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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP Sílvia (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora da cédula de identidade RG nº _____, inscrita no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliada na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexada (doc. nº __), com endereço profissional à Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), vem perante V. Ex.ª propor AÇÃO PAULIANA com base nos artigos 158 e seguintes do Código Civil, que corre pelo rito ordinário, em face de Bruno (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG nº _______, inscrito no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliado na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), e Daniel (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG nº _______, inscrito no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliado na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir deduzidos. DOS FATOS A autora é credora da quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do corréu Bruno, que emitiu uma nota promissória em 10/08/2013 com vencimento na data de 15/10/2013, conforme cópia da nota promissória em anexo (doc. nº __). A obrigação não foi cumprida, dando ensejo ao protesto cambial, conforme comprova a certidão emitida pelo Cartório de Protesto de Títulos (doc. nº __). Foi proposta a execução em face de Bruno, que no tríduo legal não pagou ou indicou bens a penhora. O corréu Bruno, pretendendo furtar-se ao cumprimento da obrigação, celebrou um contrato de doação com Daniel, na data de 03/10/2013, de um imóvel situado na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, Santos/SP, registrado – agora em nome do donatário – na matrícula 6.543 R.5, no 2º Cartório de Registro de Imóveis de Santos/SP, único bem livre e desembargado que possuía, avaliado em R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). DO DIREITO Trata-se de Ação Pauliana caracterizada pela Fraude Contra Credores, com previsão no Código Civil Brasileiro, em seus artigos 158 e seguintes: “Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.� (...) Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.” Dessa forma, a autora tem amparo legal para fazer cumprir seu direito creditício. Neste sentido, a jurisprudência acolhe o pedido da autora, conforme comprovado pela ementa a seguir transcrita: “AÇÃO PAULIANA - FRAUDE CONTRA CREDORES – DOAÇÃO - INSOLVÊNCIA. Provada a doação a descendentes do único bem imóvel do devedor de nota promissória capaz de garantir sua dívida, de modo a reduzi-lo a insolvência, impõe-se a confirmação da sentença pela qual foi julgada procedente ação revocatória, proposta contra ele e os donatários, uma vez que tal ato configura-se lesivo aos direitos do credor”. (Apelação (Cv) nº 0249247-5, Sétima Câmara Cível do TAMG, Poço Fundo, Rel. Des. Fernando Bráulio,j.12.02.1998, Decisão: Unânime). Sendo assim, resta evidente que o ato dos corréus constitui fraude contra credores, e que o direito da autora encontra amparo legal e jurisprudencial, devendo os pedidos desta serem acolhidos em sua integralidade.� DO PEDIDO Em face do exposto, a autora requer de V. Ex.ª: A citação dos réus para apresentação de defesa no prazo legal, sob pena de revelia; A procedência do pedido, a fim de se anular o contrato de doação celebrado entre os réus, e que envolve o bem imóvel já descrito. A condenação dos réus ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, conforme previsão no art. 20, § 3º do Código de Processo Civil. Dá-se à causa o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Termos em que, Pede deferimento. (Cidade), (data) ___________________ (Nome do advogado) (Nº de inscrição na OAB)
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