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Técnico Judiciário – Área Administrativa
Direito Administrativo
Prof. Cristiano de Souza
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Direito Administrativo
Professor Cristiano de Souza
www.acasadoconcurseiro.com.br
CONTEÚDO
DIREITO ADMINISTRATIVO: Constituição Federal: Administração pública: disposições gerais, 
servidores públicos e princípios básicos. Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; 
anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. Poderes administrativos: 
poder hierárquico e poder disciplinar. Lei nº 8.429/92: das disposições gerais; dos atos de 
improbidade administrativa. Processo administrativo (Lei nº 9.784/99): das disposições gerais; 
dos direitos e deveres dos administrados. Responsabilidade civil do Estado. Lei nº 11.416/2006 
(Carreiras do Poder Judiciário da União).
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SUMÁRIO
Princípios Gerais do Direito Administrativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Constituição Federal de 1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Improbidade Administrativa: Lei nº 8.429 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Poderes e Deveres dos Administradores Públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Teoria dos Atos Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Responsabilidade Civil do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
Lei nº 11.416 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
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INTRODUÇÃO
Olá pessoal!
É com muito prazer que iniciaremos o nosso módulo de Direito Administrativo direcionado para 
a carreira trabalhista.
O objetivo do nosso curso é alinhar vocês com o perfil das principais bancas de concursos. Para 
isso, elaborei um material focado conforme as tendências das bancas, inclusive com análise de 
jurisprudência e súmulas dos tribunais superiores, mesmo que seja para o cargo de técnico, 
pois será imprescindível o conhecimento da posição já consolidada pelas Cortes Brasileiras.
Nossas aulas serão ministradas num ciclo de quatro etapas: 
a) conhecimento geral do tema; 
b) aprofundamento com teorias, súmulas e jurisprudências; 
c) exercício em sala de aula; e 
d) revisão final de cada ponto.
Os objetivos desse método de ensino são aprender, compreender, expandir, exercitar e 
memorizar.
Com o intuito de mantê-los sempre atualizados, postarei, semanalmente, diversas informações 
importantes sobre concursos públicos na minha rede social e no meu canal no YouTube, 
inclusive com comentários do perfil das bancas e dos bastidores do seu concurso, então fiquem 
de #olhoaberto.
Fiquem informados constantemente pelas redes:
Prof. Cristiano de Souza no Facebook: https://www.facebook.com/professorcristianodesouza
Prof. Cristiano de Souza no Twitter: https://twitter.com/prof_cris_souza
Prof. Cristiano de Souza no Instagram: https://www.instagram.com/prof_cristianodesouza/
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Forte abraço e bons estudos.
Prof. Cristiano de Souza
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Módulo 1
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
A administração pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime 
jurídico de direito público. (Regime Jurídico da Administração Pública = será público e/ou 
privado).
Lembrar: A definição de regime jurídico é delineada pelo próprio texto constitucional ou 
pelas leis infraconstitucionais, mas jamais poderá definir o regime jurídico por ato uniliteral 
tipicamente administrativo (ex: portarias, decretos, regulamentos, instruções normativas), 
pois tal conduta ofenderia o princípio da legalidade e da reserva legal.
Quando atua no regime de direito privado ficará equiparada para todos os efeitos de 
obrigações, encargos e privilégios conferidos ao setor privado, sem nenhuma prerrogativa de 
superioridade.
CF/88 – Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica 
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, 
dispondo sobre: 
[...]
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
[...]
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão 
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Por outro lado, quando atua no regime de direito público, a administração gozará privilégios (ex: 
prescrição quinquenal, processo especial de execução, impenhorabilidade dos bens públicos), 
mas também sofrerá restrições (Ex: limitação e definição de competências, obediências aos 
princípios da finalidade, forma, motivo, publicidade).
 
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De forma mais restrita, surge a expressão “Regime Jurídico Administrativo”, que traduz a 
atuação da administração numa posição de privilégio/restrições, portanto, de direito público. 
O binômio de prerrogativas e restrições da administração pública está previsto em normas 
constitucionais e infraconstitucionais, mas também é expresso em princípios que norteiam a 
atuação da administração.
Do privilégio surge o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular no 
intuito da necessidade de satisfação dos interesses coletivos buscando o bem-estar social (ex: 
poder de polícia quando limita o exercício de direito individuais, desapropriação, interdição de 
estabelecimento).
De outra banda, da restrição surge o princípio da legalidade, uma vez que o administrador só 
pode agir no estrito parâmetro da lei, representando a limitação do agente público na proteção 
aos direitos individuais representado pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
Então, podemos sintetizar da seguinte forma:
Conclusão: os privilégios e as restrições são norteadores da atuação do administrador, 
no regime público, são representados pelo princípio da supremacia do interesse 
público sobre o particular e pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
Alguns princípios estão expressos na Constituição Federal, como legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência, no art. 37 da norma máxima.
Outros princípios estão implícitos no próprio texto constitucional, como presunção de 
legitimidade, boa-fé e hierarquia. 
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Da mesma forma, encontramos princípios expressos nas normas infraconstitucionais a 
exemplo da Lei nº 9.784/99 (Processo Administrativo Federal), Lei nº 8.666/93 (Licitações e 
contratos) e da Lei nº 8.987/95 (Concessão e permissão).
SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello, os supraprincípios são os princípios centrais dos 
quais derivam os demais princípios da administração pública. São eles:
a) Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: reflete os poderes da 
administração pública. Está implícito no ordenamento jurídico, colocando a administração 
em posição de desigualdade jurídica em relação ao administrado, pois
está em posição de 
superioridade. Ex: desapropriação, requisição de bens, rescisão unilateral dos contratos, 
impenhorabilidade de bens, exercício do poder de polícia.
b) Indisponibilidade do interesse público: reflete os direitos dos administrados. Significa 
que o agente público não é dono do interesse por eles tutelados. Sendo assim, não cabe 
transação desses direitos, pois são indisponíveis.
OBS: Tanto a doutrina majoritária como o STF entendem que os supraprincípios não são 
absolutos, podendo, em casos excepcionais, ser relativizados. Ex: compromisso arbitral.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Representa a garantia aos direitos individuais do administrado, pois o agente público só pode 
fazer o que a lei permite (o que não está na lei, por presunção, não é permitido).
Diferente do que ocorre na relação horizontal entre particulares (direito privado), em que 
reina o princípio da autonomia das partes, em que o que não é proibido será, por presunção, 
permitido.
Encontramos esse princípio de forma expressa em duas passagens pela Constituição Federal de 
1988, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade [...]
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência [...]
 
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Portanto, os balizadores da administração são os limites da lei (em sentido amplo). 
Consequentemente, o administrador não pode conceder direitos de qualquer 
espécie ou criar e impor obrigações por ato puro administrativo (decreto, portaria, 
etc.), dependendo de lei formal nesse sentido.
Pela inobservância do referido princípio da legalidade, o administrado (beneficiário) poderá 
requerer a declaração de nulidade do ato pela via administrativa ou pela via judiciária. É 
exatamente nesse sentido que surgem os sistemas de controle de legalidade na atuação do 
administrador público. Vejamos alguns exemplos na CF/88:
Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito;
Art. 5º, LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer 
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 5º, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que 
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido 
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar 
de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as 
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade 
de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas 
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as 
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
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BLOCO DA LEGALIDADE
Na visão do STF, a administração pública está obrigada a respeitar o chamado bloco da 
legalidade, como requisito de validade do ato administrativo. 
Portanto, o administrador dever respeitar, além dos requisitos constitucionais, outros comandos 
legais concomitantemente, vejamos alguns exemplos:
1. Constituição Federal e suas Emendas Constitucionais.
2. Constituição Estadual e Leis Orgânicas.
3. Medidas Provisórias.
4. Tratados e Convenções Internacionais.
5. Costume como fonte de direito.
6. Decretos, regimentos, resoluções.
7. Princípios gerais de direito.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Esse princípio está diretamente relacionado com a finalidade pública (bem comum coletivo). 
Sendo assim, a administração não pode atuar com o intuito de prejudicar ou beneficiar 
determinada pessoa. A exemplo da ordem impessoal, temos o pagamento de precatórios, pois 
levaremos em consideração a ordem cronológica, a apresentação dos créditos contra a fazenda 
pública. 
Assim como, de modo inverso, não pode beneficiar o próprio administrador público. Nesse 
sentido, é vedado o uso de símbolos, nomes, imagens que caracterizem a promoção pessoal do 
agente público.
Tanto na CF/88 quanto no campo infraconstitucional encontramos esse princípio. Vejamos 
alguns exemplos:
CF/88
Art. 37 – § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou 
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 100 – § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão 
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente 
do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento 
integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os 
casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação 
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da 
quantia respectiva.
 
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Lei nº 
9.784/99
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios 
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre 
outros, os critérios de:
[...]
III – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades;
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou 
autoridade que:
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha 
ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, 
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado 
ou respectivo cônjuge ou companheiro.
Lei nº 
8.666/93
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, 
da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo e dos
que lhes são correlatos. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA: O princípio da moralidade impõe a necessidade 
de atuação ética dos agentes públicos, traduzida na capacidade de distinguir entre o que é 
honesto e o que é desonesto. 
Podemos associar também aos conceitos de probidade e de boa-fé. Portanto, o princípio da 
moralidade corresponde à noção de agente correto, que não somente deve ser conhecedor da 
lei, mas também dos princípios éticos regentes da função administrativa, pois nem tudo que 
é legal é honesto.
Exige-se que os agentes públicos tenham conduta impecável, ilibada, exemplar, pautada pela 
lealdade, boa-fé, fidelidade funcional e outros aspectos atinentes à moralidade.
A moralidade administrativa abrange um amplo conceito indeterminado, tal como o conceito 
de “bem comum” e “interesse público”, ainda que se reconheça a possibilidade de extraí-lo 
do conjunto de normas que versam sobre a conduta dos agentes públicos.
O STF já se manifestou num caso específico, editando a Súmula Vinculante nº 13, a qual veda 
expressamente a prática do nepotismo. 
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A vedação estende-se à administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios.
A Súmula Vinculante nº 13 do STF não proíbe nomeações de parente para cargos políticos, 
como os de Ministro de Estado ou de Secretário Estadual ou Municipal.
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração 
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
A Súmula atinge apenas nomeações para cargos e funções de confiança em geral, de natureza 
administrativa, como assessores, chefes de gabinete, etc.
Nesse sentido, ensina Carvalho Filho que será lícito que Governador nomeie irmão para o 
cargo de Secretário de Estado, ou que Prefeito nomeie sua filha para o cargo de Secretária da 
Educação, pois são cargo políticos de confiança.
A moralidade administrativa difere da moral comum, pois o princípio administrativo não impõe 
o dever de atendimento a moral comum dos homens, mas exige um comportamento regrado 
em padrões éticos de boa-fé, honestidade e probidade na conduta do administrador. 
Vejamos alguns fundamentos Constitucionais desse princípio:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise 
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Tal princípio também foi objeto de análise pelo STF, culminando com a publicação de reiteradas 
decisões jurisprudenciais. Vejamos alguns exemplos: 
Súmula Vinculante 13 e não exaustão das possibilidades de nepotismo
"Ao editar a Súmula Vinculante nº 13, a Corte não pretendeu esgotar todas 
as possibilidades de configuração de nepotismo na Administração Pública, 
dada a impossibilidade de se preverem e de se inserirem, na redação do 
enunciado, todas as molduras fático-jurídicas reveladas na pluralidade de 
 
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entes da Federação (União, estados, Distrito Federal, territórios e municípios) 
e das esferas de Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), com as 
peculiaridades de organização em cada caso. Dessa perspectiva, é certo que 
a edição de atos regulamentares ou vinculantes por autoridade competente 
para orientar a atuação dos demais órgãos ou entidades a ela vinculados 
quanto à configuração do nepotismo não retira a possibilidade de, em cada 
caso concreto, proceder-se à avaliação das circunstâncias à luz do art. 37, 
caput, da CF/88." MS 31.697, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, 
julgamento em 11.3.2014, DJe de 2.4.2014.
"(...) 3. A redação do enunciado da Súmula Vinculante nº 13 não pretendeu 
esgotar todas as possibilidades de configuração de nepotismo da 
Administração Pública, uma vez que a tese constitucional nele consagrada 
consiste na proposição de que essa irregularidade decorre diretamente do 
caput do art. 37 da Constituição Federal, independentemente da edição de lei 
formal sobre o tema. (...)" Rcl 15.451, Relator Ministro Dias Toffoli, Tribunal 
Pleno, julgamento em 27.2.2014, DJe de 3.4.2014.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Impõe à Administração Pública o dever de dar transparência a seus atos, tornando-os públicos, 
do conhecimento de todos.
A publicidade é necessária para que os cidadãos e os órgãos competentes possam avaliar e 
controlar a legalidade, a moralidade, a impessoalidade e todos os demais requisitos que 
devem informar as atividades do Estado. 
Nesse sentido a Constituição Federal assegura a todos o direito de receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral no seu art. 5º, XXXIII.
Embora a transparência seja a regra, a CF/88 prevê algumas situações em que o princípio 
da publicidade poderá ser mitigado, como no caso de segurança da sociedade e do Estado 
e quando a intimidade ou o interesse social o exigirem. Então, o princípio é relativo, pois 
comporta exceções!
OBS: Publicidade não se confunde com publicação de atos administrativos. A publicação refere-
se à divulgação em órgãos oficiais e outros meios de imprensa escrita, sendo apenas uma das 
formas possíveis de dar publicidade aos atos administrativos. Existem diversos outros meios de 
publicidade, como notificação direta e afixação de avisos.
Esse princípio está atrelado ao direito de acesso dos indivíduos às informações de seu interesse 
e de transparência na atuação da administração pública. 
Encontramos alguns fundamentos jurídicos na Constituição Federal desse direito, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
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XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de ta-
xas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
LXXII – conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
Contudo, como já mencionado, há exceções à publicidade previstas no próprio texto da 
Constituição Federal, vejamos alguns exemplos:
Art. 5º – X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material 
ou moral decorrente de sua violação; 
Art. 5º – XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja IMPRESCINDÍVEL À SEGURANÇA da sociedade e do Estado; 
OBS: o Inc. XXXIII do art. 5º da CF/88 foi regulamentado pela Lei nº 12.527/11 
conhecida como Lei de acesso à Informação.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, 
perfeição e rendimento funcional, buscando-se, assim, maior produtividade e redução dos 
desperdícios de dinheiro público.
Hely Lopes Meirelles ensina que o dever de eficiência corresponde ao “dever de boa 
administração” da doutrina italiana que, embora tenha obtido status constitucional somente a 
partir da EC 19/1998, desde muito já se achava consagrado entre nós. 
 
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Na CF/88 podemos destacar alguns exemplos do princípio da eficiência. Vejamos:
CF, art. 41 – Exigência de avaliação especial de desempenho para aquisição 
da estabilidade pelo servidor público e a perda do cargo do servidor estável 
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de 
lei complementar, assegurada ampla defesa.
CF, art. 39, § 2º – Exigência de que os servidores públicos participem de cursos 
de aperfeiçoamento para que possam ser promovidos na carreira.
CF, art. 37, § 8º – Possibilidade de se ampliar a autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta 
e indireta mediante a celebração de contratos de gestão, com a fixação de 
metas de desempenho. 
ALGUNS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF/88 E RECONHECIDOS PELA DOUTRINA
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e a garantir a 
observância das finalidades institucionais por parte das entidades da Administração Indireta. 
A finalidade pública objetivada pela lei é a única que deve ser perseguida pelo administrador. 
A lei, ao atribuir competência ao Administrador, tem uma finalidade pública específica. O 
administrador, praticando o ato fora dos fins, expressa ou implicitamente contidos na norma, 
pratica DESVIO DE FINALIDADE. 
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE
Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao 
atendimento do interesse coletivo, sem exageros. O Direito Administrativo consagra a 
supremacia do interesse público sobre o particular, mas essa supremacia só é legítima na 
medida em que os interesses públicos são atendidos. Exige proporcionalidade entre os meios 
de que se utilize a Administração e os fins que ela tem que alcançar.
Portanto, razoabilidade é a escolha do meio mais adequado permitido em lei para alcançar 
a finalidade pública. Já a proporcionalidade é a definição, em concreto, do quantum a ser 
aplicado.
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PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU DE VERACIDADE: Esse princípio abrange dois aspectos:
A. Presunção de veracidade/verdade: diz respeito à certeza dos fatos; presume-se que os 
atos são verdadeiros. Portanto, de presunção relativa, pois admite prova em contrário.
B. Presunção da legalidade: presume-se, até prova em contrário, que todos os atos da 
Administração Pública são praticados com observância das normas legais pertinentes.
Em decorrência da presunção de legitimidade ou de veracidade, os atos administrativos, ainda 
que eivados de vícios, produzem efeitos imediatos e devem ser cumpridos até que sejam 
oficialmente invalidados, seja pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Ou seja, o 
ato pode ser perfeito, eficaz e ser declarado nulo no futuro.
MOTIVAÇÃO
O princípio da motivação impõe à Administração o dever de justificar seus atos, sejam eles 
vinculados ou discricionários, explicitando as razões que levaram à decisão, os fins buscados 
por meio daquela solução administrativa e a fundamentação legal adotada.
Tanto os atos administrativos vinculados como os discricionários devem ser motivados. Assim, 
pela motivação, o agente público justifica sua ação indicando os pressupostos de fato e os 
pressupostos de direito.
A motivação permite o controle da legalidade e da moralidade dos atos administrativos, assim 
como também assegura o exercício da ampla defesa e do contraditório. 
Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a motivação, em regra, não exige formas específicas, 
podendo ser ou não concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes por órgão diverso 
daquele que proferiu a decisão.
O que é motivação aliunde? Com previsão no art. 50, §1º da Lei 9.784/1999, a 
motivação pode consistir em declaração de concordância com fundamentos de 
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas que, nesse caso, serão 
partes integrantes do ato administrativo. Ocorre quando o agente público apenas faz 
menção aos fundamentos apresentados em pareces ou instruções precedentes, sem 
repeti-los no documento que formaliza seu ato.
Contudo, há certos atos cuja prática dispensa a motivação, a exemplo da exoneração ad nutum 
(revogável a qualquer tempo de forma unilateral) de um servidor ocupante de cargo em 
comissão. Outro caso semelhante ocorre na homologação de processo licitatório, uma vez que 
a lei não exige expressa justificação para a prática desse ato.
Por fim, cabe lembrar que a motivação não é mencionada no art. 37 da CF/88, mas está 
expressamente no art. 93, inciso X, da CF/88.
 
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá 
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
[...]
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão 
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros;
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
O princípio da ampla defesa e do contraditório possui previsão no artigo 5º, LV da CF/88, assim 
como no art. 2º da Lei 9.784/1999.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes;
Lei nº 9.784/99 – Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre 
outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência.
AUTOTUTELA
O poder de autotutela administrativa está consagrado na seguinte Súmula do STF. 
Súmula STF 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Por outro lado, o controle de legalidade efetuado pela Administração sobre seus próprios atos 
não exclui
a possibilidade de apreciação desses mesmos atos pelo Poder Judiciário, pois vige 
o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, segundo o qual qualquer lesão ou ameaça 
a direito poderá ser levada à apreciação do Judiciário.
OBS1: A Administração, ao contrário do Judiciário, não precisa ser provocada para anular seus 
atos ilegais; a Administração pode e deve revê-los de ofício, assim que tomar conhecimento da 
ilegalidade.
TRT-Brasil – Direito Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
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OBS2: Não é possível que o Poder Judiciário revogue, por conveniência ou oportunidade, um 
ato praticado pelo Executivo, mas apenas o anule, em caso de ilegalidade. 
OBS3: Mas quando o Poder Judiciário exerce, de forma atípica, a sua função administrativa, 
pode revogar seus próprios atos. Nesse caso, o Judiciário não está exercendo função 
jurisdicional, e sim o poder de autotutela característico da função administrativa.
Tal poder encontra limitação prevista no art. 54 da Lei 9.784/99, pelo qual o direito da 
Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, salvo comprovada má-fé. Depois desse prazo, o exercício 
da autotutela pela Administração se torna incabível, até mesmo pelo Poder Judiciário.
SEGURANÇA JURÍDICA
Decorre da necessidade de se estabilizar as situações jurídicas, a fim de que o administrado não 
seja surpreendido ou agravado pela mudança inesperada de comportamento da Administração, 
sem respeito às situações formadas e consolidadas no passado. 
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO
Pelo princípio da continuidade do serviço público, tal atividade prestativa não pode parar. O 
exemplo prático do princípio está no exercício ao direito de greve na Administração Pública que 
não é absoluto, devendo ser exercido nos termos e limites definidos em lei específica, ou seja, 
em lei ordinária que trate especificamente da matéria, conforme art. 37, inc. VII, da CF/88.
Como todos os princípios, a continuidade do serviço público também não possui caráter 
absoluto. Nesse sentido é permitida a paralisação temporária da atividade quando se necessita 
fazer reparos técnicos ou realizar obras para a melhoria da expansão dos serviços. Na mesma 
linha de pensamento, é permitida a paralisação temporária da atividade quando o usuário 
de serviços tarifados deixa de pagar a tarifa devida. Nessa hipótese, os serviços devem ser 
reestabelecidos tão logo seja quitado o débito.
ESPECIALIDADE
O princípio da especialidade é ligado à ideia de descentralização administrativa. Assim, o 
Estado, ao criar pessoas jurídicas púbicas administrativas, como forma de descentralizar a 
prestação de serviços públicos, faz isso com a finalidade de especialização de funções.
Ensina a Professora Di Pietro que, embora esse princípio seja normalmente referido às 
autarquias, não há razão para negar a sua aplicação quanto às demais pessoas jurídicas, 
instituídas por intermédio da lei, para integrarem a Administração Pública Indireta, a exemplo 
das sociedades de economia mista e empresas públicas. Sendo necessariamente criadas ou 
autorizadas por lei, tais entidades não podem se desviar dos objetivos legalmente definidos.
 
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SINDICABILIDADE: O princípio da sindicabilidade refere-se à possibilidade de se controlar as 
atividades da Administração. Nesse sentido, ser “sindicável” é ser “controlável”. Como sabemos 
a Administração se sujeita ao controle judicial, ao controle externo, previsto no art. 70 da CF/88, 
exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio dos Tribunais de Contas, e ao controle interno, 
previsto no art. 74 da CF/88, exercido por órgãos especializados na função controle criados 
dentro da estrutura organizacional do ente.
Por fim, podemos concluir que a sindicabilidade também abrange a autotutela administrativa, 
pela qual a Administração deve anular e revogar seus atos.
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Questões
#DEOLHOABERTO – TESTE SEUS CONHECIMENTOS!
1. (2015 – Quadrix – CRESS-PR – Assistente 
Administrativo)
Considere as seguintes afirmativas referen-
tes aos princípios informadores da Adminis-
tração Pública.
I – Segundo dispõe o art. 37, caput, da 
Constituição Federal, a administração públi-
ca direta e indireta de qualquer dos poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, deve obedecer aos princí-
pios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência.
II – O princípio da Supremacia do interesse 
público sobre o interesse particular, embora 
não esteja expresso no texto constitucional, 
aplica-se à Administração Pública.
III – Um dos princípios caracterizadores do 
regime jurídico administrativo é o princípio 
da indisponibilidade do interesse público.
Está correto o que se afirma em: 
a) todas. 
b) III, somente. 
c) I e III, somente. 
d) I, somente. 
e) I e II, somente. 
2. (2015 – CRF-TO – Assistente Administrativo)
Nosso ordenamento jurídico, no que diz res-
peito à Administração Pública, estabelece 
princípios que regem a conduta dos agentes 
públicos. 
Marque a alternativa que contém, apenas, 
estes princípios. 
a) Legalidade, contraditório, livre conven-
cimento; 
b) Motivação, igualdade, proporcionalida-
de; 
c) Moralidade, ampla defesa, interesse 
público; 
d) Equidade, razoabilidade, segurança jurí-
dica. 
3. (2010 – CEPUERJ – DPE-RJ – Médio de De-
fensoria Pública)
A Administração Pública tem suas ativida-
des norteadas tanto por princípios expres-
sos na Constituição Federal (art. 37, caput), 
como por princípios implícitos ou reconhe-
cidos. Sobre o tema, é possível afirmar que: 
a) decorrem do princípio da hierarquia a 
possibilidade de o superior hierárquico 
punir os seus subordinados, bem como 
avocar e delegar atribuições 
b) segundo o princípio da legalidade admi-
nistrativa, a Administração Pública está 
autorizada a fazer tudo o que a lei não 
proíba, com vistas a atender ao interes-
se público 
c) por força do princípio da autotutela, a 
Administração Pública pode revogar 
atos administrativos eivados de vício de 
legalidade, e anular aqueles que incon-
venientes e/ou inoportunos 
d) o princípio da eficiência não consta-
va do texto original da Constituição da 
República, tendo sido introduzido pela 
Emenda Constitucional nº 20/98. Ele 
impõe ao administrador o dever de eco-
nomicidade 
 
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4. (2015 – CESPE – FUB – Assistente em Admi-
nistração)
A administração pública é regida por prin-
cípios fundamentais que atingem todos os 
entes da Federação: União, estados, municí-
pios e o Distrito Federal. Com relação a esse 
assunto, julgue o item subsecutivo.
A pretexto de atuar eficientemente, é pos-
sível que a administração pratique atos não 
previstos na legislação. 
( ) Certo   ( ) Errado
5. (2015 – CESPE – FUB – Assistente em Admi-
nistração)
A administração pública é regida por prin-
cípios fundamentais que atingem todos os 
entes da Federação: União, estados, municí-
pios e o Distrito Federal. Com relação a esse 
assunto, julgue o item subsecutivo.
Apesar de o princípio da moralidade exigir 
que os atos da administração pública sejam 
de ampla divulgação, veda-se a publicidade 
de atos que violem a vida privada do cida-
dão.
( ) Certo   ( ) Errado
6. (2015 – CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário 
– Área Administrativa)
No que se refere ao regime jurídico-admi-
nistrativo brasileiro e aos princípios regen-
tes da administração pública, julgue o pró-
ximo item. 
O regime jurídico-administrativo brasileiro 
está fundamentado em dois princípios dos 
quais todos os demais decorrem, a saber: o 
princípio da supremacia do interesse públi-
co sobre o privado e o princípio da indispo-
nibilidade do interesse
público. 
( ) Certo   ( ) Errado
7. (2014 – FUMARC – PC-MG – Investigador de 
Polícia)
Um administrador público, tendo recebido 
móveis novos para sua Unidade, doou, por 
conta própria, o mobiliário antigo, ainda em 
bom estado de conservação, para uma insti-
tuição de caridade.
É CORRETO afirmar que o princípio da Ad-
ministração transgredido pelo dirigente foi 
o da 
a) eficiência. 
b) hierarquia. 
c) indisponibilidade.
d) razoabilidade. 
8. (2014 – CESPE – TJ-CE – Técnico Judiciário – 
Área Judiciária)
Com relação aos princípios que fundamen-
tam a administração pública, assinale a op-
ção correta. 
a) Pelo princípio da autotutela, a adminis-
tração pode, a qualquer tempo, anular 
os atos eivados de vício de ilegalidade. 
b) O regime jurídico-administrativo com-
preende o conjunto de regras e prin-
cípios que norteia a atuação do poder 
público e o coloca numa posição privile-
giada. 
c) A necessidade da continuidade do ser-
viço público é demonstrada, no texto 
constitucional, quando assegura ao ser-
vidor público o exercício irrestrito do di-
reito de greve. 
d) O princípio da motivação dos atos ad-
ministrativos, que impõe ao administra-
dor o dever de indicar os pressupostos 
de fato e de direito que determinam a 
prática do ato, não possui fundamento 
constitucional. 
e) A publicidade marca o início da produ-
ção dos efeitos do ato administrativo e, 
em determinados casos, obriga ao ad-
ministrado seu cumprimento. 
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TRT-Brasil – Direito Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
9. (2014 – COPEVE-UFAL – Técnico de Labora-
tório – Anatomia e Necropsia)
São exemplos de prerrogativas decorrentes 
do princípio da supremacia do interesse pú-
blico sobre os interesses particulares:
a) desapropriação e extinção unilateral de 
contratos administrativos. 
b) obrigatoriedade de licitar e privilégios 
processuais. 
c) conclusão de contratos e realização de 
obras. 
d) direito de ação e imperatividade dos 
atos. 
e) sujeição a controle e poder discricioná-
rio. 
10. (2014 – FCC – TRT – 16ª REGIÃO (MA) – Téc-
nico Judiciário – Área Administrativa)
Em julgamento proferido pelo Supremo Tri-
bunal Federal, a Corte Suprema firmou en-
tendimento no sentido de que assessor de 
Juiz ou de Desembargador tem incompati-
bilidade para o exercício da advocacia. Ao 
fundamentar sua decisão, a Corte explanou 
que tal incompatibilidade assenta-se, so-
bretudo, em um dos princípios básicos que 
regem a atuação administrativa. Trata-se do 
princípio da 
a) supremacia do interesse privado. 
b) publicidade. 
c) proporcionalidade. 
d) moralidade. 
e) presunção de veracidade. 
11. (2013 – FUNCAB – Prefeitura de Vassouras – 
RJ – Fiscal de Posturas)
Segundo Marçal Justen Filho, “a supremacia 
do interesse público significa sua superiori-
dade sobre os demais interesses existentes 
na sociedade. Os interesses privados não 
podem prevalecer sobre o interesse públi-
co." Assinale o procedimento abaixo que 
melhor denota a aplicação desse princípio. 
a) Permuta. 
b) Dação. 
c) Desapropriação. 
d) Imputação. 
e) Novação. 
12. (2013 – FCC – MPE-SE – Técnico Administra-
tivo)
Os princípios básicos da Administração pú-
blica podem ser expressos ou implícitos, 
sendo estes reconhecidos a partir da inter-
pretação da doutrina e jurisprudência, im-
pondo determinados padrões e balizas para 
atuação da Administração pública. Dentre 
eles, está o princípio da indisponibilidade do 
interesse público que 
a) prevalece sobre os demais princípios 
implícitos e explícitos, mitigando o pró-
prio princípio da legalidade, na medida 
em que faculta ao Gestor Público, até 
mesmo por ato administrativo, afastar 
a aplicação de lei que o autorize a tran-
sigir, por ofensa à indisponibilidade do 
interesse público. 
b) determina que os interesses privados 
não possam se sobrepor ao interesse 
público, inviabilizando que as matérias 
de conteúdo patrimonial, sob litígio 
durante a execução de um contrato de 
concessão de serviço público, sejam 
submetidas e decididas por mecanis-
mos privados para resolução de dispu-
tas. 
c) impede a celebração de termos de ajus-
tamento de conduta com a Administra-
ção pública, já que exclui a possibilidade 
de negociação de seu conteúdo entre os 
partícipes, sob pena de ofensa à legali-
dade. 
d) é uma das facetas do princípio da lici-
tação, ao lado do princípio expresso da 
impessoalidade, evitando privilégios e 
favorecimentos direcionados àqueles 
que possam não executar o objeto da 
contratação satisfatoriamente. 
e) fundamenta o sacrifício ao exercício de 
competências atribuídas por lei à Admi-
nistração pública, como a instalação de 
infraestrutura rodoviária sobre área ir-
 
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regularmente ocupada por movimento 
de sem-teto. 
13. (2013 – FCC – MPE-AM – Agente de Apoio – 
Administrativo)
A respeito dos princípios aplicáveis à Admi-
nistração pública, é correto afirmar que 
a) o princípio da legalidade impede a edi-
ção de atos discricionários que pres-
supõem a avaliação de conveniência e 
oportunidade
b) a supremacia do interesse público so-
bre o privado autoriza o afastamento do 
princípio da legalidade. 
c) o princípio da eficiência, introduzido 
pela Emenda Constitucional no 19/98, 
afasta a necessidade de concurso pú-
blico para admissões por sociedades de 
economia mista. 
d) o princípio da segurança jurídica impe-
de a Administração de anular os atos 
que já tenham produzido efeito contra 
terceiros. 
e) o princípio da moralidade administrati-
va não se resume a observância dos re-
quisitos legais para a prática do ato ad-
ministrativo. 
14. (2013 – CESPE – MC – Todos os Cargos)
A respeito dos princípios básicos da admi-
nistração e dos poderes da administração, 
julgue o item subsequente.
Nos casos de desapropriação e do exercício 
do poder de polícia do Estado, constata-se 
nitidamente a aplicação do princípio da su-
premacia do interesse público sobre o priva-
do.
( ) Certo   ( ) Errado
15. (2013 – CESPE – MJ – Todos os Cargos)
Com relação ao direito administrativo, jul-
gue o item a seguir.
Os princípios fundamentais orientadores de 
toda a atividade da administração pública 
encontram-se explicitamente no texto da 
Constituição Federal, como é o caso do prin-
cípio da supremacia do interesse público. 
( ) Certo   ( ) Errado
16. (2013 – FGV – SEGEP-MA – Agente Peniten-
ciário)
"Princípios administrativos são os postula-
dos fundamentais que inspiram todo o modo 
de agir da administração pública. Represen-
tam cânones pré-normativos, norteando a 
conduta do Estado quando no exercício de 
atividades administrativas." (Carvalho Fi-
lho, J . S., 2012). 
Tendo em conta a existência de princípios 
expressos e também dos chamados princí-
pios implícitos ou reconhecidos, assinale a 
alternativa que apresenta somente princí-
pios implícitos ou reconhecidos. 
a) Razoabilidade, publicidade e autotutela. 
b) Continuidade do serviço público, supre-
macia do interesse público e segurança 
jurídica. 
c) Eficiência, indisponibilidade do interes-
se público e segurança jurídica. 
d) Moralidade, proporcionalidade e indis-
ponibilidade do interesse público. 
e) Publicidade, autotutela e proporcionali-
dade. 
17. (2013 – Quadrix – CRF-RS – Agente Adminis-
trativo)
A Administração Pública, tanto a direta 
como a indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados-Membros, do Distrito 
Federal e dos Municípios, deve orientar-se 
não só pelos princípios expressos pelo art. 
37 da Constituição de nosso país, como tam-
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TRT-Brasil – Direito Administrativo – Prof. Cristiano de Souza
bém por outros espalhados pelas Leis que 
disciplinam a atuação do Estado. O Estado, 
no
exercício de suas funções, desenvolve 
uma grande variedade de atividades para 
atender aos reclamos da sociedade. Nessa 
atuação da administração pública podem 
surgir situações em que os interesses públi-
cos irão chocar-se com interesses privados. 
Quando há interesses privados patrimo-
niais afetados, estes devem ser indenizados. 
Como exemplos práticos podem ser citados 
a desapropriação, a servidão administrativa, 
a requisição, o serviço militar obrigatório e a 
rescisão, e a modificação unilateral de con-
tratos administrativos pela Administração 
Pública. Em tais situações, os interesses pú-
blicos devem prevalecer sobre os interesses 
privados. O princípio que orienta essas situ-
ações é conhecido por: 
a) Princípio da Legalidade. 
b) Princípio da Impessoalidade. 
c) Princípio da Indisponibilidade. 
d) Princípio da Supremacia do Interesse 
Público. 
e) Princípio da Finalidade. 
18. (2013 – CESPE – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) 
– Técnico Judiciário – Administrativo)
A respeito das convergências e diferenças 
entre a gestão pública e a gestão privada, 
julgue os itens que se seguem.
Diferentemente das organizações privadas, 
as organizações públicas são regidas pela 
supremacia do interesse público e pela obri-
gação da continuidade da prestação do ser-
viço público.
( ) Certo   ( ) Errado
19. (2011 – PONTUA – TRE-SC – Técnico Judiciá-
rio – Área Administrativa)
Quanto à Atividade Administrativa, analise 
os itens abaixo: 
I – A função administrativa é o conjunto de 
poderes jurídicos destinados a promover a 
satisfação de interesses essenciais, relacio-
nados com a promoção de direitos funda-
mentais, cujo desempenho exige uma or-
ganização estável e permanente, que se faz 
sob o regime jurídico infralegal e submetido 
ao controle jurisdicional. 
II – Na administração pública, as ordens e 
instruções de como administrar as coisas 
que são confiadas ao administrador estão 
concretizadas nas leis, regulamentos e atos 
especiais, dentro da moral da instituição. 
Daí o dever indeclinável de o administrador 
público agir segundo os preceitos do Direito 
e da Moral administrativa, porque tais pre-
ceitos é que expressam a vontade do titular 
dos intereses administrativos – o povo – e 
condicionam os atos a serem praticados no 
desempenho do múnus público que lhe é 
confiado. 
III – Para que a Administração possa realizar 
o conjunto das atividades que lhe cabem, no 
cumprimento de seu papel na vida coletiva, 
o ordenamento lhe confere poderes. 
IV – Caracteriza a essência da função: o 
exercício do poder preordenado a um fim. 
Na função, o exercício do poder não é li-
vre, mas, pela impossibilidade de separá-lo 
de um fim, apresenta-se inevitavelmente 
condicionado a requisitos que justificam a 
atuação e orientam seu concreto desenvol-
vimento. Na função, o dever surge como 
elemento misto ao poder e, desse modo, a 
Administração concretiza, na sua atuação, 
o poder conferido pela norma, para atendi-
mento de um fim. 
Está(ão) CORRETO(S):
a) Apenas o item I. 
b) Apenas o item III. 
c) Apenas os itens I e II. 
d) Todos os itens. 
 
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20. (2011 – CESPE – PC-ES – Escrivão de Polícia)
Considerando os princípios e as normas 
sobre processo administrativo, julgue o se-
guinte item.
Os princípios que informam o processo ad-
ministrativo são os mesmos que informam o 
processo judicial, aplicando-se, com a mes-
ma intensidade, em um e outro processo. 
( ) Certo   ( ) Errado
Gabarito: 1. A 2. C 3. A 4. E 5. E 6. C 7. C 8. B 9. A 10. D 11. C 12. D 13. E 14. C 15. E 16. B  
17. D 18. C 19. D 20. E
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Módulo 2
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação da EC 19/1998)
“A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia 
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, 
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, 
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
CF.” (Súmula vinculante 13)
"A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (Súmula 
473.)
"A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos." 
(Súmula 346.)
“Servidor efetivo do Poder Executivo, que exerce função comissionada em 
Tribunal, ao qual seu irmão é vinculado como juiz. (...) Não se faz necessária 
comprovação de ‘vínculo de amizade ou troca de favores’ entre o irmão do 
impetrante e o desembargador federal de quem é assistente processual, 
pois é a análise objetiva da situação de parentesco entre o servidor e a 
pessoa nomeada para exercício de cargo em comissão ou de confiança na 
mesma pessoa jurídica da administração pública que configura a situação de 
nepotismo vedada, originariamente, pela CR.” (MS 27.945, rel. min. Cármen 
Lúcia, julgamento em 26-8-2014, Segunda Turma, DJE de 4-9-2014.)
“Competência do CNMP para promover a fiscalização dos princípios 
constitucionais da administração pública, consagrados no art. 37, caput, da 
 
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CF, entre eles o princípio da moralidade, que rege a vedação ao nepotismo. 
É inexequível a precisão dos interesses públicos e privados envolvidos, 
ressalvando-se, ademais, a obrigatoriedade de o poder público pautar seus 
atos pelo respeito aos princípios da administração pública, em especial, no 
caso dos autos, aos da legalidade e da impessoalidade (art. 37, caput, da 
CF/1988). A edição de atos regulamentares ou vinculantes por autoridade 
competente para a orientação da atuação dos demais órgãos ou entidades a 
ela vinculados quanto à configuração do nepotismo não retira a possibilidade 
de, em cada caso concreto, proceder-se à avaliação das circunstâncias à luz 
do art. 37, caput, da CF/1988.” (MS 31.697, rel. min. Dias Toffoli, julgamento 
em 11-3-2014, Primeira Turma, DJE de 2-4-2014.)
“Em atenção (...) aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem 
a admissão por concurso publico, a dispensa do empregado de empresas 
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos 
deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados 
no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião 
da dispensa. A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o 
empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por 
parte do agente estatal investido do poder de demitir. Recurso extraordinário 
parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, 
exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral 
do contrato de trabalho.” (RE 589.998, rel. min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 20-3-2013, Plenário, DJE de 12-9-2013, com repercussão 
geral.)
“(...) esta Corte firmou o entendimento de que é imprescindível a comprovação 
da má-fé do administrado para a configuração do dever de ressarcimento de 
valores indevidamente recebidos por erro da administração.” (ARE 696.316, 
rel. min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, julgamento em 10-8-2012, 
DJE de 16-8-2012.)
“(...) configurada
a prática de nepotismo cruzado, tendo em vista que a 
assessora nomeada pelo impetrante para exercer cargo em comissão no 
TRT 17ª Região, sediado em Vitória/ES, é nora do magistrado que nomeou 
a esposa do impetrante para cargo em comissão no TRT 1ª Região, sediado 
no Rio de Janeiro/RJ. A nomeação para o cargo de assessor do impetrante é 
ato formalmente lícito. Contudo, no momento em que é apurada a finalidade 
contrária ao interesse público, qual seja, uma troca de favores entre 
membros do Judiciário, o ato deve ser invalidado, por violação ao princípio 
da moralidade administrativa e por estar caracterizada a sua ilegalidade, por 
desvio de finalidade.” (MS 24.020 Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 
6-3-2012, Segunda Turma, DJE de 13-6-2012.)
“Servidor público. Remoção. Discricionariedade da administração. Ausência 
de ilegalidade ou abuso.” (RMS 27.167, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento 
em 25-10-2011, Primeira Turma, DJE de 30-11-2011.)
“Direito à informação de atos estatais, neles embutida a folha de pagamento 
de órgãos e entidades públicas. (...) Caso em que a situação específica dos 
servidores públicos é regida pela 1ª parte do inciso XXXIII do art. 5º da 
Constituição. Sua remuneração bruta, cargos e funções por eles titularizados, 
órgãos de sua formal lotação, tudo é constitutivo de informação de interesse 
coletivo ou geral. Expondo-se, portanto, a divulgação oficial. Sem que a 
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intimidade deles, vida privada e segurança pessoal e familiar se encaixem nas 
exceções de que trata a parte derradeira do mesmo dispositivo constitucional 
(inciso XXXIII do art. 5º), pois o fato é que não estão em jogo nem a segurança 
do Estado nem do conjunto da sociedade. Não cabe, no caso, falar de 
intimidade ou de vida privada, pois os dados objeto da divulgação em causa 
dizem respeito a agentes públicos enquanto agentes públicos mesmos; ou, na 
linguagem da própria Constituição, agentes estatais agindo ‘nessa qualidade’ 
(§ 6º do art. 37). E quanto à segurança física ou corporal dos servidores, 
seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto 
fragilizada com a divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um 
tipo de risco pessoal e familiar que se atenua com a proibição de se revelar o 
endereço residencial, o CPF e a CI de cada servidor. No mais, é o preço que se 
paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado republicano. 
A prevalência do princípio da publicidade administrativa outra coisa não é 
senão um dos mais altaneiros modos de concretizar a República enquanto 
forma de governo. Se, por um lado, há um necessário modo republicano de 
administrar o Estado brasileiro, de outra parte é a cidadania mesma que tem 
o direito de ver o seu Estado republicanamente administrado. O ‘como’ se 
administra a coisa pública a preponderar sobre o ‘quem’ administra – falaria 
Norberto Bobbio –, e o fato é que esse modo público de gerir a máquina 
estatal é elemento conceitual da nossa República. O olho e a pálpebra da 
nossa fisionomia constitucional republicana. A negativa de prevalência do 
princípio da publicidade administrativa implicaria, no caso, inadmissível 
situação de grave lesão à ordem pública.” (SS 3.902-AgR-segundo, Rel. Min. 
Ayres Britto, julgamento em 9-6-2011, Plenário, DJE de 3-10- 2011.)
“(...) a jurisprudência do STF assentou ser possível o controle de legalidade 
dos atos administrativos pelo Poder Judiciário.” (AI 796.832-AgR, voto da 
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 
23- 2-2011.) No mesmo sentido: ARE 757.716-AgR, rel. min. Celso de Mello, 
julgamento em 27-8-2013, Segunda Turma, DJE de 7-10-2013. Vide: RMS 
24.699, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 30-11-2004, Primeira Turma, DJ 
de 1-7-2005.
“(...) pode a CGU fiscalizar a aplicação de dinheiro da União onde quer que 
ele esteja sendo aplicado, isto é, se houver um repasse de verbas federais a 
um Município, ele pode ser objeto de fiscalização no tocante à sua aplicação. 
(...) ressalto que a fiscalização operada pela CGU é realizada de forma 
aleatória – dada a impossibilidade fática de controlar as verbas repassadas 
a todos os Municípios brasileiros –, por meio de sorteios públicos, efetuados 
mensalmente pela CEF, a partir dos mesmos equipamentos empregados nas 
loterias, sem que nisso haja qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade, 
que inclusive, atende ao princípio da impessoalidade abrigado no art. 37 da 
CF.” (RMS 25.943, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 
24-11-2010, Plenário, DJE de 2-3-2011.)
“A Administração Pública tem o direito de anular seus próprios atos, 
quando ilegais, ou revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade 
[Súmulas 346 e 473, STF]. O prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei 
9.784/1999 conta-se a partir da sua vigência [1º-2-1999], vedada a aplicação 
retroativa do preceito para limitar a liberdade da Administração Pública.” 
(RMS 25.856, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-3-2010, Segunda Turma, 
DJE de 14-5- 2010.)
 
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"Nomeação de irmão de Governador de Estado. Cargo de Secretário de 
Estado. Nepotismo. Súmula vinculante 13. Inaplicabilidade ao caso. Cargo de 
natureza política. Agente político. Entendimento firmado no julgamento do 
RE 579.951/RN. Ocorrência da fumaça do bom direito. Impossibilidade de 
submissão do reclamante, Secretário Estadual de Transporte, agente político, 
às hipóteses expressamente elencadas na Súmula vinculante 13, por se 
tratar de cargo de natureza política. Existência de precedente do Plenário do 
Tribunal: RE 579.951/RN, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE de 12-9-2008. 
Ocorrência da fumaça do bom direito." (Rcl 6.650-MC-AgR, Rel. Min. Ellen 
Gracie, julgamento em 16-10-2008, Plenário, DJE de 21-11-2008.)
"Administração pública. Vedação nepotismo. Necessidade de lei formal. 
Inexigibilidade. Proibição que decorre do art. 37, caput, da CF. (...) Embora 
restrita ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005 do Conselho Nacional 
da Justiça, a prática do nepotismo nos demais Poderes é ilícita. A vedação do 
nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática. Proibição 
que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF. 
Precedentes. Recuro extraordinário conhecido e parcialmente provido para 
anular a nomeação do servidor, aparentado com agente político, ocupante 
de cargo em comissão." (RE 579.951, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 20-8-2008, Plenário, DJE de 24-10-2008, com repercussão 
geral.) No mesmo sentido: ADI 3.745, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 
15-5-2013, Plenário, DJE de 1º-8-2013.
"Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do 
princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser 
ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Desvio de poder 
ou de finalidade." (ADI 3.026, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 8-6-2006, 
Plenário, DJ de 29-9-2006.)
"A teoria do fato consumado não se caracteriza como matéria 
infraconstitucional, pois em diversas oportunidades esta Corte manifestou-
se pela aplicação do princípio da segurança jurídica em atos administrativos 
inválidos, como subprincípio do Estado de Direito, tal como nos julgamentos 
do MS 24.268, DJ de 17-9-2004 e do MS 22.357, DJ de 5- 11-2004, ambos por 
mim relatados. No entanto, no presente caso, não se pode invocar a teoria do 
fato consumado sob o manto da segurança jurídica. A aplicação desta teoria 
enfrenta temperamentos neste Tribunal." (RE 462.909-AgR, voto do Rel. Min. 
Gilmar Mendes, julgamento em 4-4-2006, Segunda Turma, DJ de 12-5-2006.)
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação da EC 
19/1998)
"Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a 
cargo público." (Súmula 686.)
"O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em 
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela 
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido." (Súmula 683.)
"Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público." (Súmula 14.)
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“Concurso público. Policial civil. Limite de idade. (...) A comprovação do 
requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no momento da inscrição 
no certame, e não no momento da inscrição do curso de formação” (ARE 
685.870-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 17-12-2013, Segunda 
Turma, DJE de 12-2-2014.) No mesmo sentido: ARE 758.596-AgR, rel. min. 
Roberto Barroso, julgamento em 19-8-2014, Primeira Turma, DJE de 4-9-
2014.
“Edital que prevê apresentação de documentos que comprove o 
preenchimento dos requisitos em momento posterior à nomeação e antes da 
posse. Candidato que não preenche determinado requisito. Não configurado 
o direito à posse.” (RE 613.376-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 
13-12-2011, Segunda Turma, DJE de 17-2-2012.)
“Concurso público. Reprovação em exame médico. Necessidade de avaliação 
mediante critérios objetivos. (...) A jurisprudência desta Corte firmou-se 
no sentido de que devem estar previstos no edital os critérios objetivos do 
exame médico.” (AI 850.638-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento 
em 11-10-2011, Segunda Turma, DJE de 25- 10-2011.)
“Estrangeiro. Acesso ao cargo de professor da rede de ensino do Estado de 
Roraima. Ausência de norma regulamentadora. Art. 37, I, da CF/1988. Por 
não ser a norma regulamentadora de que trata o art. 37, I, da Constituição 
do Brasil matéria reservada à competência privativa da União, deve ser 
de iniciativa dos Estados-membros.” (AI 590.663-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 
julgamento em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de 12-2-2010). Vide: RE 
544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, 
DJE de 10-10-2008.
“A exigência de experiência profissional prevista apenas em edital importa em 
ofensa constitucional.” (RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento 
em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.)
"Constitucional. Concurso público para cargo de técnico de provimento 
de apoio. Exigência de três anos de habilitação. Inexistência de previsão 
constitucional. Segurança concedida. O que importa para o cumprimento 
da finalidade da lei é a existência da habilitação plena no ato da posse. A 
exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-se-á 
no ato da posse e não da inscrição do concurso." (MS 26.668, MS 26.673 
e MS 26.810, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 15-4-2009, 
Plenário, DJE de 29-5-2009.) No mesmo sentido: MS 26.862, Rel. Min. Ayres 
Britto, julgamento em 15-4-2009, Plenário, DJE de 22-5-2009.
“Estrangeiro. Acesso ao serviço público. Art. 37, I, da CF/1988. O Supremo 
Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que o art. 37, I, da 
Constituição do Brasil [redação após a EC 19/1998], consubstancia, 
relativamente ao acesso aos cargos públicos por estrangeiros, preceito 
constitucional dotado de eficácia limitada, dependendo de regulamentação 
para produzir efeitos, sendo assim, não autoaplicável.” (RE 544.655-AgR, 
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJE de 10-
10-2008.) No mesmo sentido: RE 602.912-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgamento em 9-11-2010, Primeira Turma, DJE de 2-12-2010. Vide: RE 
346.180-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 14-6-2011, Segunda 
 
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Turma, DJE de 1º-8-2011; AI 590.663-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento 
em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de 12-2-2010.
"Concurso público: além da necessidade de lei formal prevendo-o como 
requisito para o ingresso no serviço público, o exame psicotécnico depende 
de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se 
desdobra: precedentes." (RE 417.019-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 
julgamento em 14-8-2007, Primeira Turma, DJ de 14- 9-2007.) No mesmo 
sentido: AI 758.533-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 23-6-
2010, Plenário, DJE de 13-8-2010, com repercussão geral.
"O exame psicotécnico, especialmente quando possuir natureza eliminatória, 
deve revestir-se de rigor científico, submetendo-se, em sua realização, à 
observância de critérios técnicos que propiciem base objetiva destinada a 
viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da correção e da razoabilidade 
dos parâmetros norteadores da formulação e das conclusões resultantes dos 
testes psicológicos, sob pena de frustrar-se, de modo ilegítimo, o exercício, 
pelo candidato, da garantia de acesso ao Poder Judiciário, na hipótese de 
lesão a direito. Precedentes." (AI 625.617-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 19-6-2007, Segunda Turma, DJ de 3-8-2007.)
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação da EC 19/1998)
"É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor 
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu 
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido." (Súmula 685)
"É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a 
concurso público." (Súmula 684) 
"A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da 
posse." (Súmula 17) "Funcionário nomeado por concurso tem direito à 
posse." (Súmula 16)
"Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem 
direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da 
classificação." (Súmula 15)
“Concurso público. Edital. Cláusulas de barreira. Alegação de violação 
aos arts. 5º, caput; e 37, I, da CF. Regras restritivas em editais de concurso 
público, quando fundadas em critérios objetivos relacionados ao 
desempenho meritório do candidato, não ferem o princípio da isonomia. 
As cláusulas de barreira em concurso público, para seleção dos candidatos 
mais bem classificados, têm amparo constitucional.” (RE 635.739, rel. min. 
Gilmar Mendes, julgamento em 19-2-2014, Plenário, DJE de 3-10-2014, com 
repercussão geral).
“É importante destacar o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça 
do Estado de Minas Gerais não disse do impedimento de proceder-se à 
exoneração de servidora ocupante meramente de cargo em comissão. 
Ressaltou, isso sim, a inviabilidade de fazê-lo no curso de licença médica para 
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tratamento de câncer, presente a estabilidade provisória. Daí a pertinência 
dos precedentes mencionados na decisão impugnada. Em momento algum, 
o deslinde da controvérsia implicou violação à Carta da República, no que 
prevista, no art. 37, cabeça e inciso II, a necessidade de prévia aprovação 
em concurso público para o provimento de cargo efetivo. Apenas ficou 
postergada, para o término da licença destinada a tratamento da saúde, a 
decisão quanto à exoneração da servidora.” (AI 759.882-AgR, voto do rel. 
min. Marco Aurélio, julgamento em 10-12-2013, Primeira Turma, DJE de 3-2-
2014.)
“Viola a CF o enquadramento de servidor, sem concurso público, em cargo 
diverso daquele de que é titular. Mesmo antes da CF de 1988, o STF tinha 
entendimento firmado no sentido
da impossibilidade de convalidação da 
situação do servidor em desvio de função, seja para efetivá-lo no cargo ou 
para lhe deferir o pagamento da diferença remuneratória correspondente. 
(...) O fato de ocorrer o desvio de função não autoriza o enquadramento do 
servidor público em cargo diverso daquele em que foi inicialmente investido, 
mormente quando esses cargos não estão compreendidos em uma mesma 
carreira.” (AR 2.137-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 19-9-2013, 
Plenário, DJE de 26-11-2013.)
"A anulação, por via judicial, de questões de prova objetiva de concurso 
público, com vistas à habilitação para participação em fase posterior 
do certame, pressupõe a demonstração de que o impetrante estaria 
habilitado à etapa seguinte caso essa anulação fosse estendida à totalidade 
dos candidatos, mercê dos princípios constitucionais da isonomia, da 
impessoalidade e da eficiência. O Poder Judiciário é incompetente para, 
substituindo-se à banca examinadora de concurso público, reexaminar o 
conteúdo das questões formuladas e os critérios de correção das provas, 
consoante pacificado na jurisprudência do STF. (...) ressalvadas as hipóteses 
em que restar configurado, tal como in casu, o erro grosseiro no gabarito 
apresentado, porquanto caracterizada a ilegalidade do ato praticado pela 
administração pública. Sucede que o impetrante comprovou que, na 
hipótese de anulação das questões impugnadas para todos os candidatos, 
alcançaria classificação, nos termos do edital, habilitando-o a prestar a 
fase seguinte do concurso, mediante a apresentação de prova documental 
obtida junto à comissão organizadora no exercício do direito de requerer 
certidões previsto no art. 5º, XXXIV, b, da CF, prova que foi juntada em razão 
de certidão fornecida pela instituição realizadora do concurso público." (MS 
30.859, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 28-8-2012, Primeira Turma, DJE de 
24-10-2012.)
“Ambas as Turmas desta Corte já se manifestaram pela admissibilidade do 
controle jurisdicional da legalidade do concurso público quando verificado 
o descompasso entre as questões de prova e o programa descrito no 
edital, que é a lei do certame. (...) Inexistência de direito líquido e certo a 
ser protegido quando constatado que os temas abordados nas questões 
impugnadas da prova escrita objetiva aplicada aos candidatos estão 
rigorosamente circunscritos às matérias descritas no programa definido para 
o certame.” (MS 30.894, rel min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 8-5-
2012, Segunda Turma, DJE de 24-9-2012.) No mesmo sentido: MS 30.860, 
rel. min. Luiz Fux, julgamento em 28-8-2012, Primeira Turma, DJE de 6-11-
2012.
 
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“Concurso público. Princípio da legalidade. Edital. Etapas. As etapas do 
concurso prescindem de disposição expressa em lei no sentido formal 
e material, sendo suficientes a previsão no edital e o nexo de causalidade 
consideradas as atribuições do cargo.” (MS 30.177, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgamento em 24-4-2012, Primeira Turma, DJE de 17-5- 2012.)
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos 
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
“A contratação precária para o exercício de atribuições de cargo efetivo 
durante o prazo de validade do concurso público respectivo traduz preterição 
dos candidatos aprovados e confere a esses últimos direito subjetivo à 
nomeação.” (RE 733.596-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 11-2-2014, 
Primeira Turma, DJE de 26-2-2014.) No mesmo sentido: AI 788.628-AgR, rel. 
min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 16-10-2012, Segunda Turma, DJE 
de 8-11- 2012; RE 474.657-ED, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-
2011, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011.
“Concurso público. Candidata aprovada, inicialmente, fora das vagas do edital. 
Desistência dos candidatos mais bem classificados. Direito a ser nomeada 
para ocupar a única vaga prevista no edital de convocação. Precedentes. 
O Tribunal de origem assentou que, com a desistência dos dois candidatos 
mais bem classificados para o preenchimento da única vaga prevista no 
instrumento convocatório, a ora agravada, classificada inicialmente em 
3º lugar, tornava-se a primeira, na ordem classificatória, tendo, assim, 
assegurado o seu direito de ser convocada para assumir a referida vaga. 
Não se tratando de surgimento de vaga, seja por lei nova ou vacância, mas 
de vaga já prevista no edital do certame, aplica-se ao caso o que decidido 
pelo Plenário da Corte, o qual, ao apreciar o mérito do RE 598.099/MS-RG, 
rel. min. Gilmar Mendes, concluiu que o candidato aprovado em concurso 
público dentro do número de vagas previstas no edital tem direito subjetivo 
à nomeação.” (ARE 661.760-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 3-9-
2013, Primeira Turma, DJE de 29-10-2013.) Vide: RE 598.099, rel. min. 
Gilmar Mendes, julgamento em 10-8-2011, Plenário, DJE de 3-10-2011, com 
repercussão geral.
“Concurso público. Terceirização de vaga. Preterição de candidatos 
aprovados. Direito à nomeação. (...) Uma vez comprovada a existência da 
vaga, sendo esta preenchida, ainda que precariamente, fica caracterizada a 
preterição do candidato aprovado em concurso.” (AI 777.644-AgR, Rel. Min. 
Eros Grau, julgamento em 20-4-2010, Segunda Turma, DJE de 14-5-2010.) 
No mesmo sentido: ARE 694.769-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento 
em 28-8-2012, Segunda Turma, DJE de 21-9-2012; ARE 649.046-AgR, rel. 
min. Luiz Fux, julgamento em 28-8-2012, Primeira Turma, DJE de 13-9-2012; 
AI 820.065-AgR, rel. min. Rosa Weber, julgamento em 21-8-2012, Primeira 
Turma, DJE de 5-9- 2012; AI 777.569-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento 
em 7-2-2012, Primeira Turma, DJE de 16-3-2012; ARE 646.080-AgR, Rel. Min. 
Dias Toffoli, julgamento em 6-12-2011, Primeira Turma, DJE de 6-2-2012; AI 
776.070-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 22-2-2011, Segunda 
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Turma, DJE de 22-3-2011. Vide: RE 474.657-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011.
“Concurso público. Candidatos aprovados, mas não classificados. 
Preferência de nomeação em relação a classificados em concurso posterior. 
Impossibilidade. Súmula 15 do STF. Reexame de fatos e de provas. O 
aprovado não classificado em concurso público não tem preferência de 
nomeação em relação a aprovado em concurso posterior, mesmo que este 
tenha sido realizado no prazo de validade do certame anterior. Reexame de 
fatos e provas.” (AI 711.504-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-6-
2008, Segunda Turma, DJE de 27-6-2008.)
"A aprovação em concurso não gera direito à nomeação, constituindo 
mera expectativa de direito. Esse direito somente surgirá se for nomeado 
candidato não aprovado no concurso ou se houver o preenchimento de 
vaga sem observância de classificação do candidato aprovado." (MS 21.870, 
Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 7-10-1994, Plenário, DJ de 19-12-
1994.) No mesmo sentido: AI 452.831-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 
julgamento em 15-2- 2005, Primeira Turma, DJ de 11-3-2005; RE 421.938, 
Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-5- 2006, Primeira Turma, DJ 
de 2-2-2006. Vide: AI 777.644-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 20-4-
2010, Segunda Turma, DJE de 14-5-2010.
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento; (Redação da EC 19/1998)

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