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3 3 Conceito É uma forma de calor superficial, em que se usa a parafina derretida misturada com óleo mineral a uma temperatura de mais ou menos 52ºC a 54ºC, com fins terapêuticos (normalmente utiliza-se na prática com um ponto de fusão mais baixo quando adicionamos a parafina ou óleo mineral e trabalha-se com temperaturas em torno de 40º a 50ºC, pois é mais confortável[12]). Apresentação física O tanque de parafina pode ser formado por uma caixa de aço inoxidável, cheia de água, que é aquecida através de um resistor. Dentro da água, em “banho-maria”, vamos encontrar uma caixa metálica, de tamanho menor, que tem a função de conter a parafina em fusão. Há também, tanques de parafina confeccionados em fibra de vidro onde a resistencia fica dentro do tanque e a parafina derretida fica em contato com esta. Preparação da parafina A parafina sólida é colocada dentro do tanque com óleo mineral (mistura de 6 a 7 partes de parafina mais 1 parte de óleo), tendo o cuidado para que não fique muito compacta nem muito diluída após derretida. Liga-se o interruptor de força e coloca-se o termostato em 70-80 graus centígrados. Depois de completamente fundida, baixa-se a temperatura do termostato para 40 a 50 graus centígrados (42º é a temperatura mais utilizada). Caso a parafina comece a endurecer deve-se adicionar mais oleo mineral/vaselina a fim de se obter a liquidez. Preparação do paciente Mande o paciente lavar muito bem a região a ser aplicada (mãos e pés) e, se possível, escovar sob as unhas. Informe que, durante as três primeiras imersões, ele vai sentir uma sensação “não muito agradável” em função da alta temperatura. Mas, à medida que a luva de parafina vai se formando, a sensibilidade da pele vai diminuindo e o tratamento vai ficando menos desagradável. Esterilização e limpeza: A parafina, com o uso continuado, passa a ser um depósito de fungos e bactérias, agregados à camada córnea da pele descamada, que pode vir a atacar a pele e unhas do paciente em tratamento, caso medidas rigorosas de desinfecção não sejam tomadas. Como a parafina não fica a uma temperatura elevada durante o tempo significativo, ela não é capaz de matar os microorganismos que por ventura possam estar presentes. Para esterilização e limpeza da parafina pode ser adotada a seguinte medida: Coloque uma vasilha grande com água para ferver. Quando estiver fervendo, adicione a parafina e deixe-a ferver por 10 minutos. Tire-a do fogo e coloque-a para esfriar. As partículas de sujeira decantarão no 4 4 fundo da vasilha (material mais denso), e a parafina sobrenadará na superfície da água (material menos denso). Medidas de higiene: 1- Habitue-se mandar o paciente lavar bem as mãos ou os pés com água, sabão e uma pequena escova, com atenção especial à região sob as unhas; 2- Mantenha o tanque da parafina fechado para evitar a queda de particulas que venha a sujar a parafina. 3- Utilize material de boa qualidade; 4- Não reponha no tanque a parafina que já foi usada, antes que ela passe por um processo de limpeza. 5- Caso tenha reposto a parafina usada direto no tanque, dependendo da demanda e do estado do paciente, deve-se trocar a parafina com freqüência. Efeitos fisiológicos/terapêuticos º Vasodilatação º Aumento do fluxo sangüíneo º Aumento do metabolismo º Analgesia º Antiinflamatório º Diminui rigidez articular º etc. Técnicas: 1- Imersão contínua*: Coloca-se a área a ser tratada em uma cuba de parafina, com temperatura em torno de 42º a 50º C durante 30 minutos, sem retirar da cuba. É a técnica menos tolerada pelos pacientes, porém, é a mais eficaz. É a mais eficaz para transmitir calor. (*) Variação: Imergir e reimergir - Realizam-se alguns mergulhos no tanque até a formação da luva/bota de parafina, daí então mergulha-se a novamente o membro tratado no tanque mantendo-o imerso por aproximadamente 10 a 20 min. [49] 2- Imersão repetida: Coloca-se a área tratada na cuba de parafina, retirando-se e colocando-se novamente esta mesma parte durante 30 minutos. É a segunda mais eficaz. 3- Imergir / Envolver: Coloca-se a área tratada na cuba de parafina, retira-se devendo esperar parar de gotejar. O número de imersões será de 6 a 10 vezes, e logo após a última vez, envolver a parte tratada com uma saco plástico e toalha felpuda, por cerca de 20 a 30 minutos. Indicações: º Artrose º Artrite º Artralgia º Trauma crônico º Tendinite cronica º Cicatrizes aderentes º Entorse º Mialgia º Pré cinésio . É CONSIDERADA COM TERMOTERAPIA POR CONDUÇÃO. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 7- Machado, C. M. – ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA 12- Kitchen, S. e Bazin, S. - ELETROTERAPIA DE CLAYTON 34- Leitão, A. – FISIATRIA CLÍNICA – Liv. Atheneu 49- Michlovitz, S. L. - THERMAL AGENTS IN REHABILITATION 54- Lucena, C. – TERMOTERAPIA HIPER HIPO 4- Enfaixamento: Passar parafina em volta da área a ser tratada; enfaixar uma vez a região com atadura; colocar parafina com ajuda de pincel sobre o enfaixamento; enfaixar novamente; colocar parafina; repetir por 7 ou 8 voltas. Envolver com uma to felpuda ou saco plástico, por cerca de 30 minutos. Esta técnica é usada para tratamento de algumas articulações. 5- Pincelamento: Passar diversas camadas de parafina com pincel na área a ser tratada, durante 30 minutos. É CONSIDERADA COM TERMOTERAPIA POR CONDUÇÃO. ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA – Pancast Ed. - 1991 ELETROTERAPIA DE CLAYTON - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira Atheneu - 1979 THERMAL AGENTS IN REHABILITATION - F. A. Davis Co - 3ª Ed. Philadelphia 1996 TERMOTERAPIA HIPER HIPO – Ed. Lovise Contra-indicações: º Áreas com “alterações de sensibilidade” º Afecções em fase aguda º Doenças dermatológicas º Lesões de pele º Edemas º Áreas isquêmicas; etc. Passar parafina em volta da área a ser tratada; enfaixar uma vez a região com atadura; colocar parafina com ajuda de pincel sobre o enfaixamento; enfaixar novamente; colocar parafina; repetir por 7 ou 8 voltas. Envolver com uma toalha felpuda ou saco plástico, por cerca de 30 minutos. Esta técnica é usada para tratamento de algumas Passar diversas camadas de parafina com pincel na área a ser 5 5 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998 Philadelphia 1996 º Áreas com “alterações de sensibilidade” º Afecções em fase aguda º Doenças dermatológicas
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