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Ultra Som

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INTRODUÇÃO: 
 Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. 
Onda: É toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem. Propaga energia 
e não matéria. 
Qualquer objeto que vibra é uma fonte de som. As ondas sonoras podem ser geradas mecanicamente, 
como por exemplo com o diapasão. Em fisioterapia / medicina se geram por meio dos chamados 
transdutores eletroacústicos. 
As ondas mecânicas perceptíveis ao ouvido humano estão compreendidas, aproximadamente, entre as 
freqüências de 20 Hz a 20.000 Hz. Quanto maior a freqüência, mais agudo é o som; quanto menor for a 
freqüência mais grave é o som. 
Os sons de freqüências abaixo de 20 Hz e acima de 20.000 Hz são inaudíveis ao ouvido humano, 
sendo denominados, respectivamente, infra-sons e ultra-sons. 
A freqüência médica para diagnóstico de imagem varia de 5 a 10 MHz, e para terapia de 0,7 a 3 
MHz[56]. 
A velocidade de propagação do som depende do meio onde ele se propaga e também da sua 
temperatura. No ar, a 0ºC, a velocidade é de aproximadamente 330 m/s; a 20ºC, de aproximadamente 
340 m/s. 
O som, sendo onda mecânica, não se propaga no vácuo. Nos demais meios onde se propaga pode 
sofrer reflexão, refração, difração e interferência. 
Aproveitando este fenômeno, o homem desenvolveu o sonar dos navios (capaz de mapear o fundo dos 
oceanos e localizar corpos móveis). Substituindo os feixes ultra sonoros por ondas eletromagnéticas, 
aproveitando o mesmo princípio, o homem desenvolveu e aperfeiçoou o Radar. Hoje já se utiliza 
corriqueiramente os ultra-sons para se verificar o desenvolvimento do feto na vida intra-uterina ou o estado 
das vísceras e mal formações. 
 
ULTRA SOM TERAPÊUTICO 
Conceito: São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas faixas 
terapêuticas encontram-se na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. Estas ondas são produzidas a partir da 
transformação da corrente comercial em corrente de alta freqüência, mais ou menos 870 Khz, que ao incidir 
sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo se comprima e se dilate 
alternadamente, emitindo ondas ultra-sônicas na mesma freqüência da corrente recebida. 
Por terapia ultra sônica entende-se: É o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com uma 
frequência superior a 20.000 Hz[56] 
Histórico: 
1917- Descoberto por Langevin 
1939- Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira aplicação eficaz e 
moderna no Hospital Martin Luther de Berlim. 
 
 
 
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BIOFÍSICA 
Absorção: 
É a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultra-sônicas, onde são 
absorvidas pelo tecido e transformadas em calor. As proteínas são as que mais absorvem a energia ultra 
sônica [3, 11, 12, 47]. Garcia (1998) mencionou que pesquisas realizadas mostraram que o coeficiente de 
absorção aumenta quando se eleva a quantidade de proteína presente no meio condutor. Por isso tecidos 
ricos em colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultra sônico que os atravessa. 
Quanto maior a freqüência do ultra som, menor o comprimento de onda, maior será a absorção. 
Consequentemente no ultra som de maior frequencia haverá maior interação das ondas sonoras com os 
tecidos superficiais, fazendo com que haja uma menor penetração[11, 56]. 
Furini e Longo (1996) mencionaram como princípios de absorção: 
 - Aumento da freqüência = Aumenta a absorção (quanto maior a freqüência, menor o comprimento de 
onda, maior será a absorção superficial (grande redução do D/2) 
 - Aumento da temperatura = Aumenta a absorção 
 Obs.: Fuirini e Longo (1996) aconselham o não aquecimento superficial da região antes da aplicação do 
ultrasom caso a intenção seja atingir níveis mais profundos, pois o aumento da temperatura tecidual 
superficial aumentaria a absorção, e quando se resfria (gelo) a área diminui-se a absorção (em 20%) e 
aumenta-se a penetração das ondas sonoras. Entretanto, alguns profissionais, baseados na física básica, 
afirmam que o efeito seria o oposto, pois ao resfriar o tecido haveria uma maior agregação molecular 
facilitando a propagação das ondas sonoras aumentando a absorção e diminuindo sua penetração. 
 Andrews e col. (2000) discordam de Furini e Longo, pois menciona que a justificativa de se esfriar o 
tecido antes da aplicação do US baseia-se na premissa de que o ultra som é transmitido mais efetivamente 
através dos materias mais densos (densidade esta, que acontece por uma maior agregação molecular tecidual 
a baixas temperaturas). Eles afirmam que quanto mais denso o tecido, maior a propagação, ou seja, há maior 
interação das ondas sonoras com o meio e consequentemente maior absorção, e portanto menor penetração. 
 Já Rodrigues (1995) afirma, com relação ao uso do gelo, que a crioterapia precedendo ao ultrasom não 
permite aumento da temperatura tecidual local ou limita sua elevação. Portanto entende-se que se quizermos 
impedir que haja aumento da temperatura tecidual durante a aplicação do ultrasom tipo contínuo (térmico), 
como por exemplo em patologias agudas, devemos realizar procedimentos crioterápicos antes da aplicação 
do ultrasom.[52] 
Ar é o meio de menor propagação da onda ultra sônica. Outro meio que merece destaque é a gordura 
onde o coeficiente de absorção é baixo, decorrente da homogeneidade do tecido. Em todos os meios 
podemos observar que a absorção é maior para frequências de 3 MHz, e isto decorre do fato de que quanto 
maior a frequência menor o comprimento de onda, portanto o tempo de relaxamento das estruturas sonadas 
(moléculas, fibras, células, etc) é menor, consequentemente absorvem maior quantidade de energia[11]. 
 
Atenuação: 
Quando se tem a penetração da onda ultra sônica no tecido orgânico, teremos perdas na capacidade 
terapêutica do ultra som que irão acontecer, até chegar a um ponto chamado de atenuação, ou seja a 
amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas de ultra-som sob sua forma de feixe passam 
através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em uma meio 
heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O feixe tem sua intensidade 
original reduzida pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com espessuras 
específicas.[11, 56]. 
 
 
 
 
 
12 
12 
Cada tecido possui valores diferentes de atenuação, conforme tabela abaixo: 
 TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) 
 1 Mhz 3 Mhz 
- Osso 2,1 mm ------ 
- Pele 11,1 mm 4,0 mm 
- Cartilagem 6,0 mm 2,0 mm 
- Ar 2,5 mm 0,8 mm 
- Tendão 6,2 mm 2,0 mm 
- Músculo 9,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendiular.) 
 24,6 mm 8,0 mm (Tec. Paralelo) 
- Gordura 50,0 mm 16,5 mm 
- Água 11.500,0 mm 3.833,3 mm 
Fonte: Hoogland (1986) 
Cavitação:[3, 11, 12, 71] 
Estável: As bolhas de gás que são formadas nos líquidos orgânicos sofrem ação das ondas sonoras, na 
fase de compressão (são comprimidas e o gás se move de dentro da bolha para o fluido circundante) e de 
tração (aumentam sua área e o gás se move do fluido para dentro da cavidade). 
Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai acontecer um 
um colabamento dessas bolhas e elas vão ganhando energia, e entram em ressonância, até que “explodem” 
(devido ao ganho muito grande de energia) e isso provoca um aquecimento muito grande a esse nível. 
Somente a cavitação estável pode ser considerada terapêutica visto que seus efeitos são basicamente 
não térmicos. Ao contrário, a cavitação instável pode promover danos tedciduais decorrentes das altas 
temperaturas e pressõesgeradas em razão da liberação de energia no instante da ruptura da bolha de gás. 
OBS.: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de água sobre o cabeçote e ligarmos 
o aparelho. 
A ocorrência de cavitação instável pode ser minimizada pela movimentação constante do transdutor e 
a administração de baixas doses. 
 
PROPRIEDADES DO ULTRA-SOM TERAPÊUTICO 
- A área de radiação ultra sônica do cabeçote corresponde a área do cristal onde há emissão de ondas 
sonoras, e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação). A ERA é sempre menor que a área geométrica do 
cabeçote. E além disso devemos saber que se houver defeito na colagem do cristal ao cabeçote (diafragma) e 
ocorrerem espaços vazios a radiação emitida será ainda menor. 
- Em virtude do ultra som (com frequência na faixa dos megahertz) não se propagar através do ar, 
ocorre intensa reflexão do som caso não haja nenhuma substância à frente do cabeçote quando o aparelho for 
ligado. E esta reflexão faz com que o som volte para a região do cristal, podendo trazer alterações estruturais 
no equipamento.[12] 
- No implante metálico 90 % de radiação ultra-sônica que chega é refletida e concentra-se nos tecidos 
vizinhos (ondas estacionárias). Pôr não se saber qual a quantidade de energia ultra-sônica que é absorvida 
por estes tecidos, alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se resguardarem de possíveis 
acidentes que poderiam causar lesões, mesmo utilizando intensidade dentro da faixa terapêutica. O ultra-
som não aquece o implante metálico. Situação semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea, com 
30% de reflexão das ondas ultra-sônicas[89]. Entretanto, Garavello et al (1997) ao pesquisarem, concluíram 
que implante metálico não induz temperaturas excessivamente altas, nem qualquer outro efeito deletério nos 
tecidos 
 
 
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- O ultra-som terapêutico normalmente é construído com freqüência de 1 e/ou 3 MHz. Atualmente a 
indústria de aparelhos de ultra som voltados para tratamentos estéticos fabricam também com frequência de 
5 MHz. 
 * 1 MHz - Lesões profundas 
 * 3 MHz - Lesões superficiais 
Obs1.: No tocante à Profundidade de Penetração, há os seguintes relatos de autores: 
1) 1 MHz: 
- Segundo Hoogland (1986) penetra cerca de 3 a 4 cm 
- Gann (1991) e Draper (1996) mencionam uma profundidade de 2,5 cm a 5 cm 
2) 3 MHz: 
- Segundo Hoogland (1986) e Draper (1996) penetra cerca de 1 a 2 cm. 
- Segundo Gann (1991) penetra menos de 2,5 cm 
 
- Segundo o regime de emissão de ondas sonoras, o ultra-som pode ser utilizado no modo Contínuo ou 
Pulsado. 
- No regime pulsado há um intermitência na saída das ondas sonoras no cabeçote transdutor. 
- Período de Repetição dos Pulsos: 
Quase todos os aparelhos de ultra som tem uma frequência de repetição dos pulsos (no modo pulsado) 
fixa de 100 Hz. O modo pulsado pode ajustar-se segundo a relação entre a duração do pulso e o período de 
repetição dos pulsos de 1:5, 1:10 e 1:20 [56] 
Quanto menor o tempo de pulso, menor o calor produzido. 
Relação Duração dos pulsos Pausa entre os pulsos 
1:2 5 ms 5 ms 
1:4 2,5 ms 7,5 ms 
1:5 2 ms 8 ms* 
1:10 1 ms 9 ms 
1:20 0,5 ms 9,5 ms 
Fonte: Hoogland, 1986 
* 20% de US / 80% de pausa (sem US) 
OBS.: 
a) O ultra som contínuo pode ser necessário quando ambos efeitos térmicos e não térmicos forem 
necessários. O grau dos efeitos térmicos no modo contínuo pode ser determinado pelos controles de 
intensidade do aparelho. 
c) Com uma intensidade de 1,5 W/cm2, são necessários 3 a 4 min. para alcançar um nível terapêutico 
de aquecimento com o ultra som de 3 MHz, e 10 min. para aquecer o tecido, quando for ultilizado o ultra 
som de 1 MHz. (Draper e col., 1993) 
 
 
 
 
 
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EFEITOS FISIOLÓGICOS 
1) Efeito mecânico [3, 56, 71] 
Chamado de micromassagem celular, e é responsável por todos os efeitos da terapia ultra sônica. Esses 
efeitos são obtidos tanto no modo contínuo quanto pulsado, e dependendo da intensidade usada para 
tratamento, esses efeitos podem ter um influência favorável ou não sobre os tecidos. 
A micromassagem dos tecidos se deve às oscilações provocadas pelo feixe ultra-sônico que os 
atravessa. A movimentação dos tecidos aumenta a circulação de fluidos intra e extracelulares, facilitando a 
retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes. 
2) Aumento da permeabilidade da membrana[3, 4, 11, 12, 16] 
Alteração no potencial de membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão), e conseqüente 
aumento do metabolismo. Ocorre não só pelo efeito de aquecimento como também pelo efeito não térmico 
do US. Este efeito é a base para fonoforese. 
3) Efeito térmicos[1, 3, 11, 12, 16] 
Tem por base o efeito Joule. É causado pela absorção das ondas ultra-sônicas à medida que penetram 
nas estruturas tratadas. A quantidade de calor gerado depende de alguns fatores como por exemplo, o 
regime de emissão (modo contínuo produz maior calor que o pulsado), a intensidade, a frequência e a 
duração do tratamento. 
4) Vasodilatação[1, 2, 4, 11, 16] 
É considerado como como um fenômeno protetor destinado a manter a temperatura corporal dentro de 
limites fisiológicos. Justifica-se, entre outras, por algumas teorias: Há a liberação de substâncias vasoativas 
como a Histamina; há inibição do simpático dos vasos, diminuindo sua resistência tênsil; há aumento do 
metabolismo e consequentemente aumento do consumo de O2, aumentando com isso a presença de CO2, 
provocando a vasodilatação. 
5) Aumento do fluxo sangüíneo[3, 56, 89] 
Em virtude da vasodilatação; e podendo ocorrer através da estimulação reflexa segmentar com ação na 
região paravertebral. Andrews e col. (2000) afirmam que o fluxo sanguíneo continua elevado por 45 a 60 
minutos após a aplicação do US. 
6) Aumento do metabolismo[1, 2, 3, 12] 
Se dá pela Lei de Van’t Hoff, que relaciona o aumento de temperatura com a taxa metabólica, 
mencionando que para cada aumento de 1° C na temperatura corpórea deve ocorrer um aumento de 10 % na 
taxa metabólica. Young (1998) cita que este aumento seria de 13% da taxa metabólica. 
7) Ação tixotrópica[3, 5, 11] 
Propriedade que o ultra som tem de "amolecer" ou "liquefazer" estruturas com maior consistência 
física (transforma colóides em estado sólido em estado gel). 
8) Ação reflexa[4, 11] 
Ação à distância do ultra som. 
9) Liberação de substâncias ativas farmacológicas[1, 11, 12] 
Principalmente a histamina (através da desgranulação dos mastócitos, por exemplo) 
10) Efeito sobre nervos periféricos[3, 11] 
O ultra som contínuo afeta a velocidade de condução nervosa (tanto aumentando como diminuindo). 
 
 
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Provoca despolarização das fibras nervosas aferentes, com baixa intensidade; com alta intensidade 
pode-se obter um bloqueio da condução. 
Kramer (1985) afirma que o aquecimento dos tecidos é responsável pelo aumento temporário na 
velocidade de condução nervosa observado nos nervos periféricos sonados. 
11) Elevação dos níveis intracelulares de cálcio[11, 12] 
12) Aumento das atividades dos fibroblastos[12] 
13) Aumento da síntese de colágeno[11, 12] 
14) Aumento da síntese de proteína [11, 12] 
15) Estimulação da angiogênese[12] 
16) Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos em colágeno[3, 11, 89] 
17) Aumenta a atividade enzimática das células[12] 
 
EFEITOS TERAPÊUTICOS 
1) Anti-inflamatório[3, 11, 12, 81, 104] 
Segundo Gonçalves & Parizotto (1998) a utilização do ultra som na terapia de reparação cutânea tem 
ação importante sobre as diversas fases do processo inflamatório.Sua ação na fase inflamatória inicial da 
reparação é uma aceleração do processo, aumentando a liberação de fatores de crescimento pela 
desgranulação dos mastócitos, plaquetas e macrófagos. O ultra som atuaria como um acelerador do processo 
inflamatório, portanto não como anti-inflamatório. Afirmam ainda que o que se pode definir como efeitos já 
confirmados do ultra-som sobre o processo inflamatório e a reparação tecidual é a possibilidade de 
potencializar ou inibir a atividade inflamatória dependendo da geração de radicais livres nos tecidos. Ou por 
ação direta ou por meio da circulação sanguínea, existe mediação do ultra som sobre a inflamação, alterações 
na migração e função leucocitárias, aumento na angiogênese, na síntese e maturação de colágeno e também 
na formação do tecido cicatricial. 
 O ultra som estimula a liberação de grânulos pelos mastócitos, e são estes grânulos que contêm os 
agentes quimiotáxicos. A desgranulação dos mastócitos pode ser iniciada pelo aumento intracelular de íons 
cálcio. Perturbações da membrana celular, induzidas pelo ultra som, podem aumentar o influxo de cálcio nos 
mastócitos. Os monócitos apresentam uma atividade fagocitária, mas a sua principal função parece ser a 
liberação de substâncias quimiotáxicas e de fatores de crescimento, que são essenciais para a formação do 
tecido de reparação. 
Há um consenso no sentido de que o ultra som pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo a 
liberação de histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. 
Na fase inflamatória do reparo tecidual há interação com vários tipos de células (plaquetas, mastócitos, 
macrófagos, neutrófilos) que entram e saem do local lesionado, levando à aceleração do reparo. 
Como consequência do aumento da circulação sanguínea há um fator de aumento da ação de defesa 
(elementos fagocitários do sangue) 
 
2) Analgésico[3, 56] 
Justifica-se por alguns fatores: aumento do limiar de dor com ação nos nervos periféricos; eliminação 
de substâncias mediadoras da dor como consequência do aumento da circulação tissular; normalização do 
tônus muscular; bloqueio da condução nervosa, etc 
3) Fibrinolítico / Destrutivo[56] 
4) Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles[1, 11, 12, 56, 81, 104] 
Fase inflamatória: O ultra som pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo a liberação de 
histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. 
 
 
16 
16 
Fase proliferativa do reparo: Potencialização da motilidade e proliferação dos fibroblastos, 
indiretamente através da estimulação ultra sônica dos macrófagos; incremento da velocidade angiogênica; 
aumento da secreção de proteína e colágeno (US pulsátil); estimulação da "contração" da ferida, diminuindo 
significativamente com isso a o tamanho da cicatriz (US pulsátil) 
Fase de remodelagem do reparo: O US aumenta a resistência tênsil e a quantidade de colágeno (o 
colágeno tipo III é substituído por colágeno tipo I, em resposta ao estresse mecânico promovido pelo US). 
Este aumento pode ser maior se o ultra som for usado anteriormente na fase inflamatória e na fase 
proliferativa da lesão. O US pulsátil deve ser o utilizado. 
 Hoogland (1986) indica ultra som no modo pulsado (1:5) com freqüência de pulsação de 16 Hz, e 
frequência de ondas de 3 MHz, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2. Estimula a produção de fibroblastos, 
produção de colágeno para o meio extracelular e organização da matriz de tecido conjuntivo, e as células 
endoteliais estimulam a angiogênese. 
5) Reflexo[11, 56] 
6) Relaxamento muscular[3, 56] 
7) Regeneração óssea[3, 12, 53, 56] 
 Algumas pesquisas mostraram que o ultra-som pode produzir um efeito piezoeléctrico no osso (na 
molécula de colágeno) que, por sua vez, pode produzir osteogênese; outras mostraram melhora significativa 
no retardo de consolidação de fratura. 
A fase proliferativa do reparo é subdividida na formação do calo mole e do calo duro. 
 
TECNICA DE APLICAÇÃO 
Intensidade[56]: 
Para a determinação da intensidade correta, em cada caso, devemos tem em mente a dose ideal que 
deverá chegar no lugar dos tecidos afetados, levando-se em consideração a atenuação das ondas sonoras nos 
tecidos superficiais à área da lesão. 
Em qualquer caso, o paciente não pode sentir sensações desagradáveis ou dolorosas. È permitida uma 
leve excitação. Se por consequência do tratamento aparecer dor de cabeça, desmaios, fadiga e/ou outras 
reações do Sistema Nervoso Autônomo a terapia posterior deve ser administrada numa intensidade mais 
baixa. 
Quando se usam ultra som pulsado ou contínuo com alta intensidade pode sentir-se uma reação de 
calor. Só é permitida uma leve sensação de calor. 
- TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) (Hoogland, 1986) 
 1 MHz 3 MHz 
- Osso 2,1 mm ........ 
- Pele (1 mm = 4%) 11,1 mm 4,0 mm 
- Cartilagem 6,0 mm 2,0 mm 
- Ar 2,5 mm 0,8 mm 
- Tendão 6,2 mm 2,0 mm 
- Músculo 9,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendic.) 
 24,6 mm 8,0 mm (Tec. Paralelo)(labor.) 
- Gordura 50,0 mm 16,5 mm 
- Água 11500,0 mm 3833,3 mm 
____________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
17 
17 
- EXEMPLOS DE TRATAMENTO: 
- Exemplo 1: Se um feixe ultra-sônico de 1 w/cm2 passar por 50 mm (5 cm) de gordura sua intensidade 
cai na metade, ou seja, cai para 0,5 w/cm2 (de acordo com a tabela acima). 
- Exemplo 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2 w/cm2 para 1,6 w/cm2 (atenuação de 
20% = 0,4 w/cm2); ao passar por 9 mm de músculo sua intensidade cairá de 1,6 w/cm2 para 0,8 w/cm2 
(atenuação de 50% = 0,8 w/cm2); ao passar por 3,1 mm de tendão sua intensidade cairá de 0,8 w/cm2 para 
0,6 w/cm2 (atenuação de 25% = 0,2 w/cm2). Neste exemplo estaria chegando na bursa, 0,6 w/cm2 de dose de 
US, após acontecerem as atenuações nos tecidos localizados a cima da área lesionada. 
-Exemplo 3: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Ao passar por 5,5 mm de pele a intensidade cairá de 3 W/cm2 para 2,25 W/cm2 (atenuação de 
25%); ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2,25 w/cm2 para 1,8 w/cm2 (atenuação de 
20%); ao passar por 9 mm de músculo sua intensidade cairá de 1,8 w/cm2 para 0,9 w/cm2 (atenuação de 
50%); ao passar por 6,2 mm de tendão sua intensidade cairá de 0,9 w/cm2 para aproximadamente 0,45 w/cm2 
(atenuação de 50%) 
 
Tempo de aplicação terapêutica 
- A duração do tratamento depende do tamanho da área corporal. O tempo máximo de aplicação que 
deve ser realizado com o ultra som, deve ser de 15 minutos por área de tratamento, e este tempo se refere a 
uma área tratada de 75 – 100 cm2, que é considerda uma superfície máxima que se pode tratar 
razoavelmente, e deve estar relacionada (para efeito de estipulação do tempo de tratamento) com o tamanho 
da ERA[56]. Caso uma determinada área tenha seu tempo de aplicação calculado para mais de 15 minutos 
deve-se dividir esta área em quadrantes e realizar mais de uma aplicação. 
- Hoogland (1986) orienta que na prática clínica o tempo de aplicação do ultra-som pode ser calculado 
da seguinte maneira: pega-se a área a ser tratada e divide-se pela ERA do ultra-som. Ex: Numa região que 
tenha as medidas de 10 cm de comprimento por 4 cm de largura, e realiza-se uma aplicação com um 
Ultra som - 2 Wcm2 
Gordura (20 mm) 
Músculo (9 mm) 
Tendão (3,1 mm) 
 Bursa 
Ultra som - 3 W/cm2 
Gordura (20 mm) 
Músculo (9 mm) 
Tendão (6,2mm) 
 Cartilagem 
Pele (5,5 mm) 
 
 
18 
18 
cabeçote de 5 cm2 de ERA, o tempo de aplicação deverá ser calculado da seguinte forma: Área ÷ ERA = 
40/5 = 8 min. de aplicação 
- As áreas menores que o cabeçote se tratam, em geral, por poucos minutos (3 a 5 min) usando o 
método semiestático. 
Obs.1: No tocante à utilização prática do tempo de aplicação calculado, deve-se levar em conta 
também algumas peculiaridades relacionadas à patologia como a fase da doença (aguda/crônica), 
profundidade da lesão, características físicas (mais ou menos efeito tixotropo), etc. Por isso, em alguns 
casos, podemos adotar um tempo máximo terapêutico em 40% a 60% do tempo calculado inicialmente, ou 
quem sabe até adotarmos em tempo maior que este. 
Hecox et al. (1994), orientam multiplicar o valor da ERA por valores relacionados á fase da doença: 
- Fase subaguda: Tempo = Área 
 1,5 x ERA 
- Fase crônica: Tempo = Área 
 1 x ERA 
- Máximo efeito térmico: Tempo = Área 
 0,8 x ERA 
 
AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS SÃO: 
a) CONTATO DIRETO[3, 7, 11, 12, 49, 54, 56, 87, 94] 
 - A substância de acoplamento deve ter uma impedância acústica próxima à da pele. Normalmente é 
utilizado gel comum industrializado (mais eficaz). 
- Para assegurar o tratamento mais uniforme possível de uma área, é necessário manter o cabeçote de 
tratamento em movimento contínuo e uniforme. Desta forma haverá uma mudança contínua da posição das 
“variações de intensidade”. Este movimento também é necessário para evitar mudanças na circulação 
sanguínea, pois o ultra som pode causar estase das células sanguíneas nos vasos paralelos ao feixe ultra 
sônico. 
 - Com o cabeçote em contato com a pele, a técnica de contato direto pode ser realizada de duas 
formas: 
1) Semiestacionária - onde o cabeçote realiza movimentos de mínima amplitude (movimento menor 
que os da técnica dinâmica) sobre a região a ser tratada. Normalmente é utilizado para regiões pequenas 
(tendinites, lesões ligamentares, etc). 
- É realizada quando a superfície a ser 
tratada é razoavelmente plana, sem muitas 
irregularidades, permitindo um perfeito 
contato de toda a área do transdutor com a 
pele. 
- Nesta técnica o cabeçote fica em contato 
direto com a pele do paciente, entretanto se 
faz necessário a utilização de uma 
substância de acoplamento visando 
minimizar a presença de ar entre a pele e o 
cabeçote. 
 
 
2) Dinâmica - onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos 
amplitude que podem ser circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se 
superpõem para assegurar o tratamento u
devem ser realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Salgado (1999) diz que os movimentos 
devem ser lentos e uniformes. Winter (2001) menciona que deve
lentos (em câmera lenta). Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o transdutor 
muito rapidamente, podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido, e que o propósito do 
movimento é distribuir a energia tão un
longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares. Kramer (1984) propõe que o transdutor deve ser 
movido lentamente, com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. Na prática clínica, a velocid
movimentação do cabeçote corresponde a aproximadamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) SUBAQUÁTICA [11, 12, 54, 56] 
 
 - Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento, poder
calçar uma luva cirúrgica de borracha. Esta medida reduz a possibilidade de uma infecção cruzada, no caso 
de feridas abertas. 
 
 
 
 
 Obs: Michlovitz (1996) desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado) tomando
base a Zona de Fresnel (Campo próximo). Nesta zona o ultra
de maneira desorganizada. Ocorrem picos de intensidade que podem aum
potenciômetro, ("pontos quentes") podendo causar lesões tissulares. Por isso deve
com que haja uma homogeneização na área a tratar (uniformidade da Zona de Fresnel).
menciona a possibilidade da formação de um coágulo sanguíneo, na utilização da técnica estacionária.
onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos 
que podem ser circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se 
superpõem para assegurar o tratamento uniforme da área. Hoogland (1986) afirmou
devem ser realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Salgado (1999) diz que os movimentos 
devem ser lentos e uniformes. Winter (2001) menciona que deve-se exercer movimentos circulares 
lentos (em câmera lenta). Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o transdutor 
muito rapidamente, podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido, e que o propósito do 
movimento é distribuir a energia tão uniformemente quanto possível ao longo do tecido, passando 
longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares. Kramer (1984) propõe que o transdutor deve ser 
movido lentamente, com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. Na prática clínica, a velocid
corresponde a aproximadamente 1 metro a 0,85 metro por minuto. 
 
Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento, poder
luva cirúrgica de borracha. Esta medida reduz a possibilidade de uma infecção cruzada, no caso 
desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado) tomando
base a Zona de Fresnel (Campo próximo). Nesta zona o ultra-som não é correto, as ondas sonoras se comportam 
de maneira desorganizada. Ocorrem picos de intensidade que podem aumentar muito a dose que se colocou no 
potenciômetro, ("pontos quentes") podendo causar lesões tissulares. Por isso deve-
com que haja uma homogeneização na área a tratar (uniformidade da Zona de Fresnel).
possibilidade da formação de um coágulo sanguíneo, na utilização da técnica estacionária.
- Esta aplicação é indicada para regiões de 
superfícies irregulares ou quando o paciente refere dor à 
pressão do cabeçote 
- Esta é a aplicação mais perfeita por suas propriedades 
ideais de acoplamento 
- Utiliza-se um recipiente (plástico ou vidro) de 
tamanho suficiente para conter a água e o segmento a 
ser tratado. 
- Normalmente os cabeçotes são “blindad
a aplicação subaquática. 
- Não há necessidade, nem é importante que o 
cabeçote toque a pele do paciente, podendo ficar a 1 ou 
1,5 cm, mas o ideal é que o cabeçote toque a pele para 
garantir a perpendicularidade do feixe ultrasônico com a 
pele. 
 
 
 Aplicação de US com 
método direto em 
tendinite de ombro
19 
19 
onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos de grande 
que podem ser circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se 
da área. Hoogland (1986) afirmou que os movimentos 
devem ser realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Salgado (1999) diz que os movimentos 
se exercer movimentos circulares muito 
lentos (em câmera lenta). Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o transdutor 
muito rapidamente, podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido, e que o propósito do 
iformemente quanto possível ao longo do tecido, passando 
longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares. Kramer (1984) propõe que o transdutor deve ser 
movido lentamente, com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. Na prática clínica, a velocidade de 
1 metro a 0,85 metro por minuto. 
Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento, poder-se-á 
luva cirúrgica de borracha. Esta medida reduz a possibilidade de uma infecção cruzada,no caso 
desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado) tomando-se por 
som não é correto, as ondas sonoras se comportam 
entar muito a dose que se colocou no 
-se mexer o cabeçote, fazendo 
com que haja uma homogeneização na área a tratar (uniformidade da Zona de Fresnel).Oakley (1978), 
possibilidade da formação de um coágulo sanguíneo, na utilização da técnica estacionária. 
Esta aplicação é indicada para regiões de 
superfícies irregulares ou quando o paciente refere dor à 
Esta é a aplicação mais perfeita por suas propriedades 
se um recipiente (plástico ou vidro) de 
tamanho suficiente para conter a água e o segmento a 
Normalmente os cabeçotes são “blindados” para 
Não há necessidade, nem é importante que o 
cabeçote toque a pele do paciente, podendo ficar a 1 ou 
1,5 cm, mas o ideal é que o cabeçote toque a pele para 
garantir a perpendicularidade do feixe ultrasônico com a 
Aplicação de US com 
método direto em 
tendinite de ombro 
 
 
 
c) BOLSA DE ÁGUA[11, 56, 89] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Alguns profissionais contra-
acoplamento - plástico - água - plastico 
feixe ultra-sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). Esta técnica produz intensa 
atenuação. 
 
d) FONOFORESE[11, 12, 49, 54, 56, 71]
- Esta técnica consiste no método direto, utilizando
como meio de acoplamento, ou seja, é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano 
mediante a energia ultra sônica. 
- Há uma potencialização dos efeitos do ultra
que é absorvido pela pele 
- Somente alguns produtos com boas características de transmissão ultra sônica possuem condições 
físicas ótimas necessárias para a fonofores
transmissão podem diminuir a efetividade da terapia ultra sônica.
- Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. Pois os que apresentaram, em todas as 
formulações, um maior índice de transmissão foram os que utilizaram frequências maiores.
- Andrews e col. (2000), relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de 
medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm.
A taxa de transmissão de qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada, antes de ser 
usado, pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. (Michlovitz, 1996)
Segundo Guirro & Guirro (1996) na estética a fonoforese é utilizada principalmente
difusão. Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as enzimas se desnaturam em 
temperaturas acima do limite suportável.
Pode ser realizada de três formas:
l Aplicar o US + medicamento 
l Passar medicamento com a mão 
l Aplica-se o US + gel comum 
 
e) REFLEXO SEGMENTAR 
-indicam esta técnica porque as interfaces formadas por subst
plastico - substância de acoplamento - pele prejudicariam a propagação do 
sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). Esta técnica produz intensa 
9, 54, 56, 71]
 
no método direto, utilizando medicamento e/ou cosmético
como meio de acoplamento, ou seja, é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano 
encialização dos efeitos do ultra-som pelo medicamento/cosmético
Somente alguns produtos com boas características de transmissão ultra sônica possuem condições 
físicas ótimas necessárias para a fonoforese, sendo que as preparações tópicas com baixo índice de 
transmissão podem diminuir a efetividade da terapia ultra sônica. 
Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. Pois os que apresentaram, em todas as 
e transmissão foram os que utilizaram frequências maiores.
Andrews e col. (2000), relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de 
medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm.
e qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada, antes de ser 
usado, pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. (Michlovitz, 1996)
Segundo Guirro & Guirro (1996) na estética a fonoforese é utilizada principalmente
difusão. Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as enzimas se desnaturam em 
eraturas acima do limite suportável. O pulso CONTÍNUO é o mais indicado para celulite.
Pode ser realizada de três formas: 
medicamento --- Após absorção, adicionar mais medicamento ou gel comum
Passar medicamento com a mão --- Após absorção, aplica-se US + gel comum
US + gel comum --- Após, passar medicamento com a mão 
REFLEXO SEGMENTAR [11, 56] 
 
- Esta técnica é utilizada onde há superfícies 
irregulares, onde normalmente há a ausência do 
recipiente para o US subaquático, ou há a 
impossibilidade de se introduzir o segmento corpóreo 
tratado num recipiente adequado (tronco, axila, ombro, 
articulações, etc). 
- Nesta técnica pode ser utilizado uma bolsa 
plástica ou de borracha (luva) cheia de água fervida, 
também um preservativo (“camisinha”), 
sobre a região a ser tratada, e onde é passado o cabeçote 
do ultra-som. 
- Deve-se utilizar uma substância de acoplamento 
entre a pele e a bolsa, e entre a bolsa e o cabeçote.
 
20 
20 
esta técnica porque as interfaces formadas por substância de 
pele prejudicariam a propagação do 
sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). Esta técnica produz intensa 
e/ou cosmético em forma de gel 
como meio de acoplamento, ou seja, é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano 
/cosmético utilizado (vice-versa), 
Somente alguns produtos com boas características de transmissão ultra sônica possuem condições 
e, sendo que as preparações tópicas com baixo índice de 
Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. Pois os que apresentaram, em todas as 
e transmissão foram os que utilizaram frequências maiores. 
Andrews e col. (2000), relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de 
medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm. 
e qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada, antes de ser 
usado, pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. (Michlovitz, 1996) 
Segundo Guirro & Guirro (1996) na estética a fonoforese é utilizada principalmente com enzimas de 
difusão. Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as enzimas se desnaturam em 
O pulso CONTÍNUO é o mais indicado para celulite. 
mais medicamento ou gel comum 
US + gel comum 
Esta técnica é utilizada onde há superfícies 
irregulares, onde normalmente há a ausência do 
recipiente para o US subaquático, ou há a 
impossibilidade de se introduzir o segmento corpóreo 
tratado num recipiente adequado (tronco, axila, ombro, 
Nesta técnica pode ser utilizado uma bolsa 
plástica ou de borracha (luva) cheia de água fervida, e 
também um preservativo (“camisinha”), que é colocada 
sobre a região a ser tratada, e onde é passado o cabeçote 
ar uma substância de acoplamento 
entre a pele e a bolsa, e entre a bolsa e o cabeçote. 
 
 
21 
21 
- Na utilização do ultra som nas diversas situações patológicas podemos sonar diretamente as áreas 
em tratamento (efeito direto), ou sonar outros lugares que tenham uma relação segmentária com a área alvo 
que se queira tratar (efeito indireto). Esta aplicação também é conhecida como Tratamento Segmentar e está 
relacionada com a maioria das aplicações paravertebrais, ou seja, utiliza-se a mesma técnica do método 
direto, porém estimulando-se áreas as raízes nervosas paravertebrais, de acordo com o segmento que 
queremos estimular, Ex.: Parestesias em MMSS/MMII; ciatalgia; estimulação de órgãos; estimular pontos 
trigger nas costelas para úlceras gástricas/intestinais; etc. 
- Alguns autores recomendam a combinação de aplicação local e paravertebral em todos os casos. 
 
INDICAÇÕES- O início da terapia ultra-sônica para o traumatismo agudo deve-se iniciar somente após 24 a 36 horas, 
pois o tratamento direto (local) mediante energia ultra-sônica poderá danificar os vasos sangüíneos em 
recuperação [56] 
- O importante para o fisioterapeuta é conhecer o comportamento físico e fisiológico do ultra-som para 
a prescrição correta nas diversas patologias. As indicações mais comuns são: 
1) Fraturas[3, 12, 53, 56] 
2) Espondilalgias[56] (lombalgias/lombociatalgias/cervicobraquialgias[11, 56]) 
3) Contraturas (Dupuytren[11, 56], De Quervain) 
4) Epicondilites/Tendinites/Bursites/Fascites/Artrite /capsulite[56] 
5) Neuropatias (Neuralgia/Neurite) [56] 
6) Dor fantasma (pós amputação)[56] 
7) Processos fibróticos e processos calcificados[89] 
 Andrews e col. (2000) mencionam o aumento do fluxo sanguíneo como útil na resolução dos 
depósitos de cácio nas bursas e bainhas tendinosas. 
8) Distensão muscular 
9) Entorse 
10) Tecidos em cicatrização (cicatrizes cirúrgicas e traumáticas) / Feridas abertas / úlceras de 
decúbito)[3,11, 12, 56, 71] 
11) Transtornos circulatórios (edema, efermidade de Raynaud, etc)[11, 56] 
12) Traumatismos em órgãos internos[11, 56] 
13) Celulite[11] 
14) Pré cinésioterápico 
 
CONTRA INDICAÇÃO 
 Deve-se ter em mente que, como qualquer recurso terapêutico, os ultra-sons também apresentam 
restrições à sua utilização. O quadro clínico do paciente ou o perfil de sua patologia, aliados ao bom senso 
do fisioterapeuta, é que decidirão pelo impedimento ao uso. As contra-indicações mais flagrantes são: 
1) Áreas com insuficiência vascular[3, 71, 89] 
2) Aplicações a nível dos olhos[3,11, 12, 56, 71, 89] 
3) Útero grávido[3, 11, 12, 56, 89] 
4) Sobre área cardíaca[3, 11, 12, 56, 89] 
 
 
22 
22 
5) Espondilartrose lombar[56] 
Não se pode tratar devido à situação profunda das cartilagens articulares. 
6) Tumores malignos[3,11, 12, 56, 71, 89] 
7) Epífises férteis[11, 12, 56, 59, 71, 89] 
8) Testículos/gônadas[12, 56] 
9) “Implante metálico”[3,57, 71] 
10) Sobre tromboflebites / varizes (principalmente trombosadas) [3, 11, 56, 71] 
11) Diretamente sobre o marcapasso (ou ondas sonoras desviadas)[89] 
12) Inflamação séptica[11, 12, 56, 71 ] 
13) “Áreas com saliências ósseas subcutâneas”[12] 
14) Sequelas pós traumática [56] 
15) Gânglio cervical / estrelado[12, 71] 
16) Perda de sensibilidade [12, 56] 
17) Região da coluna pós laminectomia[3, 12, 56, 71] 
18) Diabetes Mellitus[56] 
 
 
 
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