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Prática civil 2014 Contestação caso 5

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE SÃO VICENTE/SP
Processo n°.: ___________________
	MM São Vicente Informática LTDA, inscrita no C.N.P.J. sobre o n° __, situada na Rua ______, n° __, bairro ____, CEP ____, São Vicente - SP, neste ato representada por seu administrador, o senhor (Nome/Sobrenome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG n° _______, inscrito no CPF/MF sob o n° _______, residente e domiciliado na Rua _____, n° ___, bairro _____, CEP _____, (cidade), (estado), conforme poderes de representação constantes em contrato social (doc.__ ), por intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexada (doc.__), com endereço profissional à Rua ______, n° ___, bairro ____, CEP _____, (cidade), (estado), vem perante V. Ex.ª oferecer CONTESTAÇÃO pelas razões de fato e de direito a seguir transcritas, com base nos artigos 297 e 300 do Código de Processo Civil, que corre pelo rito sumariíssimo, nos autos da ação de indenização por danos materiais que lhe move Afonso (Sobrenome), devidamente qualificado na exordial.
“Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.”
“Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.”
SÍNTESE DOS FATOS
	O autor adquiriu, em (data), um aparelho eletrônico tablet da marca X na loja MM São Vicente Informática LTDA, no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). Logo após a compra, verificou que o aparelho apresentava vício – o sensor de tela não correspondia aos toques do usuário.
	Passados quatro meses da data da compra, sem ao menos informar a fornecedora do vício do produto, o Sr. Afonso ajuizou ação de indenização perante o douto juízo. Pleiteia indenização no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), quantia superior ao valor do produto que adquiriu, o qual entende compensar os contragostos decorrentes da compra do aparelho danificado.
DA DECADÊNCIA
O autor quedou-se inerte pelo prazo de quatro meses a partir da compra do produto, sem notificar a empresa ré da necessidade de conserto do aparelho. O Código de Defesa do Consumidor em seu art. 26, trata da decadência, como segue: 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
 (...)
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
 § 2° Obstam a decadência:
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
 (...)
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.”
	Tendo o autor afirmado que percebeu o defeito logo após a compra do aparelho, o prazo decadencial deve ser contado da data da compra. No momento da propositura da ação, quatro meses após a compra, já havia corrido prazo maior que o máximo previsto em lei para reclamar o vício.
DO MÉRITO
Prevê o CDC, inclusive, o direito que possui o consumidor de exigir a melhor forma de compensar o adquirente do produto viciado, à sua escolha:
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
 	
III - o abatimento proporcional do preço.”
Sendo assim, o autor deveria ter se dirigido ao Serviço de Atendimento ao Consumidor da MM São Vicente LTDA, no prazo de 90 dias, podendo optar pela troca do produto, conserto, até mesmo a devolução do valor pago, nesse caso, estritamente.
No entanto, o autor pleiteia judicialmente indenização com valor muito superior ao pago pelo produto, configurando assim indenização excessiva e desproporcional.
Pleiteia a ré, dessa forma, a total improcedência dos pedidos aduzidos pelo autor e a extinção do processo com resolução do mérito, conforme o artigo 269, IV, CPC:
“Art. 269. Haverá resolução de mérito:
(...)
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;”
DO PEDIDO
	Em face do exposto, a ré requer de V. Ex.ª:
A extinção do processo com resolução do mérito em razão da decadência (Art. 269, IV, CPC);
A improcedência do pedido formulado pelo autor, e subsidiariamente, a redução do valor da indenização para a quantia de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais).
 
A condenação do autor ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, conforme previsão no art. 20, § 3º do Código de Processo Civil.
Protesta-se por todos os meios de prova em Direito admitidos.
						Termos em que,
						Pede deferimento.
						(Cidade), (data)
						___________________
						(Nome do advogado)
						(Nº de inscrição na OAB)

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