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modificações fisiológicas da gravidez

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Módulo Básico em Obstetrícia:
Modificações Fisiológicas da Gravidez
Thamires Helles Silva de Almeida
Rio Branco – Acre, Março de 2016
PRM Ginecologia e Obstetrícia
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Ocorrem mudanças anatômicas e funcionais durante a gravidez;
Importância: reconhecer os desvios da normalidade.
Má adaptação à presença do feto;
Manifestação de doenças latentes;
Intercorrências patológicas específicas do período gestacional;
Piora de doenças previamente existentes;
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Modificações :
Locais ( órgãos genitais e/ou sexuais)
Gerais ( Sistema digestório, circulatório, urinário, respiratório, nervoso, esquelético e em pele e anexos)
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Circulatório
Adaptações Hematógicas
Alteração ligada ao volume e à constituição do sangue;
 Volume sanguíneo: valores 30 a 50% maiores do que período pré-gestacional;
Variações volemia: diferenças individuais e do tecido trofoblástico.
- > gestação múltipla e < em gestação com insuficiência placentária;
- Discreto : CIUR e HAS;
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Sistema Circulatório
Adaptações Hematógicas
Importância da Hipervolemia:
Necessidade de suprimento sanguíneo nos órgãos genitais, especialmente em território uterino.
Função protetora : em relação à redução do retorno venoso e às perdas esperadas no período de parturição.
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Volume Sanguíneo e Plasmático
 volemia: volume plasmático em menor proporção da hiperplasia celular;
Hemodiluição: 
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
 
Volume Sanguíneo e Plasmático
Hemodiluição  viscosidade sanguínea  trabalho cardíaco; 
Estes processos têm início no 1° trim de gestação (6 sem), com expansão acelerada no 2º trim e redução da velocidade e estabilização nas últimas semanas do período gravídico.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Volume Sanguíneo e Plasmático
Fisiologia da hipervolemia:
Não completamente elucidada;
Retenção e excreção de sódio e água;
SRAA tem atividade aumentada de forma a suplantar a ação de mecanismos excretores;
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Volume Sanguíneo e Plasmático
Durante a Gravidez: 
 Progressivo nos níveis séricos de peptídeo natriurético + lento da volemia  receptores menos sensíveis ao estímulo acúmulo de Na e H2O;
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Eritrócitos
Volume absoluto também aumenta;
Grávidas: 450 ml de eritrócitos a mais, com > incremento no 3º trim;
 níveis de eritropoetina  discreto dos reticulócitos;
 [Hemoglobina]; < no fim da gestação;
1° trim < 12mg/dL; 2° trim < 10 mg/dL; 3º trim < 11mg/dL;
Apesar da variação : anemia na gestação quando HB < 11mg/dL.
Hto : 32%
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c
Leucócitos
 Maioria dos elementos figurados do sangue;
Leucócitos totais : 5.000 e 14.000/mm³;
Parto e puerpério imediato : até 25.000/mm³. Geralmente 14.000 a 16.000/mm³; (adrenais e estresse).
Às custas de : polimorfonucleares e linfócitos CD8.
 Proteínas inflamatórias de fase aguda. 
Proteína C reativa: eleva-se próximo ao parto;
VHS: fibrinogênio e globulinas no sangue;
Perdendo seu valor em investigações diagnósticas na gravidez;
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Coagulação
Níveis plaquetários discretamente reduzidos;
Devido: hemodiluição e consumo de plaquetas;
Certo grau de coagulação intravascular no leito uteroplacentário;
Plaquetopenia na gestação < ou igual a 100.000/mm³
Praticamente todos os fatores de coagulação estão elevados, exceto fatores XI e XIII;
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 Coagulação
Atividade fibrinolítica , às custas da elevação de inibidores do plasminogênio (precursor da plasmina , que remove fibrina).
Especula-se que essas alterações na coagulação são mediadas por altos níveis de estrógeno e progesterona oriundos do tecido placentário.
Após 1 hora da dequitação, desaparecem.
A hipercoagubilidade que impede o sangramento patológico do pós- parto, também risco do tromboembolismo.
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Metabolismo do Ferro
 Necessidades de ferro durante o ciclo gravídico-puerperal;
Contribuem para esse estado de deficiência de ferro:
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Metabolismo do Ferro
Se não houver suplementação exógena  maioria irá evoluir para anemia ferropriva; 
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Metabolismo do Ferro
Demanda de Fe é > na segunda metade da gestação, chegando 6 a 7mg/dia no 3º trim;
Em gestantes com deficiência grave de ferro, a produção de Hb fetal permanece intacta;
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Adaptações Cardiovasculares
Antes mesmo das principais modificações da circulação do território uteroplacentário, observa-se novo equilíbrio circulatório;
Gestantes hígidas toleram bem;
Portadoras de cardiopatia, hipertensão arterial ou distúrbio hiperdinâmico (Hipertireoidismo) podem descompensar já no 1º trim.
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Adaptações Hemodinâmicas
Expansão volêmica; 
DC 50% > não grávidas;
Inicia na 5ª sem, estabiliza-se por volta da 24ª sem e possui ápice no pós parto imediato, com incremento de 80%;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Adaptações Hemodinâmicas
 Tromboxano A2 + Progesterona  vasodilatação sistêmica;
Contribuem:
Refratariedade vascular aos estímulos vasoconstritores de angiotensina II e catecolaminas;
Produção de Óxido Nítrico ( nível local);
 
 
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Adaptações Hemodinâmicas
Queda da PA é mais acentuada no 2º trim e retorna para níveis pré-gravídicos próximo ao parto;
PAD : diminuiu 5 a 15mmHg
PAS: diminui 3 a 5 mmHg
Durante o Trabalho de Parto: PA, devido DC e ação das catecolaminas liberadas em razão da dor.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Adaptações Hemodinâmicas
Pressão venosa em MMII  compressão das vv. Pélvicas pelo útero volumoso;
Maior índice: hipotensão, edema, varizes e doença hemorroidária;
Compressão v. cava inferior quando em posição supina, a partir da 2ª metade da gestação;
Redução pré-carga hipotensão+bradicardia (reflexo vagal) podendo apresentar lipotímia  Síndrome da hipotensão supina.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
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Adaptações Hemodinâmicas
Iniciam por volta de 6 sem e instaladas totalmente entre o fim do 1º trim e início do 2º trim;
Distribuição do fluxo sanguíneo, desvia-se para:
- Útero, rins, mamas e pele.
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Modificações Fisiológicas da Gravidez
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Coração
Desviado para cima e para esquerda, ligeiramente rodado pra a face anterior do tórax. Devido elevação do diafragma por causa do aumento do volume abdominal;
volume do órgão : volume sistólico e hipertrofia dos miócitos;
São frequentes: extrassístoles ventriculares e taquicardias paroxísticas supraventriculares;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Coração
Comum: Sopro sistólico redução da viscosidade sanguínea e DC;
90% sopro sistólico leve;
20% sopro distólico;
10% sopro contínuo ( derivado da hipervascularização das mamas;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Hipófise
Tamanho: hipertrofia e hiperplasia da porção anterior da glândula, em especial dos lactotrofos, pela ação estimulante do estrógeno;
Volume pode dobrar ao fim da gravidez;
Síndrome de Sheehan  falência da glândula quando ocorre sangramento profuso no período periparto.
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Sistema Endócrino e Metabólico
Hipófise
Produção de prolactina (cerca de 200ng/ml)  preparar as glâdulas mamárias para a produção de leite;
Não se deve dosar prolactina para fins de acompanhamento de doenças hipofisárias durante a gravidez.
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Hipófise
Beta-hCG semelhante ao TSH estimula a função tireoidiana feedback negativodiminui a secreção e produção de TSH;
Alteração bem evidente no 1° trim, com retorno a níveis normais de TSH no 2º e 3º trim;
Produção placentária de esteróides sexuais diminuição de LH e FSH;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Hipófise
Neuro-hipófise: ADH e ocitocina
Ocitocina: níveis constantes durante a gestação e se eleva na fase ativa e período expulsivo do trabalho de parto;
ADH: não há alteração dos níveis circulantes;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Tireóide
Estimulação direta dos receptores de TSH pelo B-hCG;
Levam a sobrecarga funcional e volume da tireóide;
Bócio: 15% fisiológico;
50% patológico; Investigar quando presente!!
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Paratireóide
Função: metabolismo do cálcio;
Concepto consome em médio 300mg/dia de Ca, concentrado no 3º trim, total de 25 a 30g durante toda gravidez;
TFG  > excreção de Ca urinário;
Ocorre alteração no nível sérico de Ca total, mas não do Ca iônico. 
Não há benefício na suplementação em gestações normais;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Paratireóide
Considerar suplementação: adolescência, gemelalidade, intervalos entre partos curto e doenças intestinais disabsortivas;
PTH  níveis séricos decorrer da gravidez;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Ovários
Produção de progesterona pelo corpo lúteo, até a 7ª sem, quando o trofoblasto cresce suficientemente para sua autonomia hormonal;
Produção de Relaxina: relaxamento sistêmico das fibras de colágeno e musculares acomodação da gestação e pelo processo de parturição;
 - Envolvida no parto pré-termo e alteração da cérvix.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Sistema Endócrino e Metabólico
Ovários
Relaxina: não tem relação com embebição gravídica presente no sistema articular;
Produção elevada de andrógenos (androstenediona e testosterona) : não acarreta maiores repercussões;
- Placenta converte esses hormônios em estradiol;
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Adaptações Metabólicas
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Adaptações Metabólicas
Necessidade calórica 300kcal/dia.
Necessidade variável de acordo com os diversos trimestres, sendo maior quanto mais avançada for a gravidez;
Fase de anabolismo materno: da concepção até 24 a 26 sem, aporte reservado para reservas maternas;
Fase de catabolismo materno: tanto o aporte ingerido quanto as reservas maternas são direcionados ao crescimento ponderal do feto.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Metabolismo dos carboidratos e lípides
Fase anabólica: glicemia de jejum e basal materna às custas de armazenamento de gordura, glicogênese hepática e transferência de glicose para o feto; Estrógeno e Progesterona.
Fase catabólica: lipólise, neoglicogênese e resistência periférica à insulina. O hPL  lipólise com liberação de ácidos graxos; (30 semanas )
Excesso de ácidos graxos resistência periférica à insulina, mantendo hiperglicemia pós-prandial com consequente hiperinsulinemia.
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Metabolismo dos carboidratos e lípides 
Hiperglicemia  resulta da > necessidade energética do feto no 3º trim. Transporte de glicose para o feto ocorre preferencialmente por difusão facilitada;
Sensibilidade à insulina (40-70%): evidente a partir de 26 sem, quando ocorre hPL;
Neste momento qualquer desequilíbrio no metabolismo dos carboidratos poderá levar ao quadro de diabetes gestacional; 
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
 Metabolismo dos carboidratos e lípides
Outras substâncias envolvidas: prolactina, TNF e a leptina.
Glicosúria leve(+/4+ ou 250mg/dL)  aumento da TFG;
Níveis maiores  alerta e investigação de DM;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
Metabolismo Protéico 
Acúmulo total de 1.000g de proteínas no termo da gestação;
½ feto e anexos, ½ útero, mamas, hipervolemia e hiperplasia dos eritrócitos;
Insulina armazenamento de aminoácidos na reserva materna;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Adaptações do Organismo Materno à Gravidez 
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS DO ORGANISMO MATERNO
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Refletem basicamente alterações que podem ser mecânicas, em razão da presença anatômica do feto e de seus anexos; vasculares ou endócrinas;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Pele e anexos
Estrógeno  angiogênese;
Progesterona  vasodilatação, hiperpigmentação;
- Eritema palmar, teleangiectasias, hipertricose e secreção sebácea e sudorese;
Alopécia é rara;
Produção e secreção do hormônio melanotrófico da hipófise móleculas de tirosina na pele produção excessiva de melanina;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Sinal de Hunter
Fonte: https://fusmobgin.wikispaces.com/-+Fisiolog%C3%ADa+Embarazo
Pele e anexos
 Estrias  são mais frequentes durante a gestação;
Atribui-se à hiperfunção das glândulas adrenais (hipercortisolismo);
Já que não há alteração na qualidade das fibras colágenas nem da constituição da epiderme.
Locais mais comuns: pele do abdome, mamas e quadril;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Sistema Esquelético
Articulações sofrem embebição gravídica;
Acúmulo de líquido proveniente da ação sistêmica da progesterona e estrógeno;
Aumenta a mobilidade da pelve e prepara para parturição;
Nos MMII pode levar à dores crônicas, entorses, luxações e até fraturas.
Sínfise púbica afastar os ramos do púbis em até 2cm;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Sistema Esquelético
Volume abdominal e das mamas desvia anteriormente o centro de gravidade;
Direciona o corpo
todo posteriormente, de forma a compensar e encontrar novo eixo;
Hipercifose e hiperlordose, base de sustentação, afastamento dos pés e diminuição da amplitude dos passos (marcha anserina);
Cervical p/ frente comprime raízes cervicais fadiga muscular, dores cervicais e parestesias de extremidades;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
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Sistema Digestório
Apetite e sede  leptina e alterações ADH;
Náuseas vômitos mais prevalentes no 1º trim;
Sialorréia estímulo do nervo trigêmeo e do nervo vago, relacionado com à dificuldade de deglutição decorrente de náuseas;
Hipertrofia e hipervascularização gengival edemaciada, facilmente sangrante;
pH salivar mais baixo proliferação bacteriana, cáries;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Sistema Digestório
Relaxamento do EEI e peristaltismo  DRGE;
Pirose é comum;
Da mesma forma a contratilidade da m. lisa do estômago, da vesícula biliar e dos intestinos encontra-se reduzida, gerando empachamento e obstipação;
Secreção ácida ingesta de bebidas ácidas aliviam os sintomas;
 
Sistema Digestório
Hipotonia da vesícula biliar + CT litíase;
 Peristaltismo permanência do bolo fecal no lúmem intestinal obstipação;
Função hepática não se altera;
 FA (2 a 4x normal) no 3º trim síntese placentária;
GGT;
Outras provas bioquímicas hepáticas: normais ou levemente ou ;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
 
Sistema Digestório
Tempo de protrombina  normal;
Fibrinogênio;
Volume uterino desvio do estômago e apêndice para cima e para direita, intestinos para esquerda;
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
Sistema Respiratório
Elevação diafragmática de aprox. 4 cm;
Amplitude do difragma volume abdominal;
Caixa torácica 6cm circunferência e 2cm diâmetro;
Não há alteração da capacidade vital, apenas redistribuição dos volumes;
Volume corrente e reserva expiratória e preservação da reserva inspiratória;
Ocorre devido demanda de O2hemodiluição e queda Hb, pois FR não se altera.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
 
 
Sistema Respiratório
Alterações comuns sensação de dispnéia, rinite;
Doenças cardíacas e pulmonares devem ser descartadas quando dispnéia é intensa ou apresenta piora progressiva;
Doenças preexistentes desses órgãospioram;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Sistema Urinário
Volemia + resistência vascular periférica  TFG;
Observado a partir da 10ª sem, aumento gradativo e redução discreta perto do termo;
Acréscimo: 50 a 80% fluxo glomerular, 40 a 50% ritmo de filtração;
Altera com a posição depuração até 20% < na posição supina;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
Sistema Urinário
Excreção urinária à noite repouso em decúbito;
Progesterona Hipotonia da mm. ureteres e da bexigadiscreta hidronefrose e volume residual vesical;
Bexiga + elevada ao longo da gestação  retificação do trígono vesical refluxo vesicoureteral;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
Sistema Urinário
Incontinência urinária é queixa comum, todavia há mecanismos protetores ( comprimento absoluto e funcional da uretra e pressão intrauretral máxima);
Durante trabalho de parto compressão da apresentação fetal sobre a bexiga acarreta edema e microtrauma hematúria e infecção; 
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
 
 
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Sistema Nervoso Central
Alterações de memória e concentração  3º trim;
Sonolência  progesterona (depressor do SNC) + alcalose respiratória (hiperventilação);
Alterações do padrão e de qualidade do sono fadiga e quadro psíquicos de blues puerperal, até mesmo depressão.
Posição supina dispnéia paroxística noturna;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Visão, Olfato e Audição
Alterações da córnea edema localizado e opacificações pigmentares;
Alterações retinianas não estão presentes em gestantes hígidas, quando presentes representam acometimento local por síndrome hipertensiva;
Mucosa nasal edemaciada e hipervascularizada.
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
Visão, Olfato e Audição
Epistaxe, rinite vasomotora e hiposmia  frequentes;
Zumbidos e vertigem pouco frequentes, todavia estão presentes em gestantes cujas modificações vasculares locais foram mais acentuadas.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Sistêmicas do Organismo Materno
MODIFICAÇÕES LOCAIS DO Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Estão confinadas ao sistema genital;
São localmente mais intensas;
Alterações: dimensão, coloração, posição, forma e consistência;
No útero as alterações são mais proeminentes: circulação uteroplacentária, hipervascularização local e aumento volumétrico;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Útero
Coloração violácea  vascularização e vasodilatação venosa;
Consistência amolecida retenção hídrica no espaço extravascular, em especial na região de implantação ovular;
A partir da 2ª metade a consistência uterina se modifica na vigência de contração ou tônus muscular.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
 
 
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Útero
Volume:
Pré-gravídico: 60 a 70g, capacidade de 10ml, dimensões 7x4-5x2-3 cm;
Gestação a termo: 700 a 1.200g, capacidade 5L (podendo chegar a 20L), dimensões 30x24x22cm;
Mantém tamanho pouco maior a cada gestação sucessivamente;
Útero
Até 12 sem o útero é órgão intra-pélvico, com forma assimétrica decorrente da implantação localizada do embrião  Sinal de Piscacek;
De 12 a 20 sem, assume a forma esférica e deixa de localizar-se exclusivamente na região pélvica para tornar-se órgão abdominal.
Peso uterino e o amolecimento dos tecidos adjacentes levam-no a ocupar os fórnices laterais da vagina Sinal de Noble-Budin.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Útero
Contínuo crescimento  reduz a anteversoflexão, aliviando os sintomas de polaciúria;
Dextrorrotação uterina presença do colón sigmóide à esquerda; Estase urinária à direita e prolongamento da histerotomia para a esquerda nas césareas.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Útero – Vascularização e Inervação
Hipervascularização intensa: 50ml/min 500 a 700 ml/min; DC 3 a 6%; no termo 12%;
Surgimento de novos vasos e capacidade dos já existentes;
Principais artérias: uterinas e ovarianas;
Região ístmica  ramos das uterinas distribuem-se transversalmente ao útero e paralelamente às fibras musculares locais.
Histerotomia segmentar transversa reduz perdas sanguíneas, cicatrização de melhor qualidade devido lesão de menor número de fibras musculares;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
 
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Istmo e Segmento Inferior
A alteração da consistência do istmo, com consequente edema e amolecimento do local, coincide
com o alongamento da região e, ao toque vaginal combinado, é nota-se aumento da anteversoflexão uterina (sinal de Hegar)  polaciúria comum no início da gestação;
Ao fim da gestação é impossível diferenciá-lo macroscopicamente do corpo uterino;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Colo uterino
 Vascularização do colo modifica sua coloração, rósea violácea.
A reação decidual em células estromais que juntamente ao edema local  consistência amolecida.
A partir de 16 sem que o amolecimento do colo uterino modifica sua consistência, geralmente semelhante à cartilagem nasal, para uma consistência similar à do lábio (regra de Goodell);
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
 
Colo uterino
É comum sangramento durante a manipulação do colo uterino, devido hipervascularização. Pode ser visualizada à colposcopia;
 O risco de surgimento de lesões intraepiteliais cervicais aumenta devido hiperplasia das camadas celulares, ectopias cervicais frequentes e alterações imunológicas típicas da gestação. 
Essas lesões regridem mais frequentemente, sobretudo no pós-parto.
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
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Ovários
Cistos tecaluteínicos (grandes formações císticas e múltiplas, geralmente bilaterais e de dimensões aumentadas)  estimulação folicular excessiva e são mais frequentes quando hCG (neoplasia trofoblástica gestacional, gestações múltiplas, aloimunização Rh);
Não devem ser cirurgicamente abordados, a não ser que ocorra algum tipo de complicação, pois tendem a regredir após o parto. 
Raramente produzem andrógenos a ponto de causar virilização materna e/ou de fetos do sexo feminino;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
 
Tubas Uterinas e Ligamentos
Estiram- se pelo crescimento do útero e são levadas a ocupar posição vertical e paralela. 
Hipervascularização altera a cor das tubas, em especial das fímbrias.
Reação de deciduação irregular e descontínua é vista na camada interna, com perda do aparelho ciliar;
 No puerpério apresentam hipotrofia semelhante ao período pós-menopausa, da mesma forma que todo o sistema genital feminino dos níveis hormonais;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Tubas Uterinas e Ligamentos
Os ligamentos largos e redondos do útero se encontram hipertrofiados e congestos, bem como os paramétrios.
Dependendo da localização placentária, os ligamentos redondos, assim como os anexos, podem apresentar-se estirados na face oposta à da inserção da placenta (sinal de Palm). 
Tubas Uterinas e Ligamentos
Nas inserções placentárias na face anterior do útero, os ligamentos redondos e os anexos estarão voltados para região posterior do órgão. 
Nas inserções posteriores, os ligamentos e anexos estarão voltados para diante do corpo uterino, podendo, eventualmente, ser palpados no termo em gestantes magras;
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Vagina
A hipervascularização hiperemia e edema;
Coloração avermelhadaarroxeada, retenção sanguínea nos vasos venosos sinal de Kluge.
Diâmetro das aa. vaginais  pulsação nos fórnices laterais sinal de Osiander.
Ocorre hipertrofia das células musculares e do tecido conjuntivo + retenção hídrica  espessura e elasticidade da mucosa. 
Consequencia : pregueamento mucoso;
Distensão necessária do órgão para formação do canal de parto;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Vagina
Acúmulo de glicogênio e a descamação celular (progesterona)  substrato para proliferação de Lactobacillus acidophilus. 
O consumo do excesso de glicogênio por esses microrganismos ácido láctico  pH vaginal. 
O pH vaginal na gravidez: 3,5 a 6,0; 
Protege contra infecções bacterianas locais, mas pode predispor a infecções fúngicas;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Vulva
Pele da raiz das coxas e dos grandes lábios manchas hipercrômicas.
Coloração arroxeada  sinal de Jacquemier- Chadwick. 
Em gestantes com predisposição, em particular em multíparasvarizes vulvares, podem dificultar a realização de episiotomia ou perineotomia. 
Retenção de líquidos no espaço extravascular causa edema do vestíbulo vaginal, que funciona como coxim protetor no momento do parto;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Mamas
Dor e hipersensibilidade desde o 1º trim, melhora com o decorrer da gravidez;
 A produção hormonal de estrógeno e progesterona pela unidade placentária e de prolactina pela hipófise  crescimento e o desenvolvimento, necessários para o processo de lactação no pós-parto. 
Hiperplasia e diferenciação celular não retornam às suas características pré-gravídicas depois do período puerperal;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Locais do Organismo Materno
Mamas
 volume mamas a partir da 6 sem;
Mamilo torna-se mais pigmentado e sensível. 
Papila, mais saliente, maior capacidade erétil. 
Hiperpigmentação areolar mamilo tenha cor acastanhada, com surgimento de coloração externa aos limites originais da aréola mais clara que ela, contudo mais escura que a pele das mamas  aréola secundária ou sinal de Hunter. 
Mamas
Hipertrofia das glândulas sebáceas do mamilo  tubérculos de Montgomery;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Mamas
A pele pode apresentar estrias elevados níveis de cortisol associados à distensão local;
A hipervascularização do tecido glandular torna visível a rede venosa sob a pele  rede de Haller;
A partir da 2ª metade da gravidez saída de colostro pelas papilas à expressão mamária.
Parece não haver relação entre o volume pré-gravídico das mamas e sua capacidade de produção láctea;
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
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Modificações Fisiológicas da Gravidez
Mamas
Na espécie humana, o desenvolvimento estrutural e funcional das mamas só ocorre por completo após a gestação e lactação. 
Possui papel fundamental na nutrição e na imunidade do RN, com plasticidade surpreendente ao adaptar a quantidade e a qualidade da produção láctea ao número de neonatos e à necessidade de cada RN de acordo com a IG de nascimento;
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Modificações Locais do Organismo Materno
Referências Bibliográficas
1. REZENDE, J. Obstetrícia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
2. ZUGAIB, Marcelo. Et al. Zugaib Obstetrícia.1.ed. Barueri , SP: Malone, 2008.
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