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14/10/2014 Resumo Introdução à Economia Unidade 5 Amanda Gomes UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA P á g i n a | 1 17. Poupança, Investimento e Crescimento – Visão de Longo Prazo Poupança: o que resta da renda de um agente econômico após seus gastos de consumo. o Poupança privada: o que resta da renda das famílias / empresas depois de seus gastos de consumo (operacionais) e do pagamento de impostos. Y – C – I = P o Poupança pública: receitas tributárias menos o pagamento das despesas correntes. o Poupança = trade off entre o presente e o futuro Investimento: aumento da capacidade produtiva o Aumento do estoque de capital, acréscimo da capacidade produtiva Poupança e investimento nas Contas Nacionais o Economia fechada: Poupança, Investimento e Crescimento o Sem poupança não há investimento o Maior investimento = Maior crescimento o Países menos desenvolvidos = necessita de menor investimento para um mesmo nível de crescimento que os o Países mais desenvolvidos = necessitam maior investimento para um mesmo nível de crescimento As diversas Experiências de Crescimento o Parente e Prescott: aumento da diferenciação após 1800 entre os países que lideraram a industrialização e os outros países o Kaldor: divergência substancial entre o crescimento de diversos países PIB (ótica da despesa) • Y = C + I + G + X - M Economia Fechada • Y = C + I + G ou I = Y - C - G + e - as receitas tributáias • (Y - T - C) + (T + G) = I Ou seja • Stotal = Sprivada + Spública = I P á g i n a | 2 o Kuznets: mudanças na economia ao logo do processo de crescimento, principalmente no que se refere à participação dos diferentes setores no produto e no que se refere ao papel do Estado A heterogeneidade do crescimento dos países o Melhor a regularidade de taxas de crescimento Produtividade e seus determinantes o Relação padrão de vida produtividade o Produtividade: capacidade de produzir bens e serviços Capacidade de um trabalhador médio de produzir bens e serviços (quantidade capaz de produzir em um determinado tempo) o Fatores determinantes da produtividade Capital físico: Estruturas utilizadas para produção de bens + qualidade dos equipamentos = + produção Capital humano: Capacitação dos trabalhadores (qualidade) + qualidade/habilidade do trabalhador = + produção Recursos naturais (capital natural) Recursos produzidos pela natureza Relaciona-se também a habilidade para usar/extrair esses recursos + disponibilidade de recursos = + produção o Não é um condicionante determinante Conhecimento tecnológico Conhecimentos para aplicação na produção de bens + tecnologia = + produção o Função de produção K = capital físico L = quantidade de trabalho H = capital humano N = recursos naturais T = recursos tecnológicos Política Públicas e crescimento econômico o A importância da poupança e do investimento Aumentar a quantidade de recursos Produzir bens e serviços que não serão de consumo imediato trade off -> consumo presente x consumo futuro o parte poupada (não consumida) agora pode ser usada para investimentos futuros Poupança -> investimento -> crescimento -> melhoria da qualidade de vida s/ crescimento -> estagnação o O papel do investimento estrangeiro e do livre comércio Y = T * f (L, K, H, N) P á g i n a | 3 “Poupança e investimento domésticos podem receber aporte de poupanças e investimentos feitos por pessoas e empresas de outros países” (pág. 10, cap. 17) Investimento externo Direto: um indivíduo ou empresa estrangeira assume atividades produtivas no país (diretamente) Em carteira: uma pessoa física ou jurídica adquire ações de uma empresa brasileira, se associa a uma empresa brasileira ou compra títulos emitidos por empresas ou pelo governo brasileiro Ambiente favorável à realização de investimentos o Tratamento dado ao capital estrangeiro Capital físico o Produzido pelo homem o Políticas que favoreçam o estoque de capital e incentivos à poupança o Destinação de recursos Capital humano o Produzido pelo homem o Destinação de recursos o Investir em educação Conhecimento tecnológico o Produzido pelo homem o Destinação de recursos o Sistema de patentes Pesquisa, Desenvolvimento e avanços tecnológicos o Fundações e instituições de apoio a pesquisa Estabilidade política e funcionamento das instituições Influência de fatores políticos, sociais e institucionais no desenvolvimento dos países Maior estabilidade política => construção de um ambiente favorável ao crescimento o Bom funcionamento dos poderes legislativo e judiciário Duas Grandes Controvérsias Crescimento populacional x limites ao crescimento pela disponibilidade de recursos naturais + Crescimento populacional -> + gente produzindo + produtos + Crescimento populacional – tende a –> menores valores per capita dos indicadores econômicos Thomas Malthus o População -> crescimento a taxas geométricas P á g i n a | 4 o Meios de Subsistência -> crescimento a taxas aritméticas Necessidade de conter o crescimento populacional o Por que não se confirmou? Avanços tecnológicos geram maior crescimento dos meios de subsistência Recursos Naturais o Limite dos não renováveis O mercado financeiro e seu papel o Coordenação entre investidores e poupadores, que nem sempre se tratam de um único indivíduo -> mercados financeiros o Mercado Financeiro no Brasil Quatro leis: Instituição da correção monetária (Lei 4.357/64): solução dos problemas advindos das taxas de inflação elevadas Criação do Banco Nacional da Habitação – BNH (Lei 4.380/64): viabiliza o Sistema Financeiro da habitação Reforma do Sistema Financeiro Nacional (Lei 4.595/64): criação dos órgãos máximos de normatização do setor Lei do Mercado de Capitais (Lei 4.728/65): a falta de estruturação do mercado fazia com que grande parte dos investimentos fossem destinados a aplicações imobiliárias ou para constituição e outras reservas Instituições o De Supervisão e Normatização o Instituições de Intermediação Instituições Bancárias Aceitam depósitos à vista, podem criar moeda. Instituições Não Bancárias Não podem aceitar depósitos à vista; se dividem em segmentos especializados. Sistema da habitação, os bancos de investimento e as Financeiras Instituições Auxiliares Não fazem empréstimos; papel de intermediação entre diferentes níveis e segmentos Instituições de Registro, Liquidação e custódia Entidades auxiliares do sistema de supervisão, manutenção da lisura dos negócios. P á g i n a | 5 18. O Mercado de Fundos de Empréstimo Mercado de Fundos de Empréstimos: um tipo de mercado financeiro que, por opção didática, será adotado como o único Interação da oferta e da demanda determina um preço de equilíbrio o Ofertantes: agentes públicos ou privados que dispõem de recursos (poupanças) que levam (ofertam) ao mercado Maior o preço (taxa de juros) -> maior a quantidade que os ofertantes estão dispostos a levar ao mercado o Demandantes: agentes que necessitam de fundos para realizar investimentos (ou cobrir déficits no caso do governo) Para tomar empréstimos necessitam de pagar uma taxa de juros Quanto maior a taxa de juros, menor a quantidade por eles demandada o Representando as duas curvas no mesmográfico, temos: Ta xa d e Ju ro s Quantidade de Fundos Emprestáveis Curva de Oferta de Fundos de Empréstimo Oferta (Poupança) Ta xa d e Ju ro s Quntidade de Fundos Emprestáveis Curva de Demanda de Fundos de Empréstimo Demanda (investimento) P á g i n a | 6 o O ajustamento da taxa de juros ocorrerá da mesma maneira que o ajuste dos preços nos mercados já estudados. Efeitos de Déficit Fiscal e de Incentivos à Poupança e ao Investimento o Déficit Orçamentário do Governo: Déficit financiado com a venda de títulos públicos -> diminuição da poupança total Deslocamento da curva para financiar o déficit público Curva vai para esquerda e para cima Oferta 2 o Incentivos Fiscais aos Investimento Curva se desloca para direita e para cima o Incentivos à Poupança Isenção parcial ou total de impostos Deslocamento da curva para baixo e para direita Conclusão: o Divergência entre os países em suas capacidades de produzir bens e serviços, suas produtividades Deve-se criar condições para aumento da poupança e do investimento Construção de um ambiente favorável ao crescimento (aspectos sociais, políticos, culturais, organizacionais, institucionais) Estruturação de um mercado financeiro a fim de coordenar as decisões de poupadores e investidores Setor financeiro razoavelmente bem estruturado, sob a supervisão do Banco Central Ta xa d e Ju ro s Quantidade Fundos Emprestáveis Mercado de Fundos de Empréstimo Demanda (investimento) Oferta (Poupança) Excesso de Oferta Excesso de Demanda Ta xa d e Ju ro s Quantidade Fundos Emprestáveis Mercado de Fundos de Empréstimo Demanda (investimento) Oferta (Poupança) Oferta 2 Demanda 2 Oferta 3 P á g i n a | 7 19. “Visão Clássica” e “Visão Keynesiana” A “Revolução” Keynesiana o Não há tendência necessária de pleno emprego das capacidades produtivas Atividade produtiva não necessita de toda força de trabalho nela empregada Possível uma situação de equilíbrio em que a demanda < oferta Equilíbrio = ausência de mecanismos econômicos para por fim a tal desigualdade o Produto Potencial ≠ Produto Efetivo Produto Potencial: quantidade possível de ser produzida Produto Efetivo: quantidade realmente produzida Visão Clássica Visão Keynesiana Produto Potencial = Produto Efetivo Produto Potencial ≠ Produto Efetivo Lei de Say: oferta cria sua própria demanda Valor da produção = renda total dos fatores de produção Demanda insuficiente para absorver toda a capacidade produtiva => Lei de Say inaplicável Forças de mercado guiam a economia ao equilíbrio, onde há pleno emprego dos fatores de produção Equilíbrio não ocorre necessariamente com o pleno emprego dos fatores de produção por causa da insuficiência da demanda global Instabilidades, por exemplo o desemprego, como temporárias ou decorrentes de políticas governamentais inadequadas Insuficiência da demanda devido à instabilidade do investimento privado, fortemente influenciado por expectativas dos agentes quanto ao futuro, as quais são imprevisíveis -> Animal spirits -> Investimento < poupança A Oferta atua sobre a Demanda A Demanda atua sobre a oferta -> Pode haver excesso de oferta Dicotomia clássica entre economia monetária e economia real Interação entre economia monetária e economia real Intervenções do governo desnecessárias, ou mesmo contraproducentes, aumentando os preços e não o produto. Ações de agentes racionais podem anular o efeito de políticas governamentais mesmo no curto prazo. Pleno emprego assegurado por políticas que visam garantir um nível suficiente de demanda, geralmente pela expansão dos gastos governamentais -> Aumento dos investimentos do governo -> + títulos -> absorção da poupança privada -> Volume de demanda compatível com os fatores de produção Preços flexíveis na generalidade dos mercados, sendo os preços rígidos decorrentes de intervenções governamentais nos mercados Preços rígidos em alguns mercados, notadamente o mercado de trabalho (salários), impedindo que variações nos preços eliminem o desemprego Ênfase em política monetária (controle da oferta de moeda) Ênfase em política fiscal (receita e despesa do governo) P á g i n a | 8 Outros Desenvolvimentos o Ocorrência simultânea de estagnação e inflação não se adequam ao modelo Keynesiano o Contesta-se o não investimento devido a expectativas ruins o Não Keynesiana (ou Antikeynesiana): nega a eficácia das políticas governamentais 20. Elementos da Teoria Keynesiana Demandas de capital e de consumo com motivações diferentes o Demandas de consumo: nível de renda o Demandas de capital: expectativas dos investidores Demandas por bens de consumo o Propensão ao consumo: relação entre a parte da renda gasta na aquisição de bens de consumo e a renda global Ex.: Renda global: 7 milhões; Gastos de consumo: 4 milhões 𝑷𝒓𝒐𝒑𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒂𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 = 𝒈𝒂𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒓𝒆𝒏𝒅𝒂 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟒 𝒎𝒊𝒍𝒉õ𝒆𝒔 𝟕 𝒎𝒊𝒍𝒉õ𝒆𝒔 A propensão ao consumo (c) encontra-se entre 0 e 1, sendo 0 quando não há gastos e 1 quando toda a renda é utilizada A propensão marginal ao consumo é decrescente Quanto maior a renda, menor e propensão marginal ao consumo Demanda por bens de investimento o A demanda depende das expectativas dos investidores Objetivo dos investimentos: lucro o Tomada de decisão a partir da comparação entre o fluxo futuro de investimentos e os custos presentes de investimento o Afirma haver elevada imprevisibilidade nos investimentos, por isso são importantes as perspectivas dos investidores o A taxa de juros baixa é insuficiente para garantir investimentos que evitem o desemprego o Obs.: gastos de investimento e gastos do governo são dispêndios autônomos, ou seja, não dependem do nível de renda Multiplicador de Renda o Investimentos do governo -> processo em cadeia de geração de emprego e renda ∆𝒀 = 𝑮𝒂𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒙 (𝟏 + 𝒄 + 𝒄𝟐 + 𝒄𝟑 + ⋯ + 𝒄𝒏) ∆𝒀 = 𝒂𝒄𝒓é𝒔𝒄𝒊𝒎𝒐 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 à 𝒓𝒆𝒏𝒅𝒂 𝒄 = 𝒑𝒓𝒐𝒑𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒎𝒂𝒓𝒈𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒊𝒓 o Tendo em vista que (𝟏 + 𝒄 + 𝒄𝟐 + 𝒄𝟑 + ⋯ + 𝒄𝒏) tende a 𝟏 𝟏−𝒄 , temos: ∆𝒀 = 𝑮 𝒙 𝟏 𝟏−𝒄 o Sendo que 1 – c = s, sendo s a propensão marginal a poupar, podemos afirmar: 𝑴 = 𝟏 𝟏−𝒄 = 𝟏 𝒔 , sendo esse o multiplicador de gasto autônomo o Efeito negativo da poupança: redução da demanda global P á g i n a | 9 o Paradoxo da frugalidade Keynesianos veem a poupança como ruim em uma economia em recessão, mas os clássicos veem-na como boa Modelo Keynesiano – Três noções centrais a) Possível haver uma demanda global insuficiente onde há a subutilização da capacidade produtiva com um produto efetivo < potencial e um desemprego incorrigível por mecanismos econômicos; b) Instabilidade a demanda por bens de capital devido à incerteza quanto aos lucros do investimento e há uma demanda por bens de capital baixa mesmo com taxas de juros baixas c) Justificativa da expansão de gastos governamentais e/ou estímulo à expansão dos gastos privados, e a ideia de expandir a demanda global para combater o desemprego Obs.: O modelo Keynesiano é útil para análises a curto prazo, enquanto o modelo clássico nos é muito útil para análises a longo prazo 21. Macroeconomia Macroeconomia: Estuda asvaráveis econômicas agregadas, ocorrendo a análise para a economia como um todo, não se atentando para comportamentos individuais o Microeconomia (comportamentos individuais) x Macroeconomia (o todo) Controvérsias em Macroeconomia o Opiniões incompatíveis ou conflitantes o John Maynard Keynes Grande Depressão de 1929 Lazer x Trabalho ligado ao desemprego como algo incompatível com a realidade As pessoas não deixavam de trabalhar devido à valorização do lazer Equilíbrio no mercado sem aplicação prática Despesas com consumo privado, investimento e gasto público determinantes da decisão de produzir Menor demanda -> empresas abaixam a produção e demitem funcionários Economistas da oferta (clássicos) e da demanda (Keynesianos) Determinação da renda na ótica Keynesiana: o modelo do multiplicador o Despesa de um país = consumo privado + gastos públicos + investimentos + exportações líquidas Economia fechada: D = C + I + G Propensão Marginal a Consumir: valor do aumento do consumo associado a um aumento de um real na renda Se a renda iguala-se a despesa temos: 𝒀 = 𝑪(𝒀) + 𝑰 + 𝑮 o Y = renda e I e G não dependem do valor da renda Função de consumo (linear) 𝑪(𝒀) = 𝑪𝒂 + 𝒄𝒀 o Ca = consumo mínimo para os padrões de vida socialmente aceitáveis (existe mesmo se a renda for igual a zero) -> não depende da renda (consumo autônomo) P á g i n a | 10 o c = propensão marginal a consumir Portanto: 𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝑐𝑌 + 𝐼 + 𝐺 𝑌 − 𝑐𝑌 = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 𝑌 (1 − 𝑐) = 𝐶𝑎 + 𝐼 + 𝐺 Quanto maior a propensão marginal a consumir, maior será a renda de equilíbrio A demanda determina a renda de equilíbrio Quanto mais consumistas as pessoas forem, maior a renda do país Obs.: Na apostila é apresentada outra forma de calcular a renda de equilíbrio utilizado do gráfico Princípio do Multiplicador o Cálculo da renda de equilíbrio Sendo Y a renda de equilíbrio e Ca + I + G a soma dos gastos autônomos, que consideraremos como R$ 1000,00, e c a propensão marginal a consumir, igual a 0,8 no caso abaixo, utiliza-se da fórmula acima para calcular a renda de equilíbrio: 𝑌𝑐 = 𝐶𝑎+𝐼+𝐺 1−𝑐 = 1000 1−0,8 = 5000 Caso aja um aumento de R$ 100,00 nos gastos autônomos, digamos que seja nos gastos do governo, a soma dos gastos autônomos passa a ser de R$ 1100,00. Teremos então: 𝑌1 1100 0,2 = 5500 Há, então, um aumento de R$ 500,00 na renda de equilíbrio para um aumento de R$ 100,00 nos gastos autônomos, mas especificadamente nos gastos do governo Fenômeno do multiplicador: um aumento do gasto público leva a um aumento mais do que proporcional na renda de equilíbrio. Analisando a variação da renda (Y) e a variação dos gastos (G) temos: ∆𝑌 = ∆𝐺 1−𝑐 , ou seja, ∆𝑌 ∆𝐺 = 1 1−𝑐 . Poupança, investimento e determinação da renda no modelo Keynesiano o Em uma economia fechada, a poupança é igual a renda menos o consumo das famílias e o consumo do governo: 𝑆(𝑌) = 𝑌 − 𝐶(𝑌) − 𝐺 o Usando a hipótese sobre a forma da função consumo, é possível escrever a função poupança como: 𝑆(𝑌) = 𝑌 − 𝐶𝑎 − 𝑐𝑌 − 𝐺 = (1 − 𝑐)𝑌 − (𝐶𝑎 + 𝐺) = 𝑠𝑌 − (𝐶𝑎 + 𝐺), em que s = 1-c. 𝒀 = 𝑪𝒂 + 𝑰 + 𝑮 𝟏 − 𝒄 P á g i n a | 11 A variável para determinar a poupança é a renda, não a taxa de juros. Para determinar a renda de equilíbrio, utiliza-se do fato de que, no equilíbrio, a poupança se iguala ao investimento, ou seja: S(Y) = I = Y – C – G Paradoxo da Parcimônia Investimento e poupança na perspectiva clássica: mercado de fundos emprestáveis o Não existe nenhuma força no mercado que faça com que a poupança se - iguale ao investimento – teoria de Keynes o Quando ocorre um excesso de demanda no mercado de fundos emprestáveis, a taxa de juros sobe. Incentivo para que se poupe mais A existência de recursos sobrando faz com que os juros caiam levando a uma queda na poupança Maior taxa de juros = maior poupança Maior taxa de juros = menor Keynes: aumento dos gastos gera aumento da renda, ou seja, da poupança das famílias Aumento da propensão marginal a poupar Redução da propensão marginal a consumir Queda na renda de equilíbrio Redução da poupança Ta xa d e Ju ro s Fundos Emprestáveis (R$) Mercado de Fundos Emprestáveis Demanda (investimento) Oferta (Poupança) P á g i n a | 12 O governo, visto não ter ocorrido aumento da renda precisará pegar dinheiro emprestado da poupança para financiar seus gastos, diminuindo os recursos disponíveis para as firmas, deslocando para a esquerda a oferta de fundos emprestáveis, causando um aumento do preço e uma redução da quantidade, ou seja, gere um aumento da taxa de juros e uma queda tanto da poupança quanto do investimento privado o Efeitos contraditórios tendo em vista diferentes visões da economia Economia a longo prazo: o crescimento econômico o Pequenas alterações na taxa de crescimento com fortes impactos sobre o PIB per capita o As diversas experiências de crescimento Por que existem países ricos e países pobres? Por que o crescimento econômico ocorre de formas diferentes e em períodos diferentes nas diferentes sociedades? Parente e Prescott Crescimento econômico -> fenômeno pós Revolução Industrial Países que iniciaram esse processo com aumento sem precedente de suas rendas per capita Concentração da distribuição de renda -> deterioração dos padrões de vida dos países que não aderiram à industrialização Países pobres tendem a crescer mais rápido do que os ricos o Crescimento na América do Sul Países da América do Sul já começaram seu processo de crescimento? Desigualdade entre os países sul-americanos o Países em processo de crescimento e países estagnados o Regularidades sobre crescimento Professor Kaldor - seis regularidades (fatos estilizados de Kaldor): 1. O produto per capita cresce com o decorrer do tempo, a sua taxa de crescimento não tende a diminuir 2. O estoque de capital físico por trabalhador cresce com o passar do tempo 3. A taxa de retorno do capital é aproximadamente constante 4. A razão capital/produto é estável no tempo 5. As participações das rendas do capital e do trabalho na renda total não tendem a ser alterar com o passar do tempo 6. As taxas de crescimento dos diversos países divergem substancialmente Kuznets 1. À medida que as economias crescem, a atividade principia se modifica. Primeiro a agricultura é a mais importante, depois a indústria, por último o setor de serviços. Esse processo gera urbanização, a necessidade de trabalhar no mercado, aumenta a importância da educação 2. O processo de crescimento tende a aumentar a importância do comércio exterior P á g i n a | 13 3. O avanço tecnológico faz com que as economias dependam cada vez mais dos recursos naturais 4. Economias avançadas têm mais necessidade de ter o Estado como árbitro das regras em que a atividade econômica se desenvolve e como provedor de infraestrutura. 21.A. Curva de Phillips Curva de Phillips o Relação entre taxas de desemprego e taxa de aumento dos salários nominais e o Relação entre desemprego e inflação de preços o Curva de Phillips: Relação inversa entre o nível de desemprego e o nível de inflação o Trade off para as autoridades econômicas entre a eliminação da inflação e a eliminação do desemprego Necessidade de se chegar a um meio termo Emprego e inflação de demanda o Efeitos em um dos componentes autônomos da demanda agregada o Ou seja, há um menor desemprego e uma maior inflação. Esse efeito é indicado na Curva de Phillips A ação governamental o Redução do desemprego -> intervenções diretas do governo (opção por maior inflação e menor desemprego) Corte de gastos -> opção por menor inflação e maior desemprego Curva de Phillips: outras interpretações o Relação entre inflação e desemprego dependente das expectativas de inflação Aumento da emprego Aumento da renda Aumento do Consumo Deslocamento para direita das curvas de demanda Alteração do preço de equilíbrio Aumento dos preços Se ocorre em número sinificativo de mercados, há inflação de demanda
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