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Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário de Sinop Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Aspectos produtivos da cultura da soja Disciplina: Produção agrícola Prof. Cleyton Batista de Alvarenga Botânica, origem evolução e introdução no Brasil A soja atual é diferente dos seus ancestrais. Nome científico: Glycine max. Ancentrais da soja eram plantas rasteiras, adaptadas às condições da costa do rio Yang-Tse na China. As plantas atuais surgiram de cruzamentos naturais entre 2 espécies selvagens que foram domesticadas e melhoradas na China. Os EUA iniciaram sua exploração, primeiro como forrageira e depois como grão. Em 1941 a área de soja destinada a grãos ultrapassou a de forrageiras nos EUA. A soja chegou ao Brasil via EUA em 1882, trazida por Gustavo Dutra. Botânica, origem evolução e introdução no Brasil Em 1990 o IAC promoveu a primeira distribuição de sementes de soja para produtores. Nesta mesma data a soja começou a ser cultivada no RS, pois encontrou condições favoráveis ao seu desenvolvimento. A partir do estabelecimento do programa de incentivo ao trigo em meados de 1950, a soja foi beneficiada por ser a melhor opção para sucessão do trigo de inverno. Botânica, origem evolução e introdução no Brasil Planta de soja Planta de soja Planta de soja “Culturas de rico” Expansão das culturas de exportação ou suprimento das necessidades industriais. Cultivos beneficiados pela: Mecanização. Biotecnologia. Utilização de insumos. Políticas de financiamento e garantia de preços. Preços regulados pelo mercado internacional. Exigências climáticas O ambiente tem, papel fundamental na regulação térmica da planta, agindo tanto no resfriamento como na manutenção e distribuição do calor. A disponibilidade de água é primordial no período de germinação-emergência e floração-enchimento de grãos. Durante o primeiro período, tanto o excesso quanto o déficit são prejudiciais à obtenção de uma boa uniformidade na população de plantas. Exigências climáticas A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar boa germinação. A necessidade de água aumenta com o desenvolvimento da planta, atingindo o máximo durante a floração-enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia), decrescendo após esse período. Exigências climáticas Déficits expressivos durante a floração e enchimento de grãos, provocam alterações fisiológicas na planta: fechamento estomático. enrolamento de folhas. queda prematura de folhas e de flores. abortamento de vagens. redução do rendimento de grãos. A necessidade de água na cultura da soja, varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo das condições climáticas, manejo da cultura e duração do ciclo. Exigências climáticas A soja se adapta melhor a temperaturas do ar entre 20 e 30 °C. A temperatura ideal para seu crescimento e desenvolvimento está em torno de 30 °C. A semeadura não deve ser realizada quando a temperatura do solo estiver abaixo de 20 °C porque prejudica a germinação e a emergência. A temperatura do solo adequada para a semeadura varia de 20 a 30 °C, sendo 25 °C a temperatura ideal para uma emergência rápida e uniforme. Exigências climáticas O crescimento vegetativo é pequeno ou nulo em temperaturas menores ou iguais a 10 °C. Temperaturas acima de 40 °C têm efeito adverso na taxa de crescimento, provocam distúrbios na floração e diminuem a capacidade de retenção de vagens. A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas acima de 13 °C. A maturação pode ser acelerada pela ocorrência de altas temperaturas. Exigências climáticas Quando vêm associadas a períodos de alta umidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a qualidade da semente. Temperaturas baixas, associadas a período chuvoso ou de alta umidade, podem provocar atraso na data de colheita, bem como haste verde e retenção foliar. Inoculação das Sementes com Bradyrhizobium O N é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja. Estima-se que para produzir 1000 kg de grãos são necessários 80 kg de N. As fontes de N disponíveis para a cultura da soja são os fertilizantes nitrogenados e a fixação biológica do nitrogênio (FBN). Instalação da Lavoura Mecanismos da semeadora - A qualidade da semeadura é função, entre outros fatores, do tipo de máquina semeadora, especialmente o tipo de dosador de semente, do controlador de profundidade e do compactador de sulco. Tipo de dosador de semente - Entre os tipos existentes, destacam-se os de disco horizontal e os pneumáticos. Os pneumáticos apresentam maior precisão, menos danos à semente e são mais caros. Os cuidados na semeadura são: Instalação da Lavoura No caso do disco horizontal, indica-se os com linhas duplas de furos (alvéolos), por garantir melhor distribuição das sementes. Para maior precisão, primar pela utilização de discos com furos adequados ao tamanho das sementes. Limitador de profundidade - O sistema com roda flutuante acompanha o relevo do solo, mantendo a profundidade de semeadura. Os cuidados na semeadura são: Instalação da Lavoura Compactador de sulco: O tipo em "V" elimina as bolsas de ar sem compactar a superfície do solo sobre a linha de corte do sulco, como ocorre com o tipo de roda única traseira. Velocidade da semeadora: Influência na uniformidade de distribuição e nos danos provocados às sementes, especialmente nos dosadores mecânicos. Os cuidados na semeadura são: Instalação da Lavoura A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da soja. Como é uma espécie fotossensível, está sujeita a alterações fisiológicas e morfológicas, quando as suas exigências, não são satisfeitas. A época de semeadura determina a exposição da soja à variação dos fatores climáticos limitantes. Assim, semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita. Manejo fitossanitário “Princípio básico do controle químico é a rotação de grupos químicos ou mecanismos de ação, isso em qualquer sistema de produção”.
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