Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 10 DEFESA DA PROPRIEDADE Juízo possessório – Trata de questões possessórias. Servem para ajuizar o interdito proibitório, a manutenção de posse, e a reintegração de posse. O que se discute é a melhor posse, ou seja, aquele que não tem a posse viciada, aquele que da destinação útil à coisa, posse mais antiga... Juízo petitório – Trata da questão proprietária. AÇÃO REIVINDICATÓRIA Visa tratar da propriedade. O direito de propriedade. Na ação reivindicatória, se discute a titularidade da propriedade. - Art. 1228 – “O proprietário tem o direito de usar, fruir e reivindicar a coisa”. Características: Direito de Sequela – Representa o direito que o proprietário tem de defender sua propriedade perante qualquer um que venha violar. Busca da coisa diante da posse injusta de terceiros. – “ILEGITIMA” Titularidade da ação – A regra é que a titularidade da ação será do proprietário, isso irá exigir a prova através do Registro do imóvel. Rito comum – A ação seguirá o rito comum. Quando o rito não é especial, ele é comum. Quando a ação é ajuizada depois de um ano e um dia. Rito demorado, que vai passar por todos os procedimentos.NESTE RITO NÃO CABE LIMINAR! Liminar (é o que antecipa a decisão do juiz). Pode ser que se consiga antecipação de tutela, mas liminar não. Cumulação de pedidos – Além da ação, pedir perdas e danos, ressarcimento pelos frutos, etc. Defesa do réu Legitimidade da posse – Ato de provar que a posse não é ilegítima. Dizer que a posse é legitima, é dizer que ela é obrigacional. Usucapião ******PROOOOOOVA****** OBS: Registro da sentença que reconhece a usucapião SIM – Dizem que SIM, para preservar o principio da economia processual. NÃO – Dizem que NÃO, para preservar o principio do devido processo legal. Seria necessário o ajuizamento de ação autônoma de usucapião. Prevalece esta hipótese, processual. OBS: Adequação dos juízos Proprietário s/ posse = Neste caso, é mais adequado a ajuizamento da ação reivindicatória. Porque em sede da ação reivindicatória o que se discute é o título (quem é o proprietário, quem é o dono). Proprietário c/ posse = Quando o individuo é proprietário e possuidor deverá ser analisado o momento do ajuizamento da ação. Porque se, antes de um ano e um dia o rito é especial se for ação possessória. Se, depois de um ano e um dia, o rito é comum, e ai pode ser tanto possessório quanto reivindicatória. ANTES DE ANO E DIA – ESPECIAL (POSSESSÓRIA) -> LIMINAR. DEPOIS DE ANO E DIA – COMUM (POSSESSÓRIA OU REIVINDICATÓRIA) OBS: Outras ações: (Ainda com relação ao proprietário). Declaratória = Quando se pretende discutir a titularidade da propriedade. Busca-se que se declare que determinada pessoa é, ou não proprietário. Negatória = Visa negar a terceiro o exercício de direitos sobre a coisa. Impedir que terceiros exercessem poder sobre a sua coisa. Também pode ser ajuizada ação de manutenção de posse, devido à perturbação. Retificação do Registro = Visa retificar dados imprecisos constantes do Registro. Cancelamento do Registro = Visa cancelar o Registro diante dos vícios verificados no título que lhe deu origem. Imissão na posse = Visa conceder ao proprietário a posse pela primeira vez. AULA 11 PROPRIEDADE RESOLÚVEL A propriedade resolúvel será temporária. TEMPORARIEDADE POR CONDIÇÃO OU TERMO: (1359) – A resolução da propriedade de um proprietário em beneficio de outra pessoa, se dará em função do implemento de uma condição (evento futuro e incerto) ou por advento de um termo (tempo futuro e certo). Condição ou termo constante em título – A condição ou termo deverão estar expressos no contrato. Propriedade se extingue para um em beneficio de outro (alteração subjetiva) – A propriedade deixa de ser de um sujeito e passa a ser de outro. Registro – A negociação tem que ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. SUJEITOS: PROPRIETÁRIO RESOLÚVEL (PRESENTE) – Aquele que já tem o direito. Tem todos os poderes conferidos pelo CC (Uso, fruição, disposição e reivindicação). É possível incluir a clausula de inalienabilidade, o que impedirá o proprietário resolúvel de dispor da coisa. PROPRIETÁRIO DIFERIDO (FUTURO) – Aquele que tem a expectativa de direito. Tendo esta, poderá exigir medida acautelatória, caso o bem esteja se depreciando. Art. 1359; Direitos do proprietário resolúvel - Têm todos os poderes conferidos pelo CC (Uso, fruição, disposição e reivindicação). OBS: Clausula de inalienabilidade - É possível incluir a clausula de inalienabilidade, o que impedirá o proprietário resolúvel de dispor da coisa. Direitos do proprietário diferido - Aquele que tem a expectativa de direito. Tendo esta, poderá exigir medida acautelatória, caso o bem esteja se depreciando. Art. 1359; POR CAUSA SUPERVENIENTE: A propriedade se resolverá para o proprietário, não em razão de uma condição ou termo, previsto em um contrato, mas em razão da configuração de uma hipótese legal. Acontece a resolução depois. A resolubilidade não consta de um título. A propriedade se resolve para o proprietário em razão da configuração de hipótese legal. Ex: 557,1814 (exclusão da sucessão). PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA CC/02 (Geral) -> Bem móvel Espécie de propriedade resolúvel constituída através de negócio jurídico em que se transfere a propriedade de um bem ao credor em um contrato, para garantir a satisfação de seu crédito. Propriedade de afetação – O bem alienado fiduciariamente não servirá para satisfação das dívidas do proprietário resolúvel (banco). SUJEITOS: CREDOR FIDUCIÁRIO – É aquele que tem a propriedade resolúvel, que é uma propriedade de afetação. DEVEDOR FIDUCIÁRIO (DEPOSITÁRIO?) – É o proprietário diferido, lhe sendo concedido tão somente a posse do bem. REGISTRO - O bem oferecido como garantia na alienação fiduciária será levado a registro no Cartório de títulos e documentos ou no CRV. OBS: Veículos (Registro CRV) – Registro no Cartório de registro de veículos . Dados 1362 – O que deve conter no contrato. Art. 1362. Extinção da obrigação - Com a quitação da divida a propriedade se resolve para o credor, e passa a ser do devedor. Inadimplemento (credor não pode ficar com a coisa) – Diante do inadimplemento, a coisa tem que ser devolvida ao credor, para que seja levada a hasta pública (leilão). Alienação da coisa – A coisa será levada a hasta pública (leilão), para que com o valor auferido na arrematação seja satisfeito o credito do credor. Não entrega da coisa. PRISÃO? – Não encontrar a coisa, não se permite a prisão. NÃO CABE! AULA 12 DIREITO DE VIZINHANÇA O objetivo do direito de vizinhança é viabilizar uma convivência mais harmônica e consequentemente a paz social. Vizinhança = direitos e deveres entre si (recíprocos) Limitação do uso e fruição – Impedir que o indivíduo abuse do seu direito, limitando. Visa convivência pacífica – de forma harmônica Veda o uso anormal – Violação dos 3S. VIOLAÇÃO – A violação da saúde, sossego e segurança caracterizam o uso anormal da coisa. Sossego Saúde Segurança Ponderação do tolerável – (1277) – Quando houver o interesse social que justifique a violação do sossego, saúde ou segurança a perturbação deverá ser tolerada nos termos do artigo. OBS: Interesse social (1278) - Quando houver o interesse social que justifique a violação do sossego, saúde ou segurança a perturbação deverá ser tolerada nos termos do artigo 1278. O vizinho prejudicado poderá pedir indenização em caso de dano, e poderá exigir também a redução ou a minimização do efeitos perturbadores, se for possível. Consequências processuais: Ação indenizatória -> Ato concluído – A ação indenizatória terá lugar quando o ato perturbador causar dano ao vizinho. Ação cominatória -> Ato presente e contínuo – Busca uma decisão judicial através da qual o juiz vai determinar que o vizinho faça ou deixe de fazer alguma coisa. Imposição da obrigação de fazer ou não fazer. Regras CC/02 Arvores limítrofes – São aquelasque se encontram na divisa do terreno de vizinhos. (1282). Passagem forçada – Aquele imóvel que não tiver acesso a via publica terá direito a passagem forçada, cujo rumo ou direção será fixado pelo juiz se não houver acordo, o que dará a ele direito a indenização. (1285). Águas – O proprietário de prédio inferior é obrigado a suportar o fluxo natural de águas provenientes do prédio superior, e não será obrigado se a corrente de água for artificial. (1288, 1289). O proprietário de nascente não pode impedir o fluxo da mesma para outras propriedades, outros imóveis. (1290). Demarcação - 1° Confirmação da dimensão dos imóveis (domínio), por meio de documento. 2° Verificação da posse justa 3° Divisão 4° Adjudicação de um indenizando o outro. (1297, 1298 (confusão nos limites)). Construção – Direito do proprietário do imóvel, desde que a obra não prejudique o sossego, a saúde, e a segurança dos vizinhos. AULA 13 CONDOMÍNIO PROPRIEDADE COMUM (FRAÇÃO/ QUOTA) – Exercício de propriedade comum, ou seja, tem dois ou mais indivíduos proprietários do mesmo bem. Fração/ quota – Presumem-se iguais, salvo convenção contrária. CLASSIFICAÇÃO: Voluntária – Decorre da vontade dos proprietários. Legal – Decorre da imposição legal (lei). Pro indiviso – Refere-se ao condomínio em que todos têm direito de uso e fruição sobre todo o bem. Pro diviso – Aquele em que os condôminos têm acesso privado a determinadas partes. MODALIDADES: CONDOMÍNIO GERAL: Não há divisão entre partes comuns e individuais (pró-indiviso) Não há personalidade jurídica PROOOOVA* Administração não é obrigatória Direitos e deveres do condômino: Uso e fruição (destinação) – Deve ser obedecida. Defesa da posse e propriedade – Qualquer proprietário pode promover a defesa independente da concordância ou da participação dos outros. Alienar – Exige o direito de preferência para o outro condômino / Gravar fração ideal E o limite é a fração ideal. (1317) Exigir divisão (1322) – Não sendo possível a divisão, o bem será vendido preferencialmente a outro condômino. O direito de pedir a divisão pode ser exigido a qualquer momento. Dividir despesas (1318) – Obedecerá a fração ideal de cada um dos condôminos. - contraídas por todos – Todos respondem pela dívida. - contraídas por um – Gera responsabilidade para aquele que contraiu a dívida, tendo ele direito de regresso contra os demais PROOOOVA* Divisão de frutos – Serão repartidos de acordo com a fração ideal. CONDOMÍNIO EDILÍCIO: Há divisão entre partes comuns e individuais (pró-indiviso/ diviso) Personalidade jurídica (anômala/ restrita) Administração obrigatória (1349) - Síndico Instituição – vontade (1332) Normatização – convenção e regimento interno (1333/1334) – Complemento por menorizado da convenção. Detalhamento da convenção. Assembleia (voto) – A assembleia é um órgão deliberativo. A validade da assembleia depende da convocação de todos os condôminos, ainda que nem todos compareçam. O direito ao voto na assembleia é concedido ao proprietário, ou quem o represente, e não será concedido aquele que estiver inadimplente, e nem os inquilinos. Podendo opinar, porém não será levado em conta. Direitos e deveres dos condôminos. Uso e fruição (destinação) – É livre, não precisando ter o direito de preferência. Alienar/ gravar parte individual (1331) Dividir despesas – Haverá divisão de despesas de acordo com a fração ideal. Não realizar obras comprometedoras – Não se pode violar Não alterar fachada (1336) ___________________________________________________________________________________ AULA 14 DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS (DRCA) O titular do direito real não exerce poderes sobre a coisa própria, e sim alheia. Desdobramento de poderes (transferência para terceiro) – Ocorre através de um negocio jurídico (contrato). Propriedade intacta – Poder. O proprietário cede ao 3° Prerrogativas atribuídas ao 3° Uso e fruição Aquisição Garantia DRCA em espécie ENFITEUSE Instituto perpétuo, que não tem fim. Apresentada no código de 16. DRCA que permite ao terceiro plantar e/ou construir em imóvel alheio. CC/16 (678 A 694) SUPERFÍCIE CC/02 E EC/01 (área urbana) Relação Dono do sol (foreiro) Terceiro (superficiário) Direito de construir e/ou plantar Escritura e Registro (CRI) (1369) Termo (tempo determinado) (1369) Gratuito ou oneroso (1370) Transmissível (1372) 3os (pode haver cláusula proibitiva) Herdeiros Alienação (direito de preferência) (1373) – Se o proprietário transferir a propriedade tem que dar preferência ao superficiário, e vice versa.. Extinção Termo final Renuncia Inadimplemento contratual (1374) ___________________________________________________________________________________ AULA 15 DRCA ENFITEUSE: SUPERFÍCIE: SERVIDÃO: O proprietário permite a um terceiro usar e fruir da coisa Estabelece a serviência, submissão entre prédios: Prédio (imóvel) serviente – Proporciona utilidade (permissão/omissão). Prédio dominante – Beneficia-se das utilidades. OBS: Servidão é diferente de direito de vizinhança. Pois a servidão decorre da convenção (acordo entre as partes), e o direito de vizinhança decorre de imposição legal. CLASSIFICAÇÃO: (*********PROVA***********) Positiva/ aparente (perceptível) – Decorre da ação do prédio dominante sobre o prédio serviente. Negativa/ não aparente – Decorrente da omissão do prédio serviente. CARACTERÍSTICAS: Erga omnes – SEQUELA. Registro. Como a servidão é um direito real, mesmo que o proprietário mude, e não queira mais permitir a passagem, este será obrigado. Pois a pessoa estará protegida pelo direito de servidão. Prédio alheio – Prédios de donos distintos. Comodidade/ utilidade Custos de manutenção (dominante) – (1381) Limitações – Tempo, extensão, dia, horário... Será definido por convenção. O dono do prédio serviente, não poderá inviabilizar o exercício da servidão. Alteração da localização (1384) (*) A alteração poderá ser promovida independente de autorização pelo prédio serviente se não prejudicar o dominante. Ou, pelo prédio dominante se não prejudicar o serviente e houver o aumento da sua utilidade. Alargamento (1385, Parágrafo 3°) (*) O prédio dominante poderá alargar a servidão, independente da vontade ou autorização do serviente, se provar a necessidade e mediante indenização. Constituição: Negócio jurídico – A servidão geralmente nasce se constitui de um negócio jurídico. Pode ser inter-vivos, causa-mortis, oneroso, gratuito... Usucapião (1379 CC 1242) (aparente – Súmula 415 STF) – A servidão também poderá ser adquirida através da usucapião por meio do exercício incontestada e contínuo, por 10 ou 20 anos. (sendo 10 anos, para quem está de boa Fe, com justo título, e 20 anos para quem não tem o justo título, e está de má fé). Extinção: Consolidação/ confusão – Ocorre quando o dono de um prédio adquire o outro. Convenção – O acordo entre as partes para extinguir a servidão. Cessada a utilidade – Se não há mais utilidade, extingue-se. Se a servidão não se prestar mais como útil ao prédio dominante, isto pode ensejar a extinção da servidão. Renúncia (*) – Abdicação do direito. A pessoa não quer mais o direito, então ela renuncia. Não uso por 10 anos – A pessoa não se vale mais da coisa. Desuso contínuo. AULA 16 DRCA ENFITEUSE SUPERFÍCIE SERVIDÃO USUFRUTO, USO E HABITAÇÃO. Permitem o uso e/ou fruição da coisa alheia Caráter assistencial USUFRUTO CARACTERÍSTICAS: CONSTITUIÇÃO Negócio jurídico – Porque decorre do acordo de vontade entre as partes. Lei – Imposição legal. Usucapião (1391) – Eventualmente, o direito de usufruir pode ser usucapido. QUEM ADQUIRE O DIREITO DE USUFRUTO POR USUSCAPIÃO, NÃO SE TORNA PROPRIETÁRIO. (*) Incidência: móveis/ imóveis. – O uso fruto pode recair sobre bens móveis ou imóveis. Manutenção da destinação (limites). – Não é permitido mudar a destinação da coisa. A destinação da coisa que foi limitada no contrato deve ser mantida. Temporário: Vitalício – atéa morte. Condição ou termo – se estabelecer um tempo. Beneficiário: Pessoa Natural Pessoa Jurídica – termo Maximo de 30 anos, estabelecido por lei. Divisível: Mais de um beneficiário simultaneamente. – Não há problema em se ceder para mais de uma pessoa, mas, deve constar em um contrato. Intransmissível (inter vivos ou causa mortis) – É personalíssimo. Não pode ser transmitido, nem por ato inter vivos, nem por causa mortis (pois os herdeiros não se tornarão beneficiários). DIREITOS E DEVERES DO USUFRUTUÁRIO Cuidar da coisa – Dar manutenção a coisa. Cientificar turbações – Cientificar o proprietário de quaisquer turbações que haver esbulhos ou ameaças... Inventariar (1400) – Tem a obrigação de detalhar pormenorizadamente. Este detalhamento serve para garantir ao proprietário, que ele receberá a coisa de volta com as mesmas características, ressalvada o desgaste natural da utilização da coisa. Prestar caução (se exigido) – Não é obrigatória. É uma garantia que pode ser exigida pelo usufrutuário. Não alteração a destinação da coisa – A coisa deve ser usada para aquilo que foi proposto inicialmente. Despesas ordinárias – Obrigação do usufrutuário. Restituição – Obrigação de devolver a coisa. Ceder exercício de direito – É possível que o usufrutuário ceda o exercício do seu direito, pois o que lhe é proibido é ceder o direito em si. EXTINÇÃO Renuncia – Pode renunciar. Morte – A morte do usufrutuário gera extinção do usufruto. Termo ou condição – Quando se implementar ocorre a extinção Consolidação – Se o usufrutuário adquirir a propriedade. Má – utilização USO Maior limitação – Porque o usuário poderá usar a coisa alheia e fruir da mesma somente os frutos necessários à sua subsistência. Uso e fruição (necessidades) Personalíssimo – Pois não se transfere o direito de uso por ato inter vivos ou causa mortis. Família beneficiada – Segundo o CC, cônjuges, filhos solteiros, e pessoas do serviço doméstico. HABITAÇÃO Maior limitação – Pois só permite o uso para a moradia, não permite fruição. Uso – Só permite um uso. Personalíssimo – Intransferível. AULA 17 DRCA Enfiteuse Superfície Servidão Usufruto, uso, habitação. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL ALHEIO = Promessa de compra e venda Contrato preliminar através do qual o proprietário do imóvel o promete em vida – do direito real de aquisição. OBJETIVO – Transformar o contrato preliminar em contrato definitivo (escritura pública). MOTIVAÇÃO – Impossibilidade circunstancial ou segurança negocial. REGULAMENTAÇÃO CC/16 – Não contemplou. DL 58/37 – Rurais L 6766/79 – Urbanos CC/02 – Geral O contrato de promessa de compra e venda pode ter. NATUREZA OBRIGACIONAL Sujeitos – A pessoa que promete e a pessoa que quer comprar. Ambos são credores e devedores. Objeto – Imóvel (obrigação de dar coisa certa), Escritura (obrigação de fazer), e o dinheiro (obrigação de dar coisa certa). OBS: Não precisa estar registrado e admite cláusula de arrependimento. Arras penitenciais. Deve estar expressa no contrato. Se houver previsão expressa, as partes tem o direito de se arrepender. Quitação – Outorga da escritura – Pelo promitente vendedor. Negativa em outorgar a escritura. Perdas e danos – As perdas e danos podem ser exigidos pelo promitente comprador. Execução específica (suprimento judicial) – Significa dizer que o promitente comprador buscará decisão judicial que substitua a vontade do promitente vendedor que se negou a outorgar a escritura. Venda para 3° - Se o promitente vendedor vende o imóvel para 3°, o promitente comprador não poderá exigir a outorga da escritura do adquirente. Pois ele é titular de mero direito obrigacional. Para que o promitente comprador tenha direito ao suprimento judicial, a promessa de compra e venda não precisa ser direito real. NATUREZA REAL Art. 1225 Efeito erga omnes e sequela Requisitos para ser direito real (***) Deve ser registrada - CRI Não pode conter cláusula de arrependimento. Quitação – Outorga da escritura Negativa em outorgar a escritura Perdas e danos Execução específica (Suprimento Judicial) Venda para 3° - Se o promitente vendedor vende o imóvel para 3°, o promitente comprador poderá exigir a outorga da escritura de qualquer um que venha estar com a coisa ou na coisa, pois é titular de direito real. OBS: Quitação – Direito de reivindicação – Quitada à obrigação, o promitente comprador, mesmo não sendo ainda proprietário formal terá direito de reivindicar a coisa segundo entendimento do STJ. OBS: Contratos Promessa x Compromisso Promessas – 2 atos: PCV e Escritura (admite arrependimento). Compromisso – 1 ato: CCV + citação (não admite arrependimento). O LEGISLADOR CIVIL AO INSTITUIR A PROMESSA DE COMPRA E VENDA COMO DIREITO REAL MESCLOU OS CONCEITOS DE PROMESSA E COMPROMISSO, POIS EXIGE DOIS ATOS (TÍPICO DA PROMESSA), E NÃO PERMITE ARREPENDIMENTO (TÍPICO DO COMPROMISSO). AULA 18 DRCA Uso e/ou fruição Aquisição GARANTIA: (Penhor, hipoteca e anticrese.) CREDOR QUIROGRAFÁRIO – Buscará no patrimônio geral do devedor, algum bem para satisfazer seu crédito. CREDOR C/ GARANTIA REAL – Tem destacado um bem específico do devedor para garantir sua dívida, antes mesmo do inadimplemento. CREDORES COM PRIVILEGIOS LEGAIS – Estão acima de todos os outros. Serão preferidos sobre quaisquer credores, inclusive sobre o real. Trabalhista, previdenciário, acidentado. CONSIDERAÇÕES GERAIS Obrigações – Toda garantia real é acessória, pois estará vinculada a uma obrigação principal. Sujeitos (sujeitos envolvidos na relação obrigacional (credor e devedor)). Objeto (prestação devida pelo devedor, que se na for cumprida gera inadimplemento). Possibilidades Cumprimento da obrigação (diante de uma obrigação, o que se espera é que ela seja cumprida). Não sendo cumprida a obrigação, configura-se o inadimplemento do credor. Inadimplemento – Patrimônio do devedor (391) (garantia geral do credor) é diferente (garantia especial do credor = especificação (1424)). Garantia real (representada por uma coisa) é diferente de garantia pessoal (representada por uma pessoa, credor, aval...). A garantia real é do credor quirografário. A garantia especial é a garantia real. CARACTERÍSITCAS GERAIS DAS GARANTIAS REAIS *******(PROOOOOOVA)****** Registro Se for bem móvel – Cartório de títulos e documentos. Se for bem imóvel – Cartório de registro de imóveis. Sequela – O titular do direito pode exigi-lo de qualquer um que esteja com a coisa, ou na coisa. Permite ao titular da garantia real executa-la diante de qualquer um que esteja com a coisa ou na coisa, na condição de atual proprietário. Preferência (1422) 2(DOIS) ASPECTOS O credor com garantia real terá preferência sobre o credor quirografário, entretanto, será preterido (que não é preferido) se concorrer com credores com privilégio legal. Se houver concorrência entre credores com garantia real, terá preferência àquele que primeiro registrou a garantia. Proibição do pacto comissório (1428). Proibido por lei. As partes não podem negociar que, diante do inadimplemento, o credor ficará com a coisa, em razão da excussão. Excussão A coisa oferecida em garantia, diante do inadimplemento, deverá ser, em regra, levada a hasta pública. Hasta publica para bens imóveis chama-se praça. Hasta pública para bens móveis chama-se leilão. Indivisibilidade (1421) O bem somente será liberado do gravame da garantia real após quitação total da dívida. Vencimento antecipado da dívida (1425) Diante da perda ou deterioração da coisa oferecida como garantia, caso o devedor não promova o complemento ou substituição da mesma, sua dívida será considerada vencida antecipadamente. Legitimidade para instituir garantia (1427) Necessidade de que o bem seja oferecido pelo seu dono. Não importa se o proprietário do bem é o devedor ou não, porém somente o proprietário do bem pode oferecê-lo como garantia. O proprietário do bem pode oferecer o mesmo para garantir divida própria ou alheia.Extinção Se extinta a dívida principal, a divida acessória, logicamente será extinta. A extinção da obrigação principal acarretará na extinção da garantia real. AULA 19 DIREITOS REAIS DE GARANTIA PENHOR O bem será EMPENHADO, e não penhorado. Penhora é um procedimento judicial. Bem móvel – Recai sobre bem móvel, que será oferecido para garantir a negociação. Será feito registro no CTD (Cartório de títulos e documentos). Posse do credor – O credor receberá a posse do bem. Sujeitos Credor pignoratício – é o titular do direito real (é ele quem tem a posse). Devedor pignoratício – é o proprietário do bem oferecido. Modalidades Convencional (tradicional) – é aquela que será instituída a partir da convenção entre credor e devedor. Legal (1467-1472) – Será instituído por força de lei, independente da convenção entre as partes. Especial ******PROOOVA******* Posse do devedor – Pois os referidos bens são utilizados na atividade do devedor. Registro CRI (Cartório de registro de imóveis) CRV (Certificado de registro de veiculo) Exemplos: *********PROOOOVA********** Penhor rural – São oferecidos bens móveis agrícolas ou pecuários (trator, semente, animais...). Penhor Industrial – Serão oferecidos bens industriais (máquinas...). Penhor de Veículos – Serão oferecidos veículos, e o registro será no CRV. ANOTAÇAO SOBRE MODALIDADES DE PENHOR: ******PROOOOOVA****** NAS MODALIDADES CONVENCIONAL E LEGAL, A POSSE FICA COM O CREDOR E O REGISTRO É FEITO NO CTD (CARTÓRIO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS). DIFERENCIAM-SE DA LEGAL, POIS NA MESMA, A POSSE FICA COM O DEVEDOR E O REGISTRO É FEITO NO CRI (CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS), OU NO CRV (CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEICULOS). HIPOTECA Bem de raiz, que não tem como ser entregue. Bem imóvel – Será oferecido como garantia e registrado no Cartório de registro de imóveis (CRI). EXCEÇÕES: *******PROOOOOVA********* PODERÃO SER HIPOTECADOS BENS MÓVEIS, EM DUAS SITUAÇÕES: Quando se tratarem de navios e aeronaves, ou, Quando for oferecido o bem imóvel em hipoteca, com todos os bens que o guarnecem. (a casa com todos os móveis). Posse do devedor – O bem imóvel oferecido como garantia fica na posse do próprio devedor. Sujeitos: Credor hipotecário – que é o titular de direito real (de garantia). Devedor hipotecário – que é proprietário do imóvel (que ofereceu o bem). OBS: INDIVISIBILIDADE (1488) - Caso o imóvel hipotecado seja loteado, ou nele constituir um condomínio edilício, cada um dos condomínios poderá desgravar (liberar), a sua fração, pagando proporcionalmente o que deve. MODALIDADES: (IDEM PENHOR). Convencional (tradicional) - é aquela que será instituída a partir da convenção entre credor e devedor. Legal (1489) – Será instituído por força de lei, independente da convenção entre as partes. ANTICRESE Acontece quando o devedor oferece um bem para o credor explorar. Consiste no oferecimento de um bem que ficará na posse do credor, para que ele explore o mesmo, promovendo o abatimento na dívida. Bem Móvel (1506 parágrafos 2°). Imóvel Posse do credor – para que ele possa perceber frutos da coisa. DIFERENÇA ENTRE GARANTIA REAL E FIDUCIÁRIA No caso da alienação fiduciária, a garantia oferecida fica na propriedade do credor. Na garantia real, a garantia permanece na propriedade do devedor. A GARANTIA FIDUCIÁRIA É MAIS SEGURA DO QUE A GARANTIA REAL, POIS, HAVENDO CONCORRENCIA COM CREDORES PRIVILEGIADOS, ESTES NÃO TERÃO ACESSO AO BEM, PORQUE O BEM ESTÁ NO ACERVO PATRIMONIAL DO CREDOR, NÃO DO DEVEDOR COMUM.
Compartilhar