Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reprodução de Bovinos Reprodução Condição da domesticação – capacidade de reproduzir indefinidamente em cativeiro; Característica fenotípica determinada pelo ambiente; Característica de baixa herdabilidade (h2 = 0 – 0,15); Define o grau de adaptação dos animais ao ambiente; Desempenho reprodutivo é função dos atributos de machos e fêmeas; Determinante da eficiência produtiva dos sistemas de produção de bovinos. Reprodução Bovinocultura de corte: natalidade define o número de bezerros produzidos em um ano; número de crias que nascem define o número de bois para o abate. Bovinocultura de leite: concepção das vacas define o número de partos em um ano; parto desencadeia a lactação. Favorece o progresso genético dos rebanhos pelo aumento da base de seleção. Reprodução – produção de carne Rebanho de 100 vacas Intervalo entre partos 18 meses Taxa de natalidade 66,60 % Nº de bezerros/ano 66 cabeças 66 cabeças para abate Peso de abate = 400 Kg Rend. de carcaça = 50 % Preço /Kg = R$ 8,00 Receita R$ 105.600,00 Rebanho de 100 vacas Intervalo entre partos 13 meses Taxa de natalidade 92,30 % Nº de bezerros/ano 92 cabeças 92 cabeças para abate Peso de abate = 400 Kg Rend. de carcaça = 50 % Preço /Kg = R$ 8,00 Receita R$ 147.200,00 Reprodução – produção de leite Rebanho de 100 vacas Intervalo entre partos 18 meses Taxa de natalidade 66,60 % 66 lactações 66 bezerros Produção = 12 l/dia Duração = 305 dias Preço /litro = R$ 0,80 Receita R$ 193.248,00 + 66 bezerros Rebanho de 100 vacas Intervalo entre partos 13 meses Taxa de natalidade 92,30 % 92 lactações 92 bezerros Produção = 12 l/dia Duração = 305 dias Preço /litro = R$ 0,80 Receita R$ 269.376,00 + 92 bezerros Componentes do aparelho reprodutivo Testículos Vias espermáticas Glândulas anexas Pênis ou verga Bolsa escrotal Cordão espermático ou testicular Aparelho Reprodutivo do Touro Aparelho Reprodutivo do Touro Aparelho Reprodutivo do Touro I. Testículos Órgão par e principal estrutura do aparelho reprodutivo Funções gametogênica – produção de espermatozóides androgênica – produção de hormônios sexuais Testosterona características sexuais secundárias do macho funcionamento das glândulas acessórias Localização fora da cavidade abdominal – bolsa escrotal temperatura 1º a 4º C inferior à corporal Posição vertical Liga-se à cavidade abdominal pelo cordão espermático ou testicular elementos de sustentação, nutrição e condução espermáticaão Aparelho Reprodutivo do Touro Estrutura Formações conjuntivo-fibrosas cápsula testicular ou albugínea; septos ou traves interlobares; corpo de Highmore ou mediastino do testículo – massa conjuntiva onde são encontradas vias de excreção intratesticulares; Tubos seminíferos ou seminíparos sede da função espermatogênica; constituição complexa – membrana conjuntiva delgada e epitélio seminal; epitélio seminal do adulto – células de Sertori e células seminais; células seminais - espermatogônias, espermatócitos de 1ª e 2ª ordem, espermátidas e espermatozóides; Tecido intersticial função endócrina; tecido conjuntivo frouxo e células intersticiais de Leydig. Aparelho Reprodutivo do Touro Características dos testículos a serem observadas mobilidade dentro da bolsa escrotal; consistência firme; relativa simetria; tamanho normal – 30 cm de perímetro para touros com mais de 30 meses. Anomalias testiculares Afetam a fertilidade e a libido ou desejo sexual criptoquirdia unilateral criptoquirdia bilateral monoquirdia anorquia Aparelho Reprodutivo do Touro II. Vias Espermáticas responsáveis pela excreção dos espermatozóides e do sêmen; estendem-se desde a porção terminal dos tubos seminíferos até o meato urinário; locais de maturação dos espermatozóides e produção do sêmen; abrange canais exclusivamente sexuais e geniturinário; Tubos retos; Rede de Haller ou Rete testis; Conduto eferente; Conduto epididimário; Conduto deferente; Uretra. Aparelho Reprodutivo do Touro Aparelho Reprodutivo do Touro Tubos retos estrutura intratesticular saem dos tubos seminíparos e dão início às vias espermáticas são muito curtos; Rede de Haller ou rete testis – intratesticular, corpo de Highmore ; Conduto eferente – via que sai do testículo; Conduto epididimário muito longo e flexuoso, é parte essencial integrante do Epidídimo; Epidídimo – órgão delgado que está em relação íntima com os pólos e um dos bordos do testículo, apresenta cabeça, corpo e cauda; Aparelho Reprodutivo do Touro Conduto deferente surge a partir de modificações estruturais gradativas do conjunto epididimário; mais longa das vias estende-se desde o pólo inferior do testículo até a região prostática; porções: epidídimo testicular, funicular (cordão espermático), inguinal, pelviana e tubular (ampola de Henle ou ampola do conduto deferente); Uretra comum a excreção urinária apresenta uma porção intrapelviana e outra extrapelviana ou peniana. Aparelho Reprodutivo do Touro III. Glândulas Anexas responsáveis pela secreção do líquido seminal que são lançadas na uretra; líquido seminal serve de veículo e nutriente para os espermatozóides, além de manter o pH; espermatozóides + líquido seminal = sêmen; quatro são as glândulas anexas: Vesículas seminais ou glândulas vesiculares – são pares, localizadas próximas à bexiga; Próstata – ímpar, localizada sobre a uretra pélvica; Glândulas de Cowper ou Bulbo-uretrais – de natureza mucosa, localizadas em ambos os lados da uretra pélvica; Glândulas Uretrais ou de Littre. Aparelho Reprodutivo do Touro IV. Pênis ou Verga órgão copulador; estrutura – raízes ou pilares da verga, corpo, e extremidade livre ou glande; corpo do pênis – corpos carvenoso e esponjoso circundando a uretra extra pelviana, vasos e nervos e bainha. V. Bolsa escrotal aloja os testículos fora da cavidade abdominal; proporciona ambiente necessário à função espermática normal; apresenta seis túnicas ou invólucros. VI. Cordão espermático ou testicular formado por elementos de sustentação, nutrição e condução espermática; cremaster (túnica da bolsa escrotal), tecido conjuntivo, artérias e veias espermáticas, vasos linfáticos, nervos e porção funicular do conduto eferente; atravessa o canal inguinal limitando-se por anéis superior e inferior. Aparelho Reprodutivo do Touro Desenvolvimento reprodutivo dos machos diferenciação celular no epitélio seminíparo é gradual; primeiros espermatozóides maduros aos cinco meses de idade; produção crescente até a puberdade; bezerros tentam montar ou montam as bezerras logo após o nascimento; pênis firmemente aderido ao prepúcio não pode ser distendido; próximo à puberdade ocorre separação do pênis da bainha e ereção; ocorre cobertura e ejaculação; touros puros atingem a puberdade mais tardiamente que os cruzados; padrão de crescimento mais rápido pode ser responsável pela precocidade; após a puberdade os testículos continuam a crescer bem como a produção espermática, até 18 – 24 meses; produção espermática varia com as raças; touros de raças leiteiras são mais agressivos sexualmente. Aparelho Reprodutivoda Vaca Componentes do aparelho reprodutivo Glândulas genitais ou gônadas femininas ovários Vias genitais trompas ou tubas ou oviduto; útero; cérvix ou cérvice; vagina; vestíbulo e vulva; Glândulas anexas e órgãos vestigiários Aparelho Reprodutivo da Vaca Aparelho Reprodutivo da Vaca Aparelho Reprodutivo da Vaca I. Ovários Órgão par e principal estrutura do aparelho reprodutivo das fêmeas; Funções: gametogênica – produção do óvulo androgênica – produção de hormônios esteróides: estradiol – folículo em desenvolvimento progesterona – corpo lúteo Localização: intra-abdominal; Forma: ovóide, ligeiramente achatado; Peso: entre 15 e 20 g; Dimensões: 4 x 2,5 cm; Aparelho Reprodutivo da Vaca Estrutura: Zona cortical: zona parenquimatosa e mais superficial do ovário; epitélio germinativo – unisseriado; estroma – células conjuntivas, folículos e corpo lúteo; folículos constante atividade de maturação, transformação e involução; folículo primordial - camada de células formando uma cavidade que contém um óvulo imaturo; proliferação de células foliculares e formação do antro folicular – folículos primários, secundários e terciários; folículo maduro ou folículo de Graaf; corpo lúteo - transformação evolutiva do folículo de Graaf; corpo albicans ou cicatricial – involução do corpo lúteo; folículos atrésicos – forma involutiva com presença do óvulo; Zona medular – tecido conjuntivo de sustentação, vasos e nervos. Ciclo Ovárico Aparelho Reprodutivo da Vaca Aparelho Reprodutivo da Vaca II. Trompas de Falópio, Tubas ou Ovidutos condutos flexuosos que vão do ovário ao corno uterino; mede cerca de 15 a 30 cm; servem para a excreção do óvulo; em sentido inverso conduzem os espermatozóides; local onde ocorre a fecundação; divisão infundíbulo ou pavilhão – estrutura em forma de funil que envolve o ovário e recebe o óvulo quando da ovulação através do orifício tubo-ovário. ampola tubária – porção mediana, mais dilatada; istmo – parte mais estreita que se abre no corno uterino através do orifício tubo-uterino; Aparelho Reprodutivo da Vaca III. Útero órgão musculoso, cavitário de localização pelve abdominal; abriga o embrião durante a gestação; constituição: cornos uterinos – em número de dois, são cilíndricos, com porção anterior mais estreita que passa gradativamente à trompa; corpo uterino – cilindro achatado, com porção anterior (fundo do útero) mais ampla e bifurcando-se para os cornos; carúnculas – diferenciações da mucosa do corpo e cornos uterinos, em número de 70 a 120, ligam as membranas fetais ao útero durante a gestação. colo uterino porção mais posterior do útero, de parede espessa e luz reduzida; resistência característica permite exame através da mucosa retal; conduto cervical quase sempre obliterado por dobras e saliências da mucosa e pelo muco cervical; protege o útero. Aparelho Reprodutivo da Vaca IV. Vagina estrutura tubular que vai do útero até a prega transversal pouco antes do meato urinário; órgão copulatório onde o sêmen é depositado. V. Vestíbulo Vulvar e Vulva vias genitais mais externas, estendem-se da vagina até o orifício vulvar; no vestíbulo vulvar encontra-se o meato urinário; a vulva representa a abertura externa do aparelho genital. VI. Glândulas anexas não apresentam o mesmo valor daquelas do aparelho reprodutivo do touro; todas as glândulas se concentram no vestíbulo – glândulas vestibulares maiores e menores Maturação folicular ou pré- ovulatória Ovulação Luteinização ou pós-ovulatória Involução do corpo lúteo CICLO ESTRAL Denominação dada ao ciclo sexual ou genital dos animais domésticos, compreendido por modificações periódicas que sofrem as diversas partes do aparelho genital. Ciclo Ovárico Ciclo Ovárico CICLO ESTRAL Proestro Estro Metaestro Diestro Fase Luteínica Fase Folicular Fase Folicular 1. Proestro duração aproximada de 3 dias; inicia-se com as modificações degenerativas do corpo lúteo; declínio dos níveis de progesterona; reinício de novo desenvolvimento folicular; aumento dos níveis de estradiol; liberação de GnRH pelo hipotálamo; estímulo à liberação de FSH e LH pela pituitária; FSH estimula o desenvolvimento folicular; FSH e LH estimulam a maturação folicular; aumento nos níveis de estradiol; liberação massiva de LH; mudanças comportamentais da vaca. Fase Folicular 2. Estro duração média de 20 horas; poderá se estender por 24 a 36 horas; mostra-se em média 5 horas mais curto em vacas zebuínas elevação dos níveis de estradiol; dilatação da cérvice; síntese de secreção muco vaginal; manifestação do cio. Sintomas do Cio Inquietação Encenação da monta Redução da ingestão de alimentos Queda na produção de leite Presença de corrimento muco vaginal claro e viscoso Vulva e vagina intumescidas e aumentadas A VACA ACEITA A MONTA Fase Luteínica 3. Metaestro duração de 3 a 4 dias ovulação ocorrerá entre 12 e 16 horas após as últimas manifestações do cio; ocorre a ruptura do folículo com a liberação do óvulo, que é transportado até a porção média do obducto; a multiplicação das células da parede interna do folículo origina o corpo lúteo ou corpo amarelo; corpo lúteo produz a progesterona responsável pela manutenção da gestação; caso ocorra a fecundação o corpo lúteo persistirá. Fase Luteínica 4. Diestro duração de 10 a 13 dias; corpo lúteo permanece funcional; mantém-se os níveis de progesterona; ocorre a regressão do corpo lúteo aos 17 dias do cio; queda dos níveis de progesterona; luteólise – prostaglandina F2α (PGF2α ); início de novo ciclo estral. CICLO ESTRAL Anestro Período de inatividade sexual; Não ocorre manifestação do cio; Ocorrência normal: período que antecede a puberdade - glândulas sexuais imaturas durante a gestação – ação da progesterona Ocorrência eventual: período pós-parto durante a lactação provoca retardamento na atividade reprodutiva com reflexos negativos sobre a eficiência reprodutiva e produtiva dos rebanhos de corte e de leite. Anestro Pós-parto nível nutricional da vaca; idade da vaca ou ordem de parição; volume da produção de leite; intensidade e freqüência da amamentação; época do parto; grau de involução uterina; patologias. Nível nutricional da vaca Pastagens – base da alimentação Aspectos quantitativos oferta de forragem determina a condição corporal da vaca; condição corporal relaciona-se com status nutricional da vaca; estacionalidade da produção de forragens; crescimento forrageiro: precipitação, temperatura e luminosidade; precipitação pluviométrica e umidade do solo; 80% da produção forrageira concentra-se na estação chuvosa; Aspectos qualitativos deficiências de nutrientes específicos e energia; energia/proteína; fósforo; vitamina A; Período de Chuvas Período Seco Necessidade de forragem Oferta de MS Estacionalidade da produção de forragens Percentagem de vacas em cio aos 40, 50 e 60 dias após o parto, de acordo com a condição corporal ao parto. Condição corporal ao parto Percentagem de cio 40 dias 50 dias 60 dias Magra 1934 46 Moderada 21 45 61 Boa 31 42 91 WILTBANK (1994) Efeito do nível de alimentação pré-parto e pós-parto sobre a atividade reprodutiva de bovinos. Nível de alimentação Condição corporal ao parto Vacas com cio até 90 dias pós- parto (%)1 Intervalo parto- 1º cio (dias)2 Pré-parto Pós-parto Alto Alto 6,8 96 48 Alto Baixo 6,5 86 43 Baixo Alto 4,4 85 65 Baixo Baixo 4,5 22 52 RODRIGUES (2002) 1. Baseado na escala de 1 (vaca muito magra) a 9 (vaca muito gorda). 2. Aplica-se somente para as vacas que apresentaram cio até os 90 dias pós-parto. Ordem de parto (OP) e intervalo entre partos (IEP), em dias. Ordem de parição Intervalo entre partos (Dias) OP 1 392,10 ± 3,54 OP 2 374,90 ± 4,68 OP 3 371,20 ± 3,79 OP 4 370,26 ± 3,88 OP 5 365,01 ± 3,56 OP 6 365,17 ± 3,75 OP 7 366,49 ± 4,33 OP 8 363,08 ± 5,11 OP 9 365,57 ± 5,68 OP 10 372,98 ± 5,70 OP 11 363,74 ± 6,01 OP 12 373,82 ± 7,19 Cio Silencioso Cio que resulta em ovulação, mas onde não ocorrem os sintomas clássicos, dificultando a identificação pelo homem, sendo perfeitamente identificáveis por touros, rufiões ou mesmo por vacas androgenizadas. Afeta a eficiência reprodutiva monta natural controlada ou inseminação artificial identificação pelo homem Sempre utilizar rufiões ou vacas andogenizadas para auxiliar na identificação dos cios antes de levar as vacas à reprodução. Puberdade Ocorre quando machos e fêmeas são capazes de produzir gametas – espermatozóides e óvulo Novilha primeiro cio acompanhado de ovulação espontânea. Raça • Raças de pequeno porte são mais precoces sexualmente • Raças zebuínas são mais tardias em relação às raças européias Padrão de crescimento (desenvolvimento) e peso corpóreo Condição nutricional Fatores sociais Idade à puberdade Idade à Puberdade Raças européias de leite • 300 a 360 dias Raças européias de corte • 320 a 460 dias Raças zebuínas • 500 a 800 dias Primeira cobertura ou inseminação artificial Peso Vivo Desenvolvimento corporal mínimo Raças européias de pequeno porte 250 a 300 Kg Raças zebuínas e mestiços 300 a 320 Kg Raças européias de grande porte 320 a 350 Kg Sistemas de Fecundação I. Cobertura ou Monta Natural Reprodutor realiza o salto ou cópula; Monta natural livre Monta natural controlada 1. Monta natural livre Touros e vacas soltos no campo; Fácil manejo; Reduzida necessidade de mão-de-obra; Facilidade de transmissão de doenças pela cópula; Difícil controle das coberturas; Possibilidade de esgotamento dos touros; Realização de saltos desnecessários. Relação touro:vaca = 1:25 ou 1:30 Bovinocultura de corte 2. Monta natural controlada Touros mantidos separados das vacas; Identificação do cio e realização da cobertura; Manejo mais criterioso; Maior necessidade de mão-de-obra; Menor de transmissão de doenças pela cópula; Facilita o controle reprodutivo; Evita esgotamento dos reprodutores; Número de saltos por cio mais reduzidos; Possibilidade de perda de cios não identificados Relação touro:vaca = 1:50 Bovinocultura de leite e seletiva Sistemas de Fecundação II. Inseminação Artificial (I.A.) Fecundação realizada com intervenção do homem Vantagens da I.A. Acesso a sêmen de reprodutores de qualidade superior; Emprego de reprodutores testados – Teste de Progênie; Melhoramento genético do rebanho mais garantido; Redução no tempo necessário para testar a qualidade da prole; Identificação de vacas e novilhas com problemas reprodutivos; Impossibilidade de transmissão de doenças pela cópula. Requisitos para o uso da I.A. Aceitação do método pelo criador; Boas condições de manejo, sanidade e alimentação; Controle reprodutivo eficiente; Instalações adequadas; Facilidade na aquisição de material de consumo; Assistência veterinária periódica. Fatores que contribuem para a eficiência da I.A. Mão-de-obra treinada e qualificada; Correto uso da técnica de inseminação; Emprego de sêmen de qualidade e adequadamente conservado; Perícia na identificação das vacas em cio; Execução da prática da inseminação no momento exato; Época de acasalamento dos Bovinos Bovinos – animais poliestrais anuais. Acasalamentos ao longo do ano Acasalamentos em épocas definidas Acasalamentos ao longo do ano Trabalhos de cobertura ou de I. A. ocorrem durante todos os meses do ano; Nascimentos ao longo do ano; Recomendável para a bovinocultura leiteira brasileira; Lactações são distribuídas mais uniformemente ao longo do ano; Política de produção e comercialização de leite define que a produção deve ser distribuída uniformemente durante o ano; Estacionalidade da produção forrageira afeta os desempenhos reprodutivo e produtivo dos rebanhos leiteiros. Acasalamentos em épocas definidas Também denominada ESTAÇÃO DE MONTA; Trabalhos de cobertura ou de I. A. ocorrem em épocas pré definida; Concentração dos nascimentos; Recomendável para a bovinocultura de corte; Permite exercer maior pressão sobre a fertilidade do rebanho. Vantagens da Estação de Monta Disciplina os trabalhos de monta e I. A.; Disciplina a época de nascimentos e de apartação de bezerros; Facilita o descarte de animais de baixa produtividade ou improdutivos; Racionaliza o manejo do rebanho e o uso da mão-de-obra; Aumenta a eficiência produtiva e reprodutiva no sistema de produção; Permite a uniformização de lotes de animais para comercialização. Época da Estação de Monta Condições fisiológicas da vaca para o exercício da função reprodutiva; Época de nascimento dos bezerros; Época da apartação dos bezerros; Época do abate dos produtos; Período chuvoso Intermediário chuva/seca Período seco Intermediário seca/chuva Época da Estação de Monta Período chuvoso Intermediário chuva/seca Período seco Intermediário seca/chuva • Condições de alimentação favoráveis para touros e vacas; • Vacas com bom escore corporal ciclam regularmente; • Favorece a produção leiteira; • Alimentação adequada para animais desmamados; Abundante produção forrageira de qualidade • Proliferação de doenças infectocontagiosas, endo e ectoparasitas; • Bezerros recém nascidos são muito sensíveis; • Condições de desconforto. Excesso de umidade e temperaturas elevadas Época da Estação de Monta Período chuvoso Intermediário chuva/seca Período seco Intermediário seca/chuva • Alimentação escassa e com limitações nutricionais para touros e vacas; • Perda de peso das vacas compromete o ciclo estral; • Redução da produção leiteira das vacas; • Condições desfavoráveis de alimentação para animais desmamados; Crescimento forrageiro limitado e de baixa qualidade • Baixa incidência de doenças infectocontagiosas, endo e ectoparasitas; • Bezerros recém nascidos são menos afetados; • Melhores condições de desconforto ambiental. Baixa precipitação pluviométrica e umidade Época da Estação de Monta Ao definir a época da estação de monta considerar ainda: Maranhão: Início do período de chuvas: Sul – outubro; Norte – dezembro. Duração do período de chuvas: Leste – mais curto; Oeste – mais longo. Períodos intermediários seca/chuva e chuva/seca; Características ecológicas de regiões específicas, ex. Baixada Maranhense; Características específicas de cada sistemade produção; Manejo alimentar de matrizes com emprego de suplementação na seca; Manejo alimentar de bezerros com emprego de suplementação durante a fase de amamentação (Creeping) e desmame. Fecundação Nascimento dos bezerros (9 meses) Desmame dos bezerros (7 meses) Abate (24 a 36 meses) Época da EM = Mês de Nasc. – 9 meses 0 • Fecundação 9 meses • Nascimento dos bezerros 7 meses • Desmame dos bezerros 0 • Fecundação 9 meses • Nascimento dos bezerros 7 meses • Desmame dos bezerros 18 a 30 meses • Abate Época da EM = Mês do Desm. – 16 meses Época da EM = Mês do Abate – 34 a 46 m. 0 • Fecundação 9 meses • Nascimento dos bezerros Duração da Estação de Monta Eficiência Reprodutiva Ideal um bezerro por vaca ano 365 dias – (282 dias + 40 dias) = 43 dias • Primeira Estação de Monta com duração de 180 dias; • Reduzir 30 dias a duração da Estação a cada ano; • Eliminar os meses que resultam em menor freqüência de parições; • Atingir a meta de 60 a 90 dias; • Duração ideal depende das condições de ambiente as quais o rebanho está submetido. Adoção da prática da Estação de Monta pela primeira vez em uma fazenda: Duração e época da Estação de Monta para Novilhas À puberdade o metabolismo é voltado apenas para o crescimento; Estação de monta com duração menor: 45 dias; Primíparas apresentam características peculiares com intervalo do primeiro para o segundo parto naturalmente mais longo; Exige maior flexibilidade; Antecipa-se em um ou dois meses a estação de monta em relação a das demais fêmeas. Novilhas destinadas à reposição devem ser submetidas a prévia seleção; Colocar em monta cerca de 25% a mais de novilhas necessárias para a reposição das vacas descartadas; Selecionar para a reposição aquelas que conceberem ao início da estação de monta; 345 350 355 360 365 370 375 380 385 390 395 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª Intervalo entre partos (dias) de acordo com a ordem de parição. E. M. 1 (60 dias) Gestação (283 dias) P. P. (45 dias) P. P. (45 dias) E. M. 2 (60 dias) Gestação (283 dias) P. P. (45 dias) Anestro ( ? ) E. M. 1 (45 dias) 1ª Gestação (283 dias) P. P. (45 dias) E. M. 2 (60 dias) 2ª Gestação (283 dias) E. M. 1 (60 dias) Gestação (283 dias) P. P. (45 dias) P. P. (45 dias) E. M. 2 (60 dias) P. P. (45 dias) Anestro ( ? ) E. M. 1 (45 dias) 1ª Gestação (283 dias) P. P. (45 dias) E. M. 2 (60 dias) Estação de Monta para Vacas Estação de Monta para Novilhas Estação de Monta para Vacas Estação de Monta para Novilhas P. P. (45 dias) E. M. 3 (60 dias) P. P. (45 dias) Gestação (283 dias) 1ª Gestação (283 dias) E. M. 3 (60 dias) E. M. 3 (60 dias) Esquema de descarte de Vacas e Novilhas 1. Novilhas vazias após sua primeira Estação de Monta; 2. Vacas vazias por dois anos consecutivos; 3. Vacas velhas que se apresentem vazias; 4. Vacas que recusarem a cria ou tenham desmamado bezerros leves; 5. Vacas e novilhas com defeitos fenotípicos (despigmentação, prognatismo, etc.); 6. Vacas vazias com alterações do sistema genital ao exame ginecológico; Vacas vazias que escaparem desta triagem serão identificadas e aguardarão a próxima estação e monta, quando terão apenas 30 dias de oportunidade para se transformarem em reprodutoras regulares. Gestação Período que se estende da fecundação ou fertilização ao nascimento do bezerro ou parto. 291 dias 270 dias 282 dias Fases da gestação Período de Ovo • Estende-se da fecundação até o 10º - 12º dia; • Estágio de vida livre. Período Embrionário • Estende-se do 10º - 12º dia ao 40º - 45º dia; • Desenvolvimento do blastócito até a diferenciação dos órgãos e sistemas do embrião; • Ocorre a formação da placenta; • Diagnóstico de gestação. Período Fetal • Estende-se do 40º - 45º dia até o dia do parto; • Maior desenvolvimento fetal ocorre no terço final da gestação. PARTO Cuidados com a vaca antes do parto Separar a vaca em pasto ou piquete maternidade; Fornecer água à vontade; Ofertar pastagem de boa qualidade; Oferecer sempre uma mistura mineral de qualidade; Fornecer ração concentrada no caso de vacas leiteiras; Garantir acesso à sombra nas pastagens; Observar freqüentemente os animais. Completo o oitavo mês de gestação da vaca devemos: Sinais da aproximação do parto Relaxamento e flexibilidade dos músculos e ligamentos da garupa e da base da cauda; Vulva edemaciada com saída de muco espesso; Úbere e tetos distendidos pela presença de leite (colostro) AMOJO. Tipos de Partos • Realizado através das forças naturais do animal, e no tempo normal, terminando no máximo 12 horas do seu início; • Fases: preparatória, dilatação, expulsão do feto e expulsão da placenta; • Ação dos hormônios relaxina, oxitocina e prostaglandina F2α; • Após o parto evitar o contato dos outros animais com os restos placentários. Parto Normal ou Eutócico • Comum em primíparas; • Apresentação anormal do bezerro, bezerros excessivamente pesados ou pequena área pélvica da mãe; • Necessita de intervenção de um médico veterinário. Parto Distócico Parto Eutócico Parto Eutócico Parto Eutócico Índices da Eficiência Reprodutiva • (Número de bezerros nascidos / número de fêmeas aptas a reprodução) x 100 (%) • Ideal = 100% Taxa de natalidade • Período compreendido entre uma parto e outro (dias ou meses) • Período de gestação + Período de serviço • Ideal = 365 dias ou 12 meses Intervalo entre partos • Período compreendido entre o parto e a próxima concepção (dias) • Ideal = 83 dias Período de serviço • (Número de fêmeas diagnosticadas prenhes / número de fêmeas aptas a reproduzir) x 100 (%) • Ideal = 77% Taxa de concepção • Idade à primeira parição • Relaciona-se com a idade à primeira concepção • Ideal = depende de fatores como raça do animal Idade à primeira cria Problemas reprodutivos Alimentação Doenças metabólicas e infecciosas Manejo Reprodutor REPETIÇÃO DE CIOS ANESTRO ABORTO Ausência de ciclo estral e estro Falha na identificação do cio Falha na fertilização Morte embrionária Infeccioso Não infeccioso Idade avançada ao primeiro parto Longo intervalo entre partos Eficiência reprodutiva
Compartilhar