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TANGENCIANDO A VULNERABILIDADE

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TANGENCIANDO A VULNERABILIDADE
(População e mudança climática)
SEMINÁRIO DE CLIMATOLOGIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ- UESC
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
MICHELLE PEREIRA
Ilhéus – BA
2013
INTRODUÇÃO
Aquecimento global 
Um tema no meio de tantos outros 
 maior DESAFIO do século XXI 
IPCC – Painel Intergovernamental de Mudança Climática (1988)
 Informações científicas, técnicas e socioeconômicas 
 Ação humana – influência sobre o clima do planeta
• (1990 - 1995 - 2001) 
 Relatórios de avaliação com pouca repercussão internacional
• (2007) 4° Relatório (AR-4) 
 Grande impacto mundial
4 etapas – 3 grupos
Evidências de que a ação humana é responsável pela MC. 
Consequências da MC
para o meio ambiente 
e para a saúde.
Maneiras de combater a MC e fornecer alternativas de adaptação das populações 
 
Síntese
 MC - Introdução gradativa do tema à opinião pública
Protocolo de Kyoto (1997);
Relatório do IPCC anterior;
Comunidade científica (final dos anos 80, ao longo dos anos 90) vem tratando das dimensões humanas das mudanças ambientais globais ;
Divulgação do AR-4 reforça veementemente a responsabilidade da ação humana diante da MC. 
O excesso de poder do homem, via técnica, ganhou uma nova dimensão com a aceitação de que a sociedade está interferindo no ambiente em escala planetária, uma amplitude de intervenção que se julgava impossível atingir. (MARANDOLA JR. , 2009, p. 30). 
VULNERABILIDADE
VULNUS - VULNERIS
Condição de estar ferido, atingido, limitado nas suas capacidades.
 
O termo é muito utilizado para se referir às perdas em todos os campos: 
Se tornou uma palavra presente nos diferentes campos do saber e da gestão pública porque expressa uma situação vivida diariamente em nossa sociedade contemporânea. 
 bens de cidadania
 saúde
 qualidade de vida
 renda
Fonte: SEMAD (2013).
É fundamental que os estudos em população e meio ambiente participem do debate internacional sobre mudanças climáticas ambientais globais, visto que a população é um COMPONENTE ESSENCIAL da problemática.
 Como produtor de emissões 
Alvo dos danos e impactos
Contribuição na emissão dos gases de feito estufa;
Mudanças no uso da terra;
No consumo. 
Nos 3 casos, composições demográficas específicas, associadas a valores culturais, tecnologias e ambiente também específicos, configuram diferentes vulnerabilidades. 
Hunter (2000) aponta 3 formas de como os fatores demográficos interferem na mudança climática:
A sociedade já vive em situação de risco constante há bastante tempo.
- Conviver com o risco tornou-se uma marca da sociedade contemporânea.
Os riscos associados ao padrão produtivo, à forma de ocupação e uso do solo, à forma como gerimos os recursos ambientais [..] já são reconhecidos na teoria social como componentes de uma sociedade que produz e distribui riscos à escala global. (BECK, 1992). 
Fonte: Ferretti (2013)
VULNERABILIDADE A QUÊ ?
 - Os perigos não são iguais em todos os lugares e as pessoas não sofrem os mesmos efeitos das mudanças climáticas.
 - A vulnerabilidade permite um olhar contextual e circunstancial dos fenômenos. 
 - Alguns perigos atingem grupos sociais e demográficos diferentes. Os elementos particulares dos lugares poderão potencializar ou minimizar os danos. 
Vulnerabilidade é um conceito-chave para se pensar as mudanças climáticas na sociedade contemporânea que permite conectar as diferentes escalas e os vários ângulos do fenômeno. 
O 5° relatório do IPCC, apresentado no dia 27.09.13 em Estocolmo, afirma ser “extremamente provável”, com 95% de certeza, que o homem tenha provocado mais da metade da elevação média da temperatura registrada entre 1951 e 2010. 
A Foto mostra o derretimento de geleiras no Ártico. Para o IPCC, a cobertura de gelo do Ártico vai continuar diminuindo até o final do século.
Fonte: Revista Época [online]
O mundo sustentável, resiliente e adaptado à mudança climática não será um mundo menos alegre, menos democrático ou com menos oportunidades de auto realização. Mas será diferente. É preciso abrir mão do individualismo absoluto, cultivando o planejamento, aceitando os limites à ação humana e buscando a satisfação em valores menos materialistas, para que o desafio da mudança climática tenha resposta. (HOGAN apud MARANDOLA JR, 2009).
REFERÊNCIAS
MARANDOLA JR., E. Tangenciando a vulnerabilidade. In: HOGAN, D. J.; MARANDOLA JR. E (Org.). População e mudança climática: dimensões humanas das mudanças ambientais globais. Campinas: NEPO. 2009. Cap. 2, p. 29-52.
REDAÇÃO ÉPOCA. IPCC reforça responsabilidade da ação humana no aquecimento global. SET 2013. Disponível em: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2013/09/ipcc-reforca-certeza-sobre-responsabilidade-da-bacao-humana-no-aquecimento-globalb.html. Acesso em 13 out. 2013.

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