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Prova Objetiva Sociedade Brasileira Contemporânea

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Prévia do material em texto

01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
http://univirtus­277877701.sa­east­1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/65670/novo/1 1/10
PROVA REGULAR - SOCIEDADE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA - 16/05 a 03/06/2016
PROTOCOLO: 201605275770418CBEA1INAJARA MACHADO DOS REIS - RU: 577041 Nota: 30
Disciplina(s):
Sociedade Brasileira Contemporânea
Data de início: 27/05/2016 18:09
Prazo máximo entrega: 27/05/2016 19:24
Data de entrega: 27/05/2016 18:29
Questão 1/10
Leia a seguinte citação:
 
“A  interferência na estrutura do Estado foi profunda (...). A área sensível do novo sistema político estava  localizada no 
controle,  pelas  Forças  Armadas,  da  Presidência  da  República.  Os  militares  assumiram  o  governo  de  forma 
inconstitucional, conferiram a si próprios poderes de exceção, e cinco generais do Exército se alteraram no comando do 
Executivo”. 
O período do governo militar se caracterizou por uma forte centralização política com interferências em várias instâncias 
da sociedade. De acordo com o artigo­base estudado nesta disciplina do autor Versiani, marque a alternativa que define 
como ficaram as funções legislativas durante o período da Ditadura Militar, antes do processo de abertura:
A O  Poder  Legislativo  tinha  limitado  espaço  de  atuação  e  se  resumiu  a  aprovar  todas  as  medidas
tomadas pelo Poder Executivo.
B As  funções  legislativas  eram  delegadas  aos  sindicatos  e  entidades  dirigidos  pelo  Regime  Militar,  forma
encontrada de controlar o Legislativo.
C O  Poder  Legislativo  conseguiu  autonomia  inédita  na  história  da  República,  agindo  em  conjunto  com  a
sociedade, barrando decretos exageradamente autoritários do Regime Militar.
D A função legislativa, no que se refere à aprovação de leis, estava limitada pelo Regime Militar, mas o Poder
Legislativo ainda podia vetar os Atos Institucionais decretados.
E O  Poder  Legislativo  tinha  suas  funções  limitadas  pelo  governo,  mas  determinou  um  prazo  para  o  fim  do
Regime Militar e abertura democrática, cumprido pelos militares.
Após esta avaliação, caso queira  ler  integralmente  esse  texto,  ele  está  no  livro: SCHWARCZ,  L. M. STARLING, H. M. Brasil:  uma  bibliografia.  São Paulo: 
Companhia das Letras, 2015. p. 449.
“Em seguida  ao  golpe  de  64,  as  funções  legislativas  do Congresso Nacional  sofreram  forte  esvaziamento.  (...)  A
atividade legalista reduziu­se praticamente à prerrogativa de confirmar, em última instância, as medidas tomadas por
um Poder Executivo autorizado a governar por decreto”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985­1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233­252,
2010. p. 235.

01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
http://univirtus­277877701.sa­east­1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/65670/novo/1 2/10
Questão 2/10
Atente para o excerto de texto abaixo: 
“O  debate  político  também  permeava  o  campo  das  artes  que  discutiam  o  papel  revolucionário  e  engajado  das 
manifestações  artísticas  buscando  novos  públicos  e  novos  conteúdos.  O  Cinema  Novo,  o  Teatro  de  Arena,  o  Teatro 
Oficina, o Centro Popular de Cultura (o CPC da UNE) são exemplos dessa postura”. 
O  campo  cultural  também  teve  uma  intensa  produção  durante  o  governo  João  Goulart  e  foi  marcado  por  diferentes 
manifestações artísticas e forte atuação da imprensa. Com base nisso e no texto de Toledo estudado durante as aulas, 
analise as assertivas a seguir: 
I.  As  manifestações  artísticas  no  pré­64,  mesmo  com  uma  produção  intensa,  enfrentavam  a  repressão  e  a  censura 
acentuada  do  governo  Goulart.  A  censura  buscava  estancar  os  debates  culturais,  pois  eles  eram  incentivados 
principalmente pelos militares.  
II. A  imprensa cumpria um papel  importante na divulgação das diferentes correntes de pensamento. A esquerda, como 
tinha menos acesso aos meios de comunicação de massa, apostava em uma imprensa alternativa própria ou nas artes 
(teatro, cinema etc.). 
III. O  contexto  político  ideológico  efervescente  possibilitou  novas manifestações  artísticas  politizadas,  como  o Cinema 
Novo, que colocou as camadas populares como protagonistas da narrativa mesmo com recursos limitados. 
IV. Os grandes meios de comunicação de massa  forneciam amplo espaço para as  correntes  ideológicas de esquerda 
apresentarem suas propostas, pois sua linha editorial se alinhava a tais correntes.
Agora, assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
A I e II.
B II e III.
C I e IV.
D I, II e III.
E III e IV.
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente esse texto, ele está no livro: ARAUJO, M. P.; DA SILVA, I. P.; SANTOS, D. R. Ditadura militar e democracia 
no Brasil: história, imagem e testemunho. Rio de Janeiro: Ponteio, 2013. p. 12.
“Inúmeras revistas especializadas e não acadêmicas, semanários e jornais traduziam e difundiam essas correntes
(das  liberais  às  comunistas)  teóricas  e  ideológicas.  A  esse  respeito,  vejamos  a  questão  do  ângulo  dos  setores
progressistas. Não tendo acesso aos meios de comunicação de massa, a esquerda nacionalista e socialista, além de
seus  órgãos  de  imprensa  (jornais,  revistas  etc.),  buscava  difundir  as  propostas  reformistas  do  nacional­
desenvolvimentismo – ou mesmo da  revolução socialista – por meio de experiências como o  teatro, o  cinema, a
música e as artes plásticas. O Cinema Novo – com limitação de recursos, mas com o generoso lema de ‘uma ideia
na cabeça e uma câmera na mão’ – colocou as camadas populares (no campo e na cidade) como protagonistas de
suas narrativas. Assim, os primeiros e excelentes  filmes de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim
Pedro de Andrade, Ruy Guerra e outros se tornaram possíveis a partir desse novo contexto político e ideológico que
se constituía no país”.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, 13­28,
2004. p. 19.

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Questão 3/10
Considere o seguinte fragmento de texto:
“Os estudantes foram, sem dúvida, um dos principais setores responsáveis pelo clima de efervescência política daquele 
período (governo Goulart). Por essa razão, foram duramente perseguidos e reprimidos durante o regime militar que se 
instaurou com o golpe de 1964. No dia seguinte ao golpe, a UNE foi extinta e sua sede incendiada. A entidade iniciava, 
naquele momento, um longo período de clandestinidade”. 
O  movimento  estudantil  também  foi  um  fator  importante  no  pré­golpe,  enquadrando­se  nesse  contexto  cultural  e 
ideológico efervescente. Com base nisso e nos conteúdos estudados no texto de Toledo, assinale a alternativa correta 
sobre o movimento estudantil (ME) durante o governo João Goulart:
A O movimento estudantil, tendo a UNE como principal entidade representativa, era conhecido como “massa de
manobra” do governo Goulart, pois defendia qualquer pauta proposta pelo governo.
B Os  estudantes,  apesar  de  buscarem  participação  política,  envolviam­se  apenas  em  questões  que  lhes
interessavam, como a reforma universitária, não se aliando com outros movimentos ou associações.
C O movimento estudantil era um dos destaques da agitação política durante o governo Goulart, uma de
suas  principais  pautas  era  a  reforma  universitária.  O ME  também buscava  se  associar  aos  demais
movimentos progressistas da época.
D A repressão em cima do movimento estudantil era muito  forte durante o governo Goulart, pois a UNE e as
UEE’s faziam intensas campanhas contra as Reformas de Base e o Plano Trienal propostos pelo presidente.
E A forte mobilização política do movimento estudantil não era condizente com o contextocultural e ideológico
do governo Goulart, pois o momento era de estabilidade política e institucional.
Questão 4/10
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Embora não haja qualquer homogeneidade nos dados sobre o número de paralisações e de trabalhadores em greve, o 
fato indiscutível, confirmado por todas as estatísticas é o do crescimento contínuo das mobilizações grevistas entre o fim 
da  década  de  1950  e  o  ano  de  1963.  Algumas  dessas  greves  tiveram  grande  repercussão,  seja  pelo  poder  de 
mobilização demonstrado pelas organizações sindicais, ou por suas demandas, visivelmente ligadas aos grandes temas 
COSTA, C. M. L. Os estudantes e a política. In: Dossiê Trajetória Política de João Goulart. Rio de Janeiro: FGV CPDOC. Após esta avaliação, caso queira ler 
o texto integralmente, ele está disponível em: cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/Os_estudantes_e_a_politica. Acesso em: 
11/01/2016.
Você acertou!
“O movimento estudantil – através de sua representação maior, a UNE e as UEEs – teve atuação destacada nessa
nova modalidade  de  agitação  política  e  debate  cultural.  Além  de  defender  a  reforma  universitária,  o ME  buscava
associar­se aos demais movimentos de orientação nacionalista e reformista; através de caravanas que percorriam o
país, eram exibidas peças teatrais e divulgadas músicas que debatiam o subdesenvolvimento, as reformas de base,
a revolução, o imperialismo etc”.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, 13­28,
2004. p. 19.

01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
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do debate político nacional”. 
Mattos  apresenta  o  crescimento  do movimento  de  trabalhadores  nos  primeiros  anos  da  década  de  1960.  Com  base 
nesses  elementos  e  no  texto  de  Toledo  estudado  em  sala  de  aula,  assinale  a  alternativa  correta  sobre  o movimento 
sindical no governo Goulart:
A O sindicalismo brasileiro, mesmo com o aumento do número de greves, enfrentava um momento de refluxo
durante o governo Goulart, pois a participação política dos trabalhadores era incipiente nesse período.
B A luta dos trabalhadores era controlada pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) que proibia a atuação
de qualquer outra organização ou central sindical, o que justificava a posição contrária dos militares ao CGT,
os quais queriam mais pluralidade das organizações dos trabalhadores.
C A  imprensa conservadora encarava com entusiasmo o vínculo do CGT com o presidente João Goulart, por
isso denominava o CGT de “quarto poder”, ou seja, um importante elemento da democracia brasileira.
D O sindicalismo brasileiro no governo Goulart teve um de seus momentos mais ativos com aumento de
paralisações e diversas novas organizações. Destaca­se a atuação do CGT e sua proximidade com o
governo, o que incomodava os setores dominantes.
E João Goulart, após muitos embates com os trabalhadores e principalmente com o CGT, adotou uma política
repressiva intensa e direta em cima das organizações sindicais, aparato violento aproveitado pela ditadura.
Questão 5/10
Leia o extrato de texto abaixo: 
“A Comissão Geral de Investigações (CGI) foi criada dentro da lógica que a historiadora Maria Celina D’Araujo, da PUC­
Rio, chamou de ‘utopia autoritária’ — um conjunto de crenças que dava base ao regime e pressupunha que os militares 
eram superiores aos civis em questões como patriotismo, conhecimento da realidade nacional e retidão de caráter”.  
Segundo  o  trecho  acima,  a  “utopia  autoritária”  era  a  tese  que  permeava  diversos  setores  militares  e  demonstrava  a 
superioridade dos militares frente aos civis. Com base no texto­base da disciplina do autor Fico, a “utopia autoritária” é a 
crença...
Após esta avaliação, caso queira  ler  integralmente esse texto, ele está no  livro: MATTOS, M. B. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão 
Popular, 2009. p. 94.
“No triênio 1961­1963, o sindicalismo brasileiro alcançou um de seus momentos de mais intensa atividade. Enquanto
de 1958 a 1960, sob o governo JK, haviam ocorrido cerca de 180 greves, nos três primeiros anos de Goulart, foram
deflagradas  mais  de  430  paralisações.  Nesse  mesmo  período,  diferentes  organizações  de  coordenação  dos
sindicatos, no plano regional e nacional, foram criadas. Embora proibida pela rígida legislação sindical então vigente, o
Comando Geral dos Trabalhadores — CGT teve uma destacada atuação na cena política brasileira. (...) Para afronta
dos  setores  de  direita,  as  lideranças  do  CGT  eram  recebidas  em  Palácio  pelo  presidente  da  República  e
reconhecidas como interlocutores de importantes dirigentes partidários. (...) Durante todo o período, foi muito estreita
a  vinculação  do  CGT  com  o  governo  Goulart.  Embora  não  se  possa  afirmar  que  tenha  sido  apenas  ‘massa  de
manobra’ do governo — pois  reivindicava sua autonomia política —, o CGT colaborou estreitamente com Goulart,
apoiando­o abertamente na maioria de suas iniciativas políticas.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História, 2004, v. 24, n. 47, p.
13­28. p. 19,20.

AMADO, G. CGI, um dos instrumentos da ”utopia autoritária” dos militares. O Globo. Rio de Janeiro, 16 de março de 2014. 
Após  esta  avaliação,  caso  queira  ler  o  texto  integralmente,  o mesmo  encontra­se  disponível  em:  /oglobo.globo.com/brasil/cgi­um­dos­instrumentos­da­utopia­
autoritaria­dos­militares­11891680. Acesso em: 12/01/2016.
01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
http://univirtus­277877701.sa­east­1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/AvaliacaoUsuarioHistorico/65670/novo/1 5/10
A de que é possível conciliar a liberdade de imprensa com o controle de qualquer ideologia oposta ao regime
militar.
B na unificação de  todos os setores das Forças Armadas sob o comando de um único general­presidente, a
exemplo de Pinochet, no Chile.
C em um regime repressivo com os comunistas, mas moderado quanto às ideias divergentes e que orbitam o
campo ideológico dos militares, como os socialistas.
D na capacidade de extinguir quaisquer formas de discordâncias como o comunismo e quaisquer outras
correntes contrárias aos valores apregoados pelo regime militar.
E no Estado de Bem­Estar Social, com medidas populistas e ações diretas da figura de um general­presidente
carismático com o “povo”, sem intermediações de grupos organizados.
Questão 6/10
Leia a seguinte manchete: 
“Trata­se de reafirmar a importância, como projeto, do que se pode chamar de ‘utopia autoritária’, isto é, a crença de
que seria possível eliminar quaisquer  formas de dissenso  (comunismo,  ‘subversão’,  ‘corrupção’)  tendo em vista a
inserção  do  Brasil  no  campo  da  ‘democracia  ocidental  e  cristã’.  Tal  crença  empolgava  de  maneira  diferente  os
diversos grupos militares”.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47,
p. 29­60, 2004. p. 34.

Sancionada a reforma partidária. Folha de São Paulo. São Paulo, 21 de dezembro de 1979, p. 1. 
Após  esta  avaliação,  caso  queira  ler  o  texto  integralmente,  o  mesmo  encontra­se  disponível  em:  //acervo.folha.uol.com.br/fsp/1979/12/21/2/.  Acesso  em
12/01/2016.
01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
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A reportagem acima mostra que Figueiredo assumiu a presidência com a proposta de  finalizar o processo de abertura 
política, sempre garantindo a segurança do regime. Assim, além da volta do pluripartidarismo, Figueiredo decretou outra 
importante mudança democrática no cenário político brasileiro, por sofrer pressões populares. De acordocom o texto do 
artigo­base da disciplina de autoria de Versiani, assinale a alternativa que aponta tal mudança:
A Eleições indiretas de um terço do Senado (os senadores biônicos).
B   Pacote de Abril.
C Lei da anistia.
D Lei Falcão.
E Implantação da CLT.
Questão 7/10
Atente para o extrato de texto a seguir: 
“Desafio 
O Plano Trienal revela que a taxa de desenvolvimento foi, nos últimos anos, maior no Brasil do que nos Estados Unidos. 
Revela  que  esse  desenvolvimento  poderá  ser mantido,  no mesmo  ritmo,  sem  aumentar  o  endividamento  do  país  no 
estrangeiro e sem manter ou acelerar o ritmo da inflação. Revela, mais, que é possível  tranquilizar socialmente o país: 
estimulando, sem cessar, a iniciativa privada e, por outro lado, garantir a maior participação das classes trabalhadoras na 
renda nacional, isto é, libertar da perturbação pela luta de classes a evolução econômica do Brasil”. 
O trecho acima estampava a capa do jornal Correio da Manhã no dia do anúncio do Plano Trienal de Desenvolvimento 
econômico­social (1963­1965) por João Goulart. De acordo com os conteúdos estudados no texto de Toledo durante as 
aulas desta disciplina, sobre o Plano Trienal, assinale a alternativa correta:
A Os setores sindicais e de esquerda, desde o anúncio do Plano Trienal, demonstraram seu apoio ao referido
Plano  e  reafirmavam  o  caráter  progressista  do  mesmo,  enquanto  os  empresários  criticavam  o  projeto  de
Celso Furtado e San Thiago Dantas. 
B O Plano Trienal buscava atender apenas as demandas dos empresários, seguindo uma cartilha  fortemente
liberal e conservadora, o que vinha ao encontro das teses defendidas por seu desenvolvedor Celso Furtado.
C Já que o objetivo central do Plano Trienal era o combate à inflação, os esforços para retomar taxas altas de
crescimento  foram  descartados,  mantendo  o  padrão  das  teses  econômicas  ortodoxas  que  eram
hegemônicas. 
Você acertou!
“Em contexto de intensa campanha em prol da “anistia ampla, geral e irrestrita”, foi decretada, em agosto de 1979, a
Lei da Anistia, que não  incorporaria, contudo, muitas das propostas da oposição ao regime. Também em 1979,  foi
reeditado o pluripartidarismo no Brasil”.
VERSIANI, M. H. Uma República na Constituinte (1985­1988). Revista Brasileira de História. v. 30, n. 60, p. 233­252,
2010. p. 236.

Desafio.  In: Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 1962. Após esta avaliação, caso queira  ler  integralmente esse  texto, ele está disponível
em://memoria.bn.br/pdf/089842/per089842_1962_21395.pdf. Acesso em: 10/01/2016.
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D O  Plano  Trienal  elaborado  por  Celso  Furtado  e  San  Thiago  Dantas  buscava  conciliar  o  combate  à
inflação  com  a manutenção  de  uma  política  de  crescimento,  configurando­se  como um  avanço  em
relação às teses ortodoxas dominantes.
E O Plano Trienal  investia  basicamente no aumento do  crédito  para  todas as parcelas da população. Dessa
forma,  o  projeto  de  Celso  Furtado  incentivava  os  trabalhadores  a  consumirem  cada  vez,  fomentando
empréstimos e o investimento estrangeiro.
Questão 8/10
Leia a seguinte citação: 
“Quando os militares, apoiados por setores civis, deram o golpe, eles dispunham de algumas instituições repressivas para 
auxiliá­los  na  tarefa  autoatribuída  de  extirpar  o  ‘perigo  comunista’,  ou  a  ameaça  de  implantação  de  uma  ‘República 
Sindicalista’ no país. Contavam com uma polícia violenta, habituada a  torturar suspeitos e, em alguns casos, aniquilar 
desafetos. A Polícia Civil fornecia, desde os anos 1950, os componentes do esquadrão da morte. O novo regime podia 
apoiar­se igualmente nos Dops, órgãos criados nos anos 1920 e 1930, para manter a ‘ordem social’”. 
Como visto acima, a ditadura, quando instaurada, já contava com algumas instituições repressivas. Tais instituições foram 
aproveitadas  e  outros  órgãos  foram  desenvolvidos,  tudo  em  prol  da  construção  do  aparato  repressivo  complexo  do 
regime. Com base nisso e  levando em consideração o  conteúdo do  texto­base da disciplina do autor Fico, assinale a 
alternativa correta:
A O  sistema  repressivo,  apesar  de  possuir  vários  órgãos  distintos,  todos  deveriam  seguir  os  mesmos
parâmetros, o que os unia não eram fatores ideológicos, havia militares de diferentes posições políticas, mas
padrões de operação.
B O sistema repressivo possuía vários órgãos que atuavam com parâmetros distintos. O que garantia a
coesão  e  funcionalidade  do  sistema  era  a  “utopia  autoritária”,  um  cimento  ideológico,  baseado  no
autoritarismo, crença na superioridade militar e anticomunismo.
“O Plano Trienal procurava compatibilizar o combate ao surto inflacionário com uma política de desenvolvimento que
permitisse ao país retomar as taxas de crescimento semelhantes às do final dos anos 50. Como reconheciam alguns
setores de esquerda, o Plano constituía­se num avanço em relação às teses ortodoxas dominantes, pois afirmava
ser possível combater o processo inflacionário sem sacrificar o desenvolvimento”.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, 2004. p.
16.

Após esta avaliação, caso queira  ler  integralmente esse  texto, ele está no  livro: JOFFILY, M. O aparato  repressivo: da arquitetura ao desmantelamento.  In: 
REIS FILHO, D. A. RIDENTI, M. MOTTA R. P. S. (org.). A ditadura que mudou o Brasil: 50 anos do golpe de 1964. Rio de Janeiro: Zahar.
“Se  havia  essas  diferenças,  como  o  sistema  repressivo  pôde  ter  funcionalidade?  Uma  resposta  possível  é  a
consideração da já mencionada ‘utopia autoritária’ como cimento ideológico que agregava todas as instâncias. Para
muitos analistas, esse papel teria sido desempenhado pela chamada ‘doutrina de segurança nacional’. (...) A principal
recomendação da doutrina era o combate interno ao comunismo. Talvez possamos dizer que a ‘utopia autoritária’ seja
uma forma menos elaborada e intelectualmente diluída da doutrina. (...) A mencionada utopia assentava­se na crença
em uma superioridade militar sobre os civis, vistos, regra geral, como despreparados, manipuláveis, impatrióticos e –
sobretudos os políticos civis – venais. Penso que ela se realizava em duas dimensões: a primeira, mais óbvia, de
viés saneados, visava ‘curar o organismo social’ extirpando­lhe fisicamente o ‘câncer do comunismo’. A segunda, de
base pedagógica, buscava suprir supostas deficiências da sociedade brasileira”.
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar.  In:Versões e controvérsias sobre 1964 e a
ditadura militar. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, p. 29­60, 2004. p. 38,39.

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C A “utopia autoritária” não era uma ideologia que alcançava o grupo amplo dos militares; ela ficava restrita aos
altos  comandos.  A  maioria  dos  soldados  discordava  do  anticomunismo  dos  generais  e  do  autoritarismo
violento, minando a crença na ideologia.
D O sistema repressivo era composto por diversos órgãos com campo de atuações distintos. Porém, não havia
choques entre as instâncias. Um exemplo disso era o consenso entre a linha dura e os “moderados” da Aerp
sobre as campanhas de propaganda.
E A  “utopia  autoritária”  era  a  crença  dos  militares  que  unificava  o  sistema  repressivo  e  propunha  uma
centralização forte do Estado pelo Executivo, mas sem violência ou censura.
Questão 9/10
Leia o seguinte extrato de texto:
  “As  divergências  entre  os  grupos  militares,  indicada  pelo  uso  das  expressões  ‘linha  dura’  e  ‘linha  moderada’ 
(empregadas inclusive para explicara mudança de 1968, devido à vitória dos ‘duros’), portanto, não pode obscurecer a 
existência  de  aspectos  comuns  entre  eles,  como  o  desprezo  pela  democracia  e  o  apego  ao  uso  da  força  contra  os 
adversários. O Ato  Institucional nº 5, decretado em 13 de dezembro de 1968,  institucionalizava  tudo  isso,  ‘legalizando’ 
práticas autoritárias e dando ao presidente da República poderes para  fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos 
parlamentares, suspender direitos políticos, remover ou aposentar funcionários, entre outros atos de força contra setores 
oposicionistas”.  
Conforme  o  texto  acima,  durante  o  governo  de  Costa  e  Silva,  o  AI­5  foi  anunciado,  suspendendo  várias  garantias 
constitucionais. Na historiografia brasileira, o AI­5, muitas vezes, é considerado o “golpe dentro do golpe”, apesar de não 
haver consenso sobre essa visão. A partir disso, assinale a alternativa que representa a tese de Fico, presente no seu 
texto que serviu de base para esta disciplina, a respeito do debate sobre o “golpe dentro do golpe”:
A A tese do “golpe dentro do golpe” representou um nítido rompimento entre os chamados militares “linha dura”
e “linha moderada”, durante os primeiros anos de regime militar, representados respectivamente por Castelo
Branco e Costa e Silva.
B O aumento da repressão com a instauração do AI­5, por meio de Costa e Silva, foi considerado uma reação à
radicalização dos movimentos de esquerda no Brasil contra o regime militar, na fomentação da luta armada e
atividades terroristas.
C O recrudescimento do regime foi amadurecido desde o começo do golpe militar por meio de ações e
pressões de setores mais  radicais das Forças Armadas; portanto, não  iniciou uma  fase separada e
completamente distinta da anterior.
Após esta  avaliação, caso  queira  ler  integralmente  esse  texto,  ele  está  disponível  em: MARCELINO, D. A. O  significado  da  democracia. Carta Maior,  São
Paulo, 06 de abril de 2011. Disponível em: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O­significado­da­democracia/4/16763. Acesso em: 12/01/2016.
“Terá  sido  o  fracasso  de  Castelo  de  pôr  cobro  aos  anseios  punitivos  de  militares  radicalizados  que  fomentou  o
crescimento  do  que  então  se  chamava  ‘força  autônoma’,  um  grupo  de  pressão  muito  eficaz  e,  posteriormente,
institucionalizar­se­ia como as famosas ‘comunidade de segurança’ e ‘comunidade de informações. (...) O grupo de
pressão  foi  conquistando,  paulatinamente,  mais  espaço  e  poder.  Essa  evolução  é  essencial,  pois  informa  que  o
projeto  repressivo  baseado  numa  ‘operação  de  limpeza’  violenta  e  longeva  estava  presente  desde  os  primeiros
momentos do golpe. Assim, o Ato Institucional nº 5 foi o amadurecimento de um processo que se iniciara muito antes,
e não uma decorrência dos episódios de 1968, diferentemente da tese que sustenta a metáfora do ‘golpe dentro do
golpe, segundo a qual o AI­5 iniciou uma fase completamente distinta da anterior”.

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D O “golpe dentro do golpe” foi considerado um contragolpe, representando a diminuição do aparato repressivo,
permitindo a instauração de instrumentos democráticos que visavam à transição “lenta, gradual e segura” do
regime.
E A  tese  de  Fico  considera  que  o  “golpe  dentro  do  golpe”,  na  verdade,  foi  uma  revolução  que  pretendeu  o
recrudescimento  do  regime  militar  com  medidas,  como  a  abolição  da  propriedade  privada,  e  alinhou
ideologicamente à União Soviética.
Questão 10/10
Leia o extrato de texto a seguir: 
  
“31 de março de 2014, o Brasil  lembra – mais  lembra do que comemora – os 50 anos do movimento que derrubou o 
governo do presidente João Goulart e instaurou o regime militar de 64. É um período da história que ainda permanecerá
por  muito  tempo  cercado  de  controvérsia,  a  começar  pela  definição  do  que  realmente  aconteceu  no  país.  Para  os 
militares, em 64, houve uma ‘Revolução’ no Brasil, cujos principais objetivos seriam restaurar a ordem pública, controlar a 
indisciplina nos quartéis e impedir a tomada do poder pelos comunistas. Por esse ponto de vista, tratou­se, portanto, mais 
de uma ‘contrarrevolução’ do que de uma ‘revolução’. Conceito inteiramente diverso pode ser observado atualmente nas 
redes sociais, na imprensa e nos discursos civis, que, em geral, definem 1964 como um ‘golpe militar’ que instaurou uma 
“ditadura” no Brasil”. 
A  instauração da ditadura a partir de março de 1964 é cercada por  intensos debates  tanto na historiografia quanto na 
memória dos envolvidos e das gerações seguintes. Um dos pontos dos debates diz respeito à sua nomenclatura: golpe 
ou  revolução? A  partir  disso,  na  visão  de  Toledo,  autor  do  artigo  “1964:  o  golpe  contra  as  reformas  e  a  democracia” 
estudado nas aulas desta disciplina, o termo mais apropriado para tratar desse evento histórico é..
A contrarrevolução,  pois  buscava  revidar  a  suposta  revolução  comunista  que  estava  sendo  planejada  pelas
esquerdas. 
B golpe, pois foi um processo contra a democracia e as demandas sociais, e não em favor de alguma
coisa; os militares usam “revolução” na sua busca por legitimação do movimento.
C
FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a ditadura militar. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47,
29­60, 2004. .p. 33,34.
GOMES,  L.  1964:  golpe  ou  revolução?  In:  El  país,  o  jornal  global.(online),  26  de março  de  2014. Após esta  avaliação, caso  queira  ler  integralmente  esse
texto, ele está disponível em:http://brasil.elpais.com/brasil/2014/03/26/opinion/1395847968_469405.html. Acesso em: 11/01/2016.
Você acertou!
“Assim,  de  imediato,  rejeita­se  a  versão  dos  vitoriosos  de  1964  que,  na  busca  de  legitimação  e  justificação  do
movimento, denominaram­no de Revolução. Por sua rara lucidez, as palavras do general­presidente Ernesto Geisel
deveriam  ser  levadas mais  a  sério,  até mesmo  por  historiadores  e  cientistas  políticos  não  conservadores.  Num
depoimento em 1981, afirmou Geisel que ‘o que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções se fazem por
uma  ideia,  em  favor  de  uma  doutrina’.  Para  o  vitorioso  de  1964,  o  movimento  se  fez  contra  Goulart,  contra  a
corrupção, contra a subversão. Estritamente falando, afirmou o general, o movimento liderado pelas Forças Armadas
não era a favor da construção de algo novo no país”.
TOLEDO, C. 1964: o golpe contra as reformas e a democracia. In: Revista Brasileira de História. v. 24, n. 47, 13­28,
2004. p. 14,15.

01/08/2016 AVA UNIVIRTUS
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revolução,  pois  o objetivo de uma  revolução é destituir  um governo e  instituir  outro,  fatos  realizados pelos
militares e que, na continuidade, revolucionaram as estruturas sociais do país a partir dos grandes avanços
sociais, como a reforma agrária.
D reforma,  pois  os  militares  não  planejavam  mudanças  sociais  radicais,  apenas  pretendiam  reformular
estruturas institucionais e políticas do país sem o uso da força ou aparato repressivo. 
E golpe, pois, para concretizar suas pretensões sociais, como as reformas de base, era necessário destituir o
poder do Congresso e centralizar o poder no Executivo.

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