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Toda organização é constituída de pessoas que gerenciam, lideram, comandam e administram funções que outras pessoas irão desenvolver dentro da empresa. A organização funciona como uma rede onde todas as funções podem ou não estar interligadas para o melhor desenvolvimento do trabalho. Segundo Zanelli e Silva, (2008, p.9): “Compreender como interagem ou que processos articulam ou não, pessoas e coletividades que chamamos de grupos, equipes e organizações, é, certamente, um dos principais desafios dos Estudos Organizacionais. Embora sejam múltiplas as definições e diferenciadas as ênfases, qualquer tentativa de se conceituar organização incorpora a idéia e de um agrupamento social ou a de indivíduos em interação”. De acordo com Zanelli e Silva, (2008, p.11), “De forma bastante sintética, as organizações são vistas como “construções sociais”, como “significados intersubjetivamente partilhados”. A passagem do plano individual para o coletivo ocorre porque pensamentos e ações das pessoas vão se tornando determinados por produtos de pensamentos e ações que vão sendo compartilhados coletivamente. Assim, os processos que ligam e desligam pessoas e grupos é que geram a organização de uma empresa. Portanto, esta perspectiva exige que seja dada atenção especial às interações humanas, a como as inter-relações são construídas e reconstituídas pelas pessoas. As relações humanas dentro de uma organização trazem a mudança ou transformação necessária que vem de pessoas que se sentem parte da empresa e que buscam o melhor não somente para si, mas também para o todo. Faz parte da essência humana querer participar, envolver-se, relacionar-se com outras pessoas tanto na vida pessoal quanto na profissional. Cada vez mais pessoas estão buscando muito mais que um excelente salário, as pessoas estão buscando a satisfação naquilo que fazem, a motivação e o bem estar em desenvolver tarefas que trazem um sentimento de “missão cumprida”. De acordo com Zanelli e Silva (2008, p.110): “O aspecto mais sutil e relevante do dinheiro é o seu significado. A sua influência simbólica mais evidente é o que ele compra não o dinheiro em sim mesmo. Portanto, seu valor não se restringe ao valor que lhe é atribuído pelos agentes econômicos”. O dinheiro pode representar a satisfação das necessidades e expectativas que uma pessoa deseja que signifique. Além disso, para os seres humanos um salário e estabilidade financeira trazem oportunidades de crescimento e a perspectiva de se tornar o que se deseja ser, constituem importantes fatores que facilitam a motivação humana em contextos de trabalho. Quando o ambiente de trabalho e as atividades têm sentido ou significado consistente com o conjunto de valores que é peculiar ao executor, trabalho pode ser visto como significativo, com potencial emancipador. Caso contrário, tais fatores estarão interligados à sensação de falta de orgulho, de interesse pelo trabalho que foi realizado e o trabalho é percebido como expropriador, alienante e sem significado para a vida pessoal desse colaborador. Os valores de uma organização influenciam diretamente na vida pessoal dos colaboradores, já que para haver uma afinidade entre ambos se faz necessário que os valores, crenças e história da empresa fiquem claramente na mente de seus colaboradores e que haja uma interação de valores e sentimentos entre si. Na visão de Zanelli e Silva (2008, p.33), “Redes de interação se desenvolvem continuamente e influenciam a formação da identidade, tanto organizacional como individual – o indivíduo é produto e produtor do sistema.” Para um feedback positivo deste colaborador para com a organização, é de suma importância que exista uma linha de comunicação direta e eficiente, de forma, que todo colaborador ao receber a mensagem a entende e consiga colocá-la em prática. Para Zanelli e Silva (2008, p.67): “As organizações estão ancoradas em estratégias, ainda que os seus participantes não tenham consciência disso. Elas representam linhas de ação entre o passado e o futuro da organização. Geralmente são estabelecidas com base nos valores e na visão de mundo das coalizões dominantes, ou seja, muitas vezes, mesmo que as estratégias não sejam definidas do topo para a base, os valores das coalizões dominantes prevalecem. O exercício do poder, os processos decisórios e a formulação de estratégias estão vinculados. Para que todos os participantes se sintam comprometidos com as estratégias e propósitos da organização, é necessário um processo de comunicação eficiente e eficaz. Quanto maior for o envolvimento e a legitimidade de todos no processo de definição, maior será o comprometimento e também o compartilhamento da visão estratégica da organização”. Pode-se dizer então que a comunicação é uma ferramenta de grande importância para o desenvolvimento da gestão de pessoas e da liderança nas empresas, pois é por meio do diálogo e das ações que podemos influenciar um colaborador. Na visão de Vries (1997, p. 26): “Por visão de futuro, entende-se que os lideres têm que ser eficazes na determinação da direção a ser seguida por todos e na obtenção do comprometimento para esta caminhada. Líder é aquele que diz: Quero que você suba nesta montanha e não naquela outra. Esta determinação passa a ser então o mapa a ser seguido por todos aqueles sob sua esfera de influência. Isso inclui valores e crenças essências, capacitando o líder a definir a filosofia básica da organização: sua missão”. O fator humano esta presente em todos os setores dentro de uma organização, e cabe ou líder identificar, aproveitar e governar o melhor talento de cada um nas diversas atividades exercidas. Todo colaborador busca o reconhecimento de seu trabalho, a valorização, a satisfação de fazer algo com alegria e ver que os resultados foram alcançados de maneira brilhante. É preciso que o líder saiba reconhecer e elogiar em público e corrigir em particular sem humilhar. O bem estar do colaborador e a motivação que ele sente nas atividades exercidas estão diretamente ligados a conduta do líder e a forma como este líder direciona as habilidades de cada pessoa para o sucesso tanto pessoal quanto profissional. De acordo com Richard Shell (Professor de direito e negociação de Wharton) “Sucesso é quando você se sente bem consigo mesmo, com suas decisões. Não significa apenas alcançar metas, mas sentir prazer nisso.” A satisfação no trabalho e o sucesso andam de mãos dadas, pois o sucesso de um indivíduo vem de uma motivação que os faz se sentir parte do todo, que o faz trabalhar por amor, por prazer e colocar aquilo que ele tem de melhor na atividade que exerce. É o líder que será capaz de identificar a melhor habilidade de cada um e saberá quais ações serão necessárias para a motivação do indivíduo na organização. Toda pessoa motivada exerce melhor o seu trabalho, pois além da satisfação profissional, busca a satisfação pessoal. A motivação no trabalho é como um alimento que deve ser ingerido em pequenas doses diariamente e quem define essas doses é o líder. Um colaborador satisfeito terá um melhor relacionamento com seus colegas de trabalho, pois entende que a sua função bem exercida trará bons frutos para a organização que renderá em frutos para ele também. O comportamento é modificado para melhor, sempre visando o bem de um modo geral. A Gestão de Pessoas é uma maneira sobre como cada líder irá atuar diretamente no comportamento humano. Para French e Raven (1959): “o poder legítimo baseia-se no reconhecimento de uma pessoa de que a outra tem o poder legal, concludente, de influenciá-la e que elatem por obrigação aceitar esta influência. O poder de perícia baseia- se no fato de uma pessoa reconhecer que a outra domina certo conhecimento, que é especialista em determinado assunto e que, por isto, não deve questioná-la. A base de poder de referência é aquela que se sustenta no reconhecimento de uma pessoa de que a outra é um modelo, alguém a ser imitado”. Ter como referência um líder a ser imitado é um grande diferencial para a organização, devido à vantagem competitiva que decorre das pessoas que trabalham em uma empresa. O ser humano ajuda a manter e elevar o status que a organização precisa ter em um mercado tão competitivo. São as pessoas que fortalecem esses vínculos dentro e fora da organização. O indivíduo é o responsável pela inovação, a tomada de decisões, a comunicação e sendo assim, pelo crescimento da empresa. Uma organização torna-se referência no mercado, não somente pelos seus produtos e serviços, mas também pela forma como trata e valoriza seus colaboradores, pois entende que uma organização é feita de pessoas e são essas pessoas que fazem a empresa ser o que é. As pessoas deixam de ser números e passam a fazer parte e agregar valor humano a empresa. Por meio da valorização profissional, o ser humano desenvolve outras capacidades como pensar, decidir, opinar, relacionar e amplia seus conhecimentos e relações, tanto pessoais quanto profissionais. É da essência humana busca a valorização em algum setor de sua vida. Abaixo segue a pirâmide sobre a teoria de Abraham Maslow. (A theory of humam motivation, 1943). Pode-se identificar na figura acima a importância da auto - realização do ser humano e a busca pelo sucesso bem no topo da pirâmide. Logo abaixo se pode identificar que a auto-estima, o reconhecimento também fazem parte do topo entre as demais partes. A auto realização, auto-estima e afetivo-social fazem parte das necessidades complexas e a questão da segurança e necessidades fisiológicas fazem parte das necessidades simples e fundamentais. De acordo com Schermerhorn, Hunt & Osborn, (1999, p.34): “Um elemento fundamental em qualquer comprometimento com a ética no trabalho e a responsabilidade social da organização é o tratamento dado aos funcionários. Todas as organizações devem ser administradas visando ao sucesso, mas também à satisfação das pessoas que fazem o trabalho. O termo qualidade de vida no trabalho (QVT) é notável no comportamento organizacional, como indicador da qualidade geral da experiência humana no local de trabalho. Expressa uma forma especial de pensar a respeito das pessoas, do seu trabalho e das organizações nas quais suas carreiras são realizadas. Também é um lembrete claro de que o ótimo desempenho pode e deve ser atingido através de um alto nível de satisfação no trabalho. O comprometimento com QVT pode ser considerado um valor adicional de comportamento organizacional”. Com o passar dos anos as empresas mudaram a visão de como lidar com seus colaboradores respeitando a diferença de cada um e aproveitando o melhor talento que cada colaborador pode oferecer. Basta que o líder identifique e observe o comportamento de cada indivíduo e saiba tirar o melhor proveito disso. A cultura organizacional também interfere diretamente no comportamento do colaborador. Na visão de Giuseppe, (2010, p.19): “Os valores organizacionais representam mais do que somente um dos componentes da cultura organizacional. Constituem o elemento central de qual outros elementos organizacionais evoluem. A cultura organizacional pode ser definida, portanto, como um sistema bem desenvolvido e profundamente enraizado de valores que estimula, quando adequadamente gerenciado, os membros da organização a produzirem mais esforço, mais criatividade e melhor desempenho organizacional. A cultura organizacional representada pelos valores compartilhados entre os membros da organização provê, para esta última, uma identidade”. É importante para o colaborador ter um modelo a ser seguido, alguém em que possa se inspirar e confiar, esses aspectos também faz parte da cultura da empresa, onde o líder passa a ser um exemplo a ser seguido. Na visão de Connors e Smith (2011, p.7): “Cada organização tem uma cultura, que trabalha a seu favor ou contra você – e pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Nunca foi tão importante gerenciar a cultura organizacional para que líderes, gestores, membros da equipe e funcionários pensassem e agissem da forma necessária para alcançar os resultados desejados. Esse bom gerenciamento não é uma opção, mas uma necessidade. A otimização da cultura deve exigir tanto sua atenção quanto seu esforço para atingir melhorias de desempenho em produção, Pesquisa e Desenvolvimento, vendas e todas as outras áreas da organização”. O líder de uma equipe sabe que ao estimular a cultura de uma empresa na mente de seus colaboradores, tem o poder de mudar o jogo, crescer rápido, revolucionar e criar aliados. A liderança sempre busca o melhor talento de cada um, esse talento sendo bem supervisionado, a empresa só tende a crescer e gerar lucros. Na questão de gestão de pessoas dentro de uma organização, é imprescindível buscar novos talentos e identificar qualidades dentro dos próprios colaboradores. Conforme Chiavenatto, (2008, p.52): “Hoje, o talento envolve quatro aspectos essenciais para a competência individual: 1. Conhecimento. É o saber. Constitui o resultado de aprender a aprender, aprender continuamente e o conhecimento é sua moeda mais valiosa do século XXI. 2. Habilidade. É o saber fazer. Significa utilizar e aplicar o conhecimento, ou seja, para resolver problemas ou situações ou criar e inovar. Em outras palavras, habilidade é a transformação do conhecimento em resultado. 3. Julgamento. É o saber analisar a situação e o contexto. Significa saber obter dados e informação, ter espírito crítico e definir prioridades. 4. Atitude. É o saber fazer acontecer. A atitude empreendedora permite alcançar e superar metas, assumir riscos, agir como agente de mudança, agregar valor, obter excelência e focar resultados. É o que leva a pessoa a alcançar auto-realização do seu potencial. Talento era o nome dado a uma moeda valiosa a antiguidade. Hoje, é preciso saber atrair, aplicar, desenvolver, recompensar, reter e monitorar esse ativo precioso para as organizações”. Na visão de Chiavenatto, (2008, p.53): “Talentos são pessoas dotadas de competência”. Segue uma explicação no quadro abaixo com os quatro aspectos essenciais para o talento humano. O talento sabendo ser bem aplicado torna-se sucesso. A maior satisfação de um colaborador aplicado nas suas atividades é o reconhecimento do seu líder e equipe e a obtenção do sucesso profissional. Há um elo, uma ligação entre o colaborador, o gestor e a organização. Este elo deve estar bem claro não somente durante os diálogos na empresa, mas principalmente nas ações do conjunto. Segundo Queiroz e Leite (2011, p.30): “Ter consciência de nossos valores é fundamental na escolha da empresa em que vamos trabalhar ou atividade que vamos realizar, pois os valores das empresas influenciam seus modelos de gestão que refletem na comunicação, delegação, estilo de liderança, inovação e criatividade, aceitas e desejadas, nível autonomia e liberdade concedida aos colaboradores, processo decisório, reconhecimento e recompensa de seus colaboradores e relacionamento interpessoal. Essas são dimensões que afetam o nosso dia a dia na empresa”. É a convivência diária que permite ao funcionário identificar seseus valores estão de acordo com os valores da empresa que em que ele atua, mas nada impedem que se possam conhecer novos caminhos dentro de uma organização e não só mudar valores, como acrescentar novas expectativas a vida do colaborador trazendo a satisfação na atividade exercida. De acordo com Gonçalves e Campos (2012, p.2): “Dessa forma, entendemos que uma correta abordagem de Gestão de Mudanças, é essencial e decisiva para o sucesso de um projeto, seja ele qual for. Não existe uma fórmula mágica para gerir mudanças. Cada projeto é único, pois toca em uma cultura diferente e principalmente em pessoas diferentes, em diferentes momentos. O mundo não é estático, e as corporações também são entes vivos em constante mutação. Como já dizia Heráclito de Éfeso, o filósofo pré-socrático, “ninguém se banha no mesmo rio duas vezes”. O líder saberá identificar qual o momento adequado para gerir as mudanças, pois toda organização é feita de pessoas que amam, adoecem, sentem e precisam ser entendidas para haver um clima de união entre ambas as partes. O comportamento humano modifica-se com o passar do tempo e com as condições em que o indivíduo vive, podendo assim, influenciar em seu comportamento organizacional. Na visão de Gonçalves e Campos (2012, p.5): “Todas estas mudanças no comportamento humano demandam adequações nas organizações. O cenário competitivo já não é o mesmo. Antigos diferenciais estão caindo, dando lugar a novas estratégias mais adequadas às demandas das gerações Y e Z. A valorização e a fidelização às marcas tomam novas perspectivas”. Uma organização atualizada, irá se preparar para as novas gerações de colaboradores e para um novo conceito de empresa no mercado, já que quem faz a organização, são os próprios colaboradores que nela trabalham. Parte 2 Toda organização é composta de pessoas. Dentre as demais funções de CAD ser dentro da empresa é preciso ter alguém com habilidades especiais para que tome a frente das decisões e saiba liderar uma equipe. Há certo tempo atrás, esta pessoa era chamada de chefe ou gerente. Hoje com as mudanças comportamentais das pessoas e das empresas, “esses gerentes” deixaram de apenas delegar ordens e passaram a ajudar, a participar das funções, a partir deste conceito chamamos esta pessoa de líder. Na visão de Schermerhorn, Hunt & Osborn, (1999, p.27): “Numa definição formal, gerente é uma pessoa à qual os outros se reportam. Tradicionalmente, o resultado é que os gerentes focalizam suas atividades no “dirigir” e “controlar” o trabalho dos outros, mas atualmente o foco está mudando para as atividades de “ajudar” e “apoiar”, consistentes com a pirâmide invertida que acabamos de descrever. Ser um gerente é um desafio singular, que envolve responsabilidades distintas. As pessoas são recursos-chave das organizações, e o desempenho do indivíduo (Trabalhando isoladamente ou em grupos) é a base fundamental do sucesso da organização. A atribuição do gerente é auxiliar outras pessoas a conseguir que coisas importantes sejam feitas no tempo certo, com ótima qualidade e conseguindo ao mesmo tempo que suas personalidades fiquem satisfeitas. Atualmente, os gerentes costumam ser encarados como “coordenadores”, “treinadores” e “líderes de equipe” – com certeza não como “patrões”. Um líder preparado saberá usar a estratégia necessária para atuar com seus colaboradores. A comunicação usada terá que ser clara, com o intuito de minimizar possíveis problemas. Quando um colaborador entende quais são suas funções dentro da organização, ele minimiza erros e frustrações. Para França (2006, p. 55) “A liderança é um processo social em que se estabelecem relações de influência entre pessoas”. O núcleo desse processo de interação humana é composto pelo líder ou líderes, seus liderados, um fato e um momento social.” Um líder de equipe será capaz não somente de atrair talentos para sua empresa, mas também reconhecer a valorização do colaborador, melhorar o uso do tempo nas atividades, interagir e comunica-se bem com sua equipe, trazer novidades da área, promover melhorias no clima organizacional, motivar, preparar sucessores, influenciar, etc. De acordo com Hunter (2004, p. 61), “A liderança era a capacidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente na busca dos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Segundo Kuazaqui (2006, p 12): “Liderança pode ser conceitualmente entendida como o conjunto de relacionamentos interagentes - cada qual com sua relação de hierarquias e influências cognitivas. Todavia, é passível de ser analisada sob enfoques diversos, como o histórico, o educacional e o corporativo”. Um colaborador bem preparado e motivado pelo seu líder conseguirá exercer melhor as funções atribuídas a ele. Terá sensação de segurança nas atividades, aumentará sua realização pessoal e profissional, fará com prazer e dedicação tudo que lhe for pedido. Verá em seu gestor um exemplo a ser seguido, alguém que ele queira parecer e ser. O líder será uma inspiração para o colaborador sentir-se determinado a crescer dentro da empresa. Uma organização que implanta os conceitos de liderança e tem seus colaboradores satisfeitos, atrairá ainda mais novos talentos, será uma empresa diferenciada no mercado pelas vendas e ótimo relacionamento interpessoal. Pessoas que trabalham felizes trabalham melhor, rendem mais, produzem mais e também fazem bem feito as atividades exercidas. Conforme Tadeussi (2009, p.38): “Os fatores diretamente ligados à motivação como a necessidade de estime pressupõem que o grupo reconheça as potencialidades do indivíduo para que posteriormente ele possa desenvolver a auto- estima. O reconhecimento pelo trabalho bem feito é uma forma de recompensar o bom desempenho, e com respeito e orientação explicar a correção das tarefas que não apresentaram desempenho exigido, tentando melhorar a estima do funcionário. O afeto no ambiente de trabalho esta ligado diretamente as emoções que o colaborador sente por seus colegas de trabalho. O afeto pode ser aperfeiçoado e estimulado para garantir um bom clima organizacional dentro da empresa. É comum que o colaborador sinta mais afinidade com uns do que com outros, mas se tratando de uma empresa, a falta intensa de afinidade ou valores extremamente diferentes pode interferir negativamente para a organização. Outra questão importante no ambiente de trabalho é o prazer que ele proporciona a pessoa. Quem trabalha com prazer, executa melhor as tarefas, pois o prazer esta ligado diretamente a satisfação. Quando o colaborador gosta da atividade que exerce ele lidará melhor com problemas e conflitos. Os conflitos diários podem ser diminuídos com uma boa gestão do líder, que ao identificá-los conseguirá elaborar estratégias para diminuir ou eliminar este fator que poderá prejudicar o andamento do trabalho. De acordo com Guimarães (Ano, p.11): “O trabalho clássico do líder é conseguir trazer antagônicos para a sinergia, motivá-los a ser cooperativos e produtivos. O desafio é fazer especialistas solitários trabalharem produtivamente e equipe. O ideal é que as empresas estruturem e gerenciem suas atividades como se fossem projetos, com começo, meio e fim, com objetivo, escopo, prazo e recursos, com resultados esperados e, principalmente, com equipes montadas segundo as complementaridades e necessidades das competências e preferências”. O líder pode influenciar outras pessoas por meio de: poder, conhecimento, interação, situação e expectativa, mas com os novos perfis de liderança o gestor deixou de somente ordenar e passou a participar.O perfil mudou e deixou de ser controlador e passou a ser facilitador, busca constantemente soluções em curto prazo, ao invés de exigir a subordinação de seus empregados, passou a cultivar o comprometimento deles. O líder só se manterá nessa condição se atender as expectativas e necessidades de seus liderados, se conseguirem o comprometimento e a satisfação de seus colaboradores. As necessidades e as condições de vida dos colaboradores influenciam diretamente seu desempenho no ambiente organizacional. A condição econômica é um fato ambiental que interfere diretamente na saúde física e mental do colaborador, pois é por meio dela que a pessoa terá ou não as necessidades básicas para viver. No que diz respeito as condições de vida no trabalho, há um grupo específico de fenômenos que influenciam essas condições como: saúde, segurança, motivação, adaptação, ente outros. Antigamente, havia inúmeros trabalhos escravos e condições precárias dentro das empresas. Com isso, os próprios colaboradores passaram a buscar conhecimento para lutar pelos seus direitos. Na visão de França (2006, p.97): “É verdade que as condições desumanas de trabalho levaram os trabalhadores a ser organizar e a ter mais consciência das necessidades de melhorias nas condições de trabalho. A resposta dos “gestores”, no início, foi a contrapressão, evoluindo, em alguns casos, para a negociação e criação de métodos de produção que viabilizassem a participação e organização sociotécnicas, mais voltadas para motivação, participação e relacionamento”. A tecnologia também contribuiu positivamente para a qualidade de vida do trabalho, pois com a alta demanda foram estabelecidos por lei melhores condições para o colaborador no ambiente organizacional. Segundo Simonetti (1996): “O crescimento do setor de serviços influenciado pelas tecnologias de computadores e de telecomunicações, em face da sua diversidade e amplitude, está exigindo uma revisão em temas como horário e duração da jornada de trabalho, formas de remuneração, contratos de trabalho e cláusulas sociais. Essas condições foram estabelecidas dentro de um período de crescimento e de predominância da realidade industrial e hoje devem ser adaptadas à realidade do setor de serviços”. Na era do conhecimento as informações encontram-se em vários lugares, tanto em papéis, computadores, internet, como na experiência de vida que cada indivíduo traz consigo. É importante colocar em prática e saber aproveitar essa experiência com as novas gerações de colaboradores, pois os valores e as crenças mudam com o tempo. A remuneração também modificou-se com o passar do anos, deixou de ser somente um pagamento no final do mês para uma recompensa pelo trabalho exercido, como um parceria, onde o empregador oferece uma atividade e o empregado a realizada de acordo com suas habilidades e conhecimentos. As organizações também passaram a investir em seus funcionários, oferecendo cursos e especializações para o crescimento desta pessoa dentro da empresa, chamamos este investimento de incentivo. O incentivo é de suma importância, devido ao colaborador se sentir importante para receber e mostrar que seu líder confia em seu potencial para lhe oferecer esta proposta. Para Hanashiro, Teixeira & Zaccarelli (2008, p. 177): “Na verdade, os incentivos são práticas antigas. O que parece como novo é seu uso como ferramenta de gestão flexível que necessita ser moldada ao contexto e às prioridades de mudanças organizacionais. Além disso, a base para um acréscimo na remuneração deixa de ser somente o passado (aumento de mérito e promoção, por exemplo, consideram o desempenho que já ocorreu) e passa a ser o futuro, este deliberadamente atrelado às metas promotoras de crescimento e vantagem competitiva para a empresa”. Há também as recompensas não financeiras que fazem parte da motivação do colaborador, como a motivação por participar e a motivação por produzir. A motivação por participar faz com que o indivíduo deposite seus investimentos no cargo que podem ser educação, treinamento, habilidade, experiência, entre outros. A motivação por produzir, enfatiza a expectativa, a instrumentalidade e a valência. Na expectativa, o indivíduo tem um comportamento que esta associado à percepção individual da possibilidade de que seu esforço trará algum desempenho. Já na instrumentalidade, o comportamento é afetado de acordo com seu desempenho, pois acredita que o melhor desempenho trará a melhor recompensa. E a valência que determina que seja a recompensa que deriva da necessidade dominante de uma pessoa. O líder precisa identificar esses perfis em seus colaboradores para saber qual a melhor maneira de motivar cada um. De acordo com (Ruas, 2000), “As competências são gerencias quando o conhecimento, a habilidade e a atitude são expostas na organização, possibilitando mobilizar e integrar recursos agregando valor para a organização”. As competências gerenciais são conhecimentos de um ou mais indivíduos que são colocadas na prática. É o conhecimento e a experiência de uma ou mais pessoas que o gerente coloca em prática juntamente com suas habilidades, competências e acúmulo de experiência. O aprendizado individual é a aquisição de novos conhecimentos e experiências que o indivíduo adquire. Na visão de Kim (1996): “Quando o aprendizado individual ocorre, levando ou não à ação, ele é armazenado em modelos mentais individuais, pois representa muito mais que a simples memorização, envolvendo a produção ativa de novos conhecimentos, representando a visão pessoal do mundo, abrangendo percepções explícitas e implícitas, determinando como a informação armazenada será aplicada em determinada situação”. O aprendizado organizacional se refere ao conhecimento adquiro pela empresa com o passar do tempo. As diferentes situações empresarias necessitam de soluções únicas para cada conflito encontrado. Essas experiências trazem aprendizado para cada tipo de processo em que a empresa se encontra. É uma soma de habilidades e experiências tanto de outras empresas como dos próprios colaboradores. Seria a junção do que cada um tem de melhor para oferecer. Para Hanashiro, Teixeira & Zaccarelli (2008, p. 233): “A aprendizagem organizacional ocorre quando a organização é capaz de alterar seus padrões de desempenho, a fim de antecipar e / ou reagir a mudanças ambientais descartando padrões que não são mais necessários. Uma aprendizagem só ocorre quando resulta em uma ação modificada. Portanto, a partir do momento que as organizações, por meio de seus componentes, adotarem a aprendizagem como um processo que incorpora erros e acertos, ter- se-á um ciclo de aprendizagem”. O desempenho esta ligado ao aprendizado que o colaborador consegue colocar em prática. Em muitos casos, uma função depende da outra para dar continuidade no serviço e isso pode gerar conflitos internos ou até mesmo competição entre as pessoas. Em alguns casos a competição pode dar resultados positivos para a organização, mas em muitos deles a competição pode trazer sérios problemas interpessoais. Há várias maneiras de evitar conflitos dentro das empresas, como por exemplo, não evidenciar situações de ganhar e perder entre os colaboradores, estimular a rotação de pessoas entre os setores, sempre se comunicar de forma intergrupal, dar ênfase à eficiência da organização. Essas habilidades geralmente são desenvolvidas pelo líder da equipe. A liderança é constituída de elementos que caracteriza o processo onde há o influenciador e o influenciado. Existe alguns modelos de liderança que serão explicadosa seguir. Liderança Carismática é aquela em que o líder possui grande carisma com seus seguidores. House (1977) descreve os seguintes indicadores para a evidência da liderança carismática: “ a) Confiança nos seguidores; b) Similaridade de crenças; c) Aceitação incondicional dos líderes; d) Obediência espontânea; e) Envolvimento emocional com a missão; f) Alto nível de desempenho; g) Crença na capacidade de contribuição”. Já a influência transformacional é a influência do líder sobre os liderados, compartilhando idéias e significados, valores e projetos de vida aceitos de forma intensa por seus admirados. Segundo Burns (1978), “líderes e seguidores elevam um ao outro a níveis mais altos de moralidade e motivação”. Segue abaixo alguns indicadores segundo França (2006, p.72) “a) Aumento do grau de conscientização e envolvimento; b) Estímulo à busca da auto-realização (Hierarquia de Maslow); c) Ausência de apelo aos interesses, baseado em trocas utilitárias pela submissão a um objetivo (transacional); d) Além do carisma, o despertar de fortes emoções e mudanças; e) Valores compartilhados no contexto da cultura da empresa”. Uns dos principais elementos que determinam se o líder terá sucesso ou não, é o momento exato de saber liderar. O líder terá que ter visão clara dos objetivos e saber transmiti-las a todos, manter e saber aplicar na prática os valores da organização, ajudar a equipe aprender com erros e acertos, manter o foco no trabalho, identificar e estimular os pontos fortes dos colaboradores, tomar decisões coerentes dentro da cultura da empresa, entre outros. Quando o líder entende seu papel dentro da organização ele é capaz de criar um ambiente de sucesso e inovação. Ele saberá persuadir, motivar, influenciar as pessoas, trazendo em sua equipe pessoas que também buscam o sucesso profissional. Outra característica importante do líder é saber ouvir os colaboradores de sua equipe. Saber ouvir é fundamental para saber o ponto de vista das pessoas e questionar novas idéias que surgirem ao longo do caminho. É uma forma de construir ligações duradouras, pois o colaborador se sentirá importante. Para Buaiz (2005, p.129): “O maior desafio que você irá enfrentar nessa fase é conquistar a confiança de seus Distribuidores, provando que o interesse em ajudá- los é sincero. Eles precisam perceber que você não está focado apenas em seus benefícios e que eles não estão sendo usados. Somente desta forma, conseguirá inspirá-los pelo exemplo”. Um líder focado saberá levar seus colaboradores a caminhos que tragam sucesso em seus resultados. Ajudará e ganhará credibilidade na tentativa de fazer a empresa crescer sempre. Na visão de Maxwell (2008): “Os bons líderes, por sua vez, são como guias turísticos de verdade. Conhecem o território porque já fizeram aquela viagem antes, e fazem o que podem para tornar o passeio agradável e proveitoso para todo mundo. A credibilidade de um líder começa com o sucesso pessoas e se confirma na iniciativa de ajudar os outros a alcançar sucesso também. Para ganhar credibilidade, é preciso que você demonstre possuir três características: - E iniciativa: você precisa se levantar para subir. - E sacrifício: você precisa abrir mão para subir. - E maturidade: você precisa se desenvolver para subir”. Para se tornar um bom líder, às vezes é preciso esquecer um pouco do cargo que ocupa e se sentir como as outras pessoas, a liderança é importante, mas é necessário que haja humildade e transparência nas ações e nos diálogos. Nenhum líder começa do topo, é uma longa caminhada que é feita com a equipe que ele coordena. Neste caminhão haverá pedras e inúmeros obstáculos a serem eliminados, sempre com muita paciência tanto em exercer a função de líder, como na explicação de como proceder aos colaboradores. O apoio de outros líderes e colaboradores também é de suma importância, pois como já foi dito, para chegar ao alto, é preciso de um trabalho de equipe que ame o que faz e que faça bem feito. Deste modo, o líder nunca ficará sozinho em sua caminhada. De acordo com Maxwell (2008): “Os melhores líderes sabem que liderar pessoas pressupõe amá-las também! Líderes menos capazes assumem a atitude oposta dizendo: “Eu amo a humanidade; o que estraga são as pessoas!” Mas os bons líderes compreendem que as pessoas não se importam com o quanto você sabe até saberem quanto você se importa com elas. É preciso amar as pessoas, caso contrário você nunca lhes agregará valor. E, se você se tornar indiferente a elas, pode estar a apenas alguns passos de se tornar um manipulador. Nenhum líder deve fazer isso. Jamais”. É mais fácil ser crítico em relação aos outros do que com nós mesmos. O líder precisará se colocar na pele do colaborador para saber o que ele estará sentindo, pois é mais fácil julgar aos outros do que a nós mesmo. Se o colaborador sentir que quem o lidera se preocupa com ele, haverá um vínculo de amizade, onde será mais fácil motivar pelo carisma do que apenas com recompensas físicas. As recompensas físicas também são muito importantes, mas a motivação funciona de uma maneira diferente para cada pessoa. Quem ordena também precisa saber obedecer, pois as atitudes do líder serão tão importantes quanto suas palavras, e ele por ocupar uma posição de destaque, sempre estará sendo observado por seus liderados. Só quem passou pela função de liderado conseguirá ser líder. Na visão de Maxwell (2008): “A boa liderança exige a compreensão do mundo em que vivem os liderados. A interação torna-se possível porque já passou pelo que eles estão passando. Sabe muito bem o que significa estar sob uma autoridade e, por essa razão, tem uma noção apropriada sobre o exercício da liderança. Por sua vez, os líderes que nunca se saí-ram bem quando estiveram sob alguma autoridade tendem a ser orgulhosos demais, sem noção, rígidos demais e autocráticos”. Concluindo, um líder precisa esquecer-se de sim mesmo para conseguir se concentrar em outras pessoas. A segurança que ele demonstra, fará toda a diferença na hora de exercer sobre seus liderados. A atitude humanizada sempre trará bons resultados para quem as executa. Webliografia http://www.brasilpost.com.br/2014/03/21/conceito-sucesso_n_5009425.html Bibliografia Fundamentos de Comportamento Organizacional Por John R. Schermerhorn Jr.,James G. Hunt,Richard N. Osborn, 2º Edição Ano: 2000, Editora: Bookman, Porto Alegre. Medidas do comportamento organizacional: Ferramentas de diagnóstico e de gestão Por Mirlene Maria Matias Siqueira, 1º Edição, Ano 2008, Editora: Artmed, Porto Alegre. Gestão de Mudanças: o Fator Humano na Liderança Por Vicente Gonçalves, Carla Campos, 1º Edição, Ano 2012, Editora: Brasport, Não achei o lugar. A theory of humam motivation Por Abraham Maslow, 1º Edição, Ano 1943, Editora: Marfino Fine Books, Não achei o lugar. The Human Side of Enterprise Por Douglas McGregor, 1º Edição, Ano 1960, Editora: Mcgraw Hill, Não achei o lugar. Diagnóstico da Cultura Organizacional Por Russo,Giuseppe , 1º Edição, Ano 2010, Editora: Elsevier, Rio de Janeiro. Mude a Cultura de Sua Empresa e Vença o Jogo! Por Connors,roger/smith,tom, 1º Edição, Ano 2011, Editora: Elsevier – Campus, Não achei o lugar. Gestão de Pessoas Por Idalberto Chiavenato, 3º Edição, Ano 2008, Editora: Campus Elsevier. Não achei o lugar. O Elo da Gestão de Carreira: O papel do empregado, da liderança e da organização Por Cláudio Queiroz,Christiane Leite, 1º Edição, Ano 2011, Editora: DVS, São Paulo.Motivação E Liderança Por Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci, 1 Edição, Ano 2009, Editora: IESDE BRASIL, Curitiba Liderança positiva Por GILBERTO GUIMARAES , Ano 2013, São Paulo, Editora Évora, 1º Edição BUAIZ, Sergio. Multiplicando o bem-estar. São Paulo: Chance Network, 2005. O livro de ouro da liderança: O maior treinador de líderes da atualidade ... Por John C. Maxwell Ano 2008, Editora Vida Melhor, 2º edição, Rio de Janeiro
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