Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Teorias Linguísticas I Prof. Márcio Leitão email: profleitao@gmail.com Recapitulando alguns conceitos Linguagem, Língua e Linguística ??? Linguagem é a capacidade que os seres humanos possuem de se comunicar por meio de línguas. Língua é a expressão da linguagem compartilhada em uma determinada comunidade social. Linguística é a ciência que estuda a linguagem a partir das línguas particulares, descrevendo-as e tentando compreender os aspectos universais dessa capacidade humana. Gramática Tradicional (ou Normativa) x Gramática Descritiva ??? A Linguística prescreve ou descreve ??? Por que a Linguística é uma ciência autônoma ??? Revendo a história e compreendendo o caminho (Faraco, 2007) Willian Jones Em 1786, Jones apresentou estudo destacando semelhanças entre o sânscrito, o latim e o grego, mostrando que não poderiam ser atribuídas ao acaso! Friedrich Schlegel Escola de Estudos Orientais (1795) Publicou em 1808 o texto Sobre a língua e a sabedoria dos Hindus, considerado o ponto de Partida dos estudos comparativos germânicos. Reforça a tese de Jones sobre o parentesco do sânscrito com o latim, o grego, o gótico e o persa, principalmente pelos elementos fonológicos e morfológicos. Franz Bopp Escola de Estudos Orientais (1795) Publicou em 1816 o livro Sobre o sistema de Conjugação da língua sânscrita em comparação Com o grego, latim, persa e germânico), mostrando Sistematicamente as correspondências que havia Entre elas em termos de morfologia verbal. Depois Acrescenta mais línguas: lituano, gótico e alemão e Publica uma gramática comparativa entre as línguas Indo-européias. Assim surge o método comparativo que não só estabelece Parentesco entre as línguas, mas por inferência, determina Qual língua teria dado origem a um tronco linguístico. Exemplo do método comparativista Latim: genus, generis, genere, genera, generum Grego: génos, géneos, génei, génes, genéon Sânscrito: ganas, ganasas, ganasi, ganassu, ganasam Jacob Grimm Na segunda edição do seu livro Deutsche Grammatik em 1822, interpretou a Existência de semelhanças fonéticas sistemáticas Entre as línguas como resultado de mutações Regulares no tempo. Fez isso estudando dados Do grupo germânico das línguas indo-européias Correspondente a catorze séculos, estabelecendo Pela primeira vez não só comparação, Mas uma sucessão histórica das formas que estava Comparando. Friedrich Diez Deu origem aos estudos histórico-comparativo Das línguas oriundas do latim, publicando entre 1836 e 1844 uma gramática comparativa das línguas Românicas e em 1854 um dicionário etimológico dessas línguas. Disciplina que ficou conhecida como Filologia Românica. August Schleicher Botânico de formação, orientou os estudos histórico-comparativos na direção naturalista, Concebendo a língua como um organismo vivo, Com existência independente dos seus falantes. Estabeleceu uma árvore genealógica das línguas em Um projeto que buscava reconstruir a língua original indo-européia, denominado hoje em dia de proto-indo-europeu, por isso sua obra é uma síntese Do saber acumulado até seu tempo. Seu estudo sobre o lituano foi o primeiro de uma língua indo-européia com base na fala e não em textos escritos, Passo metodológico importante nos estudos linguísticos. Os neogramáticos Assume-se que o ano de 1879 foi a data inicial do Movimento neogramático com a publicação do Primeiro número da revista Investigações Morfológicas, fundada por Osthoff e Brugmann. Caracterizam-se por contrapor-se a visão naturalista De que a língua é um organismo vivo, mas sim ligada Aos indivíduos que a falam, assim se instaura uma Orientação psicológica subjetivista que explicaria As mudanças nas línguas. Não querem apenas Reconstruir as línguas como os histórico-comparativistas, mas explicar como elas mudam, isto é, Perseguem uma teoria de mudança. Hermann Osthoff Karl Brugmann Hermann Paul Neogramático, publica, em 1880, Princípios fundamentais da história das Línguas, tornando-se referência para a formação de linguistas nas primeiras décadas do século XX. Propunha que além das observações dos fatos, seria dever Traçar os universais em que as línguas estão sustentadas e isso Só poderia ser feito com base na psicologia dos indivíduos. Além disso, já explicitava que as mudanças linguísticas deveriam Ser originadas no processo de aquisição da linguagem. Referências: MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Ana Christina. Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos, Vol. III. São Paulo: Cortez, 2004.
Compartilhar