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SISTEMA ENDÓCRINO Sistema endócrino: conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo. O sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O SISTEMA ENDÓCRINO HORMÔNIOS : São moléculas sinalizadoras ou substâncias químicas que regulam e coordenam várias funções biológicas no organismo. CARACTERÍSTICAS * Molécula sintetizada por tecidos específicos (glândulas) * Altamente potentes ( baixas concentrações) * Secretados diretamente para a corrente sanguínea * Atingindo tecidos-alvo. FUNÇÃO : *Regulação do metabolismo energético Regulação do metabolismo hidroeletrolítico * Regulação do crescimento e do desenvolvimento * Regulação das funções reprodutivas O sistema endócrino é constituído por glândulas que secretam seus produtos para o Meio Interno. Os hormônios constituem a sua secreção Sinalização endócrina Sinalização neuro-endócrina Sinalização neural Sinalização parácrina Sinalização autócrina Sinalização via junção do tipo gap Mediador local HORMÔNIOS : CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA PROTÉICOS PP de alto PM PP de PM intermed. PP de baixo PM TSH, FSH, GH Insulina, Glucagon GnRH, TRH ESTERÓIDES Glicocorticóides Mineralocorticóides Esteróides Sexuais Cortisol Aldosterona Estradiol, Testo DERIVADOS DE AMINOÁCIDOS Tirosina Triptofano Histidina T3, T4, Adrenalina 5HT, Melatonina Histamina BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS POLIPEPTÍDIOS DNA Pré-mRNA mRNA Préprohormônio Pro-hormônio Transcrição Processamento pós-transcricional Tradução Processamento pós-traducional HORMÔNIO NÚCLEO RIBOSSOMO R.E. C. GOLGI GRÂNULOS Biossíntese de Hormônios Protéicos BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES COLESTEROL é precursor de hormônios esteróides (progestagênios, glicocorticóides, mineralocorticóides, androgênios e estrogênios) Colesterol Pode ser obtido: Síntese intracelular ( acetato) Mobilização de reservas de ésteres de colesterol Lipoproteínas plasmáticas (LDL ou HDL) HO A B C D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 18 20 Anel ciclopentano-peridrofenantreno 21 BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS ESTERÓIDES Colesterol (C27) Pregnenolona (C21) Progesterona ( C21) Mineralocorticóides (C21) Glicocorticóides (C21) Androgênios(C19) Estrogênios(C18) Mitocondria Retículo endoplasmático MEMBRANA PLASMÁTICA Colesterol Acetil-CoA Colesterol REGULAÇÃO DA SECREÇÃO HORMONAL Númerosos mecanismos governam a secreção de hormônios. Controle por feedback Controle neural Controle cronotrópico * Glândula - Alvo * Alvo - Glândula ( estímulos externos ou internos) * Adrenérgico * Colinérgico * Dopaminérgico * Serotoninérgico * Pulsátil (ritmo ultradiano) * Ritmo circadiano * Ciclo sono-vigília HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GLÂNDULA PERIFÉRICA XRH XIH XTH X X X X ALÇA LONGA ALÇA LONGA XRH ALÇA ULTRA CURTA XTH ALÇA CURTA Alças de feedback negativo que regulam a secreção de hormônios em um típico eixo HHG X= hormônio da glândula periférica XRH= hormônio de liberação hipotalâmico XIH= hormônio de inibição hipotalâmico. XTH= hormônio trópico hipofisário inibir estimular Regulação da secreção hormonal por mecanismo de feedback MECANISMO DE AÇÃO HORMONAL 1) 2) 3) CARACTERÍSTICAS GERAIS DA AÇÃO HORMONAL: A ligação do hormônio ao receptor é o 1º passo da ação hormonal (ESPECIFIDADE DA AÇÃO HORMONAL) Mecanismo fisiológicos da ação hormonal (cascata de sinalização) Regulação da secreção hormonal Estão implicados na obtenção de uma resposta da célula-alvo a um estímulo hormonal. MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS - Hormônios podem ser divididos em 2 grupos de acordo com sua SOLUBILIDADE HORMÔNIOS Lipossolúveis : horm. esteroídes e tireoidianos vitamina D , melatonina. Hidrossolúveis: polipeptídeos ( insulina /ADH PTH/ adrenalina/ etc.) Principais proteínas transportadoras: * transcortina (2-globulina) * Albumina * TBG * -(globulina) Cortisol Maioria dos esteroídes, aldosterona. Tiroxina, triiodotironina. Testosterona, estrogênios. HIPOTÁLAMO Corresponde a uma pequena área no SNC responsabilizada por fenômenos vitais dentro do organismo animal e, dada a sua importância, evolutivamente foi privilegiada pela sua localização na parte central do cérebro. É responsável pelo comando da endocrinologia em geral, exercendo sua ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas tais como adrenal, gônadas, tireóide, mamárias, e ainda sobre vários tecidos orgânicos (muscular, ósseo, vísceras). HIPOTÁLAMO HIPOTÁLAMO Também age sobre a regulação do metabolismo em geral através dos vários centros que influenciam no sono/vigília, fome, e sede entre outras, a partir da sensibilização dos diferentes receptores que despolarizam quando da composição alterada do sangue, da temperatura, etc. HIPOTÁLAMO Estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea; Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas. HIPOTÁLAMO FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO Regulação da Adenohipófise Regulação da Diurese e "Descida do Leite"=> a partir da liberação de ADH e Ocitocina Controle do Sistema Nervoso Autônomo Regulação da temperatura por estímulo local Regulação do sono (Posterior) e Vigília (Anterior) FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO Regulação da fome (hiperfagia = ventromedial, Afagia = Lateral) Regulação da sede (osmorreceptores locais) Controle do comportamento e das emoções (indiferença, fobia, agressividade etc.) Ação regulatória indireta sobre o funcionamento da tireóide, adrenal, gônadas, glândulas mamárias. Neurotransmissão nervosa auxiliar. HIPÓFISE OU PITUITÁRIA Situa-se na base do encéfalo. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise). Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. SISTEMA PORTA HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO SS GHRH H PRH HIPÓFISE E SEU CONTROLE PELO HIPOTÁLAMO TRH (Hormônio liberador do TSH) GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofinas) CRH (Hormônio liberador de ACTH) PRH (Hormônio liberador de prolactina) GHRH (Hormônio liberador do GH) SOMATOSTATINA (Hormônio inibidor do GH e TSH) PIF (fatores inibidores de prolactina) DOPAMINA HORMÔNIOS TRÓFICOS Tireotrópicos (TSH) ou Tireotrofina: estimula a tireóide a secretar seus principais hormônios; Adrenocorticotrópicos (ACTH):estimulam o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal); Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas; HORMÔNIOS TRÓFICOS ADENO- HIPÓFISE Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas. São eles: Folículo estimulante (FSH): Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação dos folículos ovarianos. No homem, estimula a espermatogênese. Luteinizante (LH): Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula a produção de testosterona pelas células instersticiais dos testículos. Prolactina ou hormônio lactogênico: Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua produção acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto e persiste enquanto durar o estímulo da sucção. HORMÔNIOS TRÓFICOS ADENO- HIPÓFISE Somatotrófico (STH) ou Hormônio do Crescimento (GH) : atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes). HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) INTRODUÇÃO Estudos realizados em animais hipofisectomia Crescimento e Desenvolvimento Fase da vida Pré-púberes Nanismo Administração de extratos hipofisários em animais Pré-púberes Gigantismo Adulto Acromegalia (crescimento desproporcional) Regulação da Secreção do GH 1. Regulação Hormonal Endorfina Glucagon Serotonina Noradrenalina + 1. Metabolismo protéico Estímulo ao transporte de aa Aumento da síntese de proteínas EFEITOS METABÓLICOS DO GH MÚSCULO aa IGF Hiperglicemia 2. Metabolismo dos carboidratos Hiperinsulinemia Diabetes Mellitus Efeitos similares à insulina Efeitos antagônicos à insulina gliconeogênese + glicose hepática Resistência à insulina no de receptores-insulina afinidade do receptor à insulina utilização de glicose 3. Metabolismo lipídico Ativa a lipase hormônio sensível ADIPÓCITO ÁG + Glicerol Lipase Hormônio sensível TG GH aumento da lipólise + Regulação metabólica HIPOGLICEMIA AMINOÁCIDOS EXERCÍCIO FÍSICO GH GH e IGF-1 2. Abuso do uso do GH exógeno Diabetes mellitus, dislipidemias, doença cardíaca, hipertrofia do miocárdio prognatismo 1. Exercício agudo e crônico GH e EXERCÍCIO FATOR (GH) (GH) Neurogênico sono (estágios III e V) sono REM estresse privação emocional agonistas alfa-adr antagonistas alfa-adr antagonistas beta-adr agonistas beta-adr agonistas dopaminérgicos agonistas Ach antagonistas Ach Metabólico hipoglicemia hiperglicemia jejum ácidos graxos livres DM não controlado AGL obesidade uremia cirrose hepática Hormonal GHRH Somatostatina níveis de IGF-1 níveis de IGF-1 estrógenos hipotireoidismo glucagon níveis de glicocorticóides AVP NANISMO HIPOFISÁRIO Gigantism and acromegaly. The author with a statue of Robert Wadlow, the "Alton Giant," who was the tallest person ever recorded. He measured 8 feet 11 inches (2,72 m) at the time of his death. Acromegalia ACROMEGALIA ACROMEGALIA ACROMEGALIA Resulta da hipersecreção GH, em geral causada por adenoma secretor; Manifestações clínicas: efeito tecidos-alvo, e mecânicos sobre a hipófise e estruturas adjacentes; Quando a hipersecreção ocorre antes fechamento das cartilagens epifisárias - crescimento linear exagerado ou gigantismo hipofisário; Quando ocorre após fechamento das epífises - crescimento desporporcional das extremidades ou acromegalia. Crescimento desproporcionado das extremidades (pés, mãos, mandíbula) Aumento generalizado de partes moles Acentuação dos traços faciais Aumento da oleosidade da pele Hiperidrose Visceromegalia 50% intolerância à glicose HAS 10-25% com Diabetes Mellitus ACROMEGALIA - Manifestações Clínicas Dosagem GH sérico Valores normais: Homens - < 10 mUI/ml (5 ng/ml) Mulheres - < 20 mUI/ml (10 ng/ml) Testes funcionais: 1- resposta do GH à sobrecarga de glicose 2- Determinação de IGF-1 3- Outros ACROMEGALIA - Diagnóstico Laboratorial HORMÔNIOS TRÓFICOS NEURO- HIPÓFISE Não produz hormônios (libera na circulação dois hormônios sintetizados pelo hipotálamo): - Antidiurético (ADH) ou vasopressina: Regula o volume de urina, aumentando a permeabilidade dos túbulos renais à água e, conseqüentemente, sua reabsorção. Sua produção é estimulada pelo aumento da pressão osmótica do sangue e por hemorragias intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo ação diurética; HORMÔNICOS TRÓFICOS NEURO- HIPÓFISE Ocitocina: Na mulher, estimula a contração da musculatura uterina durante o parto e a ejeção do leite. No homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos eréteis do pênis, aumentando a irrigação sangüínea. GLÂNDULA SUPRA RENAL São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas diferentes. A glândula supra- renal tem importante papel no sistema endócrino, sintetizando e liberando diversos tipos de hormônios. GLÂNDULA SUPRA RENAL GLÂNDULA SUPRA RENAL - MEDULA A medula adrenal tem origem da crista neural e é composta por células especializadas neuroendócrinas produtoras das catecolaminas (IMPORTANTES NEUROTRANSMISSORES): a dopamina, adrenalina e noradrenalina (epinefrina e norepinefrina). São derivadas da tirosina, e tem, portanto, uma estrutura química que é derivada de aminoácidos. Ação das catecolaminas no metabolismo As catecolaminas adrenérgicas estimulam a glicogenólise hepática e muscular, aumentando o nível de glicose plasmática. GLÂNDULA SUPRA RENAL - MEDULA Estimulam também a lipólise no tecido adiposo. Adrenalina: prepara os músculos, pulmão e coração para atividade mais intensa, em situações de estresse. Promove o aumento da força de contração dos músculos e aumento da freqüência cardíaca. Leva também a um aumento de pressão sangüínea e a uma broncodilatação, para maior disponibilidade de O2. A disponibilidade de glicose ocorre através do estímulo da glicogenólise e gliconeogênese. No estresse ocorre um aumento de produção de ATP no músculo e aumento de hidrólise dos triglicerídios pela ação da lipase. GLÂNDULA SUPRA RENAL HORMÔNIOS – SUPRA RENAL MEDULAR Adrenalina ou epinefrina: é um hormônio e também um neurotransmissor, pois atua no sistema nervoso simpático. Quando o organismo passa por uma situação de estresse alto, estresse e cansaço físico, nervosismo, hipoglicemia, jejum prolongado, hemorragias, etc. há um estímulo a produção de adrenalina, que atua principalmente nos órgãos periféricos, provocando dilatação da pupila, taquicardia, tremores, sudoreses, etc. como reações de “fuga”. HORMÔNIOS – SUPRA RENAL MEDULAR Funções da adrenalina: Os efeitos da adrenalina sobre o sistema cardiovascular são considerados os mais importantes, pois mantêm a freqüência cardíaca e pressão arterial adequada tanto em repouso como em condições de estresse. A adrenalina promove vasoconstrição periférica, aumento da freqüência cardíaca e da automaticidade das regiões do coração; HORMÔNIOS – SUPRA RENAL MEDULAR Nos brônquios, a adrenalina permite a broncodilatação e aumento da respiração, por isso é utilizada no tratamento de bronquites A adrenalina pode estimular a secreção de hormônios como insulina, glucagon, gastrina, etc. Estimula o aumento da concentração de glicose no plasma. Promove a fosforilação de proteínas no fígado, envolvidas na regulação do metabolismo do glicogênio. HORMÔNIOS – SUPRA RENAL MEDULAR Participa da degradação de triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo. Está envolvida com o orgasmo, aumentando o fluxo sanguíneo nos músculos relacionados com as atividades sexuais, acelerando os batimentos cardíacos, respiração e suor. GLÂNDULA SUPRA RENAL - CÓRTEX O córtex da glândula supra renal é dividido em zona glomerulosa e zona fascicular: GLÂNDULA SUPRA RENAL - CÓRTEX No córtex da supra-renal são produzidos hormônios que têm uma origem esteróide, uma estrutura que deriva do colesterol. O colesterol é o principal substrato para a formação dos corticosteróides. 1. zona glomerulosa: É a região produtora de mineralocorticóides como aldosterona, desoxicorticoesterona (DOC) e corticoesterona. 2. zona fascicular: É a região responsável pela produção de glicocorticóides como cortisol, corticosterona e cortisona. GLÂNDULA SUPRA RENAL - CÓRTEX 1. zona glomerulosa: É a região produtora de mineralocorticóides como aldosterona, desoxicorticoesterona (DOC) e corticoesterona. Principal ALDOSTERONA: Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial. GLICOCORTICÓIDES 2. zona fascicular: É a região responsável pela produção de glicocorticóides como cortisol, corticosterona e cortisona. O cortisol gera resistência ao estresse e à infecção, promovendo uma adaptação do organismo às situações crônicas. São importantes antiinflamatórios. GLICOCORTICÓIDES Estimulam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. Também diminuem a migração de glóbulos brancos para os locais inflamados, determinando menor liberação de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; conseqüentemente, há diminuição da reação inflamatória. GLÂNDULA TIREÓIDE Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Secreta os hormônios, triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina. GLÂNDULA TIREÓIDE A maior parte dos tecidos tem receptores para os hormônios tireoidianos e, desta forma, a tireóide é uma glândula capaz de interferir no metabolismo das células de quase todos os órgãos. Síntese e secreção de hormônios tireoidianos Sintetizados a partir do iodo e de uma glicoproteína: a tireoglobulina; Iodo fundamental: fonte exógena; A biossíntese dos hormônios tireoidianos é estimulada pelo TSH. Os hormônios tireoidianos são sob a forma de TIREOGLOBULINA. Essa grande capacidade de armazenar seus hormônios é característica da glândula tireóide Síntese e secreção de hormônios tireoidianos Etapas: A tireóide capta o iodo circulante; O iodo fixa- se aos aminoácidos tirosina da tireoglobulina: Ocorre formação de monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina (DIT) levando a formação das tironinas, ou hormônios tireoidianos (T3 e T4); T3 : MIT + DIT T4: DIT + DIT Regulação da secreção do hormônio Se faz por feedback negativo de T3 e T4 sobre a adenohipófise e o hipotálamo; Quando a concentração destes hormônios está elevada, inibe-se a produção de TRH pelo hipotálamo e de TSH pela adenohipófise; Com isso a célula folicular da tireóide reduz tanto a captação de iodo como a liberação de vesículas de tireoglobulina. Com isso ocorre uma diminuição da produção de secreção de T3 e de T4. Regulação da secreção do hormônio Se o indivíduo não ingere alimentos ricos em iodo o TSH aumenta a captação de iodo mas não há formação de T3 e T4 suficiente, não havendo feed-back negativo, provocando permanente estímulo da glândula. Isto leva ao bócio endêmico, que é hipertrofia da glândula tireóide. Outro mecanismo que estimula a secreção do hormônio, agora através do estímulo da secreção de TRH pelo hipotálamo, é a noradrenalina e colesterolemia (aumento do nível plasmático de colesterol). Regulação da secreção do hormônio Ações dos hormônios da tireóide Aumentam a produção de calor (ação calorigênica) e o consumo de oxigênio; Efeitos sobre o metabolismo: estimulam todas as funções metabólicas (são considerados “ativadores metabólicos”); aumento da glicogenólise, tanto hepática quanto muscular, em sinergia com catecolaminas, GH, cortisol e glucagon); Ações dos hormônios da tireóide Aumento da lipólise, sempre em sinergia com os mesmos hormônios; No metabolismo protéico, os hormônios tireoidianos têm efeito anabolizante, indispensáveis ao crescimento e também à diferenciação do tecido nervoso; Se as concentrações hormonais forem supra fisiológicas (hipertiroidismo), o excesso de hormônios tireoidianos causa a aceleração do metabolismo protéico com negativação global do BN Ações dos hormônios da tireóide Efeitos sobre o crescimento: Esses hormônios estimulam a ossificação e o crescimento linear dos ossos, em presença do hormônio do crescimento (GH); Efeitos viscerais : Cardiovasculares: os hormônios tireoidianos aumentam o ritmo cardíaco, Aceleração da motricidade e trânsito GI; Aceleração da velocidade da contração e descontração musculares Ações dos hormônios da tireóide Calcitonina: outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos. Sua importância na fisiologia humana não é de todo conhecida, mas estudos mostram que, juntamente com o PTH e com a vitamina D, influencia a homeostase do cálcio e o metabolismo ósseo. PARATIREÓIDES São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio (PTH): antagonista à calcitonina produzida e secretada pela tireóide PARATIREÓIDES PTH: estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas. Regulação de cálcio Regulação de cálcio PÂNCREAS É uma glândula mista ou anfócrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal: ex.: lipase pancreática para digestão dos lipídios) ao mesmo tempo. PÂNCREAS As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células há 4 tipos de células: α (alfa): produzem GLUCAGON – 25% β (beta): produzem INSULINA – 60% ὀ (delta): produzem SOMATOSTATINA – 10% F produzem POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO < 10 %: PÂNCREAS SOMATOSTATINA É um hormônio protéico, controlador do hormônio do crescimento. Sua secreção é estimulada por glicose, aminoácidos e vários hormônios gastrointestinais. A somatostatina intervém diretamente na regulação da glicemia e possuem múltiplos efeitos inibitórios, incluindo os seguintes: SOMATOSTATINA Inibe a secreção de insulina e glucagon; Diminui a motilidade do estômago, duodeno, e da vesícula biliar; Inibe absorção de carboidratos e aminoácidos por fornecer sensação de saciedade. O principal papel da somatostatina consiste em prolongar o período de tempo durante os quais os nutrientes são assimilados para o sangue, prevenindo uma sobrecarga rápida de nutrientes. INSULINA Hormônio ”carregador” da glicose para dentro das células; Estimulam: Glicose, proteína, ác.graxos, K+, Ca++, glucagon, álcool Inibem: jejum, exercícios, diabetes, somatostatina, diuréticos e hipocalemia. INSULINA A glicose é o principal estímulo para a secreção de insulina; Qualquer estímulo do SNA pode alterar a liberação de insulina Qualquer condição capaz de ativar o SNA, como hipóxia, hipotermia, cirurgias, queimaduras graves, será capaz de suprimir a liberação de insulina via atividade α -adrenérgica. Efeitos sobre as células alvo Carboidratos: Refeição rica em carboidratos glicose absorvida para o sangue secreção da insulina captação, armazenamento e uso da glicose pelas células, pcp/e MS, tec. adiposo e fígado. Músculo não depende da glicose para obter energia, e sim, dos ácidos graxos: membrana do músculo em repouso é pouco permeável à glicose, exceto quando a fibra muscular é estimulada pela insulina. Efeitos sobre as células alvo Carboidratos: 2 condições os músculos usam glicose: durante o exercício moderado ou pesado; durante as poucas horas após uma refeição Se o músculo não estiver se exercitando, essa glicose vai ser armazenada sob a forma de glicogênio muscular. Efeitos sobre as células alvo Carboidratos: No fígado: um dos mais importantes efeitos da insulina é a GLICOGÊNESE. Importante porque entre as refeições, glicose circulante GLICOGENÓLISE impedindo que seus níveis caiam demais. Promove o transporte de glicose p/ dentro da célula, esse transporte fornece a porção glicerol da molécula de gordura, assim a insulina promove a deposição de gorduras nessas células. Efeitos sobre as células alvo Gorduras: Participa do metabolismo das gorduras em longo prazo. Importante: efeitos causados pela falta de insulina ATEROSCLEROSE Insulina utilização de glicose utilização de ác. graxo pela célula economia de gordura como fonte de energia (“poupa gordura”) Insulina participa da síntese de gordura: consumo de CH > necessário produção de ácidos graxos Efeitos sobre as células alvo Armazenamento de gordura: Insulina promove o transporte de glicose para o interior da célula adiposa, onde pequena parte da glicose formará ácidos graxos e o restante formará glicerolfosfato, responsável pela síntese do glicerol, necessário para o armazenamento de ácidos graxos no tecido adiposo sob a forma de triacilglicerol. Efeitos sobre as células alvo Uso metabólico aumentado de gordura causado pela falta de insulina Ausência da insulina: quebra e o uso da gordura são muito acentuados. Nos casos de Diabetes Mellitus, esta reação é muito intensa. Lipólise da gordura e liberação de ácidos graxos. O excesso de ácidos graxos no plasma promove a conversão hepática de alguns ácidos graxos em fosfolipídios e colesterol. Falta de insulina promove cetose e acidose. Efeitos sobre as células alvo Proteínas: Quantidades excessivas de nutrientes estão disponíveis no sangue, as proteínas armazenadas nos tecidos insulina é que faz esse armazenamento Fatores que influenciam no armazenamento das proteínas: A insulina causa o transporte ativo dos aminoácidos para dentro das células. A insulina compartilha com o hormônio do crescimento a capacidade de aumentar a captação de aminoácidos para dentro das células. Efeitos sobre as células alvo Tem efeito direto sobre os ribossomos, aumentando a tradução de RNA-mensageiro, formando novas proteínas. Por um período maior, a insulina aumenta a taxa de transcrição de seqüências genéticas de DNA ainda mais síntese protéica, promovendo uma variada coleção de enzimas para armazenamento de carboidratos, gorduras e proteínas. A insulina inibe o catabolismo das proteínas, diminuindo a taxa de liberação de aminoácidos das células, especialmente das musculares Efeitos sobre as células alvo Em resumo, a insulina promove a formação de proteínas, e impede a degradação das mesmas. A falta de insulina causando depleção protéica e aumento dos aminoácidos plasmáticos; A conseqüente depleção protéica constitui um dos mais graves efeitos de Diabetes Mellitus muito grave. Efeito da insulina sobre o crescimento A insulina é essencial para o crescimento do animal, tal como é o hormônio do crescimento. Além disso, a administração de hormônio do crescimento ou de insulina, um de cada vez, quase não causa crescimento. Mas uma combinação destes hormônios promove o crescimento e estes funcionam sinergicamente (que cada um deles promove captação celular de uma seleção diferente dos aminoácidos) GLUCAGON Polipeptídio de cadeia simples com 29 aminoácidos, sintetizados nas células alfa das Ilhotas de Langerhans. Principal regulador as secreção de glucagon é a glicose. A queda da glicemia estimula a secreção de glucagon. Esse efeito necessita da utilização metabólica da glicose pela célula alfa. GLUCAGON Ação: Metabolismo da glicose: O glucagon é um hormônio hiperglicemiante que exerce efeito no fígado pelo aumento da produção hepática de glicose (ativação da glicogenólise e da gliconeogênese). O glucagon é secretado em resposta à hipoglicemia. Em contrapartida, qualquer hiperglicemia anula a secreção de glucagon. GLUCAGON Ação: Metabolismo dos lipídios: tem efeito lipolítico. Metabolismo das proteínas: Não tem qualquer efeito sobre o metabolismo das proteínas. Embora a insulina e o glucagon exerçam efeitos opostos sobre a glicemia, é sobretudo a relação insulina/glucagon que controla o metabolismo dos carboidratos (mais que as variaçãoes isoladas de insulina e glucagon). GLUCAGON
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