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crimes que não admitem tentativa

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Nome legível do(a) aluno(a):
	
	Disciplina
Direito Penal I
	Curso
DIREITO
	
	Campus – UF
QUEIMADOS
	Período
2º
	Turno
noite
	CADERNOS DIDÁTICOS
	Professor
Jorge Dória
	Data REAL da entrega:
17/09/2013
	
AULA APRESENTADA:
Av1
(
)
Av2
(
)
Av3
(
	No. DE ACERTOS:
	
Visto do professor
	Atenção: Agregue valor às suas respostas complementares, anexando jurisprudências e referências doutrinárias!
No dia da prova, o aluno deverá anexar toda coletânea que poderá valer até 1,0 ponto. Esforce-se e Boa pesquisa...
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA
FUNDAMENTO LEGAL: vários. 
CCHOUP
Contravenções (art. 4º da LCP)
Culposos ()
Habituais (art. 229, 230, 284, CP)
Omissivos próprios (art. 135 CP)
Unisubsistentes (Injúria verbal)
Preterdolosos (art. 129 § 3º CP)
. DELITOS QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA
2.   a) crimes culposos (salvo culpa imprópria): a culpa imprópria existe nos casos de erro de tipo inescusável, em que o dolo é excluído, mas a culpa subsiste. Pune-se uma conduta dolosa a título culposo, a tentativa refere-se à conduta dolosa, mas será punida como tentativa de crime culposo. 
3. b) contravenções penais (art. 4.º da LCP); 
4. c) delitos preterdolosos : porque o resultado, indo além do que o agente desejou, pune-se a título de culpa (obs.: os crimes qualificados pelo resultado são gênero e admitem a tentativa – ex: latrocínio) ; 
5. d) delito omissivo próprio: Há posições isoladas no sentido da admissibilidade da tentativa – Fernando Galvão; 
6. e) delito unissubsistente – a ação se compõe de um único ato, sendo impossível seu fracionamento; 
7. f) delito de mera atividade (ou de mera conduta) – consuma-se com o simples início de execução; 
8. g) delito habitual : não possuem um iter. Se não houver reiteração de condutas, tem-se um indiferente penal (Mirabete discorda); 
9. i) crimes que a lei só pune se acontecer o resultado (art. 122 – participação em suicídio); 
10. j) Crimes de atentado – porque não há tentativa de tentativa; 
11. i) Crime continuado – embora impossível a tentativa de crime continuado, pode haver continuação de crimes tentados; 
12. l) Crimes permanentes de forma exclusivamente omissiva . 
Ou seja: 
1)Crimes culposos
2)Crimes Habituais
3)Crimes Omissivos puros ou próprios
4)Contravenções penais
5)Crimes Unissubsistentes
6)Crimes preterdolosos
7)Crimes de ação vinculada
8)Crime de atentado
Classificação doutrinária dos crimes 
Quanto ao resultado:
crime formal - também chamando de crime de consumação antecipada; o resultado se dá no momento exato da conduta. Ex. Ameaça, artigo 157. Causa resultado imaterial (= jurídico).
crime material - aquele em que se verifica a modificação no mundo exterior (resultado naturalístico, ou seja, mudança visível); sinonimo de concreto;
crime de mera conduta - se o crime exige produção de resultado, é material. se não exige, mas tem consumação, é formal. se não exige nem resultado nem consumação imediata, é crime de mera conduta.
Quanto ao elemento subjetivo:
doloso - art. 18, I - dolo eventual, genérico ou específico;
culposo - art 18, II - 
preterdoloso - dolo no antecedente, culpa no resultado. O agente alcança um resultado mais grave do que queria. Por exemplo, art. 129 § 3º - lesão corporal seguido de morte;
qualificado pelo resultado - dolo + dolo. art 121 § 2º
Quanto à completa realização:
consumado (art 14, I) - quando alcança o resultado, ou seja, quando o sujeito realiza a descrição da conduta física. Pelo princípio da alternatividade, se realizou um verbo ou outro da conduta já é suficiente para configurar a tipicidade;
tentado (art 14, II) - quando, por circunstâncias alheias à vontade do agente, o crime não ocorre;
Obs.: Iter criminis ->
Cogitação
Preparação
Execução
Consumação
Exaurimento (há autores que a consideram como parte do crime). Ex. Corrupção.   
Desistência voluntária - quando o autor da conduta, por fato inerente à sua vontade, não comete a conduta ou desiste dela. O autor responde pelos atos praticados. Dica: é o arrependimento do que está fazendo. Art. 15.
Arrependimento eficaz - é o arrependimento do que já fez. Por exemplo: atira em uma pessoa e se arrepende, levando a vítima para ser socorrida a tempo de sobreviver. 
Arrependimento posterior - só é possível nos casos de crime sem violência ou grave ameaça e até o recebimento da denúncia ou queixa, por parte do Ministério Público; reparar o dano ou restituir a coisa.
Crime impossível - quando, por absoluta ineficácia do meio empregado ou absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar o crime. 
Obs.: há crimes que não possuem o tipo tentado, por exemplo, os crimes culposos e os unissubsistentes;
Quanto ao fracionamento da conduta:
Unissubsistente - não tem como fragmentar essa conduta; ela ocorre em um único momento. Por exemplo: injúria (art 140);
Plurissubsistente - comportamento fragmentado; percebe-se claramente as fases do iter criminis. 
Quanto ao momento consumativo:
Instantâneo - o efeito acontece em um só momento; vg: homicidio, roubo.
Permanente - o momento consumativo é duradouro. ex.: sequestro. (obs.: é diferente de crimes de EFEITO PERMANENTE (= aquele que deixa sequelas, tem consequencias duradouras).
Quanto ao sujeito que pratica: 
crime comum - pode ser praticado por qualquer pessoa
próprio - só pode ser praticado por determinada categoria. VG: crimes contra a administração pública, infanticídio. 
de mão própria - só pode ser realizado por pessoa definida. VG: falso testemunho, falsa perícia. Só a testemunha de determinado crime pode cometer; ou só o perito em tal ação pode cometer. 
Quanto à ação:
Comissivo - quando resulta de uma ação
Omissivo - quando resulta de uma omissão
Comissivo por omissão - quando a consequencia da omissão é muito grave (conduta criminosa).
Outros:
crimes de dupla subjetividade passiva: quando dois sujeitos são afetados com o mesmo ato. Ex.: violação de correspondência.
crime simples - como ele é definido no código penal;
crime privilegiado - crime com atenuantes
crime qualificado - crime com agravantes
crime de ação múltipla - o que tem mais de um verbo/núcleo, por ex. trafico (portar, guardar, vender...)
crime hediondo - os mais danosos, mais cruéis, mais vis. O rol é amplo: latrocínio, homicídio qualificado, terrorismo, sequestro, tráfico de drogas. 
O crime formal é aquele em que o tipo prevê uma conduta e um resultado naturalístico, não sendo este último exigível para a consumação do delito. Isto significa dizer que nem sempre se observará alteração fática conexa à ação praticada.
Assim, as infrações previstas, por exemplo, nos artigos 158 e 159 do CP para se consumarem não exigem que o agente receba a vantagem indevida. Se a recebe, tal constitui mero exaurimento.
O artigo 14, II do CP dispõe que o crime é tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Na hipótese prevista no artigo 159, exempli gratia, o fato de sujeito ativo sequestrar, a vítima com o fito de obter qualquer vantagem, por si só, tem idoneidade para delinear a consumação 
da infração. A obtenção da vantagem indevida, nesse sentido, afigura-se despicienda.
Portanto, a regra é nos crimes formais não incidir essa causa de diminuição de pena.
Contudo, tal assertiva é mitigada na jurisprudência, ainda que minoritária, quando reconhece a tentativa, verbi gratia, na extorsão mediante sequestro se o agente não obteve o valor do resgate. 
A propósito cumpre trazer à colação ementas dos seguintes arestos, cujo inteiro teor poderá ser obtido junto ao sítio do E. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro:

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