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Terapia Cognitiva Albert Ellis

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Teoria Cognitiva TCC.pdf
1º WORKSHOP
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: 
ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS PARA CLÍNICA 
PSICOLÓGICA
Palestrante: Prof. Me. Thiago Rivero
Consultório de Psicologia
Profº Alexandre Rivero
Realização: Apoio:
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Módulo 01: Pressupostos das Terapias 
Cognitivo-Comportamentais
PENSAMENTO COMO OBJETO DE ESTUDO E INTERVENÇÃO
A psicoterapia concebida por Albert Ellis, psicólogo estadunidense, de-
nominada Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC), foi inicial-
mente publicada em 1956 e esse conteúdo foi ampliado em 1984. Todos 
esses processos fazem parte das terapias cognitivo-comportamentais.
Ele coloca o pensamento como objeto de estudo, relacionando-o dire-
tamente com a forma como as pessoas interpretam os acontecimentos 
de sua vida e as crenças sobre si mesmo, os outros e o mundo.
Ellis, baseou-se no filósofo Epícteto, que no século I d.c. apresentou a as-
serção “a perturbação emocional não é causada pelas situações, mas pela 
interpretação dessas situações”. A partir daí compreendemos de forma clara 
as representações cognitivas, que cada indivíduo desenvolve em sua vida.
RELAÇÃO ENTRE COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM
Uma representação cognitiva (mental) é um processo mental, no qual, 
o indivíduo internaliza modelos, corretos ou não, da realidade em que 
está inserida. Por meio da representação cognitiva o sujeito organiza seu 
conhecimento, formando redes mentais que servem de base para a forma 
como interpreta as situações.
Quando somos expostos a alguma situação, ativamos nossas repre-
sentações cognitivas, que determinam a forma como reagiremos naquele 
momento. Crenças e pensamentos automáticos disfuncionais colaboram 
para uma interpretação irreal da situação, levando o sujeito a reagir por 
meio de erros cognitivos, como: supergeneralização, leitura mental, ca-
tastrofização, pensamentos tudo ou nada, etc.
Nas Terapias Cognitivas (TCs) a cognição é compreendida como media-
dor da aprendizagem, estabelecendo a ponte entre o indivíduo e o estí-
mulo de forma a interpretá-lo e adquiri-lo, utilizando estratégias interati-
vas para criar significações. Esse aprendizado desencadeia mudanças de 
percepção e de comportamento que foram avaliadas e testadas empirica-
mente, por diversas vezes.
DO PENSAMENTO DO COMPORTAMENTO: 
A IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO EMPÍRICA
Um dos pressupostos da TCC é sua ênfase na pesquisa empírica:
“Baseada numa abordagem empírica e em princípios, a terceira onda da 
terapia comportamental e cognitiva é particularmente sensível ao con-
texto e às funções dos fenômenos psicológicos, não apenas à sua forma, 
e por isso tende a enfatizar estratégicas de mudanças contextuais e ex-
perimentais em acréscimo às mais diretas e didáticas. Esses tratamen-
tos procuram buscar a construção de um repertório [de comportamen-
tos] amplo, flexível e efetivo em vez de uma abordagem muito específica 
para problemas definidos de maneira muito estreita.” (Hayes, 2004).
Sendo umas das abordagens mais utilizadas pelo mundo, a TCC desen-
volveu-se por meio de inúmeras pesquisas realizadas que puderam con-
firmar e compartilhar as intervenções clínicas desenvolvidas. Aaron Beck, 
um dos maiores disseminadores da TCC comprovou a eficácia do métodos 
a longo prazo, no tratamento de diversos transtornos mentais, como: de-
pressão, ansiedade, pânico, fobia social, TOC, esquizofrenia, entre outros.
DIRETIVIDADE NA AÇÃO E PROFUNDIDADE NA CONCEPÇÃO
A TCC é uma abordagem estruturada, diretiva e com um tempo deter-
minado, na qual é necessária uma ação colaborativa, entre paciente e te-
rapeuta, com o objetivo que o paciente torne-se seu próprio terapeuta, 
desenvolvendo autoconhecimento e criando estratégias para lidar com 
os acontecimentos a sua volta.
É possível mensurar e avaliar, por meio de alguns instrumentos, 
algumas cognições como crenças centrais, crenças intermediárias e 
pensamentos automáticos, que são a base para a forma como reagimos 
as situações.
O Registro de Pensamento Disfuncional (RPD), por exemplo, é uma 
ferramenta que permite o registro e a avaliação de sentimentos e pensa-
mentos que geram algumas alteração de humor, permitindo assim, que o 
paciente comece a tomar consciência de como e porque as alterações de 
humor acontecem.
Dessa forma, é possível compreender que mesmo apresentando um 
potencial positivo, a cognição media também disfunções emocionais e 
comportamentais, colaborando para reforçar situações negativas que 
serão compreendidas pelo sujeito como verdades absolutas, potenciali-
zando transtornos, como a fobia social e a depressão.
Módulo 02: As Eurékas da TCC
A PRIMEIRA EURÉKA
O MODELO A-B-C, DE ALBERT ELLIS
O eixo principal da TREC é obter mudança nos padrões de pensamento 
dos sujeitos, na forma da interpretação dos acontecimentos de vida e nas 
crenças sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo. Porque o que 
nos perturba não são os acontecimentos e sim o que pensamos sobre eles 
(nossa avaliação deles).
O modelo A-B-C é abordado da seguinte forma: A (Acontecimento) – B 
(Crenças – Beliefs) – C (Consequência). Segundo esse modelo, os aconte-
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cimentos (A) passam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes de des-
pertarem as consequências (C) emocionais ou de conduta. Ou seja, antes 
de reagirmos avaliamos o significado que estes estímulos imprimem em 
nossas mentes.
Se a interpretação é a chave para o desencadeamento das reações, en-
tão mudando as interpretações, mudamos as reações.
MEDIAÇÃO COGNITIVA DE LÁZAROS
Richard Lázarus, em 1991, apresenta sua teoria sobre mediação cogni-
tiva, tal mediação é considerada um processo transacional entre a pessoa 
e o ambiente, com ênfase no processo e também nos traços de persona-
lidade.
Aborda o conceito de que entre o acontecimento (estímulo) e a conse-
quência (resposta) está a nossa avaliação.
Personalidade (objetivos) + Crenças, normas, auto eficiência, etc.
Avaliação da Reação
Situação (acontecimentos, sensações, etc.)
Primária: Relevância (ou não) com objetivos; Congruência (ou não) 
com objetivos) e Implicação do EU.
Secundária: Culpa ou Mérito (atribuição); Capacidade de Afrontamen-
to; Expectativas do Futuro.
A SEGUNDA EURÉKA
PENSAMENTOS IRRACIONAIS COMO FUNDAMENTO DO SOFRIMENTO
As demandas, nos textos de Albert Ellis, são um conjunto de afirma-
ções das quais estamos absolutamente seguros e convencidos, sem ter 
nenhum fundamento lógico, nem nenhuma comprovação empírica que 
os respalde.
Ellis as listou, considerando que eram muito frequentes, quase sempre 
se podiam encontrar nos pacientes, e eram as causas fundamentais de 
seus transtornos.
As três demandas básicas:
1. Demandas sobre si mesmo;
2. Demandas sobre os outros;
3. Demandas sobre o mundo ou a vida.
A partir destas reflexões surgem as crenças irracionais, ou seja, a ideia 
de que existe uma extrema necessidade para todos os seres humanos 
adultos de serem amados ou aprovados por qualquer outra pessoa signi-
ficativa em sua comunidade.
Como, por exemplo:
• A ideia de que existe uma extrema necessidade para todos os seres 
humanos adultos de serem amados ou aprovados por qualquer outra
pessoa significativa em sua comunidade;
• A ideia de ser inteiramente competente, adequado e realizador em to-
dos os aspectos possíveis, para se considerar alguém de valor;
• A ideia de que é terrível e catastrófico quando as coisas não são do 
jeito que gostaríamos que fossem;
• A ideia de que a história passada de alguém é determinante definiti-
vo do seu comportamento presente e, se algo afetou uma vez forte-
mente a sua vida, isso continuará tendo indefinidamente um efeito 
similar;
• A ideia de que existe uma solução certa, precisa e perfeita para os pro-
blemas humanos e de que é catastrófico se essa solução perfeita não 
é encontrada.
B’S IRRACIONAIS (ILÓGICOS)
• Regras/Normas: expressam leis, normas, qualificam ações. “Não de-
vemos roubar”, “Não devemos mentir”, “Devemos obedecer aos pais”.
• Condições/Requisitos: expressam um requisito para algo. “Se não 
quer sentir sono, deve dormir mais”, “Para se curar, deve tomar o re-
médio”.
• Suposição/Inferências: “Minha tia me odeia”, “Não conseguirei passar 
no concurso”, “Não me ligou porque não me ama”.
• Suposições Condicionais: “Se me conhecerem irão rir de mim”, “Se não 
estou alerta podem me atacar”, “Se não faço o que ela deseja, não me 
amará mais”.
• Trementizações e Não-Suportites: as vezes se expressam e as vezes 
estão implícitas (pode-se deduzir). Trementizações: “Seria horrível me 
enganar”, “Será horrível se me expulsarem”; Não-Suportites: “Não pos-
so suportar ficar sozinho”.
• Imagens/Recordações: imagens do passado me invadem e me pertur-
bam. Pode ser que o paciente se veja “muito pequeno, como um anão 
frente ao professor gigante”, ou mostra cenas futuras temidas, fracas-
sadas e coisas indesejáveis quanto a este futuro.
Algumas opções de estratégias terapêuticas frente à esses conteúdos 
são a modificação das suposições, normas, demandas, atitudes, imagens 
e esquemas a partir da utilização de uma abordagem cognitivo-compor-
tamental-emotivo, realizando discussões, experimentos e imaginação/
psicodrama para tal.
A TERCEIRA EURÉKA
TRÊS INSIGHTS NECESSÁRIOS PARA A MUDANÇA
Durante o processo terapêutico, a partir das interferências terapêuti-
cas, tem-se como objetivo alcançar os três insights:
• Eu me perturbo a mim mesmo (não são “os outros” ou “as circunstân-
cias”);
• Se aprendi de uma forma posso aprender de outra (a mudança é pos-
sível);
• A mudança requer meu esforço (requer trabalho, constância e, as ve-
zes, sofrimento).
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Como Investigar as Crenças Irracionais?
Frente a um antecedente desastroso e a uma consequência negativa 
existe uma crença irracional. Uma alternativa para a investigação destas 
crenças seria a utilização de questões como:
• Que coisas lhe inspiram terror, ansiedade, medo?• Quais são os seus “não posso suportar” ou “não aguento”?• Quais são seus sentimentos de derrota, suas ideias de inadequação, 
incapacidade e não aceitação de si mesmo?
Para outros casos podemos abordar a investigação da demanda: bus-
cando seus significados, procurando os esquemas que sustentam essas 
demandas, usando recursos emotivos e experiências para criar fortes la-
ços para modificar essas demandas e/ou buscando os porquês mais pro-
fundos.
Exemplos de Abordagens
• Quando as inferências causadoras do mal estar são válidas, apenas po-
deremos enfrentar as demandas que não sejam;
• As demandas podem ser discutidas de forma muito distinta dos su-
postos ou inferências, já que não são errôneas, mas sim irracionais / 
disfuncionais;
• Quando uma norma não está fundamentada ou surge de interpreta-
ções errôneas, se discute a norma.
Discutir as inferências é mais fácil, eficaz e convincente em geral, 
porém quando isso não for possível (por serem verdadeiras ou porque o 
resultado não vai a fundo no problema ou não assegurar ser duradouro) 
será necessário abordar as demandas.
A modificação das demandas, quando for pertinente, quase sempre 
significará uma mudança mais profunda e duradoura, do que simples-
mente modificar as inferências.
Um processo mais profundo e que requer mais tempo pode ser reali-
zado quando as demandas ou inferências se mostram mais resistentes a 
mudança com os recursos habituais, então devemos nos perguntar sobre 
as crenças nucleares ou esquemas precoces inadaptados que poderiam 
sustenta-las, assim trabalharíamos com as estratégias mais apropriadas.
A QUARTA EURÉKA: A AUTO ACEITAÇÃO 
X A AUTO CONDENAÇÃO
A AUTO ACEITAÇÃO INCONDICIONAL
Conforme a TREC, para atingir um grau de felicidade razoável, algumas 
crenças devem ser priorizadas e desenvolvidas, a auto aceitação é uma 
delas.
É importante julgar os seus comportamentos, não a você mesmo, a seu 
Ego, sua personalidade ou sua essência. A autoestima implica dar-se um 
valor, entretanto é impossível qualificar globalmente, pois todos fazemos 
coisas boas e coisas más, bem como podemos começar a fazer ou deixar 
de fazer tais coisas.
ARREPENDIMENTO X CULPA
• Arrependimento: do dicionário – ação de mudar de opinião ou compor-
tamento em relação ao que já aconteceu (dentre outras) – para a TCC, 
qualifica o comportamento e permite modificar lhe, se for possível, ou 
deixar de fazer lhe.
• Culpa: do dicionário – ato ou omissão repreensível ou criminosa; falta 
voluntária, delito, crime (dentre outras) – para a TCC, é disfuncional, 
supõe qualificar a pessoa por uma ação (supergeneralização).
Módulo 03: Como Lidar com 
as Distorções Cognitivas
A DISPUTA COGNITIVA: OBJEÇÕES 
EMPÍRICAS, LÓGICAS E PRAGMÁTICAS
O modelo cognitivo apresenta que as emoções e comportamentos das 
pessoas são influenciados pela percepção desenvolvida dos eventos. Des-
sa forma, é estabelecido três estilos de cognições negativas, chamada de 
tríade cognitiva: visão negativa de si, visão negativa dos outros/do mun-
do e visão negativa do futuro.
Primeiramente temos a visão negativa de si mesmo, o sujeito acredita 
que é inadequado, ineficiente, fraco, despreparado, etc, levando a desen-
volver uma forte autocrítica, contribuindo para uma baixa autoestima e 
baixa autoconfiança.
Na visão negativa sobre os outros ou sobre o mundo, o sujeito tende 
a ver suas situações com os outros como negativas, não conseguindo en-
xergar a situação de maneira racional, mas sim por meio de pensamentos 
automáticos disfuncionais que geram interpretações distorcidas da rea-
lidade.
Por fim, a visão negativa do futuro ocorre quando o sujeito antecipa 
seu sofrimento, fazendo previsões negativas a longo prazo, acreditando 
que passará por dificuldades, privações e frustrações, podendo desenca-
dear desânimo e desesperança.
A tríade cognitiva é ativada por erros cognitivos, que surgem na forma 
de crenças e pensamentos automáticos, sobre as diversas situações que 
vivemos. Os erros cognitivos são erros sistemáticos do pensamento, in-
terpretações que realizamos assim que nos deparamos com algum acon-
tecimento, que na maioria das vezes surgem sem nem percebemos.
Como vimos anteriormente, essas interpretações produzirão emoções 
e comportamentos, muitas vezes disfuncionais, a partir disso Beck listou 
alguns erros cognitivos / distorções cognitivas mais comuns.
PERSONALIZAÇÃO
Definição: Atribuição responsabilidade pessoal para eventos sobre os 
quais a pessoa não tem controle. Acredita ser responsável por eventos 
que não dão certo, mesmo tendo outros fatores como responsáveis.
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Exemplos: “Sou responsável por meu time ter perdido”; “O trabalho 
não ficou bom, por culpa minha”; “Eu devo ter feito algo para ele ter ter-
minado comigo”; “Eu nunca ganho um sorteio, eu tenho azar”.
Correção: Procurar avaliar a situação e os prováveis fatores que con-
tribuem para as más experiências. Buscar determinar de forma racional, 
qual sua responsabilidade nesta experiência negativa.
PENSAMENTO DICOTÔMICO
Definição: Classificar as coisas em duas categorias, tudo ou nada, cer-
to ou errado, oito ou oitenta, excluindo todas as possibilidades existen-
tes entre os dois polos.
Exemplos: “Deu tudo errado nessa apresentação”; “Ninguém gosta de 
mim, sempre fico sozinho”; “Se não der certo, minha tentativa não vale-
rá a pena”; “Se meu professor não acredita em mim, eu devo ser horrível 
mesmo”.
Correção: Buscar compreender que os eventos podem ser avaliados de 
outra forma, cometer um erro não faz com que tudo seja descreditado.
LEITURA MENTAL
Definição: Acreditar que é possível saber o que os outros estão pen-
sando, deixando-se influenciar por meio de conclusões sem evidências.
Exemplos: “Ele deve estar pensando que eu não sei nada”; “Eu não 
devo estar agradando”; “Eles devem estar escondendo algo de mim, se 
não, não olhariam para mim com aquela cara”.
Correção: Examinar se há alguma evidência plausível, contrária e a fa-
vor, para que a outra pessoa chegue a esta conclusão.
FILTRO MENTAL
Definição: Também conhecida como visão em túnel, é a incapacidade 
de a pessoa ver aspectos negativos e positivos em alguma situação. Há 
um foco atencional em alguma situação específica, enquanto outros as-
pectos relevantes são ignorados.
Exemplos: “Ele não é um bom marido, não me ajuda a lavar a louça”; 
“Aquele professor não gosta de mim, ele não olha para mim durante 
a aula”; “O que importa ajudar em casa, se meus pais não ligam para 
mim”, “Não consigo arranjar uma namorada, deve ser porque eu não 
sou bonito”.
Correção: Buscar gerar conclusões a partir da avaliação total das si-
tuações.
DESCONSIDERAÇÃO DO POSITIVO
Definição: O sujeito anula informações positivas sobre si mesmo ou 
uma situação.
Exemplos: “Não fiz mais que minha obrigação”; “Qualquer um pode-
ria fazer igual”; “Essa promoção que ganhei não significa nada, eu não 
fiz nada para conquista-la”; “Deveria ter me esforçado mais, só consegui 
metade do que havia planejado”.
Correção: Compreender como outras pessoas enxergam a mesma si-
tuação e quais pontos da situação vivida são positivos.
RACIOCÍNIO EMOCIONAL
Definição: Acreditar que sentimentos são fatos. Pensar que porque 
sente alguma emoção forte, é real. Mais ligado a emoções negativas.
Exemplos: “Sinto que não vou conseguir me apresentar”; “Sinto que 
meus pais não gostam de mim”, “Algo muito ruim vai acontecer, não sei 
o que fazer”.
Correção: Compreender as situações de uma forma mais racional, bus-
cando evidências para os pensamentos.
MAGNIFICAÇÃO E MINIMIZAÇÃO
Definição: Experiências negativas são maximizadas, enquanto expe-
riências positivas são minimizadas. Pode ser atribuída a experiências, 
atributos pessoais, eventos ou possibilidades futuras.
Exemplos: “Não quero tomar esse remédio, tem muitos efeitos colate-
rais”; “Essa dor que eu estou sentindo deve significar que eu vou morrer”; 
“Eu fui bem na prova, mas não tinha me esforçado nos estudos, devia ter 
feito mais”.
Correção: Tentar avaliar a situação e suas probabilidades, sempre pon-
derando os prós e os contras, focando no real.
ROTULAÇÃO
Definição: Avaliação geral de uma pessoa ou situação por meio de al-
gum estereótipo, desconsiderando características pessoais de cada caso.
Exemplos: “Ele é um fraco”; “Eu não sou homem suficiente”; “Ela é uma 
menina fácil”; “Você é preguiçoso”; “Ele não tem jeito, é um mentiroso”.
Correção: Analisar a pessoa ou a situação de maneira mais ampla, pres-
tando atenção em características pessoais e não se deixando levar por 
rótulos estabelecidos socialmente.
DITADURA DO DEVERIAS
Definição: Focar em como as coisas deveriam ser, deixando de lado a 
forma como realmente é.
Exemplos: “Deveria ter escrito aquele texto antes”; “Só poderei ficar 
em casa se eu ficar doente”; “Devia ter me esforçado mais, por isso não 
conquistei”; “Deveria aceitar o que ela me disse”.
Correção: Entender a necessidade de sempre achar que deveria ter fei-
to mais, ter sido melhor. A partir disso, trabalhar o esforço realizado como 
o possível, naquele momento.
CATASTROFIZAÇÃO
Definição: Acreditar que um evento será extremamente aversivo, sem-
pre focando na pior possibilidade possível, aumenta o nível de ansiedade.
Exemplos: “Quando eu começar a falar, todos irão rir de mim”; “Eu não 
suportar o término do meu relacionamento”; “Se todos morrerem, vou fi-
car sozinho”; “Se eu tiver que começar a tomar remédio, meu corpo não 
vai suportar”.
Correção: Avaliar os eventos e criar estratégias de enfrentamento para 
lidar com as situações.
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A CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS RACIONAIS
No geral, a correção da maioria dos erros de pensamentos está em ava-
liar a situação e ponderar conclusões racionais. Como são ativadas por 
pensamentos automáticos, o paciente leva um tempo até conseguir iden-
tifica-los e alterá-los.
A TCC oferece algumas estratégias de enfrentamento para o pacien-
te conseguir, aos poucos, lidar de maneira funcional com as situações. 
Algumas dessas técnicas são: cartão de enfrentamento, autoinstrução, 
solução de problemas, exposição, respiração diafragmática, entre outras.
IMAGINAÇÃO RACIONAL EMOTIVA
A Técnica da Imaginação Racional Emotiva (IRE), descrita por Albert El-
lis, tem o objetivo de modificar as percepções gerais do paciente. Nesta 
técnica o paciente deve visualizar detalhadamente situações que tenham 
sido desagradáveis e identificar os sentimentos que estão associados a 
ela, na sequência, são usadas estratégias para modificar estes sentimen-
tos negativos e promover sentimentos positivos em seu lugar.
TÉCNICAS DE ENFRENTAMENTO E TAREFAS PARA MUDANÇA: 
COMO FAZER O USO RACIONAL DA PRÁTICA CLÍNICA
Enfrentamento é entendido como um processo através do qual o indi-
víduo administra as demandas entre pessoa-ambiente que são avaliadas 
como estressantes e as emoções que elas geram. Segundo Costa e Leite 
(2009), o enfrentamento pode ser classificado de duas formas: enfrenta-
mento centrado no problema e enfrentamento centrado na emoção, sen-
do que, muitas vezes, ambos ocorrem juntos.
A estratégia focalizada na emoção é definida como um esforço para re-
gular o estado emocional que está associado ao estresse. Esses esforços 
são dirigidos a um nível somático e/ou a um nível de sentimentos, tendo 
por objetivo alterar o estado emocional do indivíduo. A função dessa es-
tratégia é reduzir a sensação física desagradável de estresse.
A estratégia focalizada no problema constitui-se num esforço para 
atuar na situação que originou o estresse. O objetivo dessa estratégia é 
mudar o problema existente na relação pessoa-ambiente que está cau-
sando o estresse. A utilização de estratégias de enfrentamento focaliza-
das no problema ou na emoção depende da avaliação cognitiva do caso.
Módulo 04: A TCC na Prática
Clínica
TRANSTORNO DO PÂNICO
Quadro no qual ataques de pânico recorrentes e imprevisíveis são se-
guidos, por pelo menos um mês, a partir da preocupação persistente de 
sofrer outro ataque, preocupação acerca das possíveis implicações ou 
consequências dos ataques ou uma alteração comportamental significa-
tiva a eles relacionada. Caracterizam-se pela ocorrência de crises agudas, 
intensas, inesperadas ou imprevisíveis de ansiedade, acompanhadas por 
temores de morte, de enlouquecer ou perder o controle, bem como sinto-
mas somáticos como palpitações e dores no peito.
Critérios do DSM IV para Ataques de Pânico:
• Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado;• Sudorese;• Tremores ou abalos;• Sensação de falta de ar ou sufocamento;• Sensação de asfixia;• Dor ou desconforto torácico;• Náusea ou desconforto abdominal;• Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;• Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (estar 
distanciado de si mesmo);
• Medo de perder o controle ou enlouquecer;• Medo de morrer;• Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento);• Calafrios ou ondas de calor.
Critérios do DSM – IV para Transtorno do Pânico:
• Ataques de pânico recorrentes ou inesperados;• Pelo menos um desses ataques foi seguido por um mês (ou mais) de 
uma (ou mais) das seguintes características: preocupação persistente 
acerca de ataques adicionais;
• preocupação acerca das implicações do ataque ou suas consequên-
cias;
• alteração comportamental significativa relacionada aos ataques.
A TCC tem destaque no tratamento do pânico, pois o foco é modificar 
os pensamentos disfuncionais e esquemas adaptativos. O terapeuta e o 
paciente abordam juntos os esses pensamentos e esquemas, desta forma 
aos poucos os pacientes começam a ver a si próprios de forma mais realis-
ta, sentindo-se melhores, modificando seus padrões de comportamento 
desadaptativo e modificando as dificuldades da vida.
Técnicas-chave:
• psicoeducação;• treinamento da respiração;• relaxamento;• automonitoramento;• reestruturação cognitiva.
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Um dos transtornos mentais mais comuns e apresenta altos níveis de 
prevalência em quase todos os países onde sua ocorrência é estudada. 
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Os principais sintomas para serem investigados são: tristeza, desanimo, 
angústia, falta de vontade, choro com facilidade e anedonia (dificuldade 
ou impossibilidade de sentir prazer).
Outros sintomas importantes são alteração do apetite, do peso e do 
sono, diminuição da libido, agitação ou retardo psicomotor. O padrão de 
pensamentos deste paciente está relacionado a sentimentos de inferio-
ridade, desvalorização, incompetência, culpa e dificuldades para tomar 
decisões e se concentrar; podendo estar relacionados ou não a vontade 
ou tentativa de morte.
Os sintomas depressivos podem ser resultado de distorções cognitivas 
com conteúdo negativo. Esse conteúdo negativo por si só pode não causar 
depressão, mas é um aspecto fundamental na manutenção do transtorno.
O humor depressivo facilita o acesso a informações negativas (visão 
negativa de si, dos outros e das experiências, e do futuro), dificultando 
esse acesso a informações positivas, podendo gerar dois problemas:
• Aumento das cognições negativas;• Redução da probabilidade de que os enfrentamentos tenham bons 
resultados.
Kuyken, Watkins e Beck (2007) consideram que o tratamento da de-
pressão consiste em quatro fases:
• relação terapêutica;• estabelecimento da lista de problemas;• estabelecimento da lista de objetivos;• psicoeducação.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO – TOC
O TOC é caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões. Ob-
sessões são comportamentos, ideias, impulsos ou imagens repetitivas e 
persistentes que ocorrem de forma intrusiva e que provocam ansiedade. 
Para alivio deste desconforto a pessoa tenta suprir ou neutralizar as ob-
sessões por meio de comportamentos repetitivos, que são as compulsões.
Para o diagnóstico os sintomas devem causar sofrimento, consumir 
mais de uma hora diária ou interferir significantemente na rotina do indi-
víduo no trabalho, escola e relacionamentos.
Critérios do DSM – IV para TOC:
• pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, 
em algum momento durante a perturbação, são experimentados 
como intrusivos e inadequados, causando ansiedade e sofrimento;
• os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações 
excessivas com problemas da vida real;
• a pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou 
imagens, ou neutraliza-los com algum outro pensamento ou ação;
• a pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obses-
sivas são produto de sua mente (não impulsos de fora, como na inser-
ção de pensamento);
• comportamento repetitivos (como: lavar as mãos, organizar, verificar) 
ou atos mentais (por exemplo: orar, contar ou repetir palavras em silên-
cio) que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a uma ob-
sessão ou de acordo com regras que devem ser igualmente aplicadas.
O modelo cognitivo valoriza o papel dos pensamentos e crenças dis-
funcionais no que se refere ao surgimento e à manutenção dos sintomas. 
Desta forma, as interpretações errôneas são as responsáveis pelo fato de 
determinados pensamentos intrusivos assumirem um significado espe-
cial (e catastrófico) para o indivíduo.
Crenças erradas ou distorcidas no TOC:
• exagerar o risco de contrair doenças, de se contaminar ou de que ocor-
ram desastres;
• exagerar a responsabilidade que acreditam ter que provocar e impedir 
desastres;
• valorizar de forma excessiva os pensamentos e a necessidade de con-
trola-los;
• valorizar a necessidade de ter certeza para não cometer falhas;• perfeccionismo.
O tratamento do TOC na TCC baseia-se num processo estruturado, bre-
ve e focado, com objetivo de eliminar os sintomas interrompendo os fa-
tores que os perpetua, mais especificamente os rituais, as evitações, bem 
como outras manobras de neutralização utilizadas pelos pacientes.
Esse processo é realizado durante as seguintes etapas:
• psicoeducação;• identificação dos sintomas e elaboração de uma lista hierárquica;• identificação de pensamentos automáticos e crenças disfuncionais.
TRANSTORNO DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – TDAH
Segundo o DSM-IV, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperativida-
de se caracteriza pelo comprometimento nas áreas da atenção, impul-
sividade e hiperatividade. Os sintomas apresentados prejudicam a vida 
social da criança, seus relacionamentos interpessoais na escola e no am-
biente familiar, provocam constante desatenção e falta de interesse no 
desempenho de determinadas tarefas.
A TCC parte do princípio de que o indivíduo é influenciado por suas 
crenças distorcidas acerca de si mesmo, do mundo e do futuro, como 
discutimos anteriormente. Estes pensamentos disfuncionais promovem 
sentimentos negativos e comportamentos indesejáveis. Sendo assim, o 
processo terapêutico tem como objetivo promover uma reestruturação 
cognitiva do sujeito, alterando sua percepção dos fatos e dos significados 
atribuídos aos mesmos.
Por exemplo: crianças portadoras de TDAH, muitas vezes, estão su-
jeitas a críticas severas por parte de seus professores, colegas e pais. A 
partir disto, são desestimuladas a realizar as tarefas escolares, sentem 
vergonha de si mesmas, buscam o isolamento social e adquirem sintomas 
depressivos.
15
B
IB
LI
O
G
R
A
FI
A
Crenças distorcidas, comuns, no TDAH:
• “eu sou burro”•
“sou inadequado”• “não mereço ser amado por ninguém”• “nunca vou ser igual às outras crianças”.
No processo terapêutico é importante trabalhar o treinamento na ma-
nutenção do foco nas tarefas diárias de forma a não mais se perder em 
atividades desnecessárias. Outros fatores também são trabalhados, mas 
a definição de quais pontos serão abordados dependerá da necessidade 
de cada pessoa.
O trabalho deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, que po-
derá dar o suporte necessário para o prognóstico do tratamento. A com-
binação psicoterapia + medicação se faz necessária na maioria dos casos, 
para que a pessoa aprenda a lidar com seus limites e com seu potencial.
Bibliografia
ANDRETTA, I.; OLIVEIRA, M. S. org. “Manual Prático de Terapia Cognitivo-
-Comportamental”, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2012.
BECK, J. “Terapia Cognitiva: teoria e prática”, Porto Alegre, ArtMed, 1997.
COSTA, P; LEITE, R. C. “Estratégias de Enfrentamento Utilizadas pelos Pa-
cientes Oncológicos Submetidos a Cirurgias Mutiladoras”, Revista 
Brasileira de Cancerologia, 2009, nº 55, págs. 355-364.
HAYES, S. “Acceptance and Commitment Therapy, Relational Frame-
Theory, and the Third Wave of Behavioral and Cognitive Thera-
pies”, Behavior Therapy, 2004, nº 35, págs. 639 a 665.
Consultório de Psicologia
Profº Alexandre Rivero
Realização: Apoio:
Terapia Cognitiva Comportamental - Albert Ellis.pdf
Terapia Racional-Emotiva
Comportamental de Albert Ellis
Terapia Racional-Emotiva Comportamental
de Albert Ellis
• Albert Ellis doutorou-se em psicologia clínica em Nova York
em 1947, e seu treinamento foi baseado na teoria de Karen
Horney
• Ellis situou sua teoria em pressupostos epistemológicos
compatíveis com a chamada revolução cognitiva da década de
60, ao utilizar conceitos da emergente Psicologia Cognitiva,
como avaliação e crenças.
• A psicoterapia concebida por Ellis, denominada Terapia
Racional Emotiva Comportamental (TREC) foi inicialmente
publicada em 1958, sendo ampliado para um modelo mais
preciso em 1984 e faz parte das terapias cognitivo-
comportamentais.
• Albert Ellis doutorou-se em psicologia clínica em Nova York
em 1947, e seu treinamento foi baseado na teoria de Karen
Horney
• Ellis situou sua teoria em pressupostos epistemológicos
compatíveis com a chamada revolução cognitiva da década de
60, ao utilizar conceitos da emergente Psicologia Cognitiva,
como avaliação e crenças.
• A psicoterapia concebida por Ellis, denominada Terapia
Racional Emotiva Comportamental (TREC) foi inicialmente
publicada em 1958, sendo ampliado para um modelo mais
preciso em 1984 e faz parte das terapias cognitivo-
comportamentais.
O eixo central da Terapia Racional-Emotiva
Comportamental é
obter mudança nos padrões de pensamento dos
sujeitos, na forma de interpretação de seus
acontecimentos de vida e nas crenças sobre si
mesmo, sobre os outros e sobre o mundo.
Terapia Racional-Emotiva Comportamental
de Albert Ellis
O eixo central da Terapia Racional-Emotiva
Comportamental é
obter mudança nos padrões de pensamento dos
sujeitos, na forma de interpretação de seus
acontecimentos de vida e nas crenças sobre si
mesmo, sobre os outros e sobre o mundo.
Ellis baseou-se em Epícteto, filósofo estóico que no
século I d.C. enunciou a premissa “a perturbação
emocional não é causada pelas situações, mas pela
interpretação dessas situações”.
Terapia Racional-Emotiva Comportamental
de Albert Ellis
O modelo ABC de Albert Ellis pode ser
descrito da seguinte forma:
O Modelo ABC
• Segundo o modelo ABC, os acontecimentos ativadores
(A) passam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes
de despertarem as conseqüências (C) emocionais ou de
conduta.
• Não reagimos simplesmente aos estímulos, antes de
reagirmos avaliamos o significado que estes estímulos
imprimem em nossas mentes, em função de nossa
história passada e das circunstâncias atuais.
• Se a interpretação é a chave para o desencadeamento
das reações, então mudando a interpretação,
mudamos as reações.
• Segundo o modelo ABC, os acontecimentos ativadores
(A) passam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes
de despertarem as conseqüências (C) emocionais ou de
conduta.
• Não reagimos simplesmente aos estímulos, antes de
reagirmos avaliamos o significado que estes estímulos
imprimem em nossas mentes, em função de nossa
história passada e das circunstâncias atuais.
• Se a interpretação é a chave para o desencadeamento
das reações, então mudando a interpretação,
mudamos as reações.
O Modelo ABC
• Se os problemas emocionais e
comportamentais são originados por crenças
irracionais, a TREC poderia substituí-las por
crenças racionais através do método de
refutação ou debate.
• Se os problemas emocionais e
comportamentais são originados por crenças
irracionais, a TREC poderia substituí-las por
crenças racionais através do método de
refutação ou debate.
O Modelo ABC
A refutação das crenças irracionais envolve três etapas:
1. Primeiramente, os terapeutas estimulam os pacientes a descobriras crenças irracionais que fundamentam seus problemasemocionais e comportamentais.
2. Depois debatem com os pacientes sobre a validade de suashipóteses e inferências absolutistas e dogmáticas, ensinando-os adiscriminar e reconhecer a irracionalidade de certas crenças esuposições. O debate empírico visa atacar as inferências irracionaise o debate filosófico objetiva atacar os “devo” dogmáticosimplícitos que subjazem às inferências irracionais.
3. Finalmente, o terapeuta desenvolve um diálogo socrático, ondequestiona o cliente através de perguntas engenhosas queestimulam a pessoa a se aperceber de suas distorções. O diálogosocrático objetiva conduzir o próprio sujeito a refletir e aperceber-se da irracionalidade de suas suposições, passando a gerar crençasapropriadas e a reagir adequadamente.
A refutação das crenças irracionais envolve três etapas:
1. Primeiramente, os terapeutas estimulam os pacientes a descobriras crenças irracionais que fundamentam seus problemasemocionais e comportamentais.
2. Depois debatem com os pacientes sobre a validade de suashipóteses e inferências absolutistas e dogmáticas, ensinando-os adiscriminar e reconhecer a irracionalidade de certas crenças esuposições. O debate empírico visa atacar as inferências irracionaise o debate filosófico objetiva atacar os “devo” dogmáticosimplícitos que subjazem às inferências irracionais.
3. Finalmente, o terapeuta desenvolve um diálogo socrático, ondequestiona o cliente através de perguntas engenhosas queestimulam a pessoa a se aperceber de suas distorções. O diálogosocrático objetiva conduzir o próprio sujeito a refletir e aperceber-se da irracionalidade de suas suposições, passando a gerar crençasapropriadas e a reagir adequadamente.
• Para Ellis os transtornos psicológicos são
produtos de avaliações pouco funcionais das
situações de vida, e estas avaliações são
distorcidas essencialmente pelas exigências
absolutistas e deveres irracionais.
• Para Ellis os transtornos psicológicos são
produtos de avaliações pouco funcionais das
situações de vida, e estas avaliações são
distorcidas essencialmente pelas exigências
absolutistas e deveres irracionais.
• As exigências desembocam em “tenho que”
obter determinada reação da parte dos
outros, ou certo tratamento especial da vida,
como comodidade ou consideração. Quanto a
si mesmo, o sujeito exige o cumprimento dos
“devo” absolutistas e dogmáticos.
• As exigências desembocam em “tenho que”
obter determinada reação da parte dos
outros, ou certo tratamento especial da vida,
como comodidade ou consideração. Quanto a
si mesmo, o sujeito exige o cumprimento dos
“devo” absolutistas e dogmáticos.
• Segundo Ellis,
as exigências absolutistas com
seus “tenho que” e os deveres irracionais com
seus “devo” constituem crenças básicas que
ocasionam uma série de suposições ilógicas
ou distorções cognitivas. Ellis e Dryden (1987)
enumeram algumas das distorções cognitivas
mais freqüentes:
• Segundo Ellis, as exigências absolutistas com
seus “tenho que” e os deveres irracionais com
seus “devo” constituem crenças básicas que
ocasionam uma série de suposições ilógicas
ou distorções cognitivas. Ellis e Dryden (1987)
enumeram algumas das distorções cognitivas
mais freqüentes:
• Uma das escolas mais influentes na
atualidade, a Terapia Cognitiva desenvolvida
por Aaron Beck, segue uma linha de raciocínio
teórico bastante próximo da TREC
Nasce a Terapia Cognitiva
Nasce a Terapia Cognitiva
• A terapia cognitiva foi desenvolvida na década
de 60 por Aaron Beck, um psiquiatra com
formação inicial em psicanálise ortodoxa.
Nasce a Terapia Cognitiva
• Em suas primeiras pesquisas sobre depressão,
Beck voltou-se para buscar apoio empírico para a
teoria de Freud, segundo a qual a raiva voltada
contra o self seria a origem da depressão.
• Beck não encontrou “raiva retroflexa” nos sonhos
e pensamentos dos pacientes deprimidos, mas
sim uma tendência negativa no processamento
cognitivo.
• Em suas primeiras pesquisas sobre depressão,
Beck voltou-se para buscar apoio empírico para a
teoria de Freud, segundo a qual a raiva voltada
contra o self seria a origem da depressão.
• Beck não encontrou “raiva retroflexa” nos sonhos
e pensamentos dos pacientes deprimidos, mas
sim uma tendência negativa no processamento
cognitivo.
“Fui um dos pioneiros da teoria e da terapia cognitiva
há mais de 30 anos. Treinado como psiquiatra no
modelo freudiano, tentei analisar a base empírica da
teoria da depressão de Freud quando percebi que os
pacientes com depressão sofriam de um fluxo
consciente de pensamentos negativos automáticos,
tais como: “Minha parceira acha que não sou bom”,
“Isso não vai dar certo” ou ainda “Meu parceiro está
pensando em me deixar”.
“Fui um dos pioneiros da teoria e da terapia cognitiva
há mais de 30 anos. Treinado como psiquiatra no
modelo freudiano, tentei analisar a base empírica da
teoria da depressão de Freud quando percebi que os
pacientes com depressão sofriam de um fluxo
consciente de pensamentos negativos automáticos,
tais como: “Minha parceira acha que não sou bom”,
“Isso não vai dar certo” ou ainda “Meu parceiro está
pensando em me deixar”.
Em meu primeiro trabalho, percebi que,
quando ajudava os pacientes a mudar seu
diálogo interno (seus pensamentos), ajudava-
os a se sentirem melhor. (Aaron Beck).
Em meu primeiro trabalho, percebi que,
quando ajudava os pacientes a mudar seu
diálogo interno (seus pensamentos), ajudava-
os a se sentirem melhor. (Aaron Beck).
Processamento de informações na depressão e nos transtornos de ansiedade
Livro sobre a revolução
cognitiva
Muitos adeptos do
comportamentalismo
foram impactados pela
revolução cognitiva nos
anos 60, e na década
seguinte parte da terapia
comportamental deslocou-
se para o domínio cognitivo
Revolução Cognitiva
Muitos adeptos do
comportamentalismo
foram impactados pela
revolução cognitiva nos
anos 60, e na década
seguinte parte da terapia
comportamental deslocou-
se para o domínio cognitivo
Contribuições relevantes para a revolução cognitiva:
Teoria da aprendizagem social de Albert Bandura
(1977)
Controle cognitivo do comportamento de Mahoney
(1974)
Trabalho de Meichenbaum (1977) sobre modificação
de comportamento cognitivo.
Bandura Mahoney Meichenbaum
Contribuições relevantes para a revolução cognitiva:
Teoria da aprendizagem social de Albert Bandura
(1977)
Controle cognitivo do comportamento de Mahoney
(1974)
Trabalho de Meichenbaum (1977) sobre modificação
de comportamento cognitivo.
Inicialmente voltada para o tratamento dadepressão, a Terapia Cognitiva (TC) foiconquistando reconhecimento por sua eficáciaverificada em vários estudos, saindo-se tão bemou melhor do que o uso de medicamentosantidepressivos nos casos de depressão unipolar.
Em estudos duplo-cego, a psicoterapia
cognitiva é mais eficaz do que a medicação na
melhora da depressão. Estudos adicionais
sugerem que a TC produz resultados muito
mais duradouros do que antidepressivos.
Em estudos duplo-cego, a psicoterapia
cognitiva é mais eficaz do que a medicação na
melhora da depressão. Estudos adicionais
sugerem que a TC produz resultados muito
mais duradouros do que antidepressivos.
Beck desenvolveu conceitos importantes
sobre o tratamento de pacientes suicidas,
criando escalas para avaliar a depressão, a
ansiedade, a ideação suicida, a intenção
suicida e a desesperança.
Beck desenvolveu conceitos importantes
sobre o tratamento de pacientes suicidas,
criando escalas para avaliar a depressão, a
ansiedade, a ideação suicida, a intenção
suicida e a desesperança.
O modelo cognitivo foi aplicado desde então em umaenorme gama de transtornos mentais e problemas decomportamento, sendo considerada hoje a terapia deescolha para muitas patologias por apresentarextraordinária eficácia em meta-estudos de resultadoterapêutico
O modelo cognitivo foi aplicado desde então em umaenorme gama de transtornos mentais e problemas decomportamento, sendo considerada hoje a terapia deescolha para muitas patologias por apresentarextraordinária eficácia em meta-estudos de resultadoterapêutico
Segundo Beck, a TC está baseada em uma idéia
extremamente simples, a noção de que as crenças que
temos sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre o
futuro determinam o modo como nos sentimos, nos
comportamos e até sobre nossas reações fisiológicas;
“o que e como as pessoas pensam afeta
profundamente seu bem-estar emocional”.
Segundo Beck, a TC está baseada em uma idéia
extremamente simples, a noção de que as crenças que
temos sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre o
futuro determinam o modo como nos sentimos, nos
comportamos e até sobre nossas reações fisiológicas;
“o que e como as pessoas pensam afeta
profundamente seu bem-estar emocional”.
Os transtornos mentais, de acordo com a TC, apresentam umconteúdo de pensamento típico
• Medo de risco físico ou psicológico no Transtorno de AnsiedadeGeneralizada (TAG)
• Medo descontrolado de não ser fisicamente atraente nos casos detranstornos alimentares
• Preocupação com distúrbio médico sério, na Hipocondria
• Sensação de dor insuportável e impotência para controlá-la, nosquadros de dor crônica
• Visão negativa de si mesmo, do mundo e do futuro na depressãomaior.
Os transtornos mentais, de acordo com a TC, apresentam umconteúdo de pensamento típico
• Medo de risco físico ou psicológico no Transtorno de AnsiedadeGeneralizada (TAG)
• Medo descontrolado de não ser fisicamente atraente nos casos detranstornos alimentares
• Preocupação com distúrbio médico sério, na Hipocondria
• Sensação de dor insuportável e impotência para controlá-la, nosquadros de dor crônica
• Visão negativa de si mesmo, do mundo e do futuro na depressãomaior.
É a interpretação dos acontecimentos de vida que
determina a forma como vamos reagir a eles. A idéia
básica da Terapia Cognitiva é um trabalho conjunto
entre terapeuta e paciente onde se exploram as
crenças e suas implicações, examinando e modificando
as crenças disfuncionais.
É a interpretação dos acontecimentos de vida que
determina a forma como vamos reagir a eles. A idéia
básica da Terapia Cognitiva é um trabalho conjunto
entre terapeuta e paciente onde se exploram as
crenças e suas implicações, examinando e modificando
as crenças disfuncionais.
Modelo Cognitivo
“As emoções e comportamento das
pessoas são influenciados
pela sua
percepção dos eventos. Não é a
situação por si só que determina o que
as pessoas sentem, mas, antes, o
modo como elas interpretam a
situação”.
“As emoções e comportamento das
pessoas são influenciados pela sua
percepção dos eventos. Não é a
situação por si só que determina o que
as pessoas sentem, mas, antes, o
modo como elas interpretam a
situação”.
As crenças centrais ramificam-se em crenças
intermediárias e estas, por sua vez, em
pensamentos automáticos.
As situações de vida ativam os pensamentos
automáticos e estes desencadeiam reações
emocionais, comportamentais e fisiológicas.
As crenças centrais ramificam-se em crenças
intermediárias e estas, por sua vez, em
pensamentos automáticos.
As situações de vida ativam os pensamentos
automáticos e estes desencadeiam reações
emocionais, comportamentais e fisiológicas.
Modelo Cognitivo segundo a Terapia
Cognitiva de Aaron Beck
Pensamento automático
Crença intermediária
Crença centralCrença central
Pensamento automático
Crença intermediária
Crença central
Esquemas Iniciais
Desadaptativos
Esquemas Iniciais
Desadaptativos
Modelo Cognitivo segundo a Terapia
Cognitiva de Aaron Beck
No modelo cognitivo, as crenças centrais, tambémchamadas de nucleares, são idéias e percepçõesquanto a si mesmo, quanto ao mundo e quanto aofuturo que nos transtornos mentais podem estardistorcidas e irracionais, sendo então chamadas decrenças centrais disfuncionais.
No modelo cognitivo, as crenças centrais disfuncionaissão identificadas em afirmações como, por exemplo,“sou um fracassado” ou “sou incapaz” e sãocaracterizadas por serem absolutistas, sendopercebidas pelo sujeito como verdades absolutas eimutáveis
No modelo cognitivo, as crenças centrais, tambémchamadas de nucleares, são idéias e percepçõesquanto a si mesmo, quanto ao mundo e quanto aofuturo que nos transtornos mentais podem estardistorcidas e irracionais, sendo então chamadas decrenças centrais disfuncionais.
No modelo cognitivo, as crenças centrais disfuncionaissão identificadas em afirmações como, por exemplo,“sou um fracassado” ou “sou incapaz” e sãocaracterizadas por serem absolutistas, sendopercebidas pelo sujeito como verdades absolutas eimutáveis
Uma das formulações do modelo cognitivo básico
Formulação do modelo cognitivo básico para um paciente com fobia social
Modelo Cognitivo segundo a Terapia
Cognitiva de Aaron Beck
As crenças centrais disfuncionais são
avaliações globais e excessivamente
generalizadas que permanecem cristalizadas e
rígidas apesar de imprecisas, e são aceitas
pelo sujeito sem questionamento.
As crenças centrais disfuncionais são
avaliações globais e excessivamente
generalizadas que permanecem cristalizadas e
rígidas apesar de imprecisas, e são aceitas
pelo sujeito sem questionamento.
Crença Central
Desamparo: impotente, frágil, vulnerável,
carente, necessitado
Desamor: indesejável, incapaz de ser amado
imperfeito, rejeitado, abandonado
Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado,
ineficiente, falho, enganador
Beck, J., 2007
Crença Central
Desamparo: impotente, frágil, vulnerável,
carente, necessitado
Desamor: indesejável, incapaz de ser amado
imperfeito, rejeitado, abandonado
Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado,
ineficiente, falho, enganador
Beck, J., 2007
Crenças Centrais de Desamparo
Eu sou desamparado
Eu sou impotente
Eu estou fora de controle
Eu sou fraco
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente
Eu sou inferior
Eu sou um fracasso
Eu sou uma vítima
Eu estou sem saída.
Eu sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Eu sou defeituoso.
Eu não sou bom o
suficiente
Eu sou passível de
maus-tratos
O tema principal é a incompetência
Eu sou desamparado
Eu sou impotente
Eu estou fora de controle
Eu sou fraco
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente
Eu sou inferior
Eu sou um fracasso
Eu sou uma vítima
Eu estou sem saída.
Eu sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Eu sou defeituoso.
Eu não sou bom o
suficiente
Eu sou passível de
maus-tratos
Crenças de não ser amado
Eu não sou capaz de
ser amado
Eu sou incapaz de ser
querido
Eu sou indesejável
Eu não sou atraente
Ninguém me quer
Ninguém liga para mim
Eu sou mau
Eu não tenho valor
Eu não sou bom o
suficiente
Eu estou a ponto de ser
rejeitado
Eu estou condenado a
ser abandonado
Eu estou a ponto de ficar
sozinho
Eu sou diferente
Sou diferente, imperfeito
Não merecer amor
Eu não sou capaz de
ser amado
Eu sou incapaz de ser
querido
Eu sou indesejável
Eu não sou atraente
Ninguém me quer
Ninguém liga para mim
Eu sou mau
Eu não tenho valor
Eu não sou bom o
suficiente
Eu estou a ponto de ser
rejeitado
Eu estou condenado a
ser abandonado
Eu estou a ponto de ficar
sozinho
Eu sou diferente
Sou diferente, imperfeito
Crenças de desvalor
Não tenho valor
Sou inaceitável
Sou mau
Sou louco
Sou derrotado
Sou cruel
Sou perigoso
Sou maligno
Não mereço viver
Sou um lixo
Apresentam um aspecto moral
Não tenho valor
Sou inaceitável
Sou mau
Sou louco
Sou derrotado
Sou cruel
Sou perigoso
Sou maligno
Não mereço viver
Sou um lixo
Crenças Intermediárias
As crenças centrais disfuncionais dão origem auma gama de crenças intermediárias oucondicionais, pressupostos também arraigados,mas mais flexíveis e modificáveis do que ascrenças centrais.
Estas crenças têm a estrutura condicional tipo“Se..., então...” como, por exemplo, na crença “seenfrentar um problema difícil, não conseguireiresolvê-lo sem ajuda”. São crenças, pressupostos,regras e atitudes que ramificam-se comodesdobramentos das crenças centrais.
As crenças centrais disfuncionais dão origem auma gama de crenças intermediárias oucondicionais, pressupostos também arraigados,mas mais flexíveis e modificáveis do que ascrenças centrais.
Estas crenças têm a estrutura condicional tipo“Se..., então...” como, por exemplo, na crença “seenfrentar um problema difícil, não conseguireiresolvê-lo sem ajuda”. São crenças, pressupostos,regras e atitudes que ramificam-se comodesdobramentos das crenças centrais.
Crenças Intermediárias
Suposições/ Regras/Atitudes
 Suposições: Se eu falhar, ninguém gostará de mim.
 Regras: Devo estudar incessantemente.
 Atitudes: Estudo demais.
Suposições/ Regras/Atitudes
 Suposições: Se eu falhar, ninguém gostará de mim.
 Regras: Devo estudar incessantemente.
 Atitudes: Estudo demais.
Pensamentos Automáticos
• Os pensamentos automáticos são ospensamentos que intermediam osacontecimentos externos e as reaçõesemocionais, comportamentais e fisiológicas doindivíduo, e “freqüentemente passamdespercebidos, por que são parte de um padrãorepetitivo de raciocínio, e ocorrem tãoseguidamente quanto rapidamente”
• Os pensamentos automáticos são ospensamentos que intermediam osacontecimentos externos e as reaçõesemocionais, comportamentais e fisiológicas doindivíduo, e “freqüentemente passamdespercebidos, por que são parte de um padrãorepetitivo de raciocínio, e ocorrem tãoseguidamente quanto rapidamente”
Pensamentos Automáticos
 São pensamentos ou imagens que surgem
automaticamente, de repente; são com freqüência
bastante rápidos e breves; não decorrem de deliberação
ou raciocínio.
 Identificar, avaliar e responder a pensamentos
automáticos (de uma forma mais adaptativa) usualmente
produz uma mudança positiva no afeto.
 “O que está passando pela sua mente neste
momento?”
 São pensamentos ou imagens que surgem
automaticamente, de repente; são com freqüência
bastante rápidos e breves; não decorrem de
deliberação
ou raciocínio.
 Identificar, avaliar e responder a pensamentos
automáticos (de uma forma mais adaptativa) usualmente
produz uma mudança positiva no afeto.
 “O que está passando pela sua mente neste
momento?”
Pensamento Automático
 Coexistem com os manifestos
 Espontaneamente
 Aceitos como verdadeiros
 Passam despercebidos
 Associados a emoções específicas
 Verbal ou imagens
 Podem ser identificados, avaliados e corrigidos
 Coexistem com os manifestos
 Espontaneamente
 Aceitos como verdadeiros
 Passam despercebidos
 Associados a emoções específicas
 Verbal ou imagens
 Podem ser identificados, avaliados e corrigidos
Registro de Pensamentos Disfuncionais
• Os pensamentos automáticos em geral não estão em fococonsciente, e em terapia cognitiva o paciente é a treinadopara reconhecer e estimulado a registrar seus pensamentosautomáticos disfuncionais mais relevantes.
• O paciente é ensinado a usar o “Registro de PensamentosDisfuncionais” (RPD) para anotar a situação, ospensamentos automáticos e suas reaçõescomportamentais, fisiológicas e emocionais. A estratégia éformular modos alternativos de interpretar a situação, maisrealistas e racionais, e explorar as possíveis mudançaspositivas nas reações comportamentais, emocionais efisiológicas.
• Os pensamentos automáticos em geral não estão em fococonsciente, e em terapia cognitiva o paciente é a treinadopara reconhecer e estimulado a registrar seus pensamentosautomáticos disfuncionais mais relevantes.
• O paciente é ensinado a usar o “Registro de PensamentosDisfuncionais” (RPD) para anotar a situação, ospensamentos automáticos e suas reaçõescomportamentais, fisiológicas e emocionais. A estratégia éformular modos alternativos de interpretar a situação, maisrealistas e racionais, e explorar as possíveis mudançaspositivas nas reações comportamentais, emocionais efisiológicas.
Identificando Pensamentos
Automáticos
• Na TC, o terapeuta e o paciente trabalham em
equipe, de forma colaborativa, para descobrir os
pensamentos específicos que precedem emoções
tais como ansiedade, raiva ou tristeza.
• Os pensamentos automáticos podem ser
revelados com o questionamento do terapeuta
sobre que pensamentos ou imagens percorreram
a mente do paciente em resposta a
acontecimentos particulares.
• Na TC, o terapeuta e o paciente trabalham em
equipe, de forma colaborativa, para descobrir os
pensamentos específicos que precedem emoções
tais como ansiedade, raiva ou tristeza.
• Os pensamentos automáticos podem ser
revelados com o questionamento do terapeuta
sobre que pensamentos ou imagens percorreram
a mente do paciente em resposta a
acontecimentos particulares.
Identificando Pensamentos
Automáticos
• O terapeuta pode também pedir que o paciente relaxe,feche os olhos e evoque a situação geradora derespostas emocionais desagradáveis, o que facilita aidentificação dos pensamentos automáticosdisfuncionais.
• A dramatização pode ser utilizada quando a situaçãoenvolve acontecimentos interpessoais. O terapeuta fazo papel da outra pessoa envolvida enquanto o pacienterepresenta a si mesmo na interação vivenciada, o quedesperta os pensamentos automáticos quando existesuficiente engajamento do paciente na dramatização.
• O terapeuta pode também pedir que o paciente relaxe,feche os olhos e evoque a situação geradora derespostas emocionais desagradáveis, o que facilita aidentificação dos pensamentos automáticosdisfuncionais.
• A dramatização pode ser utilizada quando a situaçãoenvolve acontecimentos interpessoais. O terapeuta fazo papel da outra pessoa envolvida enquanto o pacienterepresenta a si mesmo na interação vivenciada, o quedesperta os pensamentos automáticos quando existesuficiente engajamento do paciente na dramatização.
Inventário de pensamentos automáticos
Esquemas mentais
Os Esquemas mentais
Para Beck, um esquema refere-se a uma rede estruturada e inter-relacionada de crenças que podem ser ativadas ou desativadas conforme apresença ou ausência de experiências estressantes.
Segundo Segal (1988), um esquema pode ser definido como um conjuntode “elementos organizados de reações e experiências passadas queformam um corpo de conhecimento relativamente coeso e persistente,capaz de guiar a percepção e a avaliação subseqüente” (p.147).
Um esquema é uma estrutura cognitiva que processa informação e que
Os Esquemas mentais
Para Beck, um esquema refere-se a uma rede estruturada e inter-relacionada de crenças que podem ser ativadas ou desativadas conforme apresença ou ausência de experiências estressantes.
Segundo Segal (1988), um esquema pode ser definido como um conjuntode “elementos organizados de reações e experiências passadas queformam um corpo de conhecimento relativamente coeso e persistente,capaz de guiar a percepção e a avaliação subseqüente” (p.147).
Um esquema é uma estrutura cognitiva que processa informação e que
“(...) filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é
submetido... Com base na matriz de esquemas, o indivíduo consegue
orientar-se em relação ao tempo e espaço e categorizar e interpretar
experiências de maneira significativa” (BECK, 1967, p. 283).
Esquemas mentais
• Os esquemas podem explicar o fenômeno da repetiçãoque os psicanalistas identificaram clinicamente. Asimagens, sonhos e associações livres apresentamtemas recorrentes ligados aos esquemas, que podemficar inativos ou serem ativados como resultado demudanças no ambiente.
• Os esquemas contaminam a arquitetura mental dosujeito e governam sua forma de interpretar osacontecimentos, resultando em uma percepçãodistorcida e tendenciosa
• Os esquemas podem explicar o fenômeno da repetiçãoque os psicanalistas identificaram clinicamente. Asimagens, sonhos e associações livres apresentamtemas recorrentes ligados aos esquemas, que podemficar inativos ou serem ativados como resultado demudanças no ambiente.
• Os esquemas contaminam a arquitetura mental dosujeito e governam sua forma de interpretar osacontecimentos, resultando em uma percepçãodistorcida e tendenciosa
Como examinar as evidências dos esquemas disfuncionais
A Terapia Cognitiva e o processamento
inconsciente
• O terapeuta cognitivo Arthur Freeman
argumenta que os esquemas são mecanismos
inconscientes que afetam nosso
comportamento, cognição, fisiologia e
emoções, e se tornam, com o passar do
tempo, a própria definição da pessoa.
• O terapeuta cognitivo Arthur Freeman
argumenta que os esquemas são mecanismos
inconscientes que afetam nosso
comportamento, cognição, fisiologia e
emoções, e se tornam, com o passar do
tempo, a própria definição da pessoa.
A Terapia Cognitiva e o processamento
inconsciente
• Os esquemas manifestam-se em padrões complexos
de pensamentos, que são em geral empregados
mesmo na ausência de dados ambientais, e podem
servir como um mecanismo cognitivo que transforma
os dados que chegam em conformidade com idéias
preconcebidas.
• Falhas características no processamento de
informação mantém esta distorção das experiências
de vida, e Beck adotou o termo distorções cognitivas
• Os esquemas manifestam-se em padrões complexos
de pensamentos, que são em geral empregados
mesmo na ausência de dados ambientais, e podem
servir como um mecanismo cognitivo que transforma
os dados que chegam em conformidade com idéias
preconcebidas.
• Falhas características no processamento de
informação mantém esta distorção das experiências
de vida, e Beck adotou o termo distorções cognitivas
A Terapia Cognitiva e o processamento
inconsciente
As crenças disfuncionais são perpetuadas através das
distorções, modos mal-adaptativos de processar
informações como:
• Hipervigilância em relação a ameaças ambientais dos
pacientes ansiosos
• Excessiva e indevida responsabilização
pessoal pelas
falhas e erros cometidos pelos sujeitos com
depressão.
As crenças disfuncionais são perpetuadas através das
distorções, modos mal-adaptativos de processar
informações como:
• Hipervigilância em relação a ameaças ambientais dos
pacientes ansiosos
• Excessiva e indevida responsabilização pessoal pelas
falhas e erros cometidos pelos sujeitos com
depressão.
• As distorções cognitivas da TC são
essencialmente os mesmos mecanismos
identificados na TREC de Albert Ellis, existindo
algumas diferenças em geral semânticas.
Distorções Cognitivas segundo a Terapia Cognitiva de Aaron Beck
Conceitualização Cognitiva
Fluxograma de conceitualização de casos em Terapia Cognitiva:
Dados relevantes da infância;
Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença nuclear?
Crença nuclear
Qual a crença mais central sobre si mesmo?
Suposições/crenças/regras condicionais ( se...então)
Que suposição positiva ajudou a lidar coma crença nuclear? Qual a contrapartida negativa para essa
suposição?
Estratégia(s) compensatória(s)
Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
Diagrama de Conceituação Cognitiva
Diagnóstico EixoI: Eixo II:
Estratégia(s) compensatória(s)
Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
Situação 1 Situação 2 Situação 3
Pensamento automático Pensamento automático Pensamento automático
Significado do P.A Significado do PA Significado do PA
Emoção Emoção Emoção
Comportamento Comportamento comportamento
Dados relevantes da infância
Doença crônica, pais exigentes
Crença nuclear
Sou defeituosa, sou fraca, sou incompetente, sou fracassada, não sou digna
de ser amada
Suposições/crenças/regras condicionais ( se...então)
Se não for perfeita serei um fracasso
Se não controlar todas as variáveis serei desvalorizada
Estratégia(s) compensatória(s)
Procrastinação, evitação
Estratégia(s) compensatória(s)
Procrastinação, evitação
Novo trabalho Amigos querem visitá-la Novo namorado
PANão ficará perfeito Ficarão com pena de mim Não dará certo
Significado PA Sou incompetente Sou fracassada Sou azarada no amor
EmoçãoAnsiedade Tristeza Tristeza
ComportamentoAdia o início do
trabalho
Não aceita visita Não dá mostras de seu
interesse
Formulação de caso: exemplo da paciente Gina
Critérios de competência para o terapeuta cognitivo

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