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DISCIPLINA Psicologia Jurídica SEMANA 8

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DISCIPLINA: Direitos Fundamentais
Semana 8
PSICOLOGIA E DIREITO CIVIL
A Psicologia se relaciona com o Direito Civil de diversas formas. Primeiramente, como já se observou, é importante o estudo da personalidade para saber quais aspectos seus são protegidos pelo Direito. Ou ainda, aspectos psicológicos devem ser levados em conta no que tange aos defeitos dos negócios jurídicos. Por exemplo, o art. 138 do Código Civil dispõe que são anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
No artigo acima, interessante notar que está envolvida a percepção de uma pessoa de diligência normal, o que correspondia ao que se costumava chamar de “homem médio”, ou seja, uma pessoa que se encontra em um padrão social e psíquico do que se considera como comum no lugar e na época em que se encontra.
Em geral, os defeitos do negócio jurídico (erro, dolo, coação, lesão, etc.) são institutos jurídicos criados a partir da percepção que o indivíduo possui em relação à realidade.
Contudo, é com o Direito de Família que a Psicologia terá maior contato, visto que o ponto em comum serão as relações afetivas. Divórcio, guarda de filhos, regime de visitas, entre outras questões, são casos típicos que potencialmente envolvem necessidade de perícia psicológica a depender do grau de conflito existente.
Em primeiro lugar, a própria relação conjugal enseja uma série de obrigações entre seus participantes previstas no próprio Código Civil. Ocorre que o descumprimento de tais obrigações não se assemelham a outros inadimplementos contratuais. Ao contrário, exatamente porque estão inseridos em relação conjugal, o conflito que daí se origina envolve uma série de danos emocionais, como magoas e ressentimentos.
Exatamente em razão dessa situação, conjugado com a possibilidade de se aplicar a responsabilidade civil, tem se admitido a configuração de dano moral de um dos cônjuges por inadimplemento de deveres para com o outro cônjuge como, por exemplo, o dever de lealdade.
Noutra esteira, a situação que comumente necessita de intervenção de um psicólogo forense é a que envolve guarda de filhos, pois esses consubstanciam a parte hipossuficiente em relação ao conflito que participam seus pais.
Em caso de dissolução da união conjugal, é comum que um dos genitores permaneça com a guarda da prole (se houver), enquanto o outro exerce seu direito de visitas fixado pelo Judiciário.
Surgem, então fenômenos razoavelmente modernos, como a alienação parental e o abandono afetivo, que serão vistos na aula seguinte.
 
TEXTOS INDICADOS:
         OLIVEIRA, Dalton. Psicologia Jurídica in VADE MECUM HUMANÍSTICO (coord. por Álvaro de Azevedo Gonzaga et al). 2ª Edição. Ed. Revista dos Tribunais: São Paulo, 2011.
 
QUESTÕES:
1)     Como a psicologia pode ajudar a compreender a personalidade no mundo jurídico?
2)     Como a Psicologia pode se relacionar com o Direito Civil?

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