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DIREITO CIVIL IV PARTE 2 V2

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AULA 10
DEFESA DA PROPRIEDADE
Juízo possessório – Trata de questões possessórias. Servem para ajuizar o interdito proibitório, a manutenção de posse, e a reintegração de posse. O que se discute é a melhor posse, ou seja, aquele que não tem a posse viciada, aquele que da destinação útil à coisa, posse mais antiga...
Juízo petitório – Trata da questão proprietária. 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA 
Visa tratar da propriedade. O direito de propriedade. Na ação reivindicatória, se discute a titularidade da propriedade.
- Art. 1228 – “O proprietário tem o direito de usar, fruir e reivindicar a coisa”. 
Características:
Direito de Sequela – Representa o direito que o proprietário tem de defender sua propriedade perante qualquer um que venha violar. 
Busca da coisa diante da posse injusta de terceiros. – “ILEGITIMA”
 
Titularidade da ação – A regra é que a titularidade da ação será do proprietário, isso irá exigir a prova através do Registro do imóvel.
Rito comum – A ação seguirá o rito comum. Quando o rito não é especial, ele é comum. Quando a ação é ajuizada depois de um ano e um dia. Rito demorado, que vai passar por todos os procedimentos.NESTE RITO NÃO CABE LIMINAR! Liminar (é o que antecipa a decisão do juiz). Pode ser que se consiga antecipação de tutela, mas liminar não.
Cumulação de pedidos – Além da ação, pedir perdas e danos, ressarcimento pelos frutos, etc.
Defesa do réu
Legitimidade da posse – Ato de provar que a posse não é ilegítima. Dizer que a posse é legitima, é dizer que ela é obrigacional.
Usucapião ******PROOOOOOVA****** 
OBS: Registro da sentença que reconhece a usucapião 
SIM – Dizem que SIM, para preservar o principio da economia processual. 
NÃO – Dizem que NÃO, para preservar o principio do devido processo legal. Seria necessário o ajuizamento de ação autônoma de usucapião. Prevalece esta hipótese, processual.
OBS: Adequação dos juízos
Proprietário s/ posse = Neste caso, é mais adequado a ajuizamento da ação reivindicatória. Porque em sede da ação reivindicatória o que se discute é o título (quem é o proprietário, quem é o dono).
Proprietário c/ posse = Quando o individuo é proprietário e possuidor deverá ser analisado o momento do ajuizamento da ação. Porque se, antes de um ano e um dia o rito é especial se for ação possessória. Se, depois de um ano e um dia, o rito é comum, e ai pode ser tanto possessório quanto reivindicatória.
ANTES DE ANO E DIA – ESPECIAL (POSSESSÓRIA) -> LIMINAR.
DEPOIS DE ANO E DIA – COMUM (POSSESSÓRIA OU REIVINDICATÓRIA)
OBS: Outras ações: (Ainda com relação ao proprietário).
Declaratória = Quando se pretende discutir a titularidade da propriedade. Busca-se que se declare que determinada pessoa é, ou não proprietário.
Negatória = Visa negar a terceiro o exercício de direitos sobre a coisa. Impedir que terceiros exercessem poder sobre a sua coisa. Também pode ser ajuizada ação de manutenção de posse, devido à perturbação.
Retificação do Registro = Visa retificar dados imprecisos constantes do Registro.
Cancelamento do Registro = Visa cancelar o Registro diante dos vícios verificados no título que lhe deu origem.
Imissão na posse = Visa conceder ao proprietário a posse pela primeira vez. 
AULA 11
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
A propriedade resolúvel será temporária.
TEMPORARIEDADE
POR CONDIÇÃO OU TERMO: (1359) – A resolução da propriedade de um proprietário em beneficio de outra pessoa, se dará em função do implemento de uma condição (evento futuro e incerto) ou por advento de um termo (tempo futuro e certo). 
Condição ou termo constante em título – A condição ou termo deverão estar expressos no contrato.
Propriedade se extingue para um em beneficio de outro (alteração subjetiva) – A propriedade deixa de ser de um sujeito e passa a ser de outro.
Registro – A negociação tem que ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
SUJEITOS:
PROPRIETÁRIO RESOLÚVEL (PRESENTE) – Aquele que já tem o direito. Tem todos os poderes conferidos pelo CC (Uso, fruição, disposição e reivindicação). 
É possível incluir a clausula de inalienabilidade, o que impedirá o proprietário resolúvel de dispor da coisa. 
PROPRIETÁRIO DIFERIDO (FUTURO) – Aquele que tem a expectativa de direito. Tendo esta, poderá exigir medida acautelatória, caso o bem esteja se depreciando. Art. 1359; 
Direitos do proprietário resolúvel - Têm todos os poderes conferidos pelo CC (Uso, fruição, disposição e reivindicação). 
OBS: Clausula de inalienabilidade - É possível incluir a clausula de inalienabilidade, o que impedirá o proprietário resolúvel de dispor da coisa. 
Direitos do proprietário diferido - Aquele que tem a expectativa de direito. Tendo esta, poderá exigir medida acautelatória, caso o bem esteja se depreciando. Art. 1359; 
POR CAUSA SUPERVENIENTE: A propriedade se resolverá para o proprietário, não em razão de uma condição ou termo, previsto em um contrato, mas em razão da configuração de uma hipótese legal. Acontece a resolução depois. 
A resolubilidade não consta de um título. A propriedade se resolve para o proprietário em razão da configuração de hipótese legal. Ex: 557,1814 (exclusão da sucessão).
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
CC/02 (Geral) -> Bem móvel 
Espécie de propriedade resolúvel constituída através de negócio jurídico em que se transfere a propriedade de um bem ao credor em um contrato, para garantir a satisfação de seu crédito.
Propriedade de afetação – O bem alienado fiduciariamente não servirá para satisfação das dívidas do proprietário resolúvel (banco).
SUJEITOS:
CREDOR FIDUCIÁRIO – É aquele que tem a propriedade resolúvel, que é uma propriedade de afetação. 
DEVEDOR FIDUCIÁRIO (DEPOSITÁRIO?) – É o proprietário diferido, lhe sendo concedido tão somente a posse do bem.
REGISTRO - O bem oferecido como garantia na alienação fiduciária será levado a registro no Cartório de títulos e documentos ou no CRV. 
OBS: 
Veículos (Registro CRV) – Registro no Cartório de registro de veículos
.
Dados 1362 – O que deve conter no contrato. Art. 1362.
Extinção da obrigação - Com a quitação da divida a propriedade se resolve para o credor, e passa a ser do devedor.
Inadimplemento (credor não pode ficar com a coisa) – Diante do inadimplemento, a coisa tem que ser devolvida ao credor, para que seja levada a hasta pública (leilão).
Alienação da coisa – A coisa será levada a hasta pública (leilão), para que com o valor auferido na arrematação seja satisfeito o credito do credor.
Não entrega da coisa. PRISÃO? – Não encontrar a coisa, não se permite a prisão. NÃO CABE!
AULA 12
DIREITO DE VIZINHANÇA
O objetivo do direito de vizinhança é viabilizar uma convivência mais harmônica e consequentemente a paz social.
Vizinhança = direitos e deveres entre si (recíprocos)
Limitação do uso e fruição – Impedir que o indivíduo abuse do seu direito, limitando.
Visa convivência pacífica – de forma harmônica
Veda o uso anormal – Violação dos 3S.
VIOLAÇÃO – A violação da saúde, sossego e segurança caracterizam o uso anormal da coisa.
Sossego 
Saúde 
Segurança
Ponderação do tolerável – (1277) – Quando houver o interesse social que justifique a violação do sossego, saúde ou segurança a perturbação deverá ser tolerada nos termos do artigo.
OBS: Interesse social (1278) - Quando houver o interesse social que justifique a violação do sossego, saúde ou segurança a perturbação deverá ser tolerada nos termos do artigo 1278. O vizinho prejudicado poderá pedir indenização em caso de dano, e poderá exigir também a redução ou a minimização do efeitos perturbadores, se for possível.
Consequências processuais:
Ação indenizatória -> Ato concluído – A ação indenizatória terá lugar quando o ato perturbador causar dano ao vizinho.
Ação cominatória -> Ato presente e contínuo – Busca uma decisão judicial através da qual o juiz vai determinar que o vizinho faça ou deixe de fazer alguma coisa. Imposição da obrigação de fazer ou não fazer.
Regras CC/02
Arvores limítrofes – São aquelasque se encontram na divisa do terreno de vizinhos. (1282).
Passagem forçada – Aquele imóvel que não tiver acesso a via publica terá direito a passagem forçada, cujo rumo ou direção será fixado pelo juiz se não houver acordo, o que dará a ele direito a indenização. (1285).
Águas – O proprietário de prédio inferior é obrigado a suportar o fluxo natural de águas provenientes do prédio superior, e não será obrigado se a corrente de água for artificial. (1288, 1289). O proprietário de nascente não pode impedir o fluxo da mesma para outras propriedades, outros imóveis. (1290).
Demarcação - 
1° Confirmação da dimensão dos imóveis (domínio), por meio de documento.
2° Verificação da posse justa
3° Divisão
4° Adjudicação de um indenizando o outro. 
(1297, 1298 (confusão nos limites)).
Construção – Direito do proprietário do imóvel, desde que a obra não prejudique o sossego, a saúde, e a segurança dos vizinhos.
AULA 13
CONDOMÍNIO
PROPRIEDADE COMUM (FRAÇÃO/ QUOTA) – Exercício de propriedade comum, ou seja, tem dois ou mais indivíduos proprietários do mesmo bem. Fração/ quota – Presumem-se iguais, salvo convenção contrária.
CLASSIFICAÇÃO:
Voluntária – Decorre da vontade dos proprietários.
Legal – Decorre da imposição legal (lei).
Pro indiviso – Refere-se ao condomínio em que todos têm direito de uso e fruição sobre todo o bem.
Pro diviso – Aquele em que os condôminos têm acesso privado a determinadas partes.
MODALIDADES:
CONDOMÍNIO GERAL:
Não há divisão entre partes comuns e individuais (pró-indiviso)
Não há personalidade jurídica PROOOOVA*
Administração não é obrigatória
Direitos e deveres do condômino:
Uso e fruição (destinação) – Deve ser obedecida.
Defesa da posse e propriedade – Qualquer proprietário pode promover a defesa independente da concordância ou da participação dos outros.
Alienar – Exige o direito de preferência para o outro condômino / Gravar fração ideal E o limite é a fração ideal. (1317)
Exigir divisão (1322) – Não sendo possível a divisão, o bem será vendido preferencialmente a outro condômino. O direito de pedir a divisão pode ser exigido a qualquer momento.
Dividir despesas (1318) – Obedecerá a fração ideal de cada um dos condôminos.
- contraídas por todos – Todos respondem pela dívida.
- contraídas por um – Gera responsabilidade para aquele que contraiu a dívida, tendo ele direito de regresso contra os demais PROOOOVA*
Divisão de frutos – Serão repartidos de acordo com a fração ideal.
CONDOMÍNIO EDILÍCIO:
Há divisão entre partes comuns e individuais (pró-indiviso/ diviso)
Personalidade jurídica (anômala/ restrita)
Administração obrigatória (1349) - Síndico
Instituição – vontade (1332)
Normatização – convenção e regimento interno (1333/1334) – Complemento por menorizado da convenção. Detalhamento da convenção.
Assembleia (voto) – A assembleia é um órgão deliberativo. A validade da assembleia depende da convocação de todos os condôminos, ainda que nem todos compareçam. O direito ao voto na assembleia é concedido ao proprietário, ou quem o represente, e não será concedido aquele que estiver inadimplente, e nem os inquilinos. Podendo opinar, porém não será levado em conta.
Direitos e deveres dos condôminos.
Uso e fruição (destinação) – É livre, não precisando ter o direito de preferência.
Alienar/ gravar parte individual (1331)
Dividir despesas – Haverá divisão de despesas de acordo com a fração ideal.
Não realizar obras comprometedoras – Não se pode violar 
Não alterar fachada (1336)
___________________________________________________________________________________
AULA 14
DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS (DRCA)
O titular do direito real não exerce poderes sobre a coisa própria, e sim alheia.
Desdobramento de poderes (transferência para terceiro) – Ocorre através de um negocio jurídico (contrato).
Propriedade intacta – Poder. O proprietário cede ao 3°
Prerrogativas atribuídas ao 3°
Uso e fruição
Aquisição
Garantia
DRCA em espécie
ENFITEUSE
Instituto perpétuo, que não tem fim. Apresentada no código de 16.
DRCA que permite ao terceiro plantar e/ou construir em imóvel alheio.
CC/16 (678 A 694)
SUPERFÍCIE
CC/02 E EC/01 (área urbana)
Relação 
Dono do sol (foreiro)
Terceiro (superficiário)
Direito de construir e/ou plantar
Escritura e Registro (CRI) (1369)
Termo (tempo determinado) (1369)
Gratuito ou oneroso (1370)
Transmissível (1372) 
3os (pode haver cláusula proibitiva)
Herdeiros
Alienação (direito de preferência) (1373) – Se o proprietário transferir a propriedade tem que dar preferência ao superficiário, e vice versa..
Extinção 
Termo final
Renuncia
Inadimplemento contratual (1374)
___________________________________________________________________________________
AULA 15 
DRCA
ENFITEUSE:
SUPERFÍCIE:
SERVIDÃO: O proprietário permite a um terceiro usar e fruir da coisa
Estabelece a serviência, submissão entre prédios:
Prédio (imóvel) serviente – Proporciona utilidade (permissão/omissão).
Prédio dominante – Beneficia-se das utilidades.
OBS: Servidão é diferente de direito de vizinhança.
Pois a servidão decorre da convenção (acordo entre as partes), e o direito de vizinhança decorre de imposição legal.
CLASSIFICAÇÃO: (*********PROVA***********)
Positiva/ aparente (perceptível) – Decorre da ação do prédio dominante sobre o prédio serviente.
Negativa/ não aparente – Decorrente da omissão do prédio serviente.
CARACTERÍSTICAS:
Erga omnes – SEQUELA. Registro. Como a servidão é um direito real, mesmo que o proprietário mude, e não queira mais permitir a passagem, este será obrigado. Pois a pessoa estará protegida pelo direito de servidão. 
Prédio alheio – Prédios de donos distintos.
Comodidade/ utilidade 
Custos de manutenção (dominante) – (1381)
Limitações – Tempo, extensão, dia, horário... Será definido por convenção. O dono do prédio serviente, não poderá inviabilizar o exercício da servidão.
Alteração da localização (1384) (*) A alteração poderá ser promovida independente de autorização pelo prédio serviente se não prejudicar o dominante. Ou, pelo prédio dominante se não prejudicar o serviente e houver o aumento da sua utilidade.
Alargamento (1385, Parágrafo 3°) (*) O prédio dominante poderá alargar a servidão, independente da vontade ou autorização do serviente, se provar a necessidade e mediante indenização. 
Constituição:
Negócio jurídico – A servidão geralmente nasce se constitui de um negócio jurídico. Pode ser inter-vivos, causa-mortis, oneroso, gratuito...
Usucapião (1379 CC 1242) (aparente – Súmula 415 STF) – A servidão também poderá ser adquirida através da usucapião por meio do exercício incontestada e contínuo, por 10 ou 20 anos. (sendo 10 anos, para quem está de boa Fe, com justo título, e 20 anos para quem não tem o justo título, e está de má fé). 
Extinção:
Consolidação/ confusão – Ocorre quando o dono de um prédio adquire o outro. 
Convenção – O acordo entre as partes para extinguir a servidão.
Cessada a utilidade – Se não há mais utilidade, extingue-se. Se a servidão não se prestar mais como útil ao prédio dominante, isto pode ensejar a extinção da servidão. 
Renúncia (*) – Abdicação do direito. A pessoa não quer mais o direito, então ela renuncia.
Não uso por 10 anos – A pessoa não se vale mais da coisa. Desuso contínuo.
AULA 16
DRCA
ENFITEUSE
SUPERFÍCIE
SERVIDÃO
USUFRUTO, USO E HABITAÇÃO.
Permitem o uso e/ou fruição da coisa alheia
Caráter assistencial
USUFRUTO
CARACTERÍSTICAS:
CONSTITUIÇÃO
Negócio jurídico – Porque decorre do acordo de vontade entre as partes.
Lei – Imposição legal.
Usucapião (1391) – Eventualmente, o direito de usufruir pode ser usucapido. QUEM ADQUIRE O DIREITO DE USUFRUTO POR USUSCAPIÃO, NÃO SE TORNA PROPRIETÁRIO. (*)
Incidência: móveis/ imóveis. – O uso fruto pode recair sobre bens móveis ou imóveis.
Manutenção da destinação (limites). – Não é permitido mudar a destinação da coisa. A destinação da coisa que foi limitada no contrato deve ser mantida. 
Temporário: 
Vitalício – atéa morte.
Condição ou termo – se estabelecer um tempo.
Beneficiário:
Pessoa Natural
Pessoa Jurídica – termo Maximo de 30 anos, estabelecido por lei. 
Divisível: Mais de um beneficiário simultaneamente. – Não há problema em se ceder para mais de uma pessoa, mas, deve constar em um contrato.
 
Intransmissível (inter vivos ou causa mortis) – É personalíssimo. Não pode ser transmitido, nem por ato inter vivos, nem por causa mortis (pois os herdeiros não se tornarão beneficiários). 
DIREITOS E DEVERES DO USUFRUTUÁRIO
Cuidar da coisa – Dar manutenção a coisa.
Cientificar turbações – Cientificar o proprietário de quaisquer turbações que haver esbulhos ou ameaças...
Inventariar (1400) – Tem a obrigação de detalhar pormenorizadamente. Este detalhamento serve para garantir ao proprietário, que ele receberá a coisa de volta com as mesmas características, ressalvada o desgaste natural da utilização da coisa. 
Prestar caução (se exigido) – Não é obrigatória. É uma garantia que pode ser exigida pelo usufrutuário. 
Não alteração a destinação da coisa – A coisa deve ser usada para aquilo que foi proposto inicialmente.
Despesas ordinárias – Obrigação do usufrutuário.
Restituição – Obrigação de devolver a coisa. 
Ceder exercício de direito – É possível que o usufrutuário ceda o exercício do seu direito, pois o que lhe é proibido é ceder o direito em si.
EXTINÇÃO
Renuncia – Pode renunciar.
Morte – A morte do usufrutuário gera extinção do usufruto.
Termo ou condição – Quando se implementar ocorre a extinção 
Consolidação – Se o usufrutuário adquirir a propriedade. 
Má – utilização 
USO 
Maior limitação – Porque o usuário poderá usar a coisa alheia e fruir da mesma somente os frutos necessários à sua subsistência. 
Uso e fruição (necessidades)
Personalíssimo – Pois não se transfere o direito de uso por ato inter vivos ou causa mortis.
Família beneficiada – Segundo o CC, cônjuges, filhos solteiros, e pessoas do serviço doméstico.
HABITAÇÃO
Maior limitação – Pois só permite o uso para a moradia, não permite fruição.
Uso – Só permite um uso.
Personalíssimo – Intransferível.
AULA 17
DRCA
Enfiteuse
Superfície
Servidão
Usufruto, uso, habitação.
AQUISIÇÃO DE IMÓVEL ALHEIO = Promessa de compra e venda
Contrato preliminar através do qual o proprietário do imóvel o promete em vida – do direito real de aquisição.
OBJETIVO – Transformar o contrato preliminar em contrato definitivo (escritura pública).
MOTIVAÇÃO – Impossibilidade circunstancial ou segurança negocial.
REGULAMENTAÇÃO 
CC/16 – Não contemplou.
DL 58/37 – Rurais 
L 6766/79 – Urbanos
CC/02 – Geral
O contrato de promessa de compra e venda pode ter.
NATUREZA OBRIGACIONAL
Sujeitos – A pessoa que promete e a pessoa que quer comprar. Ambos são credores e devedores.
Objeto – Imóvel (obrigação de dar coisa certa), Escritura (obrigação de fazer), e o dinheiro (obrigação de dar coisa certa).
OBS: Não precisa estar registrado e admite cláusula de arrependimento. Arras penitenciais. Deve estar expressa no contrato. Se houver previsão expressa, as partes tem o direito de se arrepender.
Quitação – Outorga da escritura – Pelo promitente vendedor.
Negativa em outorgar a escritura.
Perdas e danos – As perdas e danos podem ser exigidos pelo promitente comprador.
Execução específica (suprimento judicial) – Significa dizer que o promitente comprador buscará decisão judicial que substitua a vontade do promitente vendedor que se negou a outorgar a escritura. 
Venda para 3° - Se o promitente vendedor vende o imóvel para 3°, o promitente comprador não poderá exigir a outorga da escritura do adquirente. Pois ele é titular de mero direito obrigacional.
Para que o promitente comprador tenha direito ao suprimento judicial, a promessa de compra e venda não precisa ser direito real.
NATUREZA REAL 
Art. 1225
Efeito erga omnes e sequela
Requisitos para ser direito real (***)
Deve ser registrada - CRI
Não pode conter cláusula de arrependimento.
Quitação – Outorga da escritura 
Negativa em outorgar a escritura
Perdas e danos
Execução específica (Suprimento Judicial)
Venda para 3° - Se o promitente vendedor vende o imóvel para 3°, o promitente comprador poderá exigir a outorga da escritura de qualquer um que venha estar com a coisa ou na coisa, pois é titular de direito real.
OBS: Quitação – Direito de reivindicação – Quitada à obrigação, o promitente comprador, mesmo não sendo ainda proprietário formal terá direito de reivindicar a coisa segundo entendimento do STJ. 
OBS: Contratos 
Promessa x Compromisso
Promessas – 2 atos: PCV e Escritura (admite arrependimento). 
Compromisso – 1 ato: CCV + citação (não admite arrependimento).
O LEGISLADOR CIVIL AO INSTITUIR A PROMESSA DE COMPRA E VENDA COMO DIREITO REAL MESCLOU OS CONCEITOS DE PROMESSA E COMPROMISSO, POIS EXIGE DOIS ATOS (TÍPICO DA PROMESSA), E NÃO PERMITE ARREPENDIMENTO (TÍPICO DO COMPROMISSO).
AULA 18
DRCA 
Uso e/ou fruição
Aquisição 
GARANTIA: (Penhor, hipoteca e anticrese.)
CREDOR QUIROGRAFÁRIO – Buscará no patrimônio geral do devedor, algum bem para satisfazer seu crédito.
CREDOR C/ GARANTIA REAL – Tem destacado um bem específico do devedor para garantir sua dívida, antes mesmo do inadimplemento.
CREDORES COM PRIVILEGIOS LEGAIS – Estão acima de todos os outros. Serão preferidos sobre quaisquer credores, inclusive sobre o real. Trabalhista, previdenciário, acidentado.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Obrigações – Toda garantia real é acessória, pois estará vinculada a uma obrigação principal.
Sujeitos (sujeitos envolvidos na relação obrigacional (credor e devedor)).
Objeto (prestação devida pelo devedor, que se na for cumprida gera inadimplemento).
Possibilidades 
Cumprimento da obrigação (diante de uma obrigação, o que se espera é que ela seja cumprida).
Não sendo cumprida a obrigação, configura-se o inadimplemento do credor.
Inadimplemento – Patrimônio do devedor (391) (garantia geral do credor) é diferente (garantia especial do credor = especificação (1424)). 
Garantia real (representada por uma coisa) é diferente de garantia pessoal (representada por uma pessoa, credor, aval...).
A garantia real é do credor quirografário. A garantia especial é a garantia real.
CARACTERÍSITCAS GERAIS DAS GARANTIAS REAIS *******(PROOOOOOVA)******
Registro
Se for bem móvel – Cartório de títulos e documentos.
Se for bem imóvel – Cartório de registro de imóveis.
Sequela – O titular do direito pode exigi-lo de qualquer um que esteja com a coisa, ou na coisa.
Permite ao titular da garantia real executa-la diante de qualquer um que esteja com a coisa ou na coisa, na condição de atual proprietário.
Preferência (1422)
2(DOIS) ASPECTOS
O credor com garantia real terá preferência sobre o credor quirografário, entretanto, será preterido (que não é preferido) se concorrer com credores com privilégio legal.
Se houver concorrência entre credores com garantia real, terá preferência àquele que primeiro registrou a garantia. 
 
Proibição do pacto comissório (1428).
Proibido por lei. As partes não podem negociar que, diante do inadimplemento, o credor ficará com a coisa, em razão da excussão.
 
Excussão
A coisa oferecida em garantia, diante do inadimplemento, deverá ser, em regra, levada a hasta pública.
Hasta publica para bens imóveis chama-se praça. Hasta pública para bens móveis chama-se leilão.
Indivisibilidade (1421)
O bem somente será liberado do gravame da garantia real após quitação total da dívida.
Vencimento antecipado da dívida (1425)
Diante da perda ou deterioração da coisa oferecida como garantia, caso o devedor não promova o complemento ou substituição da mesma, sua dívida será considerada vencida antecipadamente.
Legitimidade para instituir garantia (1427)
Necessidade de que o bem seja oferecido pelo seu dono. Não importa se o proprietário do bem é o devedor ou não, porém somente o proprietário do bem pode oferecê-lo como garantia.
O proprietário do bem pode oferecer o mesmo para garantir divida própria ou alheia.Extinção
Se extinta a dívida principal, a divida acessória, logicamente será extinta. A extinção da obrigação principal acarretará na extinção da garantia real.
AULA 19
DIREITOS REAIS DE GARANTIA
PENHOR
O bem será EMPENHADO, e não penhorado. Penhora é um procedimento judicial. 
Bem móvel – Recai sobre bem móvel, que será oferecido para garantir a negociação. Será feito registro no CTD (Cartório de títulos e documentos).
Posse do credor – O credor receberá a posse do bem.
Sujeitos 
Credor pignoratício – é o titular do direito real (é ele quem tem a posse).
Devedor pignoratício – é o proprietário do bem oferecido.
Modalidades
Convencional (tradicional) – é aquela que será instituída a partir da convenção entre credor e devedor.
Legal (1467-1472) – Será instituído por força de lei, independente da convenção entre as partes.
Especial ******PROOOVA******* 
Posse do devedor – Pois os referidos bens são utilizados na atividade do devedor.
Registro 
CRI (Cartório de registro de imóveis)
CRV (Certificado de registro de veiculo) 
Exemplos: *********PROOOOVA**********
Penhor rural – São oferecidos bens móveis agrícolas ou pecuários (trator, semente, animais...).
Penhor Industrial – Serão oferecidos bens industriais (máquinas...).
Penhor de Veículos – Serão oferecidos veículos, e o registro será no CRV.
ANOTAÇAO SOBRE MODALIDADES DE PENHOR: ******PROOOOOVA******
NAS MODALIDADES CONVENCIONAL E LEGAL, A POSSE FICA COM O CREDOR E O REGISTRO É FEITO NO CTD (CARTÓRIO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS). DIFERENCIAM-SE DA LEGAL, POIS NA MESMA, A POSSE FICA COM O DEVEDOR E O REGISTRO É FEITO NO CRI (CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS), OU NO CRV (CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEICULOS).
HIPOTECA
Bem de raiz, que não tem como ser entregue.
Bem imóvel – Será oferecido como garantia e registrado no Cartório de registro de imóveis (CRI).
EXCEÇÕES: *******PROOOOOVA*********
PODERÃO SER HIPOTECADOS BENS MÓVEIS, EM DUAS SITUAÇÕES:
Quando se tratarem de navios e aeronaves, ou,
Quando for oferecido o bem imóvel em hipoteca, com todos os bens que o guarnecem. (a casa com todos os móveis).
Posse do devedor – O bem imóvel oferecido como garantia fica na posse do próprio devedor.
Sujeitos:
Credor hipotecário – que é o titular de direito real (de garantia).
Devedor hipotecário – que é proprietário do imóvel (que ofereceu o bem).
OBS: INDIVISIBILIDADE (1488) - Caso o imóvel hipotecado seja loteado, ou nele constituir um condomínio edilício, cada um dos condomínios poderá desgravar (liberar), a sua fração, pagando proporcionalmente o que deve.
MODALIDADES: (IDEM PENHOR).
Convencional (tradicional) - é aquela que será instituída a partir da convenção entre credor e devedor.
Legal (1489) – Será instituído por força de lei, independente da convenção entre as partes.
ANTICRESE
Acontece quando o devedor oferece um bem para o credor explorar. Consiste no oferecimento de um bem que ficará na posse do credor, para que ele explore o mesmo, promovendo o abatimento na dívida.
Bem
Móvel (1506 parágrafos 2°).
Imóvel
Posse do credor – para que ele possa perceber frutos da coisa.
DIFERENÇA ENTRE GARANTIA REAL E FIDUCIÁRIA
No caso da alienação fiduciária, a garantia oferecida fica na propriedade do credor.
Na garantia real, a garantia permanece na propriedade do devedor.
A GARANTIA FIDUCIÁRIA É MAIS SEGURA DO QUE A GARANTIA REAL, POIS, HAVENDO CONCORRENCIA COM CREDORES PRIVILEGIADOS, ESTES NÃO TERÃO ACESSO AO BEM, PORQUE O BEM ESTÁ NO ACERVO PATRIMONIAL DO CREDOR, NÃO DO DEVEDOR COMUM.

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