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GNE254 Aula 9 2015 I Residuos solidos

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Prof. Ronaldo Fia 
DEG/UFLA 
 
RESÍDUOS SÓLIDOS 
GNE254 – INTRODUÇÃO À ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
Resíduo sólido – restos das atividades humanas, considerados 
pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, 
podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, 
desde que não seja passível de tratamento convencional (ABNT, 
2004). 
Lixo é todo e qualquer resíduo sólido resultante das 
atividades diárias do homem em sociedade. 
Resíduos sólidos são materiais heterogêneos (inertes, 
minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e 
da natureza, constituindo problemas sanitário, ambiental, 
econômico e estético, os quais podem ser parcialmente 
utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde 
pública e economia de recursos naturais. 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
Quanto ao potencial de risco ao meio ambiente e à saúde pública: 
NBR10.004/2004 
Classe 1 - Resíduos Perigosos: apresentam riscos à saúde pública e ao 
meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de 
suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, 
toxicidade e patogenicidade. 
Classe 2A - Resíduos Não-inertes: resíduos que não apresentam 
periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: 
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São 
basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico. 
Classe 2B - Resíduos Inertes: Resíduos que forem submetidos a um contato 
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura 
ambiente, e não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a 
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-
se: aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À ORIGEM 
Resíduos sólidos urbanos (RSU) 
 Resíduos domiciliares 
 Resíduos de limpeza urbana 
 
Resíduo domiciliar especial 
 Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços 
 Resíduos da construção civil 
 Pneus* 
 Pilhas e baterias* 
 Lâmpadas fluorescentes* 
 
Resíduos de fontes especiais 
 Resíduos de serviços de saúde 
 Resíduos de serviços de transportes 
 Resíduos industriais 
 Resíduos agrossilvopastoris 
 Resíduos de mineração 
 Resíduo radioativo** 
* A lei não menciona de forma separada pneus, pilhas e baterias e lâmpadas fluorescentes. 
Resíduos sólidos urbanos (RSU) 
 Resíduos domiciliares 
 Resíduos de limpeza urbana 
 
Resíduo domiciliar especial 
 Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços 
 Resíduos da construção civil 
 Pneus* 
 Pilhas e baterias* 
 Lâmpadas fluorescentes* 
 
Resíduos de fontes especiais 
 Resíduos de serviços de saúde 
 Resíduos de serviços de transportes 
 Resíduos industriais 
 Resíduos agrossilvopastoris 
 Resíduos de mineração 
 Resíduo radioativo** 
Resíduos sólidos urbanos (RSU) 
 Resíduos domiciliares 
 Resíduos de limpeza urbana 
 
Resíduo domiciliar especial 
 Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços 
 Resíduos da construção civil 
 Pneus* 
 Pilhas e baterias* 
 Lâmpadas fluorescentes* 
 
Resíduos de fontes especiais 
 Resíduos de serviços de saúde 
 Resíduos de serviços de transportes 
 Resíduos industriais 
 Resíduos agrossilvopastoris 
 Resíduos de mineração 
 Resíduo radioativo** 
** Os resíduos radioativos são normatizados por legislação específica e submetidos à 
Comissão Nacional de Energia Nuclear. 
Legislação 
Lei 12.305/2010 - instituiu a Política Nacional Resíduos Sólidos 
Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a 
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, 
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos. 
A PNRS institui a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, 
abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os 
consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de 
manejo de resíduos sólidos. 
Legislação 
Lei 12.305/2010 - instituiu a Política Nacional Resíduos Sólidos 
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa os 
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos 
cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso; 
II - pilhas e baterias; 
III - pneus; 
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
Caracterização dos Resíduos Sólidos 
1. Caracterização Quantitativa 
Massa de resíduos coletada per capita em relação à população urbana, por 
região. 
Fonte: SNIS (2012). 
Caracterização dos Resíduos Sólidos 
1. Caracterização Quantitativa 
Média da massa de resíduos coletada per capita em relação à população 
urbana, por estado. 
Fonte: SNIS (2012). 
Caracterização dos Resíduos Sólidos 
1. Caracterização Quantitativa 
Geração per capta de resíduos sólidos urbanos (RSU) em diferentes regiões da Terra. 
Região 
Produção de lixo per capita (kg hab-1 d-1) Produção 
(%) Limite Inferior Limite Superior Média 
África subsaariana 0,09 3,0 0,65 5 
Leste da Ásia e Pacífico 0,44 4,3 0,95 21 
Oriente e Ásia Central 0,29 2,1 1,10 7 
América Latina e Caribe 0,11 14,4* 1,10 12 
Oriente Médio e Norte da África 0,16 5,7 1,10 6 
Países Membros da OECD ** 1,10 3,7 2,20 44 
Sul da Ásia 0,12 5,1 0,45 5 
*Esta tabela não é corrigida para valores inconsistentes de dados extremos, como os 14,4 kg kg hab-1 d-1 
observados em Trinidad e Tobago. 
**Países membros: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, 
Holanda, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça, Turquia, Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, Finlândia, 
Austrália, Nova Zelândia, México, República Checa; Hungria; Polônia, Coreia do Sul, Eslováquia, Chile, Eslovênia e 
Israel. 
Fonte: HOORNWEG e BHADA-TATA, 2012. 
2. Caracterização Qualitativa 
Composição Gravimétrica 
Representa o percentual de cada componente em relação ao peso total da 
amostra de resíduo analisada. 
Os componentes mais utilizados na determinação da composição gravimétrica 
dos RSU são: Matéria orgânica, Papel, Papelão, Plástico filme, Plástico rígido, 
Vidros, Metais, Outros (couro, trapo, cerâmica, madeira, etc.). 
Caracterização dos Resíduos Sólidos 
 
Composição gravimétrica média do lixo gerado no Brasil 
(% em peso)
Plástico rígido 2%
Vidro 1,5%
Plástico f ilme 2,7%
Papelão 5%
Papel 8,5%
Metais 1,5%
Diversos (couro,
trapo, cerâmica,
madeira, etc.) 14,8%
Matéria orgânica 64%
Fonte: PEREIRA NETO (2007). 
2. Caracterização Qualitativa 
Composição Gravimétrica 
Caracterização dos Resíduos Sólidos 
Gestão integrada de resíduos sólidos 
Acondicionamento 
Coleta 
Convencional 
Seletiva 
Porta a porta 
Pontos de entrega voluntária - PEVs 
Catadores 
Transporte 
Tratamento 
Reciclagem 
Compostagem 
Incineração / coprocessamento 
Disposição final 
Lixão – Errado - Polui o ambiente e agride a saúde pública 
Aterro Controlado – Polui o ambiente e protege a saúde pública 
Aterro Sanitário – Protege o ambiente e a saúde pública 
Acondicionamento dos Resíduos Sólidos 
Acondicionar os RSU significa prepará-lospara a coleta de forma 
sanitariamente adequada e compatível com o tipo e a quantidade de resíduos. 
A importância do acondicionamento adequado está em: 
 evitar acidentes; 
 evitar a proliferação de vetores; 
 minimizar o impacto visual e olfativo; 
 reduzir a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver coleta seletiva); 
 facilitar a realização da etapa da coleta. 
O acondicionamento, além do simples ato de armazenar temporariamente o 
resíduo produzido, deve ser utilizado como parte inicial e principal do processo 
de conscientização da população para as questões ambientais, principalmente 
em relação à separação dos resíduos entre os recicláveis e não recicláveis ou, 
simplesmente, entre resíduos secos (papel, vidro, plástico, metais, etc.) e 
molhados (matéria orgânica). 
Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos 
Índice de Abrangência da Coleta de RSU (%) 
ABRELPE (2013). 
Distribuição da 
Quantidade Total de RSU 
Coletado (%) 
Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos 
A coleta dos RSU pode ser dos seguintes tipos: 
 Coleta normal: é aquela em que a população põe os resíduos sem nenhum tipo de 
separação em local determinado para ser coletado pelo veículo responsável pela coleta. 
 Coleta seletiva porta a porta: a população é responsável pela separação dos 
materiais recicláveis para a coleta. A coleta é feita de forma diferenciada, geralmente 
secos (recicláveis) e molhados (matéria orgânica). 
Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos 
 Coleta em pontos de entrega voluntária (PEVs): Consiste na instalação de 
contêineres ou recipientes em locais públicos para que a população possa fazer o 
descarte dos materiais que foram separados em suas residências. 
 Coleta por meio de catadores: as pessoas individualmente ou associadas em 
cooperativas recolhem nas ruas, residências e lixões os materiais possíveis de serem 
reciclados. 
Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos 
Iniciativas de Coleta Seletiva por Grupos de Municípios Classificados por Faixas de 
População (%) 
Fonte: ABRELPE (2013). 
Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos 
Distribuição dos municípios com iniciativas de coleta seletiva em 2013 (%) 
Fonte: ABRELPE (2009). 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Define-se tratamento como uma série de procedimentos destinados a reduzir a 
quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte 
de lixo em ambiente ou local inadequado, seja transformando-o em material 
inerte ou biologicamente estável. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Reutilização 
Reciclagem 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Compostagem 
Incineração/Coprocessamento 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Usinas de triagem e Compostagem (UTC) 
Esquema simplificado de usina de triagem e compostagem 
Compostagem 
 É definida como um processo biológico aeróbio e controlado de tratamento e 
estabilização de resíduos orgânicos para a produção de húmus. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
 Fatores que interferem no processo: 
 Umidade; 
 Oxigenação; 
 Temperatura; 
 Concentração de nutrientes; 
 Tamanho das partículas; 
 pH. 
Compostagem 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Compostagem 
 Reviramento manual 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Compostagem 
 Reviramento mecânico 
Compostagem 
 Sistema de leiras estáticas aeradas 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Reciclagem 
 
 Denomina-se reciclagem a separação de materiais do lixo domiciliar, tais como 
papéis, plásticos, vidros e metais, com a finalidade de trazê-los de volta à indústria 
para serem beneficiados. Esses materiais são novamente transformados em 
produtos comercializáveis no mercado de consumo. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
 Vantagens: 
• a economia de matérias-primas não-renováveis; 
• a economia de energia nos processos produtivos; 
• o aumento da vida útil dos aterros sanitários; 
• geração de emprego e renda; 
•·conscientização da população para as questões ambientais. 
Reciclagem: Alumínio 
 Visibilidade; 
 Curto ciclo de vida; 
 Valor do resíduo. 
Evolução Percentual dos Índices de Reciclagem de Latas de Alumínio no 
Brasil e em países selecionados (%) 
ABRELPE (2013). 
Preço da tonelada do material reciclável, em Reais, no mês de maio de 2015 
P – Prensado; L – Limpo. 
Preços de venda dos recicláveis praticados por cooperativas e programas de coleta seletiva. 
Reciclagem 
www.cempre.org.br 
Reciclagem: Papel 
Evolução do Consumo de Papéis Recicláveis, de Aparas e das Taxas de 
Recuperação de Papéis Recicláveis no Brasil 
Taxas de Recuperação - Volume de aparas recuperadas no país dividido pelo 
consumo aparente de papel 
ABRELPE (2013). 
Reciclagem: Papel 
Papéis Recicláveis: Taxas de Recuperação de um conjunto de países 
selecionados 
ABRELPE (2013). 
Reciclagem: PET 
Evolução da Reciclagem de PET no Brasil 
(mil ton) 
(%) 
ABRELPE (2013). 
Reciclagem: Plásticos 
 A reciclagem mecânica dos plásticos converte os descartes 
plásticos pós-consumo em grânulos passíveis de serem 
utilizados na produção de novos artefatos plásticos. 
Reciclagem: Vidros 
9%
20%
20%24%
27%
Reúso caseiro
Reciclagem (retornáveis)
Aterros/Desconhecido
Reúso indevido
Reciclagem (não
retornáveis)
Perfil do destino das embalagens de vidro pós-consumo (retornáveis e não 
retornáveis - One Way) no Brasil (ABRELPE, 2009). 
Reciclagem: Vidros 
Perfil do destino das embalagens de vidro não retornáveis (One Way) no 
Brasil (ABRELPE, 2009). 
11%
24%
33%
32%
Reúso caseiro
Aterros/Desconhecido
Reciclagem 
Reúso indevido
Incineração 
 
 A incineração é um processo de queima, na presença de excesso de oxigênio, 
no qual os materiais à base de carbono são decompostos, desprendendo calor e 
gerando como resíduo as cinzas. 
 Usada principalmente em resíduos do serviço de saúde e resíduos perigosos. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Incineração 
• Neste método existe uma grande redução do volume do lixo, cerca de 12 a 30% 
em massa original (de 4 a 10% em volume); 
• Recuperação de energia durante a combustão pode ser utilizada para a 
produção de eletricidade ou combinado calor e energia. 
 Benefícios da Incineração de RSU 
• Transferência de poluição – poluição do ar; 
 Desvantagens da Incineração de RSU 
• Perda de recursos naturais – transformação em cinzas. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Incineração 
 No Brasil, atualmente, a incineração é utilizada somente para resolver a 
questão da disposição final de resíduos perigosos e parte dos resíduos 
hospitalares. 
Formas de disposição final dos RSU coletados e, ou, recebidos, em todo o território brasileiro. 
Fonte: (PNSB, 2008) 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Coprocessamento 
 Coprocessamento de resíduos em fornos de produção de clínquer é a técnica 
de utilização de resíduos sólidos industriais a partir do processamento desses 
como substituto parcial de matéria-prima e, ou, de combustível no sistema forno 
de produção de clínquer, na fabricação de cimento. 
 Os principais resíduos utilizados no coprocessamento são os resíduos 
perigosos tais como: as borras ácidas, resíduos químicos, borras oleosas, solos 
contaminados, pneus, resinas, madeiras contaminadas, catalisadores, lodos de 
estações de tratamento de água e esgoto, poluentes atmosféricos capturados em 
filtros de mangas e precipitadores eletrostáticos, etc. 
 Os RSU só poderão ser coprocessados após um estudo de análise de 
alternativas tecnológicas que comprove que a escolha desta tecnologiaestá de 
acordo com o conceito de melhor técnica disponível. 
Tratamento dos Resíduos Sólidos 
Potenciais formas de poluição ocasionadas pela disposição inadequada 
de resíduos sólidos 
Antigo Lixão de Viçosa - MG 
Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição localizada; 
Não há impermeabilização de base nem sistema de tratamento de percolado 
(chorume mais água de infiltração); 
Não há extração e queima controlada dos gases gerados. 
 
O aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bastante 
inferior ao aterro sanitário. 
É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar 
danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos 
ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos 
sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada 
jornada de trabalho (NBR 8.849/1985). 
Aterro Controlado 
No aterro controlado toda área é cercada com barreiras físicas (cercas e portão) 
e arbórea; 
Ao redor da área são construídos os drenos de águas pluviais. 
Aterro Controlado 
Canaleta de drenagem pluvial
Cobertura com terra
Solo de baixa 
permeabilidade
Resíduo compactado 
(Célula 1)
(A) (B)
Resíduo compactado 
(Célula 1)
Resíduo compactado 
(Célula 2)
Cerca viva
Gramíneas
Canaleta de drenagem
Solo de baixa 
permeabilidade
Esquemas de um aterro controlado: (A) formação da primeira célula de resíduos; 
(B) formação da segunda célula de resíduos (Lanza, 2009). 
Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os 
elementos de proteção ambiental (FEAM, 2006): 
 Sistema de impermeabilização de base e laterais; 
 Sistema de recobrimento diário e cobertura final; 
 Sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; 
 Sistema de coleta e tratamentos dos gases; 
 Sistema de drenagem superficial; 
 Sistema de tratamento de líquidos percolados; 
 Sistema de monitoramento. 
É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar 
danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. 
Tal método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à 
menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com 
uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se 
necessário (NBR 8.419/1992). 
Aterro Sanitário 
Esquema de um aterro sanitário 
Célula em 
preparação
Célula em 
execussão
Célula 
concluída Dreno de gases
Dreno de água pluvial
Cobertura diária
Drenos de percolados
Camada 
impermeabilizante
Lençol freático
Resíduos 
compactados(célula 1)
Resíduos compactados(célula 2)
Cobertura vegetal com 
gramíneas
Aterro Sanitário 
Impermeabilização do fundo 
Sistema de tratamento de chorume: sistema para tratamento dos líquidos 
percolados do aterro, visando ao atendimento dos padrões de lançamento de 
efluentes em cursos de água. 
Infraestrutura básica de um aterro sanitário 
Manaus - AM 
Drenagem de percolados 
Processo de marcação 
Drenagem de percolados 
Valas para tubulação de drenagem 
Drenagem de percolados 
Sistema de tratamento de gases: sistema para coleta dos gases gerados pela 
degradação da matéria orgânica, podendo ser aproveitado para geração de 
energia. 
Infraestrutura básica de um aterro sanitário 
Manaus - AM 
Drenagem de percolados e gases 
Drenagem de gases 
Drenagem pluvial: recolhimento das águas de chuva para evitar a infiltração na 
massa de resíduos e geração de maior volume de chorume, além da redução da 
estabilidade dos taludes de resíduos. 
Infraestrutura básica de um aterro sanitário 
Manaus - AM 
Santo André - SP 
Drenagem Pluvial 
Escada hidráulica 
Cerca viva 
Célula antiga finalizada 
Célula atual 
Fechamento das células 
Aterro São João - SP 
- Aterro São João – operou durante 15 anos (até 2007) 
- Área = 82,4 ha (50 ha – depósito). 
- Recebia, em média, 5.812 toneladas de resíduos por dia 
- Gerava 1.800 m³ de chorume 
- Vida útil 28 milhões de toneladas de resíduos (montanha - 150m de altura) 
- 15 mil m3 de gás por hora (50% de metano) 
- 200 mil MWh de energia por ano 
Aterro São João - SP

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