Buscar

direito economico aula 06

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Direito Econômico 
[Ano] 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
2 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
 
 
Unidade - O Sistema Financeiro Nacional 
 MATERIAL TEÓRICO 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms Reinaldo Zychan de Moraes 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
3 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Objetivos da Aula: 
 
Prezado Aluno 
Nesta unidade estudaremos o Sistema Financeiro Nacional. 
Como veremos esse é um assunto extremamente importante para o 
nosso país e para o cotidiano de todos. 
o Sistema Financeiro Nacional é formado por uma série de agentes 
públicos e privados que precisamos conhecer. 
Bom estudo a todos! 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Aproveitando as lições de José Afonso da Silva1, podemos afirmar que 
há dois sistemas financeiros regulados pela Constituição Federal de 1988, o 
público e o parapúblico. 
O Sistema Público trata das finanças públicas e os orçamentos 
públicos, estando disciplinado, em especial, nos artigos 163 a 169 de nossa 
Carta Magna. 
Já o Sistema Parapúblico, denominado Sistema Financeiro Nacional, 
está disciplinado especialmente no artigo 192 da Constituição, com a redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 40, de 29 de maio de 2003. 
Vamos ver detalhes de cada um desses sistemas. 
 
 
 
1
 Curso de direito constitucional positivo. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2012. 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
4 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
2. FINANÇAS PÚBLICAS E OS ORÇAMENTOS PÚBLICOS 
 
Esse assunto, na verdade, é objeto de estudo do Direito Financeiro, 
ramo do Direito Público interno que estuda as fontes primárias e secundárias 
de arrecadação de receitas públicas e disciplina as despesas públicas, bem 
como a elaboração do orçamento público. 
O Direito Tributário era uma parte especializada do Direito Financeiro 
que ganhou autonomia. 
Como foi mencionado, esse assunto está disposto, em especial, nos 
artigos 163 a 169 da Constituição Federal, bem como em diversas normas 
legais e infralegais. 
Devemos somente destacar duas normas legais de suma importância 
para o Direito Financeiro: 
 Lei nº 4320/64: que institui normas gerais de Direito Financeiro, 
especialmente no que se refere aos orçamentos públicos; 
 Lei Complementar nº 101/00: também conhecida como Lei da 
Responsabilidade Fiscal que possui a tarefa de estabelecer normas de 
responsabilidade na gestão fiscal ao criar mecanismos de limitação de 
gastos e endividamento da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
5 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
3.1 O Sistema Financeiro Nacional na Constituição Federal de 1988 
 
O Sistema Financeiro Nacional está disciplinado no Capítulo IV do Título 
VII da Constituição Federal, que trata “Da Ordem Econômica e Financeira”, 
sendo composto somente pelo artigo 192. 
Esse dispositivo constitucional fomentou duas grandes discussões em 
sua redação original: 
 a necessidade de que o Sistema fosse regulamentado por uma única lei 
complementar. 
 a redação do seu § 3º, que estipulava um teto para as taxas de juros em 
doze por cento ao ano. 
 
Em relação ao primeiro assunto, a regulamentação do Sistema 
Financeiro Nacional, a grande crítica que havia era que o assunto era por 
demais complexo e que exigiria mais de um instrumento legislativo para 
discipliná-lo. 
Sobre o segundo assunto, a redação original do § 3º do artigo 192 da 
Constituição Federal era a seguinte: 
 
§ 3º - As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e 
quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente 
referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a 
doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será 
conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas 
modalidades, nos termos que a lei determinar. 
 
Em razão de seu conteúdo esse dispositivo causou grandes discussões 
e debates, gerando no Supremo Tribunal Federal a edição de duas súmulas: 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
6 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
 
 
Súmula n.º 648 
A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada 
pela EC 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% 
ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de 
lei complementar. 
Súmula Vinculante n.º 7 
A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada 
pela EC 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% 
ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei 
complementar. 
 
Em ambas fica claro que esse dispositivo constitucional tinha sua 
aplicabilidade condicionada à edição da lei complementar – aquela mesma que 
deveria tratar do Sistema Financeiro Nacional. 
Ocorre, contudo, que essa lei complementar não chegou a ser editada, 
sendo que, na verdade, esse dispositivo não chegou a ser aplicado. 
Essas duas situações foram superadas em razão da edição da Emenda 
Constitucional n.º 40/03, que alterou a redação do artigo 192 de nossa Carta 
Magna, cuja redação passou a ser a seguinte: 
 
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de 
forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País 
e a servir aos interesses da coletividade, em todas as 
partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de 
crédito, será regulado por leis complementares que 
disporão, inclusive, sobre a participação do capital 
estrangeiro nas instituições que o integram. 
 
 
Como pode ser observado, não há mais qualquer menção a taxas de 
juros, bem como foi expressamente estipulado que a regulamentação do 
Sistema Financeiro deve ocorrer por meio de leis complementares (no plural). 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
7 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
O que se observou com a mencionada Emenda Constitucional foi, na 
verdade, uma desconstitucionalização desse tema, ou seja, a Constituição 
Federal somente realizou a indicação de que o Sistema Financeiro deve “ser 
estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País 
e servir aos interesses da coletividade”, sendo que os detalhes de seu 
funcionamento deveriam ser tratados por normas infraconstitucionais, no caso, 
por leis complementares. 
Esse deslocamento permite uma maior agilidade na discussão e 
produção legislativa, o que se sincroniza com a necessária agilidade que, em 
algumas situações, são necessárias para tratar de um tema tão dinâmico como 
esse. 
 
3.2 A Legislação Infraconstitucional que Regula o Sistema Financeiro 
Nacional 
 
A principal norma que regulamenta o Sistema Financeiro Nacional é a 
Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de 1.964. 
Essa norma foi editada sob a égide da Constituição Federal de 1946, 
sendo recepcionada pelas Constituições de 1967 e 1988. 
Particularmente, em relação à atual ordem constitucional, podemos 
mencionar que o fato dela ter sido recepcionadacomo uma lei complementar 
implica na necessidade de que qualquer alteração de seu conteúdo deve 
ocorrer por meio de um instrumento normativo dessa categoria. É o que 
ocorreu, por exemplo, na revogação do artigo 38 pela Lei Complementar n.º 
105/01 e dos artigos 40 e 41 pela Lei Complementar n.º 130/09. 
 
 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
8 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
3.3 Composição do Sistema Financeiro Nacional 
 
O Sistema Financeiro Nacional é composto por uma série de órgãos 
públicos e pessoas jurídicas de direito público e privado, sendo que podemos 
dividi-los em: 
 Órgãos normativos: 
o Como menciona o nome dessa categoria, ela é composta de órgãos 
públicos que podem editar atos administrativos normativos 
necessários para a regulação de suas áreas de atuação; 
 
 Entidades supervisoras: 
o Elas se caracterizam, em especial, pela atuação na fiscalização dos 
operadores do Sistema Financeiro Nacional; 
 
 Operadores: 
o São, em regra, os agentes privados que realizam as operações 
financeiras propriamente ditas e que mantém com a sociedade e 
com as demais pessoas jurídicas relações de negócios e de 
intermediação. 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
9 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Podemos ilustrar essa estrutura da seguinte forma: 
SISTEMA 
FINANCEIRO 
NACIONAL
CONTROLE DA 
MOEDA E CRÉDITO
CONSELHO 
MONETÁRIO 
NACIONAL
BANCO CENTRAL OPERADORES
COMISSÃO DE 
VALORES 
MOBILIÁRIOS
OPERADORES
SEGUROS 
PRIVADOS
CONSELHO 
NACIONAL DE 
SEGUROS 
PRIVADOS
SUPERINTENDÊNCIA 
DE SEGUROS 
PRIVADOS
OPERADORES
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR 
FECHADA
CONSELHO 
NACIONAL DE 
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR
SUPERINTENDÊNCIA 
NACIONAL DE 
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR
OPERADORES
 
 
3.3.1 Âmbito do controle da moeda e do crédito 
 
3.3.1.1 Órgão Normativo - Conselho Monetário Nacional (CNM) 
 
O Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema 
Financeiro Nacional, sendo que sua criação ocorreu em virtude das prescrições 
contidas no artigo 2º e seguintes da Lei n.º 4.595/64. 
Esse conselho é atualmente composto pelos seguintes membros: 
 Ministro da Fazenda; 
 Ministro do Planejamento; 
 Presidente do Banco Central. 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
10 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Cabe ao Ministro da Fazenda a presidência desse conselho. 
O Conselho Monetário Nacional tem por finalidade “formular a política 
da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o 
desenvolvimento econômico e social do País” (artigo 1º de seu Regimento 
Interno – Decreto n.º 1.307/94). 
Para atingir essas finalidades, o Conselho atua buscando os objetivos 
traçados no artigo 3º da Lei n.º 4.595/64: 
 
Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional 
objetivará: 
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais 
necessidades da economia nacional e seu processo de 
desenvolvimento; 
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto 
prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou 
deflacionários de origem interna ou externa, as depressões 
econômicas e outros desequilíbrios oriundos de 
fenômenos conjunturais; 
[...] 
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições 
financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista 
propiciar, nas diferentes regiões do País, condições 
favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia 
nacional; 
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos 
instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do 
sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; 
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições 
financeiras; 
VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, 
orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. 
 
 
Devemos ainda destacar que é o Conselho Monetário Nacional o órgão 
que autoriza a emissão de moeda (cédulas e moedas) – inciso I do artigo 4º da 
Lei n.º 4.595/64. 
O controle da moeda e do crédito possui dois órgãos supervisores: o 
Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
11 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
3.3.1.1.1 Órgão Supervisor – Banco Central do Brasil 
 
O Banco Central do Brasil é uma autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É 
o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e 
responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por 
objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas 
internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar 
pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema 
financeiro. 
Segundo a divisão de competências desenhada no texto constitucional, 
cabe à União a tarefa de emitir moeda (art. 21, inciso VII, da CF), sendo que 
essa tarefa é desempenhada, com exclusividade, pelo Banco Central (caput do 
art. 164, da CF). 
Não podemos confundir a competência exclusiva do Banco 
Central para emitir moedas, ou seja, realizar a sua circulação, 
com o trabalho realizado pela Casa da Moeda do Brasil. Esta 
última somente desempenha a tarefa de produzir em escala 
industrial as cédulas e as moedas metálicas. 
Na verdade, esse processo contém três fases básicas: 
1 - o Conselho Monetário Nacional autoriza a emissão de 
papel moeda e das moedas metálicas; 
2 - as cédulas e as moedas metálicas são produzidas pela 
Casa da Moeda; 
3 - o Banco Central realiza a sua emissão, ou seja, inicia a 
sua circulação, conforme diretrizes estabelecidas pelo 
mencionado Conselho. 
Acrescente-se que a Casa da Moeda do Brasil é uma empresa 
pública vinculada ao Ministério da Fazenda. 
 
O Banco Central não é um banco comercial, mas do “banco dos 
bancos”, sendo a principal autoridade monetária do Sistema Financeiro 
Brasileiro. 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
12 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
3.3.1.1.1.1 Operadores 
 
Os principais operadores na área monetária e de crédito são, em geral, 
os bancos comerciais, os quais assumem as seguintes formas jurídicas: 
 Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista; 
 Bancos de câmbio; 
 Bancos de investimento; 
 Bancos de desenvolvimento; 
 Agências de fomento. 
 
3.3.1.1.2 Órgão Supervisor – Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
 
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, que foi criada pela Lei n.º 6.385/76. 
Essa lei, além de criar essa autarquia, regulamentou o mercado de 
valores mobiliários. 
Segundo essa lei, os valores mobiliários são os seguintes títulos: 
Lei n.º 6.385/76 
Art. 2.º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: 
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de 
desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no 
inciso II; 
III - os certificados de depósito de valores mobiliários; 
IV - as cédulas de debêntures; 
V - as cotas de fundos de investimentoem valores mobiliários 
ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; 
VI - as notas comerciais; 
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos 
ativos subjacentes sejam valores mobiliários; 
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos 
ativos subjacentes; e 
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou 
contratos de investimento coletivo, que gerem direito de 
participação, de parceria ou de remuneração, inclusive 
resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm 
do esforço do empreendedor ou de terceiros. 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
13 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Sua competência é expressa no artigo 8º da lei que a criou, cuja 
redação é a seguinte: 
Lei n.º 6.385/76 
Art. 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários: 
I - regulamentar, com observância da política definida pelo 
Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente 
previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações; 
II - administrar os registros instituídos por esta Lei; 
III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do 
mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem 
como a veiculação de informações relativas ao mercado, às 
pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados; 
IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação 
de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e 
quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do 
mercado; 
V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada 
prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que 
deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório. 
 
 
3.3.1.1.2.1 Operadores 
 
Os operadores do mercado mobiliários são: 
 as Bolsas de Valores; 
 as Bolsas de mercadorias e futuros. 
 
3.3.2 Âmbito dos seguros privados 
 
3.3.2.1Órgão Normativo: Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 
 
É um órgão público subordinado ao Ministério da Fazenda que se 
caracteriza por ser o órgão de cúpula do Sistema Nacional de Seguros 
Privados, ambos criados pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
14 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Dentre suas atribuições se inclui a de “fixar as diretrizes e normas da 
política de seguros privados” (inciso I do artigo 32 do Decreto-lei n.º 73/66), 
razão pela qual esse conselho se caracteriza por ser o principal órgão 
normativo das atividades securitícias do país. 
O artigo 33 do Decreto-lei n.º 73/66, com a redação dada pela Lei n.º 
10.190/01, estabeleceu a composição desse conselho com os seguintes 
membros: 
 Ministro da Fazenda ou seu representante; 
 representante do Ministério da Justiça; 
 representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; 
 Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - 
SUSEP; 
 representante do Banco Central do Brasil; 
 representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. 
 
O Conselho Nacional de Seguros Privados é presidido pelo Ministro de 
Estado da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP. 
 
3.3.2.2 Órgão Supervisor: Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
 
A Superintendência de Seguros Privados é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73/66, responsável pelo 
controle e fiscalização dos mercados: 
 de seguro; 
 de previdência privada aberta (planos abertos de previdência 
privada); 
 de capitalização; e 
 de resseguro. 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
15 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Esse mesmo ato normativo também instituiu o Sistema Nacional de 
Seguros Privados. 
Suas atribuições estão definidas no artigo 36 do Decreto-lei nº 73/66, as 
quais se referem, em especial, à sua atuação como órgão fiscalizador da 
constituição, organização, funcionamento e operações das sociedades 
seguradoras, devendo ser destacadas as seguintes: 
 processar os pedidos de autorização, para constituição, organização, 
funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferência de 
controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades 
Seguradoras; 
 baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das 
operações de seguro; 
 fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras; 
 proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem 
cassada a autorização para funcionar no país. 
 
3.3.2.3 Operadores 
 
Os operadores do sistema de seguros privados são: 
 Resseguradoras; 
 Sociedades seguradoras; 
 Sociedades de capitalização; 
 Entidades abertas de previdência complementar privada. 
 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
16 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
3.3.3 Âmbito da previdência complementar fechada 
 
3.3.3.1 Órgão Normativo: Conselho Nacional de Previdência Complementar 
(CNPC) 
 
O Conselho Nacional de Previdência Complementar é órgão normativo 
do Sistema Financeiro Nacional responsável por regular o regime de 
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar. 
 
Não podemos confundir as entidades fechadas de previdência 
complementar (fundos de pensão) com os planos abertos de 
previdência privada. 
A grande diferença é que os planos abertos são livremente 
comercializados para qualquer pessoa física, já o ingresso em 
entidades fechadas de previdência complementar (fundos de 
pensão) somente é permitido “aos empregados de uma 
empresa e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; 
e aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter 
profissional, classista ou setorial, denominados instituidores”2. 
 
 
Sua composição é definida pela Lei n.º 12.154/09 da seguinte forma: 
 
Lei n.º 12.154/09 
Art. 14. O Conselho Nacional de Previdência Complementar 
contará com 8 (oito) integrantes, com direito a voto e mandato 
de 2 (dois) anos, permitida uma recondução, sendo: 
I - 5 (cinco) representantes do poder público; e 
II - 3 (três) indicados, respectivamente: 
a) pelas entidades fechadas de previdência complementar; 
b) pelos patrocinadores e instituidores; e 
c) pelos participantes e assistidos. 
 
 
 
 
2
 Previdência Social. O que é previdência complementar. Acesso em 09 de maio de 2012, disponível em 
http://www.previdencia.gov.br/sppc.php?id_spc=915 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
17 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Regulamentando essa lei, estabeleceu o Decreto n.º 7.123/10 que essa 
composição deve ser a seguinte: 
 
Decreto n.º 7.123/10 
Art. 6º - O CNPC será integrado pelo Ministro de Estado da 
Previdência Social, que o presidirá, e por um representante de 
cada um dos seguintes indicados, todos com direito a voto: 
I - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - 
Previc; 
II - Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do 
Ministério da Previdência Social; 
III - Casa Civil da Presidência da República; 
IV - Ministério da Fazenda; 
V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
VI - entidades fechadas de previdência complementar;VII - patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das 
entidades fechadas de previdência complementar; e 
VIII - participantes e assistidos de planos de benefícios das 
entidades fechadas de previdência complementar. 
 
 
3.3.3.2 Órgão Supervisor: Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (PREVIC) 
 
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar é uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Previdência, criada pela Lei n.º 12.154/09, 
para atuar como “entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das 
entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas 
para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas 
de previdência complementar” (parágrafo único do artigo 1º). 
Suas atribuições estão discriminadas no artigo 2º dessa norma, cabendo 
ser destacadas as seguintes: 
 
 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
18 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
 
Lei n.º 12.154/09 
Art. 2.º - Compete à Previc: 
I - proceder à fiscalização das atividades das entidades 
fechadas de previdência complementar e de suas operações; 
II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; 
III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a 
aplicação das normas relativas à sua área de competência, de 
acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência 
Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei 
no 10.683, de 28 de maio de 2003; 
IV - autorizar: 
a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de 
previdência complementar, bem como a aplicação dos 
respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 
VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das 
entidades fechadas de previdência complementar, bem como 
nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; 
[...] 
 
 
3.3.3.3 Operadores 
 
Os operadores são as entidades fechadas de previdência complementar, 
também conhecidas como fundos de pensão. 
 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
19 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
 Anotações 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 
 
 
 
20 
 
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: O Sistema Financeiro Nacional 
Referências 
 
ARAÚJO, E. R. Resumo de Direito Econômico. ed. 3. Rio de Janeiro: 
Impetus, 2008. 
 
BAGNOLI, V. Direito Econômico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
DEL MASSO, F. Direito Econômico. São Paulo: Campus Jurídico, 2007 
 
FIGUEIREDO, L. V. Lições de Direito Econômico. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2010. 
 
MOSQUERA, R. Q. Tributação no Mercado Financeiro e de Capitais. São 
PULO: Dialética, 1998. 
 
NAZAR, N. Direito Econômico. São Paulo, Bauru: EDIPRO, 2004. 
 
PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. São Paulo: 
Atlas, 2001. 
 
SADDI, J. P. Direito, Economia e Mercados. São Paulo: Campus, 2005. 
 
SANTOS, A. C.; GONÇALVES, M. E.; MARQUES, M. M. L. Direito 
Econômico. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1999. 
 
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cruzeirodosul.edu.br 
Campus Liberdade 
Rua Galvão Bueno, 868 
01506-000 
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000 
 
Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br

Outros materiais