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30/08/2013 1 Sueila Silva Araújo FALHA Parte II - FRATURA E ENSAIOS Ensaio de Fluência O ensaio de fluência é executado pela aplicação de uma carga uniaxial constante a um corpo de prova, a uma temperatura elevada e constante. Para os materiais metálicos, a maioria dos ensaios de fluência são conduzidos sob tração uniaxial. Para o caso de materiais frágeis, o ensaio de fluência geralmente é empregado utilizando-se esforços de compressão para a melhor caracterização das propriedades em fluência. Figura 1 -Esboço do aparelho utilizado para análise de fluência. Ensaio de Fluência Com frequência, os materiais são colocados em serviço a temperaturas elevadas e ficam expostos a tensões mecânicas estáticas. A fluência é em geral um fenômeno indesejável e, com frequência, é o fator de limitação na vida útil de uma peça. Ensaio de Fluência Os principais mecanismos de deformação observados a temperaturas elevadas consistem em: movimento de discordâncias recristalização escorregamento de contornos de grãos. 30/08/2013 2 Ensaio de Fluência A informação básica fornecida pelo ensaio de ruptura por fluência é o tempo necessário para causar a ruptura do material a uma dada tensão nominal e temperatura constante. Um dos parâmetros mais importantes no ensaio de fluência é a taxa mínima de fluência. AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO EM FLUÊNCIA Três estágios do ensaio de fluência. A fluência primária ocorre em primeiro lugar, caracterizada por uma taxa de fluência continuamente decrescente; isto é, a inclinação da curva diminui ao longo do tempo. Para a fluência secundária a taxa de fluência é constante. Esse é em geral o estágio de fluência que apresenta a mais longa duração. Durante a fluência terciária, existe uma aceleração da taxa de fluência e, por fim, a fratura. Curva x t • Estágio primário: ocorre um decréscimo contínuo na taxa de fluência ( = d/dt), ou seja, a inclinação da curva diminui com o tempo devido ao aumento da resistência por encruamento. Fonte: http://www.em.pucrs.br/~eleani/ 30/08/2013 3 Curva x t • Estágio secundário: a taxa de fluência ( = d/dt) é constante (comportamento linear). A inclinação da curva constante com o tempo é devido à 2 fenômenos competitivos: encruamento e recuperação. • O valor médio da taxa de fluência nesse estágio é chamado de taxa mínima de fluência (m), que é um dos parâmetros mais importantes a se considerar em projeto de componentes que deseja-se vida longa. Fonte: http://www.em.pucrs.br/~eleani/ Curva x t • Estágio terciário: ocorre uma aceleração na taxa de fluência ( = d/dt) que culmina com a ruptura do corpo de prova. • A ruptura ocorre com a separação dos contornos de grão, formação e coalescimento de trincas, conduzindo a uma redução de área localizada e consequente aumento da taxa de deformação Fonte: http://www.em.pucrs.br/~eleani/ Considera-se que uma material falhou devido à fluência mesmo que não apresente ainda fratura. Quando o material é deformado dessa maneira e chega a romper, a fratura é definida como ruptura por tensão. Corrosão sob tensão – fenômeno pelo qual os materiais reagem a ambientes corrosivos, levando à formação de trincas, á redução da resistência e a fratura. 30/08/2013 4 James F. Shackelford, Ciências dos Materiais, 6ª Edição, Artliber , São Paulo, 2008. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA William D. Callister, Jr. Ciência e Engenharia de Materiais, 1ª edição, LTC, Rio de Janeiro, 2002. Sueila Silva Araújo sueilaeng@yahoo.com.br sueila@terra.com.br
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