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AULA 08 DISFUNÇÕES ANORRETAIS

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26/02/2015 
1 
DISFUNÇÕES ANORRETAIS 
FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – CURSO DE FISIOTERAPIA – CAMPUS JATIÚCA 
PROFESSORA: BÁRBARA ROSE BEZERRA ALVES FERREIRA 
“A auto-estima da pessoa e sua integração na 
sociedade estão intimamente ligadas a sua 
capacidade de eliminar fezes.” 
 
(Definição da OMS) 
 
CONTINÊNCIA 
 Capacidade de perceber, reter e eliminar o 
conteúdo intestinal (gases, líquidos e fezes) 
em momento e local apropriado. 
 
CONDIÇÕES PARA CONTINÊNCIA 
RETAL 
• Pressão de fechamento anal adequada; 
• Contração reflexa da musculatura estriada do 
EA e do AP (espirro); 
• Estruturas anatômicas do reto intactas; 
• Peristaltismo intestinal adequado; 
• Processo retal de armazenamento normal, 
com formação de fezes consistentes; 
• Controle neurológico normal. 
MECANISMO DE CONTINÊNCIA NA FASE 
DE ENCHIMENTO DO RETO 
As fezes se deslocam em sentido 
caudal 
Os mm. EAE e PR se contraem 
CONDIÇÕES PARA EVACUAÇÃO 
NORMAL 
• Evacuação Fisiológica: 
– Freqüência: 3x/semana – 1 a 2x/dia, sem esforço 
evacuatório, com consistência semi-sólida. 
• Relaxamento do EA e AP durante evacuação; 
• Integridade das estruturas neuroanatômicas 
do trato anorretal e do mecanismo de 
oclusão. 
26/02/2015 
2 
ÂNGULO ANORRETAL EM REPOUSO, 
CONTRAÍDO E DURANTE A EVACUAÇÃO 
 Os mm. EAE e PR reduzem voluntariamente o ângulo 
anorretal, promovendo a continência ativa. 
Individuo coloca-se em posição para evacuar 
Peristaltismo intestinal desloca o conteúdo 
até o reto 
EAI relaxa ao entrar em contato com o 
conteúdo intestinal 
EAE se contrai por atividade reflexa 
PR e EAE mantém a pressão necessária 
para o fechamento do ânus até a 
evacuação 
Receptores sensíveis à dilatação estimulam 
a sensação consciente de plenitude 
Individuo coloca-se em posição para 
evacuar 
Individuo coloca-se em posição para evacuar 
MAPS relaxam 
O AP desce em conseqüência da pressão 
intra-abdominal (PIA) 
Relaxamento do PR e EAE aumenta o 
ângulo anorretal 
Assim que a evacuação é iniciada a PIA 
pressiona o reto com o m. pubococcígeo 
O reto esvazia totalmente sem muito 
esforço, por causa do peristaltismo e da 
prensa abdominal 
Após a evacuação a pressão normal de fechamento 
do ânus é restabelecida, começando novamente a 
função de armazenamento 
INCONTINÊNCIA FECAL 
 Perda da capacidade voluntária de 
reter o conteúdo intestinal, flatos ou 
fezes (líquidas ou sólidas) pelo ânus. 
Causando problemas sociais e 
higiênicos. 
• Neurológicas 
– Esclerose Múltipla 
– AVC 
– TCE 
– TRM 
– Alzheimer 
• Diabetes Melitus 
• Doença inflamatória intestinal 
– Colite ulcerativa 
– Doença de Crohn 
DOENÇAS PREDISPONENTES PREVALÊNCIA 
• Idade; 
• Sexo – mulher; 
•Raça – asiática; 
• 51% dos pacientes com diarréia crônica 
tem IF, mas só a metade referem como 
queixa. 
26/02/2015 
3 
FATORES DE RISCO 
• Diarréia; 
• Constipação Crônica; 
• Limitação física; 
• Diminuição cognitiva; 
• Obesidade; 
• Lesão Obstétrica; 
• Anastomose íleo-anal – Retirada do cólon e do reto, com 
preservação dos esfíncteres. 
• Colectomia - resecção cirúrgica parcial ou total do intestino grosso; 
• Esfincterotomia do EAI; 
• Prostatectomia radical (retropúbica); 
• Hemorroidectomia; 
• Radioterapia 
ETIOPATOGENIA DA IF 
• Geralmente adquirida pelo enfraquecimento 
e/ou perda parcial ou total dos MAPS. 
– Neuropatia do pudendo; 
– Alteração do ângulo AR que com a idade torna-se 
mais obtuso; 
– Implicações de traumas cirúrgicos anteriores; 
– Implicações de doenças inflamatórias. 
INCONTINÊNCIA FECAL 
O MM. PUBORRETAL SÓ RELAXA DURANTE 
O ATO DA DEFECAÇÃO NORMAL 
Perda do 
tônus no 
mm. 
puborretal 
Descenso 
perineal 
Perda do Ângulo ano-retal 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 
• Fezes muito duras, muito pequenas, 
muito difíceis de serem expelidas, 
muito infrequentes, ou sensação de 
esvaziamento incompleto. 
CONSTIPAÇÃO 
• A defecação deve ocorrer num mesmo 
horário, em geral após alguma refeição pelo 
movimento propulsivo do cólon, decorrente 
do reflexo gastrocólico. 
 
• A repressão repetitiva do reflexo de evacuação 
é acompanhada da perda progressiva da 
sensibilidade retal, chegando a desaparecer 
por completo. 
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO 
ROMA III 
o SINTOMAS EM MAIS DE 25% DAS DEFECAÇÕES 
oO paciente deve preencher dois desses critérios: 
−Esforço; 
−Fezes duras ou síbalos; 
−Sensação de evacuação incompleta; 
−Sensação de obstrução anorretal ou bloqueio; 
−Manobras manuais para facilitar (digitação, suporte do 
AP), 
−Menos de 3 defecações por semana. 
26/02/2015 
4 
EPIDEMIOLOGIA 
 20% da população ocidental; 
 Perde apenas para as lombalgias 
 Segunda queixa gastroenterológica mais 
freqüente; 
Grave em 2% dos pacientes; 
Ocorre mais em mulheres – progesterona (2ª 
metade do ciclo menstrual) 
 40% das gestantes 
◦ Compressão do útero gravídico sobre as vísceras. 
◦ Efeito hormonal da relaxina e da progesterona 
 
IMPACTO ECONÔMICO (EUA) 
• Prevalência de constipação EUA 2% a 27%; 
• 2,5 milhões de consultas clínicas; 
• 85% resultam na prescrição de laxativos; 
• 800 milhões de dólares (Faigel DO. A Clinical approach to 
constipation. Clin Cornestone, 2002) 
O risco de AVC aumenta 
na hora do esforço 
evacuatório para 
pessoas que já possuem 
fatores de risco. 
IMPORTANTE 
• Déficit neurológico pode envolver fibras aferentes 
e/ou eferentes. 
• Fibras aferentes 
– Sensação ano-retal ausente ou diminuída com capacidade 
prejudicada para detectar o enchimento retal, uma evacuação 
tardia ou ausência de urgência para defecar. 
• Fibras eferentes 
– Função deficiente dos MAPS ou EAE ou pode afetar a 
capacidade retal e complacência. 
AVALIAÇÃO 
 QP 
 HDA 
 Exame Físico 
◦ Inspeção 
◦ Toque retal 
◦ Avaliação física postural 
◦ Consciência dos MAPS 
◦ Avaliação Funcional do AP 
 Avaliação da qualidade de vida do paciente (SF-36) 
 EVA 
 Exames Complementares 
 Expectativa quanto ao tratamento 
CONSISTÊNCIA FECAL 
26/02/2015 
5 
EXAME FÍSICO 
 Posição do Paciente – 
DLE 
◦ O fisioterapeuta separa as 
nádegas do paciente e 
solicita que ele faça um 
movimento como se fosse 
evacuar, seguido de uma 
contração. 
◦ Esse movimento permite o 
reconhecimento visual de 
elevação e descida da 
musculatura perineal. 
TOQUE RETAL 
• Luvas; 
• Lubrificante – KY 
• Dedo indicador - segunda falange; 
• Deve ser observado: 
– Tônus esfincteriano em repouso e contração; 
– Presença de fezes na ampola retal; 
– Estrutura extra-retais; 
– Prolapso útero-vaginal; 
– Prolapso retal. 
M. Puboretal 
 
A musculatura perineal cumpre função fundamental 
na etapa final do mecanismo da evacuação e sua 
eficácia estará condicionada à sua integridade 
anatômica. 
Lesões como rupturas pós parto ou 
intervenções cirúrgicas, podem modificar seu 
desempenho causar constipação. 
TESTE DO BALONETE 
• Balonete – limiar de sensibilidade 
• 50mL água / ar 
• Consegue expulsar o balonete = positivo 
• 5 tentativas e não consegue = negativo 
– Patognomônico de anismo. 
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6 
AVALIAÇÃO 
Testes Funcionais para CI 
◦ TTC – Tempo de trânsito Colônico 
◦ Manometria ano-retal; 
◦ Eletromiografia; 
◦ Videodefecografia 
INVESTIGAÇÃO FUNCIONAL 
OBJETIVOS 
◦ Inércia Colônica; 
◦ Alterações do Assoalho Pélvico; 
◦ Constipação com Tempo de Trânsito colônico – 5 
marcadores no quinto dia. 
TTC lento Dismotilidade 
do cólon 
Obstrução 
de saída 
A fidedignidade do teste 
depende da contração do 
grupo muscular correto! 
MANOMETRIA 
• Registro da pressãointracavitária gerada pela 
contração dos músculos 
do assoalho pélvico. 
VIDEODEFECOGRAFIA 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• US endoanal; 
 
 
 
 
 
US endoanal mostrando uma grande lesão na submucosa 
 
• Eletromiografia; 
• RM 
 
TRATAMENTO 
26/02/2015 
7 
POSICIONAMENTO NO SANITÁRIO 
CERTO ERRADO 
TRATAMENTO - IF 
• Terapia Comportamental; 
• Biofeedback EMG ou manométrico; 
• Eletroestimulação das raízes sacrais; 
• Eletroterapia; 
• Cinesioterapia; 
• Treinamento retal com balonete. 
TRATAMENTO – CI 
• Educação do paciente; 
• Aumento da ingestão de água; 
• Dieta rica em fibra; 
• Treinamento do hábito intestinal; 
• Massoterapia; 
• Cinesioterapia; 
• Biofeedback. 
TERAPIA COMPORTAMENTAL 
• Modificações dietéticas; 
• Aumento no consumo de fibras (aumenta a 
densidade e o volume das fezes); 
• Conselhos. 
TREINAMENTO DO HÁBITO INTESTINAL 
• Horário regular após as refeições; 
• Sentar 10 minutos sem fazer esforço; 
• Redução gradual do uso de laxativos - CI; 
• Uso eficaz dos mm. abdominais; 
• Nunca ignorar a urgência 
TREINAMENTO RETAL COM O 
BALONETE 
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MASSOTERAPIA - CI 
 Cólon Ascendente  Transverso  Descendente 
 Cólon sigmóide por baixo da crista ilíaca E 
 Cranial do sigmóide próximo da parede abdominal; 
 Realizar todas as manobras no sentido anal e durante a 
expiração; 
 Não deixar nenhum ponto doloroso; 
 Cada ponto deve ser tratado de 5 a 7 minutos 
 Realizar varredura de 3 a 5 vezes; 
 Área emocional! 
 O paciente deve estar em jejum por pelo menos uma hora; 
 Pedir ao paciente que esvazie a bexiga antes do tratamento.

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