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Prática civil 2014 Ação de reparação de danos materiais e morais caso 2

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE SANTOS/SP
	Maria (Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), desempregada, portadora da cédula de identidade RG nº _______, inscrita no CPF/MF sob o nº _______, residente e domiciliada na Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, São Vicente/SP, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexada (doc. nº __), com endereço profissional à Rua _____, nº ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), vem perante V. Ex.ª propor 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
com base nos artigos 186 e 927 do Código Civil, que corre pelo rito sumário, em face da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, C.N.P.J. _______, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir deduzidos.
DOS FATOS
	A autora é proprietária do veículo (marca/cor), (modelo/ano), (placa), com certificado de propriedade _____. 
No dia (_/_/_), a autora trafegava em condições normais com seu veículo pela Avenida Francisco Glicério quando, ao parar diante do semáforo do cruzamento com a Avenida Conselheiro Nébias, foi surpreendida por uma violenta colisão traseira.
O veículo de Maria fora atingido por uma viatura da Polícia Militar, a qual despendia alta velocidade, e que, sendo incapaz de frear a tempo, abalroou seu automóvel pela traseira, ocasionando grande avaria.
	
A viatura policial era conduzida pelo soldado Joaquim, lotado no Batalhão sediado em Botucatu.
Diante do fato, Maria procurou 03 (três) oficinas mecânicas para o conserto de seu automóvel, que à época do acidente não possuía seguro. O orçamento mais baixo que encontrou corresponde ao valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), conforme documentos de fls. __.
Além disso, Maria ficou ferida no acidente, sendo necessária sua hospitalização pelo período de 20 (vinte) dias. Por não ter plano de saúde, ficou em hospital particular, o que custou-lhe um montante de R$ 8.000,00 (oito mil reais).
Contudo, Maria terá que submeter-se a tratamento fisioterápico pelos próximos 06 (seis) meses, o que gerará o custo de R$ 400,00 (quatrocentos reais) mensais, conforme comprovantes do hospital em fls. __,
DO DIREITO
Trata-se de Ação de Reparação de Danos Materiais e Morais, prevista no Código Civil Brasileiro, em seus artigos 186 e 927, como segue:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Conforme os documentos acostados à exordial, fica comprovada a extensão do dano e consequentemente, surge para a autora o direito à indenização.
Legitima-se a ré pela inteligência do artigo 932 do Código Civil, que prevê a responsabilidade objetiva do empregador pelo seu preposto. Dessa forma, configura-se a responsabilidade objetiva do Estado de São Paulo pelos atos praticados pelo soldado que conduzia a viatura:
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
(...)
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;”
 A responsabilidade do Estado pelos atos de seus agentes públicos reafirma-se na Constituição Federal, que estabelece em seu art. 37, § 6°:
“Art. 37. (...)
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
	A Constituição da República assegura, em seu artigo 5º, inciso X, o direito à indenização por dano moral e material. A fixação do dano moral deverá revelar seu caráter punitivo e compensatório, enquanto o dano material terá natureza indenizatória.
	
“Art. 5°. (...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”	
Faz-se relevante mencionar o conteúdo da Súmula 37 do STJ, que prevê a possibilidade de cumulação de dano moral e material:
“STJ Súmula nº 37 - 12/03/1992 - DJ 17.03.1992
Indenizações - Danos - Material e Moral - Mesmo Fato - Cumulação
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.”
O evento danoso, que acarretou despesas materiais a Maria, também ocasionou abalos emocionais e sofrimento psíquico, pois os ferimentos que sofreu deixaram marcas invisíveis em sua personalidade. Com sua internação hospitalar, esteve privada do convívio familiar, de seus afazeres cotidianos, e ainda por vários meses encontrou-se limitada em suas tarefas diárias, por necessitar de fisioterapia durante este período. 
Pleiteia, dessa forma, como meio de minimizar seu sofrimento, arbitramento judicial para compensação financeira a título de dano moral.
	Assim sendo, fica demonstrada a responsabilidade da ré e comprovada, com o devido amparo legal, a necessidade de justa indenização pelos danos materiais e morais suportados pela autora.
DO PEDIDO
	Em face do exposto, a autora requer de V. Ex.ª:
A citação da ré na pessoa de seu procurador para que compareça à audiência de conciliação, no prazo legal, e nessa ocasião, apresente contestação, sob pena de revelia (Art. 277, CPC);
A procedência do pedido, a fim de condenar a ré ao pagamento das seguintes quantias, devidamente corrigidas e acrescidas de juros de mora a partir do evento danoso:
1) Despesas referentes ao conserto do veículo, na quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
2) Despesas hospitalares referentes ao período de internação, na quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais);
3) Valores referentes ao tratamento de fisioterapia no total de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais).
A autora também requer a condenação da ré ao pagamento de danos morais, cuja quantia deverá ser fixada por V. Ex.ª.
A condenação da ré ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, conforme previsão no art. 20, § 3º do Código de Processo Civil.
Protesta-se por todos os meios de prova em Direito admitidos, especialmente os de natureza testemunhal, cujo rol segue ao final, em folha apartada.
Dá-se à causa o valor de R$ 15.400,00 (quinze mil e quatrocentos reais).
						Termos em que,
						Pede deferimento.
						(Cidade), (data)
						___________________
						(Nome do advogado)
						(Nº de inscrição na OAB)
Rol de Testemunhas:
(nome completo), (profissão), (residência), (domicílio).
(nome completo), (profissão), (residência), (domicílio).
(nome completo), (profissão), (residência), (domicílio).
(nome completo), (profissão), (residência), (domicílio).

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