Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Prof. Dra. LEILA SANTANA COIMBRA Doenças Periodontais Agudas FACULDADE INTEGRADA DE PERNAMBUCO Classificação das Doenças e Condições Periodontais (AAP 1999) I- Doenças Gengivais A- Induzidas pela placa GUN B- Não induzidas pela placa GEHA II- Periodontite Crônica III- Periodontite Agressiva IV- Periodontite como Manifestação de D. Sistêmicas V- Doenças Periodontais Necrotizantes A- GUN B- PUN VI- Abscessos do Periodonto A- Gengival B- Periodontal C- Periocoronário VII- Periodontite associada às Lesões Endodônticas VIII- Deformidades ou Condições Adquiridas ou de Desenvolvimento AAP, 1999 Seabra et al., 2005 “Os processos agudos do periodonto são caracterizados por condições clínicas de início rápido que envolvem o periodonto com quadro de dor, desconforto e infecção, podendo ser localizados ou generalizados e com possíveis manifestações sistêmicas.” 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) 3. Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN) 4. Abscesso Gengival 5. Abscesso Periodontal 6. Abscesso Pericoronário (pericoronarite) 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) Origem viral – herpes simples (HSV1) Crianças adolescentes Infecção primária cavidade bucal - assintomática - sintomática : gengivite- dor intensa – vermelhidão- edema Período de incubação: 1 semana - Vesículas – ruptura- coalescência úlceras cobertas de fibrina - Febre e Linfadenopatia Cura espontânea 10 a 14 dias sem formação de cicatrizes Lindhe, 2005 Etiologia Manifestações primárias Carac classicas 20-40% indivíduos com infecção primária Mais de uma vez por ano vermelhão do lábio e/ou pele adjacente Agrupamento de úlceras pequenas gengiva inserida; palato duro 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) Herpes labial ; genital; ocular; encefálico Manifestações secundárias Luz solar Trauma Febre Tensão Menstruação Reativação do vírus Lindhe, 2005 Latente no gânglio trigêmio (onde terminações neurais são reconhecidas por estarem agrupadas Pacientes imunodeficientes (HIV) alto risco para adquirirem infecção de repetição Pequenas vesículas esféricas Úlceras dolorosas 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) Características clínicas Anamnese completa Exame clínico: sinais e sintomas Exame laboratorial Ex sangue para aumento do anticorpo contra HSV1- infecção primária Isolamento vírus – aspiração lesões vesiculares intactas resultado negativo não descarta possibilidade infecção 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) Eritema multiforme Líquen plano bolhoso Síndrome de Stevens-Jonhson Gengivite descamativa Estomatite aftosa recorrente GUN Diagnóstico clínico Diagnóstico diferencial Lindhe, 2005 Locais: dor, vesículas, sensibilidade à temperatura, condimentados, frutas cítricas Sistêmicos: Febre, mal-estar, linfadenopatia mais relevante p casos de infecção primária em q Ac está permanece elevado p o resto da vida Curso clínico de 7 a 14 dias. Medidas paliativas conforto ao paciente durante o curso da doença: O Aciclovir é uma droga específica contra o herpes vírus utilizada com sucesso. Carranza, 2002 1. Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA) Tratamento periodontal básico - remoção cuidadosa da placa para limitar a superinfecção bacteriana das ulcerações, retarda cura Bochechos com anestésico tópico Ingestão de líquidos Administração de analgésicos Tratamento 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) Lindhe, 2005 AAP, 2000 Denominações Definição Prevalência Gengivite ulceromembranosa Gengivite de Vincent Gengivoestomatite necrosante Boca de trincheira Infecção aguda caracterizada pela ulceração, necrose das papilas e gengiva marginal, sangramento, dor, sem perda de inserção. Altos indíces Segunda Guerra Mundial 14% militares 15 a 30 anos fatores sistêmicos depleção sistema imune 11% em indivíduos HIV Bacteriana Sistema Imunológico Alteração Imunológica Primária: diminuição da resposta quimiotática e de fagocitose de PMNs Alteração Inflamatória Secundária: linfócitos exacerbam processo de destruição periodontal qto à atividade celular e a produção de Ac Fusobacterium nucleatum Prevotella intermedia Porphyromonas gingivalis LPS Endotoxinas Danos teciduais diretos e indiretos 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) Etiologia Locais: Higiene bucal Gengivite pré-existente Fumo – qtd cigarros/dia Álcool Sistêmicos Psicossomáticos (estresse emocional); sono inadequado Má nutrição Doenças que afetam sistema imune leucemia, lúpus, agranulocitose, infecção pelo citomegalovírus e HIV 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) Fatores predisponentes LOCAIS Necrose gengival papilar Formação de crateras interproximais Presença de pseudomembrana Sangramento facilmente provocado Eritema linear Dolorosa e de progressão rápida Pode ocorrer em bocas saudáveis ou sobreposta a gengivite crônica e bolsa periodontal 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) Características Clínicas Lindhe, 2005; Carranza, 2002 Pseudom- céls epit descamadas e bact em malha de prot salivares Dentes co bastante placa – pac q n escova nem se alimenta há dias SISTÊMICAS Linfadenopatia Febre e mal-estar Perda de apetite Leucocitose Pulsação elevada 2. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) Carranza, 2002 Características Clínicas SANTOS, F.A. Infecção caracterizada por necrose de gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar. 3. Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN) Definição Lindhe, 2005 Anamnese Sinais e Sintomas Exame Clínico Biópsia (não específico) GOSTO METÁLICO SALIVA PASTOSA SIALORRÉIA HALITOSE Doenças Periodontais Necrosantes GUN - PUN Diagnóstico Lindhe, 2005; Carranza, 2002 Raspagem (Ultra-som / manual) remoção CUIDADOSA de depósitos LIMIAR DE DOR DO PACIENTE Limpeza cuidadosa Controle químico Limpeza com H2O2 Instruções de higiene bucal Instruções alimentares ANTIBIÓTICOS Penicilina Tetraciclina Metronidazol; Flagyl 400 mg (8/8 hs) / 250 mg (6/6 hs) Doenças Periodontais Necrosantes GUN - PUN Tratamento FASE AGUDA Eliminar a atividade da doença manifestada Evitar a dor e desconforto geral do paciente moles e calcificados Lindhe, 2005 “O tratamento não estará completo até que todos os defeitos gengivais tenham sido eliminados e se estabeleçam condições favoráveis para um controle de placa adequado, além de se tentar eliminar os fatores predisponentes buscando prevenir a recorrência” Doenças Periodontais Necrosantes GUN - PUN Tratamento FASE DE MANUTENÇÃO Tratamento Periodontal Básico Plastia Gengival GUN X GEHA GUN GEHA 15-30 anos crianças Bacteriana Viral Eritema Linear Eritema difuso Papilas interdentais Gengiva e Mucosa Bucal Lesões necróticas Vesículas Curso indefinido Curso de 7 a 14 dias Não contagiosa Contagiosa Destruição tecidual permanente Cicatrização sem destruição tecidual 4. Abscesso Gengival Lesão localizada, dolorosa e com rápida expansão na gengiva marginal ou papila interdental, podendo ocorrer em áreas livres de doença periodontal. A lesão está confinada ao tecido gengival, não estando associada a perda de inserção Definição Agente irritante no sulco gengival: Corpo estranho: fio dental, alimentos, cimento odontológico, material ortodôntico Atuam como agressão física Proporcionam entrada de bactérias no sulco gengival 4. Abscesso Gengival Etiologia Processo inflamatório agudo Curetagem da área afetada remoção do agente etiológico eliminação dos tecidos formados pela inflamação aguda. Início súbito Edema localizado na margem gengival ou papila interdental Coloração avermelhada Superfície lisa e brilhante Dor e desconforto Flutuante em 24-48h com secreção purulenta Com progressão se rompe espontaneamente 4. Abscesso Gengival Características Clínicas Tratamento 5. Abscesso Periodontal “ Inflamação purulenta localizada dentro da parede gengival de uma bolsa periodontal podendo resultar em destruição das fibras colágenas gengivais e perda óssea.” Definição Presença da bolsa periodontal Exacerbação da lesão crônica Pós raspagem ou profilaxia profissional Pós cirurgia periodontal Pós administração de antibióticos Lindhe, 2005 Impactação de corpo estranho Alterações na morfologia da raiz Restaurações mal adaptadas Trepanações e perfurações 5. Abscesso Periodontal Classificação e Etiologia RELACIONADAS À PERIODONTITE NÃO-RELACIONADAS À PERIODONTITE Microbiota semelhante a lesões crônicas de periodontite Microbiota polimicrobiana, dominada por bastonetes, imóveis, anaeróbios estritos, Gram negativos. Porphyromonas gingivalis é a mais virulenta. Lindhe,2005 Procedimentos emergenciais 8 a 14% Associado a DP avançada pré-existente, com bolsas periodontais profundas (tortuoso e profundo) e lesões de furca Pacientes portadores de Diabetes Mellitus Região de molares 50% (Região de furca; complexidade da morfologia radicular) Prevalência relativamente alta e pode afetar o prognóstico do dente com suporte periodontal reduzido 5. Abscesso Periodontal Prevalência Lindhe,2005 5. Abscesso Periodontal Fechamento ou trauma na entrada da bolsa periodontal Extensão da infecção da bolsa periodontal. Formação de infiltrado inflamatório Encapsulamento bacteriano e formação da secreção purulenta Patogênese Lindhe,2005 Dor pulsátil Edema Mobilidade aumentada Leve extrusão Perda óssea acelerada Sensibilidade a percussão Supuração A posição da fístula não é um sinal patognomônico 5. Abscesso Periodontal Características Clínicas Schuwartz,H Anamnese criteriosa Sinais e sintomas clínicos Exame radiográfico Cisto periapical lateral Fraturas verticais radiculares Abscessos endoperiodontais Abscessos periapicais 5. Abscesso Periodontal Diagnóstico Diagnóstico diferencial Lindhe,2005 Dor a percussão Dor espontânea e pulsátil Edema gengival Mobilidade aumentada Fístula 5. Abscesso Periodontal Sondagem Teste de vitalidade Ex. radiográfico Lindhe,2005 Periodontal x Periapical SEMELHANÇAS Medicamentos: Soluções para bochechos (calor associado com malvona) Analgésicos e antitérmicos Antibióticos 5. Abscesso Periodontal Drenagem via bolsa periodontal Incisão vertical Tratamento Lindhe,2005 FASE AGUDA Disciplina de Periodontia, FOAr , 2009 Tratamento periodontal básico Cirurgia periodontal Perda do dente Disseminação da infecção 5. Abscesso Periodontal Tratamento Lindhe,2005 FASE CRÔNICA COMPLICAÇÕES Inflamação da gengiva ao redor da coroa de um dente com erupção incompleta Incidência: 3º Molar mandíbula aumento de volume doloroso e localizado de tecido sinais inflamatórios moderados, seguido de um trauma constante pelo 3°MS edema local e facial, trismo brando, febre baixa Peterson, 2003 6. Abscesso Pericoronário Definição Classificação BRANDA MODERADA SEVERA Capuz gengival Lesão supurativa Dor radiada Dificuldade de oclusão Inchaço da mucosa jugal Dificuldade de deglutição 6. Abscesso Pericoronário Características Clínicas Peterson, 2003 Limpeza do capuz Drenagem Irrigação com clorexidina 0,12% Bochechos; Anti-sépticos 6. Abscesso Pericoronário Antibióticos são prescritos em casos severos e com comprometimento sistêmico. Tratamento Peterson, 2003 FASE AGUDA 6. Abscesso Pericoronário Schuwartz,H Tratamento periodontal básico Tratamento cirúrgico Remoção tecidual Cunha distal Exodontia “Pacientes que já apresentaram um episódio de pericoronarite, mesmo que tratados com sucesso, continuarão a ter episódios a menos que o terceiro molar inferior acometido seja removido.” 6. Abscesso Pericoronário Tratamento Peterson, 2003 FASE CRÔNICA CARRANZA F. A., NEWMAN M. G. Periodontia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. HERRERA D. The periodontal abscess: a review. J Clin Periodontol. 27(6):377-86, 2000 LINDHE, J.; KARRING, T.; LANG, N.P. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontia Oral. 4 ed. Guanabara Koogan, 1013 p. 2005 PETERSON, L.J. et al. Cirurgia Oral e Maxilofacial Conteporânea. 4 ed. Mosby Elselvier, 794 p. 1998 SEABRA EG et al. Periodontia. A atuação clínica baseada em evidências científicas. São Paulo: Artes Médicas, 2005 Referências bibliográficas
Compartilhar