Os operadores são as entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como fundos de pensão. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 19 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Anotações _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 20 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Unidade: O Sistema Financeiro Nacional Referências ARAÚJO, E. R. Resumo de Direito Econômico. ed. 3. Rio de Janeiro: Impetus, 2008. BAGNOLI, V. Direito Econômico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. DEL MASSO, F. Direito Econômico. São Paulo: Campus Jurídico, 2007 FIGUEIREDO, L. V. Lições de Direito Econômico. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. MOSQUERA, R. Q. Tributação no Mercado Financeiro e de Capitais. São PULO: Dialética, 1998. NAZAR, N. Direito Econômico. São Paulo, Bauru: EDIPRO, 2004. PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2001. SADDI, J. P. Direito, Economia e Mercados. São Paulo: Campus, 2005. SANTOS, A. C.; GONÇALVES, M. E.; MARQUES, M. M. L. Direito Econômico. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1999. SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35. ed. São Paulo: Malheiros, 2012. www.cruzeirodosul.edu.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br
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