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Artigo Exceções e impugnações novo CPC

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FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS
AEMS
Curso de Direito
3º B
Fábio Maick da Silva
Reginaldo de Souza Fernandes
EXCEÇÕES E IMPUGNAÇÕES
TRÊS LAGOAS
2016
Fábio Maick da Silva
Reginaldo de Souza Fernandes
EXCEÇÕES E IMPUGNAÇÕES
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Processual Civil do 3º ano/1º semestre do Curso de Direito das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.
Professor: Francisco Arrais
TRÊS LAGOAS
2016
Das exceções no Código de Processo Civil (Antigo CPC - Lei 5.869/73)
Exceção é um tipo de resposta do réu, utilizada junto com a contestação e a reconvenção, aplicada nos casos em que o sujeito passivo da demanda deseje alegar incompetência relativa, impedimento ou suspeição. As exceções são incidentes processuais, que se classificam como tipo de defesa processual indireta, tanto a incompetência relativa, a suspeição e o impedimento do juiz, são defesas dilatórias, e não peremptórias, eis que nenhum destes casos culmina com a extinção da relação processual. 
As exceções devem ser mencionadas antes de alegadas às matérias do artigo 301, incisos I a IX, ou seja, das preliminares e também do mérito. 
Não utilizando a exceção, cujo objeto preclua, não poderá mais fazê-lo, salvo provando por justa causa, conforme artigo 183 do CPC,
 Art. 304. É lícito a qualquer das partes arguir, por meio de exceção, a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135).
A incompetência, impedimento e exceção constituem fatos que tiram a capacidade do juiz para atuar como um dos sujeitos na relação processual. Cada um dos fatos pode ser objeto de arguição, a qual será processada e julgada do procedimento incidental das exceções. A Incompetência relativa diz com os critérios de fixação da competência em razão do valor da causa e do território.
A suspeição se dá por motivação subjetiva, como a amizade ou inimizade entre alguma das partes e o Juiz. As hipóteses que se enquadram como casos de suspeição do Juiz estão elencadas no art. 135 do CPC, sendo: juiz amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; alguma das partes credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; juiz herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; juiz receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio e ser o juiz interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Não cabe, entretanto, a arguição de suspeição com base em relação entre o juiz e o advogado, como, por exemplo, inimizade entre o magistrado e o advogado de uma das partes. 
O impedimento, por sua vez, resulta de motivos objetivos, como por exemplo, a relação de parentesco entre o Juiz e uma das partes. Os casos de impedimentos estão previstos no art. 134 do CPC, 
Em se tratando de exceção de suspeição ou impedimento, o sujeito passivo é a pessoa física do juiz. Já na exceção de incompetência o sujeito passivo é o juízo na qual está tramitando a ação e não a pessoa física do Juiz. 
Conforme preleciona o art. 305 do CPC, este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de 15 (quinze) dias, contado do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição.
É direito das partes oferecerem exceção de incompetência, impedimento ou suspeição, na primeira oportunidade em que lhe couber manifestar-se nos autos ou, dentro do prazo de quinze dias, contado do fato que o ocasionou.
A suspeição é vício sanável, que se desfaz pelo não uso da faculdade de argui-la no momento oportuno. Precluso o direito de excepcionar, não se há mais de falar em suspeição, considerando-se tenha havido a aceitação do Juiz.
Entretanto nos casos de impedimento, o vício pode ser alegado a qualquer tempo e grau de jurisdição, não se aplicando a regra geral dos 15 dias, eis que o mesmo dá ensejo à nulidade absoluta do ato, pois há uma presunção iure et de iure de que o magistrado não tem condições subjetivas para atuar com imparcialidade. Inclusive neste caso, em face de gravidade do vício, admite-se a propositura de ação rescisória (art. 485, II do CPC). 
Parágrafo único. Na exceção de incompetência (art. 112 desta Lei), a petição pode ser protocolizada no juízo de domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que determinou a citação.
Da Incompetência
Art. 307. O excipiente arguirá a incompetência em petição fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo para o qual declina.
Tratando-se de incompetência relativa, a mesma deve ser arguida pela parte, através de exceção, como determina o art. 112 do CPC. Assim, não pode ser declarada de ofício pelo magistrado, dependendo de provação da parte a quem interessa a arguição. 
As exceções constituem-se em um procedimento paralelo ao principal, autuadas em apenso, devendo, desta forma ser apresentadas em petição escrita e distinta da peça contestacional.
O que não é possível é a apresentação da contestação em separado, e após, ainda que dentro do prazo de 15 dias, se oferecer exceção, eis que neste caso ocorre a preclusão tácita da exceção.
Art. 310. O juiz indeferirá a petição inicial da exceção, quando manifestamente improcedente.
 O indeferimento liminar pode se dar em caso de improcedência manifesta, ou quando o juiz entendê-la incabível ou extemporânea, e ainda no caso da ausência da indicação do juízo para o qual o excipiente entende ser declinado o feito, como determina o art. 307.
A exceção de incompetência é um incidente processual, de modo que o deslinde da controvérsia se dá através de decisão interlocutória, recorrível por agravo.
Art. 311. Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz competente.
Acolhida a exceção e declarada a incompetência do juízo, os autos do processo são remetidos ao juízo competente. No caso de indeferimento liminar (artigo supra) e nos casos de improcedência, retoma-se o prazo para resposta, a partir da intimação desta decisão.
Impedimento e Suspeição
No estudo do art. 312, veremos que a parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição, especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). Sendo a petição, dirigida ao juiz da causa, e poderá ser instruída com documentos em que o excipiente fundar a alegação e conterá o rol de testemunhas. 
Art. 313. Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos ao tribunal.
 
Na exceção de suspeição, o objeto do julgamento é a imparcialidade do julgador, desta forma, o juiz a quem se atribui suspeição não pode julgar a exceção, devendo a mesma ser apreciada por outro juiz, que não aquele cuja imparcialidade está sendo questionada. A apreciação do incidente, então, é feita pelo Tribunal ao qual se acha subordinado o juiz.
No sistema do atual CPC, Lei 13.105/15, com exceção da alegação de incompetência absoluta, essas matérias devem se processar em autos apartados. Tais modificações importam na simplificação de atos processuais, evitando-se a formação de diversos autos apartados, resultando na economia processual.
A incompetência relativa será alegada em preliminar de contestação (art. 64 do CPC 2015), e a não indicação desta preliminar, importará na prorrogação da competência. 
O impedimento e a suspeição serão alegados por meio de simples petição, que será juntada aos autos. Neste caso, se o juiz acolher a alegação, encaminhará os autos ao seu substituto legal. Contrariamente, se não concordar, determinará a autuação em separado da petição, podendo juntar sua manifestação e determinará a remessa dos autos ao Tribunal. 
Uma outra questão importante. Enquantonão houver análise liminar pelo Relator no Tribunal, eventual tutela de urgência necessária será deferida pelo substituto legal do juiz. O Relator, ao receber a petição autuada, poderá deferir efeito suspensivo, quando então será paralisado o andamento do processo e eventual tutela de urgência será analisada pelo substituto legal; porém, poderá negar a concessão de efeito suspensivo, quando então o processo correrá normalmente.
Impugnação ao valor da causa (Antigo CPC - Lei 5.869/73)
O valor da causa pode ser objeto de impugnação pela parte ré, que deverá apresentar suas razões, no prazo da contestação e em peça separada, podendo requerer tanto a majoração como a diminuição do valor, desde que fundamentadamente e desde que apontado o valor pretendido. Conforme comentários ao art. 258, o valor da causa tem reflexos em várias searas, inclusive nas custas devidas ao Estado, o que a torna questão de ordem pública, já que reflete no valor a ser arrecadado aos cofres públicos e por isso de interesse público, autorizando assim o juiz a conhecer e apreciar de ofício a regularidade do valor dado à causa.
Apresentada a impugnação ao valor da causa pelo réu, essa será autuada em apenso, formando autos em apartado que ficará anexado ao processo, sendo necessário o contraditório e, por isso, o autor será intimado a se manifestar, no prazo de 5 (cinco) dias, a respeito da impugnação ofertada pelo réu.
Como se trata de uma questão incidente, apesar de estar fisicamente em outros autos, em apenso ao processo, não assume a condição de processo incidente, como no caso dos embargos à execução, sendo que é autuado em apartado exatamente para que a sua apreciação não retarde ou prejudique o andamento do processo. Como a alteração do valor da causa, na maior parte das vezes reflete no valor do preparo devido ao Estado e no valor dos honorários devidos ao advogado (sucumbência, CPC, art. 20), não se justifica a suspensão do processo enquanto não solucionada referida questão. Se for necessária prova, em especial a pericial e de natureza contábil, para a averiguação do valor correto a ser dado à causa, o juiz poderá deferir a sua realização e após todo o contraditório (CPC, arts. 420 a 439), decidirá, acolhendo ou rejeitando a impugnação, cujo pronunciamento se caracteriza como decisão interlocutória (CPC, art. 162,§ 2) e por isso desafia o recurso de agravo (CPC, art. 522). O prazo fixado para o juiz para decidir é de 10 (dez) dias, mas estamos diante de prazo impróprio e por isso o descumprimento pode gerar sanções administrativas ao juiz e não prejuízo ao processo e para as partes.
Caso a parte não apresente impugnação dentro do prazo que lhe couber (contestação) ou o juiz não aprecie de ofício, presume-se que foi valorado corretamente a causa pelo autor em sua petição inicial.
No sistema do atual CPC, Lei 13.105/15, o valor da causa continua a ser requisito de petição inicial, apontando o art. 292 os critérios de sua fixação, obrigatoriedade que também é estendida à reconvenção, exigência não citada no atual CPC.
Contudo, o instituto da impugnação ao valor causa foi simplificado na nova lei processual e passou a ser feito na própria contestação, em sede de preliminar, cuja manifestação será decidida pelo juiz que poderá, se for o caso, retificar o valor atribuído à causa, impondo a complementação das custas – art. 293.
Outra novidade é a possibilidade do juiz corrigir, de ofício e por arbitramento, o valor atribuído à causa quando verificar sua não correspondência ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que também se procederá ao recolhimento das custas correspondentes – art. 292, § 3º.
Assim, o novo Código de Processo Civil simplificou o manejo da impugnação do valor dado à causa, o que certamente repercutirá na celeridade da entrega da tutela jurisdicional provocada, objetivo, in tese, do legislador.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. V. 1. Salvador: Podivm. 2007.
DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. V. 3. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil. V. 2. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
Lei 13.105/2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 26/03/2016.

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