Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ecologia Ecologia é a parte da Biologia responsável pelo estudo das relações entre indivíduos de uma mesma espécie, de espécies distintas e entre eles e o meio abiótico. É por esse motivo que as atividades humanas responsáveis por causar impactos negativos no meio ambiente são estudadas nessa matéria. Para estudar Ecologia, conhecer alguns conceitos é fundamental: - Biosfera: região do ambiente terrestre onde são encontrados os seres vivos. - Hábitat: local onde determinada espécie é encontrada. - Nicho ecológico: relações que determinada espécie desempenha com outras e com o ambiente físico; modo de vida da espécie. - Cadeia alimentar: relação alimentar entre indivíduos de um ecossistema. - Produtores: organismos autotróficos de uma cadeia alimentar. - Consumidores primários: animais herbívoros de uma cadeia alimentar. - Consumidores secundários: animais que se alimentam de animais herbívoros. - Consumidores terciários, quaternários, e assim por diante: animais que se alimentam de animais carnívoros. - Decompositores: organismos que se alimentam de excretas e restos mortais dos seres vivos. - Nível trófico: cada etapa da cadeia alimentar - produtores, consumidores (...) decompositores. - Ciclos biogeoquímicos: processo contínuo de retirada e devolução de elementos químicos à natureza. - População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie. - Relações intraespecíficas: relações entre indivíduos da mesma espécie. - Relações interespecíficas: relações entre indivíduos de espécies diferentes. - Relações harmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é beneficiado, sem causar prejuízo ao outro. - Relações desarmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é prejudicado. - Bioma: conjunto de ecossistemas com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de clima. - Poluição: modificação indesejável do ambiente, causada pela espécie humana. A Biosfera Biosfera significa “esfera da vida”, ou seja, onde existe vida. É justamente na biosfera que acontecem as interações entre os seres vivos e esses com os elementos naturais em diferentes lugares do mundo, dessa forma cada região do planeta possui aspectos particulares de luminosidade, relevo, clima, vegetação, água entre outros. A biosfera é o agrupamento de todos os elementos naturais que favorecem e dão condições para a manutenção da vida no planeta. A “esfera da vida” ou biosfera é constituída por três elementos naturais de extrema importância para a vida na Terra, nesse caso estão a hidrosfera, atmosfera e litosfera. A primeira representa a esfera das águas, composta por toda água existente no planeta em diferentes lugares como em rios, lagos, geleiras, oceanos e mares. O segundo consiste na esfera dos gases, que corresponde ao conjunto de gases que envolvem a Terra e automaticamente a hidrosfera e a litosfera e que tem forte influência na composição dos climas devido à dinâmica da atmosfera e seus fenômenos e o terceiro corresponde ao conjunto, principalmente a partir de rochas e solos, onde encontramos diversos tipos de minérios. Habitat e Nicho ecológico Sabemos que cada ser vivo está bem adaptado ao local em que vive. Vamos pensar em uma hiena. Ela vive na savana africana e lá se alimenta de gazelas e gnus, mas também se alimenta de carniça. São animais extremamente violentos e perigosos em bandos e são as grandes rivais dos leões na savana, sofrendo inclusive ataques desses animais. A breve descrição acima fala sobre o habitat e o nicho ecológico da hiena. Mas, afinal, o que é habitate o que é nicho ecológico? Chamamos de habitat o local em que um organismo vive, o ambiente onde ele se encontra. No caso da hiena, seu habitat é a savana africana, um local que possui uma estação seca bem definida. Quando falamos em nicho ecológico, estamos descrevendo o modo de vida de um ser vivo, suas relações com o ambiente, sua alimentação, seu tipo de reprodução, seus hábitos, seus predadores naturais, suas estratégias para sobrevivência, sua forma de predar etc. Resumindo, o nicho pode ser definido como o papel ecológico de uma espécie em determinada comunidade. Ao falarmos da hiena, sobre sua alimentação e sua rivalidade com leões, estamos falando do seu nicho. Vamos pensar em outro exemplo: a tartaruga-verde. Esse animal vive normalmente em águas costeiras e com grande quantidade de vegetação. Ela apresenta uma característica peculiar quando o assunto é alimentação. A tartaruga-verde é onívora quando filhote, entretanto, quando atinge mais de 25 cm de casco, ela torna-se basicamente herbívora. Elas procuram botar seus ovos principalmente em ilhas oceânicas. A partir da descrição acima é possível perceber que o habitat da tartaruga-verde é as águas costeiras com vegetação. Já o nicho ecológico é o seu modo de vida, que inclui sua alimentação peculiar e sua desova, por exemplo. Nicho fundamental e nicho efetivo A principal diferença entre nicho fundamental e nicho efetivo está no fato de que esse último leva em consideração a competição e a predação. A expressão nicho ecológico normalmente é utilizada para denominar a maneira como um determinado ser vivo vive, ou seja, seu papel em determinado ecossistema. Entretanto, além desse conceito, conhecido como nicho funcional, existem outras definições de nicho. Na década de 1950, foi proposto por Everlyn Hutchinson o conceito de nicho ecológico multidimensional. O nicho proposto por Hutchinson poderia ser visualizado como um “hipervolume” dentro do qual existiam diversos eixos que representavam as diferentes variáveis ambientais, tanto físicas quanto biológicas. O nicho seria então as diferentes combinações dessas variáveis, que permitiriam a sobrevivência de uma dada espécie e limitariam sua abundância e distribuição. Esse nicho multidimensional pode ser classificado em duas subcategorias: o nicho fundamental e o nicho efetivo. Denominamos de nicho fundamental aquele que engloba todas as condições e recursos que permitem uma determinada espécie existir e reproduzir-se. No nicho fundamental, é excluída a existência de qualquer inimigo natura l e a competição interespecífica. O nicho efetivo, também denominado de realizado, por sua vez, descreve um intervalo mais limitado, levando também em consideração a presença de competidores e predadores. Podemos dizer ainda que o nicho efetivo é a faixa ambiental onde realmente se encontra uma determinada espécie. Imagine a seguinte situação: uma população migra para colonizar uma determinada área. Ela poderia retirar tudo que necessita para sobreviver daquela região, entretanto, naquele local existem outras espécies competidoras e ocorre uma sobreposição de nicho. De acordo com o princípio de exclusão competitiva, duas espécies competidoras com mesmo nicho não podem coexistir. Sendo assim, a fim de evitar a competição e garantir a coexistência, essas espécies mudam seus nichos efetivos. Caso uma das espécies não consiga modificar seu nicho efetivo, a competição poderá causar a eliminação de uma delas. Isso acontece quando, por exemplo, uma espécie possui um nicho efetivo que preenche todo o nicho fundamental da outra espécie. Percebe-se, portanto, que o nicho de uma espécie deve ser observado em determinado período de tempo e em um habitat determinado. Interações com outras espécies, a época do ano e mudanças ambientais causadas pelo homem, por exemplo, podem desencadear mudanças no nicho de uma espécie. Cadeia Alimentar Cadeia Alimentar ou Teia Alimentar é o percurso de matéria e energia que se inicia sempre nos produtores e termina nos decompositores. Corresponde à relação de alimentação, ou seja, à absorção de nutrientes e energia entre os seres vivos. CADEIA ALIMENTAR TEIA ALIMENTAR Componentes da Cadeia Alimentar Os componentes da cadeia alimentar são toda a parte viva que a compõee são classificados em produtores, consumidores e decompositores. ▪ Produtores : São seres vivos que fabricam o seu próprio alimento através da fotossíntese, ou seja, são seres autótrofos. Os produtores são os primeiros da cadeia alimentar que não precisam se alimentar de outros organismos, por exemplo, as plantas, algas, vegetais e algumas bactérias. ▪ Consumidores : São os seres heterótrofos, ou seja, não produzem o seu próprio alimento e por isso necessitam buscar em outros seres a energia para sobreviver. Eles se alimentam dos produtores e dividem-se basicamente em •Consumidores primários (herbívoros) •Consumidores secundários (carnívoros) •Consumidores terciários (carnívoro) Importante lembrar que nesse nível trófico estão os chamados detritívoros, isto é, animais que se alimentam de restos orgânicos, como abutres, urubus, moscas, etc. ▪ Decompositores : Muito importante para o ciclo da cadeia alimentar, esses organismos se alimentam da matéria orgânica em decomposição dos seres mortos a fim de obter nutrientes e energia. Nesse processo, transformam a matéria orgânica em inorgânica, que será utilizada pelos produtores, recomeçando o ciclo. São eles: fungos, bactérias e alguns protozoários. Nível Trófico Um nível trófico é formado por cada grupo de seres vivos com necessidades alimentares semelhantes quanto à fonte principal de alimento. Em cada nível existe um grupo de organismos com as mesmas características alimentares, ou seja, os consumidores primários alimentam-se apenas de vegetais, enquanto que os consumidores secundários e terciários são carnívoros. Ciclos biogeoquímicos Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais em que os elementos químicos circulam entre os seres vivos e o meio ambiente Os ciclos biogeoquímicos, também chamados de ciclos da matéria, podem ser definidos como processos naturais em que ocorre a ciclagem dos elementos, ou seja, sua passagem do meio ambiente (componentes físico-químicos) para os organismos vivos e destes de volta para o meio. Por esses ciclos envolverem organismos vivos, o meio terrestre (parte não viva) e elementos químicos, recebem a denominação de biogeoquímicos. Durante um ciclo biogeoquímico, os elementos são absorvidos por seres vivos e são responsáveis por várias e diferentes reações químicas fundamentais para a sobrevivência desses organismos. Posteriormente esses elementos retornam ao ambiente pelo processo de decomposição ou por outros mecanismos, tais como a transpiração, respiração e eliminação de fezes. Assim sendo, fica nítido que a matéria é reciclada e que os elementos, tais como nitrogênio, carbono e oxigênio, não são criados nem destruídos. A contínua passagem dos elementos através dos seres vivos e dos elementos não vivos da Terra garante a sua disponibilidade constante na natureza. Em um ecossistema natural, sem intervenção do homem, esses ciclos permanecem em um constante equilíbrio. De acordo com o seu reservatório, costuma-se classificar os ciclos biogeoquímicos em dois tipos: os ciclos gasosos e os ciclos sedimentares. • Os ciclos gasosos possuem como principal reservatório a atmosfera. Como exemplo, podemos citar o ciclo do carbono, do oxigênio e do nitrogênio. • os ciclos sedimentares são aqueles que possuem como reservatório a crosta terrestre. São exemplos os ciclos do fósforo e do enxofre. Os ciclos gasosos geralmente ocorrem de maneira mais rápida que os ciclos sedimentares. Isso acontece em face da dificuldade de acesso dos organismos aos reservatórios da crosta terrestre. Além desses fatores, a velocidade dos ciclos também pode ser influenciada pela natureza do elemento químico, taxa de crescimento de seres vivos, movimento na teia alimentar, taxa de decomposição e a ação do homem. A intervenção humana no meio ambiente altera significativamente a ciclagem dos elementos. A poluição, a extração de minerais, a agricultura e a produção de energia são exemplos clássicos de nossa interferência nos ciclos biogeoquímicos. • Ciclo do Carbono : O carbono é derivado da combustão de restos vegetais e da respiração de plantas e animais. Essa combustão e respiração geram o ciclo do carbono. O carbono está presente tanto na hidrosfera como na atmosfera sob a forma de dióxido de carbono (CO2). Este composto é derivado da combustão de restos vegetais e da respiração de plantas e animais. O CO2 é absorvido pelas plantas clorofiladas e pelas bactérias quimiossintetizantes, sendo utilizado para a formação de compostos orgânicos carbonados (celulose e amido). Parte desse gás volta diretamente à atmosfera pela respiração da planta. As plantas são ingeridas pelos animais. Da combustão destes alimentos no organismo dos animais o CO2 volta à atmosfera, ou quando esses animais morrem, ele vai fazer parte dos detritos orgânicos que, por morte dos vegetais clorofilados e das bactérias, formam-se detritos vegetais, que por combustão, devolvem o CO2 à atmosfera. • Ciclo do Nitrogênio : O nitrogênio é um gás encontrado em abundância no ar (cerca de 78%) na forma de N2, mas por ser pouco reativo quimicamente, permanece livre e não é facilmente assimilado pelos seres. Também compõe as moléculas de proteína e os ácidos nucleicos das células, sendo assim muito importante para todos os organismos. Algumas plantas são capazes de fixar o nitrogênio do ar, através da associação com algumas espécies de bactérias ditas fixadoras, que vivem em nódulos nas suas raízes. Essas plantas são do grupo das leguminosas, como feijões, soja, lentilhas. Existem também bactérias livres no solo que agem na transformação do N2 em nitratos. Outro meio de fixação do nitrogênio na natureza é através de raios. Vale ressaltar o papel das bactérias no ciclo, pois atuam nas várias etapas. ◦ Etapas do Ciclo : É importante perceber que como qualquer ciclo biogeoquímico, como o da água, ou do oxigênio, o ciclo do nitrogênio representa um fluxo de matérias e energia que são constantes na natureza e essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. As etapas a seguir facilitam a compreensão do processo global. ▪ Fixação : Bactérias fixadoras livres no solo ou associadas a raízes de leguminosas transformam nitrogênio do ar (N2) em amônia (NH4+) e nitratos (NO3-). ▪ Amonificação : A ureia (NH2)2CO é um dos resíduos do metabolismo dos animais (eliminada pela urina) é transformada em amônia por bactérias do solo. ▪ Nitrificação :Bactérias nitrificantes do solo transformam a amônia em nitratos. ▪ Desnitrificação : O nitrogênio é devolvido à atmosfera através de bactérias desnitrificantes que o convertem a partir dos nitratos do solo. • Importância : A presença do nitrogênio é fundamental para garantir o bom desenvolvimento das plantas e consequentemente dos animais que o obtêm, direta ou indiretamente através dos vegetais, conforme sejam herbívoros ou carnívoros. Não ocorrendo compostos nitrogenados suficientes para as plantas, geralmente são utilizados fertilizantes industrializados, alguns usam o salitre do chile, nitrato de sódio ou nitrato de potássio, que é encontrado naturalmente em alguns solos. Algumas soluções alternativas são a rotação de culturas (alternando plantas que consomem e repõem o nitrogênio) e a adubação verde (usar restos das leguminosas). No entanto, o excesso de nitratos e amônios no solo pelo uso de fertilizantes e também pela atividade animal, acaba por poluir corpos d'água através da lixiviação dos solos. Isso provoca o aumento de nutrientes e crescimento elevado das algas, gerando um desequilíbrio chamado de eutrofização ou eutroficação. • Ciclo do Fósforo : O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento, os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo: aminoácidos, proteínase ácidos nucléicos), repassando a todos os demais componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes, esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas. Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos, como a elevação do leito no mar ou rebaixamento do nível das águas. Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente. • Ciclo do oxigênio : O oxigênio é o elemento químico mais abundante na natureza e está presente em todos os ambientes do planeta. O seu ciclo envolve a totalidade do meio ambiente. O oxigênio (símbolo O) é o elemento químico mais abundante na natureza, está presente em todos os ambientes do planeta. Ocupa na atmosfera aproximadamente 21% em volume, circulante na forma gasosa, 98% dissolvido na hidrosfera (ambiente aquático: lagos, rios, mares, oceano e geleiras polares) e constituindo 47% da litosfera (parte sólida da crosta terrestre). Dessa forma, o seu ciclo envolve a totalidade do meio ambiente. Processos dinâmicos globais, bióticos e abióticos como: os aspectos geológicos, hidrológicos e biológicos, mantêm a rotatividade desse elemento no planeta, satisfazendo toda a necessidade metabólica do sistema respiratório de todos os organismos viventes. Sua conversão, da forma elementar para a molécula, utilizada pelas espécies, depende do fenômeno fotossíntese, utilizando a matéria inorgânica e energia solar para produzir matéria orgânica e oxigênio (O2) absorvido pela respiração aeróbia dos organismos. Durante os processos evolutivos, a síntese desse elemento possibilitou transformações consideráveis a ponto de propiciar e garantir o surgimento da vida e das atividades vitais. Sua participação na composição da camada de ozônio é de fundamental importância, pois atua como barreira contra a penetração excessiva de radiação, e também auxilia na regulação térmica do planeta. • Ciclo da água : A água, molécula formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O), muda constantemente de estado físico. Em seu pequeno ciclo, a água líquida – presente em rios, lagos, geleiras, oceanos e até mesmo no solo – graças à energia solar, sofre evaporação, formando vapor de água. Nas regiões mais altas e frias da atmosfera, o vapor de água se condensa, dando origem a nuvens; e em alguns casos, ele se resfria tanto que se solidifica, formando pedras de gelo ou neve. Após este processo, as nuvens se precipitam, devolvendo à superfície do planeta a água na forma líquida, chuva de granizo ou neve. Entretanto, sabemos que os seres vivos também participam deste processo. Neste caso, falamos em grande ciclo da água. Neste, consideramos, além das etapas citadas anteriormente, o fato de que os seres vivos liberam água por meio da transpiração, respiração, e também nas fezes, urina e em processos de decomposição; e a consomem, seja por intermédio de raízes, pela absorção cutânea, ou ingestão. No organismo dos seres vivos, a água é utilizada em processos de síntese de substâncias orgânicas e atua como solvente e reagente de uma gama de reações químicas que ocorrem em nível celular. Considerando estes fatos, podemos perceber que a água é extremamente importante para a manutenção da vida na Terra, sendo válido nos lembrar de que somente 1% desta se encontra em estado líquido e disponível para todos estes processos. A Biosfera Habitat e Nicho ecológico Nicho fundamental e nicho efetivo A principal diferença entre nicho fundamental e nicho efetivo está no fato de que esse último leva em consideração a competição e a predação. Componentes da Cadeia Alimentar Produtores : São seres vivos que fabricam o seu próprio alimento através da fotossíntese, ou seja, são seres autótrofos. Os produtores são os primeiros da cadeia alimentar que não precisam se alimentar de outros organismos, por exemplo, as plantas, algas, vegetais e algumas bactérias. Consumidores : São os seres heterótrofos, ou seja, não produzem o seu próprio alimento e por isso necessitam buscar em outros seres a energia para sobreviver. Decompositores : Muito importante para o ciclo da cadeia alimentar, esses organismos se alimentam da matéria orgânica em decomposição dos seres mortos a fim de obter nutrientes e energia. Nesse processo, transformam a matéria orgânica em inorgânica, que será utilizada pelos produtores, recomeçando o ciclo. São eles: fungos, bactérias e alguns protozoários. Nível Trófico Ciclos biogeoquímicos Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais em que os elementos químicos circulam entre os seres vivos e o meio ambiente Ciclo do Carbono : O carbono é derivado da combustão de restos vegetais e da respiração de plantas e animais. Essa combustão e respiração geram o ciclo do carbono. O carbono está presente tanto na hidrosfera como na atmosfera sob a forma de dióxido de carbono (CO2). Este composto é derivado da combustão de restos vegetais e da respiração de plantas e animais. O CO2 é absorvido pelas plantas clorofiladas e pelas bactérias quimiossintetizantes, sendo utilizado para a formação de compostos orgânicos carbonados (celulose e amido). Parte desse gás volta diretamente à atmosfera pela respiração da planta. As plantas são ingeridas pelos animais. Da combustão destes alimentos no organismo dos animais o CO2 volta à atmosfera, ou quando esses animais morrem, ele vai fazer parte dos detritos orgânicos que, por morte dos vegetais clorofilados e das bactérias, formam-se detritos vegetais, que por combustão, devolvem o CO2 à atmosfera. Ciclo do Nitrogênio : O nitrogênio é um gás encontrado em abundância no ar (cerca de 78%) na forma de N2, mas por ser pouco reativo quimicamente, permanece livre e não é facilmente assimilado pelos seres. Também compõe as moléculas de proteína e os ácidos nucleicos das células, sendo assim muito importante para todos os organismos. Algumas plantas são capazes de fixar o nitrogênio do ar, através da associação com algumas espécies de bactérias ditas fixadoras, que vivem em nódulos nas suas raízes. Essas plantas são do grupo das leguminosas, como feijões, soja, lentilhas. Existem também bactérias livres no solo que agem na transformação do N2 em nitratos. Outro meio de fixação do nitrogênio na natureza é através de raios. Vale ressaltar o papel das bactérias no ciclo, pois atuam nas várias etapas. Etapas do Ciclo : É importante perceber que como qualquer ciclo biogeoquímico, como o da água, ou do oxigênio, o ciclo do nitrogênio representa um fluxo de matérias e energia que são constantes na natureza e essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. As etapas a seguir facilitam a compreensão do processo global. Fixação : Bactérias fixadoras livres no solo ou associadas a raízes de leguminosas transformam nitrogênio do ar (N2) em amônia (NH4+) e nitratos (NO3-). Amonificação : A ureia (NH2)2CO é um dos resíduos do metabolismo dos animais (eliminada pela urina) é transformada em amônia por bactérias do solo. Nitrificação :Bactérias nitrificantes do solo transformam a amônia em nitratos. Desnitrificação : O nitrogênio é devolvido à atmosfera através de bactérias desnitrificantes que o convertem a partir dos nitratos do solo. Importância : A presença do nitrogênio é fundamental para garantir o bom desenvolvimento das plantas e consequentemente dos animais que o obtêm, direta ou indiretamente através dos vegetais, conforme sejam herbívoros ou carnívoros. Não ocorrendo compostos nitrogenados suficientes para as plantas, geralmente são utilizadosfertilizantes industrializados, alguns usam o salitre do chile, nitrato de sódio ou nitrato de potássio, que é encontrado naturalmente em alguns solos. Algumas soluções alternativas são a rotação de culturas (alternando plantas que consomem e repõem o nitrogênio) e a adubação verde (usar restos das leguminosas). No entanto, o excesso de nitratos e amônios no solo pelo uso de fertilizantes e também pela atividade animal, acaba por poluir corpos d'água através da lixiviação dos solos. Isso provoca o aumento de nutrientes e crescimento elevado das algas, gerando um desequilíbrio chamado de eutrofização ou eutroficação. Ciclo do Fósforo : O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a partir da degradação das rochas (minerais). Diante absorção desse elemento, os vegetais sintetizam compostos orgânicos elaborados (por exemplo: aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos), repassando a todos os demais componentes bióticos através do fluxo de matéria e energia. Pela ação dos agentes decompositores sob a matéria morta (animal e vegetal) resultando em detritos orgânicos e também por meio da excreção dos organismos viventes, esse elemento retorna para o solo. Drenado gradativamente para o mar, o fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas. Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos, como a elevação do leito no mar ou rebaixamento do nível das águas. Portanto, o ciclo do fósforo, pode ser dividido em duas escalas temporais: uma de curta duração, dependente das relações ecológicas entre os seres vivos; e outra de longa duração envolvendo os aspectos abióticos do ambiente. Ciclo do oxigênio : O oxigênio é o elemento químico mais abundante na natureza e está presente em todos os ambientes do planeta. O seu ciclo envolve a totalidade do meio ambiente. Ciclo da água : A água, molécula formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O), muda constantemente de estado físico. Em seu pequeno ciclo, a água líquida – presente em rios, lagos, geleiras, oceanos e até mesmo no solo – graças à energia solar, sofre evaporação, formando vapor de água. Nas regiões mais altas e frias da atmosfera, o vapor de água se condensa, dando origem a nuvens; e em alguns casos, ele se resfria tanto que se solidifica, formando pedras de gelo ou neve. Após este processo, as nuvens se precipitam, devolvendo à superfície do planeta a água na forma líquida, chuva de granizo ou neve. Entretanto, sabemos que os seres vivos também participam deste processo. Neste caso, falamos em grande ciclo da água. Neste, consideramos, além das etapas citadas anteriormente, o fato de que os seres vivos liberam água por meio da transpiração, respiração, e também nas fezes, urina e em processos de decomposição; e a consomem, seja por intermédio de raízes, pela absorção cutânea, ou ingestão. No organismo dos seres vivos, a água é utilizada em processos de síntese de substâncias orgânicas e atua como solvente e reagente de uma gama de reações químicas que ocorrem em nível celular. Considerando estes fatos, podemos perceber que a água é extremamente importante para a manutenção da vida na Terra, sendo válido nos lembrar de que somente 1% desta se encontra em estado líquido e disponível para todos estes processos.
Compartilhar