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aula Saúde Pública SUS

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Serviço Único de Saúde - SUS
conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta ou indireta e das fundações, mantidas pelo poder público e complementarmente pela iniciativa privada (Lei 8.080/90).
 Criado pela Constituição Federal em 1988.
“Art. 196. A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Todas as pessoas tem direito ao atendimento independente da cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc.
A saúde é direito de cidadania e dever dos governos municipais, estadual e federal.
Todo cidadão é igual perante o SUS. Os serviços de saúde devem saber quais são as diferenças dos grupos da população e trabalhar cada necessidade.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
1. Regionalização/ Hierarquização:
 A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de Saúde da população de uma área delimitada.
Descentralização:
 Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre as esferas de governo (municipal, estadual e federal) a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chances haverá de acerto.
Os principais instrumentos para exercer o controle social são os conselhos e as conferências de saúde, que devem respeitar o critério de composição paritária (participação igual entre os usuários e os demais), além de caráter deliberativo, isto é, ter poder de decisão.
3. Participação Popular:
 É um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da saúde pública, em particular; é dever do poder público garantir as condições para essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS.
Racionalidade
O SUS deve se organizar para oferecer ações e serviços de acordo com as necessidades da população e com os problemas de saúde mais frequentes em cada região.
Uma cidade não pode, por exemplo, manter um hospital e não dispor de unidades básicas de saúde.
 Participação Complementar do Setor Privado
O SUS prevê a participação do setor privado: as ações serão feitas pelos serviços públicos e de forma complementar pelo setor privado, preferencialmente pelo setor filantrópico e sem fins lucrativos, por meio de contrato administrativo ou convênio, o que não descaracteriza a natureza pública dos serviços
Resolutividade
O SUS deve ser eficaz e eficiente: deve prestar serviços de qualidade e apresentar soluções quando as pessoas o procuram ou quando há um problema de saúde coletiva.
Deve usar da racionalidade, utilizar as técnicas mais adequadas, de acordo com a realidade local e a disponibilidade de recursos, eliminando o desperdício e fazendo com que os recursos públicos sejam aplicados da melhor forma possível.
O NÚCLEO DE APOIO A SAUDE DA FAMÍLIA - NASF: é constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Unidades de Atenção Básica, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade dessas equipes.
Poderão compor os Nasf 1 e 2 os seguintes profissionais: médico acupunturista, assistente social, profissional/professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, nutricionista, médico pediatra, psicólogo, médico psiquiatra, terapeuta ocupacional, médico geriátrica, médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação física e profissional de saúde sanitária, ou seja, profissional graduado na área de saúde, com pós-graduação em saúde pública ou coletiva, ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
A Portaria GM/MS n0 2.488 de 21 de outubro de 2011, aprova a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS, que inclui a Medicina Veterinária no Nasf.
Mas a portaria não por si só garantirá aos profissionais elencados a participação, uma vez que a composição dos Nasfs será feita a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas nos territórios.
A composição de cada Nasf será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir de dados epidemiológicos .
É necessário um intenso trabalho de divulgação do papel do Médico Veterinário na Saúde Pública, para gestores públicos da área, bem como para as comunidades envolvidas.
Participação de Sistema CFMV/CRMVs, Sindicatos, Associações e o próprio Medico Veterinário, principalmente em nível de Conselhos Municipais de Saúde.
As atribuições do Med. Veterinário no Nasf estão sendo construídas, haja vista ser uma nova área de atuação profissional.
AÇÕES DO MÉDICO VETERINÁRIO NOS TERRITÓRIOS ATENDIDOS PELO NASF
Visitas domiciliares para o diagnóstico de riscos envolvendo o homem, animais e o ambiente;
Prevenção, controle de doenças e diagnóstico situacional de riscos por doenças transmissíveis por animais vertebrados e/ou invertebrados (raiva, leptospirose, tuberculose, leishmaniose, dengue, febre amarela, teníase/cisticercose,etc. e outros fatores determinantes do processo saúde e doença;
Educação em Saúde com foco na promoção, prevenção e controle de doenças de caráter antropozoonótico e demais riscos ambientais, incluindo desastres naturais e provocados pelo homem;
Desenvolver ações educativas e de mobilização contínua da comunidade, relativas ao controle das doenças /agravos na área de abrangência, no uso e manejo adequado do território com vistas a relação saúde/ambiente (desmatamento, uso indiscriminado de medicamentos veterinários entre outros);
Estudos e pesquisas em saúde pública que favoreçam a territorialidade e a qualificação da atenção;
Ações de educação em saúde nas escolas, divulgação nos meios de comunicação e sensibilização às comunidades e sociedade organizada ou não;
Dar respostas às emergências de saúde pública e eventos de potencial risco sanitário nacional de forma articulada com os setores responsáveis;
Cuidado com resíduos sólidos;
Prevenção e controle de DTA’S;
Identificação e orientações sobre riscos de contaminação por substâncias tóxicas (agrotóxicos, pesticidas e inseticidas de uso veterinário);
APOIO ÀS EQUIPES DE SAÚDE
- Discussão de casos específicos: prevenção e controle de doenças transmissíveis por alimentos, animais e alterações ambientais provocadas pelo homem e desastres naturais;
Visitas domiciliares sempre relacionadas às casuísticas que envolvam intersecções entre saúde animal e humana;
Identificar emergências epidemiológicas de potencial zoonótico, de modo contínuo e sistemático;
Participação em conjunto com todos os componentes da equipe no planejamento, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas no programa;
Orientações de caráter preventivo e auxílio em casos de animais peçonhentos;
ATUAÇÕES COMUNS DE TODOS OS PROFISSIONAIS DO NASF
Identificar em conjunto com a ESF e comunidade: as atividades, as ações e as práticas a serem desenvolvidas em cada uma das áreas de responsabilidade;
Atuar de forma integrada e planejada nas atividades desenvolvidas pela ESF;
Desenvolver coletivamente ações que se integrem a outras políticas: educação, esporte, cultura, trabalho, etc.;
Elaborar estratégicas de comunicação e educação para divulgação e sensibilização das atividades dos Nasfs;
Elaborar projetos de prevenção de doenças e promoção à saúde, por meio de discussões periódicas em equipes, realizando ações interdisciplinares e desenvolvendo a responsabilidade compartilhada.

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