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Formação de gametas e fertilização Nesta aula aprenderemos como ocorre a formação dos gametas femininos e masculinos (óvulos e espermatozoides, respectivamente) e também a união dos gametas durante a fertilização para a formação do zigoto durante a fertilização (fecundação). A gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas (gametas). Nos homens este processo é denominado espermatogênese e nas mulheres ovogênese. Durante a gametogênese ocorre a meiose e células germinativas diplóides (2n) originam células sexuais altamente especializadas, os gametas haplóides (n), que são os espermatozoides e os ovócitos . Assim, nos gametas o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. A sequência de eventos que leva à formação dos gametas no homem e na mulher é denominada espermatogênese e ovogênese, respectivamente. Na espermatogênese os espermatozoides primordiais (Espermatogônias -2n) são transformados em células germinativas ou espermatozoides maduros (n) e esse processo de maturação inicia-se na puberdade, quando as espermatogônias começam a crescer sofrer modificações e transformar-se em espermatócitos primários que sofrerão meiose no final do processo irão transformarse em espermatozoides. Todo este processo de espermatogênese leva cerca de 2 meses e normalmente se continua por toda a vida reprodutiva do homem. Quando ejaculado, o espermatozoide é uma célula ativamente móvel, que nada livremente, sendo formada por 3 partes: cabeça, colo e cauda. Durante a ovogênese, uma sequência de eventos ocorre, e ovogônias são transformadas em ovócitos. Esse processo de maturação inicia-se durante o período fetal e é completado durante a puberdade na mulher, pois durante a vida fetal os ovócitos primordiais (ovogônias) proliferam por divisão mitótica e crescem para formar os ovócitos primários. Imediatamente antes do período da ovulação, o ovócito primário completa a primeira divisão meiótica formando o ovócito secundário. O ovócito secundário é grande e visível a olho nú. O ovócito secundário que é liberado durante a ovulação é envolvido por uma camada de material amorfo (zona pelúcida) e por uma camada de células foliculares (corona radiata). Existem cerca de 2 milhões de ovócitos primários no ovário de uma menina recém-nascida, mas muitos regridem durante a infância, de modo que na adolescência não mais que 40 mil permanecem. Destes, somente cerca de 400 tornam-se maduros e são expelidos na ovulação. Resultante da fertilização após contato do espermatozóide com o ovócito secundário, o zigoto é uma célula totipotente e altamente especializada. A fertilização ocorre na ampola da tuba uterina e é constituída por 6 fases que são : 1) Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito: ocorre através da liberação de enzimas do espermatozóide (hialuronidase) e também da mucosa da tuba uterina. Neste estágio os movimentos da cauda do espermatozóide também são importantes para sua penetração na corona radiata ; 2) Penetração da zona pelúcida: Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal, na qual ocorrem mudanças nas propriedades físicas da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides. 3) Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide: As membranas plasmáticas da célula rompem-se na área da fusão. A cabeça e cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana do espermatozóide fica para trás; 4) Término da segunda divisão meiótica do Ovócito: O ovócito completa a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino; 5) Formação do pronúcleo masculino: Dentro do citoplasma do ovócito o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino 6) Lise da membrana do pronúcleo: Ocorre a agregação dos cromossomos para a divisão celular mitótica e a primeira clivagem do zigoto. Como resultados da fertilização ocorre a restauração do número diplóide de cromossomos (46) no zigoto, a variação da espécie humana pois misturam-se cromossomos maternos e paternos, a determinação do sexo cromossômico do embrião, além da ativação do metabólica do ovócito e início da clivagem do zigoto. Figura 1- Ilustração representando a penetração do espermatozóide no ovócito secundário Fonte: MOORE, K.L. Embriologia Clínica. 8ª ed. Elsevier: Rio de Janeiro, (2008).
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