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A U L A 1 ARQUITETURA (Segundo Silvio Colin) PROFISSÃO 1. TÉCNICA 2. HUMANAS 3. REPRESENTAÇÃO E COMPOSIÇÃO DE PROJETOS PRODUTO CULTURAL ARTE A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A SIMETRIA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A distribuição e disposição equilibradas de formas e espaços equivalentes em lados opostos de uma linha ou plano divisores, ou em relação a um centro ou eixo. (Francis Ching) A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A SIMETRIA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A EIXO 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: Uma reta estabelecida por dois pontos no espaço, em relação à qual é possível dispor formas e espaços de uma maneira regular ou irregular. Constitui no meio mais elementar de organizar formas e espaços na arquitetura. Pode ser invisível, constitui um recurso poderoso, dominante e regulador. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A EIXO 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A RITMO 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: Transmite o movimento, como na musica e na dança. Um movimento caracterizado por uma repetição de elementos ou motivos formais da mesma forma ou em uma forma modificada. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A HIERARQUIA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A articulação da importância ou do significado de uma forma no espaço através de seu tamanho, formato ou localização, relativamente a outras formas e espaços da organização. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A HIERARQUIA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PROPORÇÃO AUREA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: a+(b-a) a A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PROPORÇÃO AUREA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A proporção áurea ou número de ouro ou número áureo é uma constante real algébrica irracional denotada por e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. É um número que há muito tempo é empregado na arte. Também é chamada de: razão áurea, razão de ouro, divina proporção, proporção em extrema razão, divisão de extrema razão. Desde a antiguidade, a proporção áurea é usada na arte e na arquitetura A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PROPORÇÃO AUREA 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PROPORÇÃO AUREA RAZÃO AÚREA DIVINA PROPORÇÃO DIVISÃO DE EXTREMA RAZÃO 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A A SEQUENCIA DE FIBONACCI - Origem na teoria de Pitágoras que explica a harmonia do mundo através do estudo dos números e suas relações. Cálculos, proporção. - Garante a proporção áurea nas medidas arquitetônicas. É a forma numérica de aplicação da proporção aúrea na arquitetura. 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 1 1.2. DEFINIÇÕES AO LONGO DO TEMPO 1.2.3. MARCO VITRÚVIO POLIO (70 – 25 a.c.) Considerado o fundador da estética da arquitetura. Os seus “dez livros de arquitetura” representam o pensamento da antiguidade sobre a arte de construir. Em seu tratado define três elementos fundamentais da arquitetura: 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 1 1.2. DEFINIÇÕES AO LONGO DO TEMPO 1.2.3. MARCO VITRÚVIO POLIO Três elementos da arquitetura: • FIRMITAS (solidez) Estrutura, materiais (envoltório físico), técnicas construtivas 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 1 1.2. DEFINIÇÕES AO LONGO DO TEMPO 1.2.3. MARCO VITRÚVIO POLIO Três elementos da arquitetura: • FIRMITAS (solidez) • UTILITAS (utilidade): uso, dimensionamento, organização espacial 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 1 1.2. DEFINIÇÕES AO LONGO DO TEMPO 1.2.3. MARCO VITRÚVIO POLIO Três elementos da arquitetura: • FIRMITAS (solidez) • UTILITAS (utilidade) • VENUSTAS (beleza): preocupações estéticas 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 1 1.2. DEFINIÇÕES AO LONGO DO TEMPO 1.2.3. MARCO VITRÚVIO POLIO “... uma construção passa a ser chamada de arquitetura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas), e for, principalmente, bela (venustas).” A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A BRUNO ZEVI “... não provém de um conjunto de larguras, comprimentos e alturas dos elementos construtivos que encerram o espaço, mas precisamente do vazio, do espaço encerrado, do espaço interior em que os homens andam e vivem.” (ZEVI,Saber ver arquitetura, p.18) ESPAÇO INTERNO: protagonista do fato arquitetônico - A arquitetura consiste principalmente em criar espaços que atendam as atividades humanas 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A BRUNO ZEVI - PERCEPÇÃO ESPACIAL: “... o espaço interior não pode ser conhecido e vivido a não ser por experiência direta”. (ZEVI,Saber ver arquitetura, p.18) TEMPO: as obras de arquitetura para serem compreendidas e vividas, requerem o tempo da nossa caminhada. (ZEVI,Saber ver arquitetura, p.23) O ESPAÇO ARQUITETÔNICO: “Em arquitetura é o homem que movendo-se no edifício, estudando-o de pontos de vista sucessivos, cria, por assim dizer a quarta dimensão (TEMPO), dá ao espaço sua realidade integral.” 1. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A A ARQUITETURA TUMULAR • Na arte tumular, a simbologia é uma forma de representação de determinados contextos históricos, ideológicos, religiosos, sociais e econômicos, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida, representando a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito , inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dando sentido às vidas passadas preservadas no silêncio dos cemitérios. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A A ARQUITETURA TUMULAR • A simbologia tumular designa um elemento representativo visível em lugar de algo invisível, que tanto pode ser um objeto, como um conceito ou ideia. • A simbologia tumular está carregada de afetividade e dinamismo que harmoniza o ser vivente perante a morte, perpetuando a vida. A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R AGRÉCIA séc. VII - I a.C A SOCIEDADE • Organização política fundada na liberdade individual, mentalidade racionalista e no sentido cívico, na DEMOCRACIA • Na religião, sua crença é baseada em deuses imortais, belos e poderosos, mas com defeitos e fraquezas humanas. • Ao procurar explicar as forças elementares da natureza e os mistérios do universo, pauta-se no SENTIMENTO e principalmente na RAZÃO (filosofia e matemática). Esse equilíbrio entre razão e sentimento traduziu-se, nas formas artísticas, durante o classicismo, por um REALISMO IDEALIZADO e um vivo sentido de UNIVERSALIDADE. A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A GRÉCIA ARQUITETURA X FORMA Planta baixa Partenon Edifício característico da arquitetura grega diz respeito ao templo A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A GRÉCIA ARQUITETURA X FORMA Partenon FORMAS PURAS REPETIÇÃO DE ELEMENTOS A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A GRÉCIA ARQUITETURA X FORMA PROPORÇÃO LÓGICA HUMANA A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A GRÉCIA ARQUITETURA X TÉCNICA A U L A 2 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A GRÉCIA ARQUITETURA X TÉCNICA A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X SOCIEDADE Guimarães, Portugal O USO SOCIAL - Tem na CATEDRAL, o espaço por excelência da arte gótica, símbolo da glória de DEUS e da igreja, símbolo do poder econômico da burguesia, do estado e de todos os que financiaram a elevação do emblema citadino. - Os arquitetos, frequentemente caracterizados como os criadores da obra através de desenhos, presença constante nos canteiros de obra. - artesãos, produtores rurais, marceneiros, etc. contribuíam/patrocinavam para a sua execução. Tudo em busca de uma melhor resultado nessas construções que caracterizavam o poder de sua cidade. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X SOCIEDADE Guimarães, Portugal O USO PSICOLÓGICO - Espaço longitudinal: caminho da salvação - Verticalidade do edifício: espiritualidade e transcendência - Luz: comunicação com o divino - Resumia a vida e o espírito da humanidade européia que partia nas Cruzadas, iluminada de fé ardente. Era a alma da cidade. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X FORMA Guimarães, Portugal SOBREPOSIÇÃO DE FORMAS FORMAS PURAS A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X FORMA Guimarães, Portugal Notre Dame de Paris Formas puras A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA Guimarães, Portugal - Principais elementos: - Verticalismo: torna-se possível pela diminuição e distribuição do peso da abóboda. Assim as massas e linhas dominantes são as verticais. Expressa o misticismo medieval. - Arco ogival: mais elevado em relação ao românico, possui elegante beleza decorativa. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA -Principais elementos: - Abóboda de arcos cruzados (abóboda de nervura): é o elemento construtivo de maior importância e verdadeiramente revolucionário, possibilitando o verticalismo que caracteriza as suas estruturas. Construída pelo sistema de arestas, divide a abóboda em planos e permite material mais leve. Assim diminui o peso e o distribui em esbeltas colunas e nos arcos botantes. Um sistema racional e dinâmico de distribuição e equilíbrio de forças. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA -Principais elementos: - Abóboda de arcos cruzados A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA -Principais elementos: - Arco botante: nasceu do contraforte românico. Recebe parcialmente as forças de repulsão das abóbadas, distribuindo-as nos contrafortes.Servem também, por meio das caneluras no seu dorso, ao escoamento das águas do teto. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA -Principais elementos: - Pináculos: pequenas torres que ficam em cima dos contrafortes, que lhes embelezam e lhes asseguram maior estabilidade e resistência. - Gárgulas: cano para o despejo das águas que assumem quase sempre formas decorativas. - Vitrais: grandes aberturas de vidro, luminosos e coloridos que desempenham, inicialmente, papel monumental e educativo e posteriormente, papel decorativo. Cumprem também a finalidade de criar a atmosférica mística do interior das catedrais A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA - Principais elementos: A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PERÍODO GÓTICO ARQUITETURA X TÉCNICA • Valorização visual do esqueleto do edifício: • Arcobotantes • Contrafortes • Arcos ogivais • Abóbodas de nervuras • Paredes mais finas • Predomínio das janelas A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX • Diversidade de linguagem que busca uma valoração artística para a produção industrial. • Resistência ao que é novo, o movimento quer inovar, apesar se parecer negar os movimentos anteriores, sempre se reutiliza. - Ecletismo: estilo inaugural da nova tecnologia da industria, cuja principal novidade é a utilização do ferro fundido em pré-fabricações. Utiliza-se de adereços diversos para compor um todo, que têm função exclusiva de enfeitar e fazem referência ao passado, deixando para o desenho geral a função estrutural A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Art and Crafts - Inglaterra (1835) Movimento com objetivo de unir a arte artesanal ao ritmo de produção industrial de objetos manufaturados. Os objetivos industrializados eram padronizados e sem valor estético , daí a necessidade de adicionar a tradição artística artesanal como elemento diferenciador nos produtos manufaturados. O movimento Arts and Crafts desencadeou a produção de objetos para interiores como papéis de parede, tapetes, tecidos e móveis. Adaptado ao processoindustrial. Influenciou o surgimento do Art Nouveau. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Arte Nouveau • Caracteriza-se como a preocupação de qualificar “artisticamente” a moderna produção industrial. - Renuncia das cópias dos modelos clássicos: - Busca de uma funcionalidade sem abandonar o aspecto decorativo - O ornamento perde o caráter de acréscimo, sendo trabalhado como a própria estrutura A FUNCIONALIDADE (o útil) SE IDENTIFICA COM O ORNAMENTO ( o belo) A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Arte Nouveau Casa Tassel (1893) • Arquiteto americano • Destacou-se na Escola de Chicago • Edifícios exemplos funcionais de tecnologia de estrutura metálica e da união dos componentes repetitivos de um arranha-céu. • Criou o verticalismo, típico dos seus arranhas- céus. • Primeiro arquiteto modernista que seguia a máxima: “A forma segue a função” Louis Sullivan (1856 – 1924) IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Escola de Chicago Louis Sullivan - Prudential Building (1894) Louis Sullivan – Teatro de chicago (1890) A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Arte decô (1925 até 1939) Art Decó é uma expressão francesa, abreviação de arts décoratifs (arte decorativa). Características principais: - Linhas circulares ou retas estilizadas; - Uso de formas geométricas simples; - Design abstrato; - Formas femininas e animais são as mais trabalhadas; - Influências do construtivismo, futurismo e cubismo; - Presença marcante na Arquitetura. - Estilo para as massas populares. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A ARQUITETURA X FORMA O ESPAÇO DO SÉCULO XIX - Arte decô (1925 até 1939) A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A Etimologia da palavra MODERNO O ESPAÇO DO SÉCULO XX •Ela vem do Latim MODERNUS, “atual, pertencente aos nossos dias” • Não representa a arquitetura contemporânea. • Utilizada de forma seletiva em contraposição a outros termos • Não representa as obras que se constroem na atualidade e nem designa o presente •Não serve para dar uma conotação negativa a arte. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A Etimologia da palavra MODERNO O ESPAÇO DO SÉCULO XX Quando aplicado à arte, o termo 'moderno' pode designar um período da história , e pode ser usado para discriminar entre diversos tipos de arte produzidos nesse período. Na linguagem da crítica de arte, portanto, o termo também é usado seletivamente. 'Arte moderna' não significa necessariamente o mesmo que 'arte do período moderno', pois nem toda a arte produzida nesse período é julgada 'moderna' - considera-se que só certos tipos de arte fazem jus ao título." (FRASCINA, Francis et alii. Modernidade e modernismo. ) A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PRINCÍPIOS GERAIS O ESPAÇO DO SÉCULO XX • Prioridade para o planejamento urbano • Economia (moradia mínima) • Racionalidade da Forma – dedução lógica a partir de exigências objetivas – “A FORMA SEGUE A FUNÇÃO”- Louis Sullivan • Padronização / Pré-fabricação / Produção em série / Desenho industrial • Arquitetura como premissa de mudança – Modulação de uma nova sociedade • Aprimoramento técnico e funcional e projetual da edificação A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PRINCÍPIOS GERAIS O ESPAÇO DO SÉCULO XX A evolução da cultura é sinônimo de uma remoção do ornamento dos objetos utilitários. A arquitetura moderna, como a natureza humana, deve abranger a vida em sua totalidade. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A PRINCÍPIOS GERAIS O ESPAÇO DO SÉCULO XX • Reflexo das grandes inovações tecnológicas que começaram a surgir no fim do séc. XIX • Contra ornamentação - considerada uma involução cultural • A arquitetura considerava a vida em sua totalidade. • MODERNISMO: • Um dos princípios básicos foi a inovação, rejeitando toda a arquitetura anterior ao movimento, principalmente a do séc XIX, expressada no Ecletismo. O rompimento com a história faz parte do discurso de alguns arquitetos modernos como Le Corbusier e Adolf Loos. A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A CARACTERÍSTICAS O ESPAÇO DO SÉCULO XX • Momento multifacetado da produção arquitetônica internacional que manifestou alguns princípios seguidos por inúmeros arquitetos, das mais variadas escolas e tendências • Origens diversas: • BAUHAUS, Alemanha • LE CORBUSIER, França • FRANK LLOYD WRIGHT, EUA • CONSTRUTIVISMO RUSSO ARQUITETURA MODERNA - A historiografia tradicional da arquitetura moderna costuma dividir tal movimento em duas grandes vertentes: - Organicismo - Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto - Funcionalismo: - Le Corbusier - Mies Van der Rohe - Walter Gropius - Marcel Breuer A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A CARACTERÍSTICAS O ESPAÇO DO SÉCULO XX • Arquitetura sem estilo e sem ornamento; • Utilização de formas simples, geométricas e desprovidads de ornamentação; • valorização do uso dos materiais em sua essência, como o concreto aparente. • O edifícios deviam ser econômicos, limpos e úteis. • O Aço e o concreto armado dão possibilidades inéditas de criação aos arquitetos. • Residências e Construções comerciais em destaque, suplantando as igrejas, catedrais e palácios. • O principal marco do modernismo são gigantescos prédios de escritórios e apartamentos: “os arranha- céus” A U L A 4 IN T R O D U Ç Ã O A A R Q U IT E T U R A MÁXIMAS DA ARQUITETURA MODERNA O ESPAÇO DO SÉCULO XX • "less is more " ("menos é mais") e "God is in the details" ("Deus está nos detalhes") - Ludwig Mies van der Rohe • "Ornamento e Crime“ - Adolf Loos • “A forma segue a função” - Louis Sullivan Adolf Loos (1870 – 1933) - ESCRITOS TEÓRICOS: “ORNAMENTO E CRIME” - Antes do século XIX – ornamento era elemento necessário para realçar a função social do edifício, atribuindo um sentido de reconhecimento ou reafirmação; - Quando uma sociedade evolui, gradativamente abandona o uso do ornamento em objetos utilitários; - Na sociedade moderna – o reconhecimento está na técnica construtiva, materiais ou superfície simples. Os materiais nobres podem substituir a falta de decoração. I N T R O D U Ç Ã O A A R QU IT E T U R A LE CORBUSIER CHARLES-EDOUARD JEANNERET (1887-1965) . ARQUITETURA - Estabelece 5 pontos de ligação entre a arquitetura e a estrutura: 1. Pilotis: através de vigas mestras assumem toda a carga da estrutura, deixando as paredes livres de peso. 2. Independência funcional entre estrutura e vedação – janelas em fita. 3. Planta livre: integração dos espaços, variedade expressiva das formas 4. Fachada livre: consequência direta do esqueleto estrutural independente. Proporciona as janelas em fita. 5. Teto jardim: geometrização da natureza. LE CORBUSIER . ARQUITETURA - Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de habitar, em concordância com os avanços industriais. - exaltava a igualdade das classes, 'Arquitetura ou Revolução'. - Sua principal preocupação era a funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas. - Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais. LE CORBUSIER . OBRAS: Villa Stein, Garches 1926-29 LE CORBUSIER . Utilizou esquadrias horizontais ocupando toda a volumetria e adotou forma quadrada na volumetria, integrando os espaços internos. OBRAS: Villa Savoye, 1928-1930 Contempla a natureza, não se mistura a ela. Destaca-se sobre a paisagem LE CORBUSIER . Apresenta de forma completa os cincos pontos da nova arquitetura: planta livre, fachada livre, térreo sobre pilotis, terraço jardim e janela em fita. URBANISMO - MODELO PROGRESSISTA: CARACTERÍSTICAS TÉCNICA MODERNIDADE Anexa aos espaços os métodos de ESTÉTICA estandartização da indústria FORMAS UNIVERSAIS HOMEM TIPO Necessidades universais separadas em 4 funções LE CORBUSIER . HABITAR TRABALHAR LOCOMOVER LAZER URBANISMO CIDADE PROGRESSISTA - Separa as 4 funções em setores especializados - A circulação é concebida como uma função separada: INDEPENDÊNCIA RECÍPROCA DOS VOLUMES EDIFICADOS E DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO. LE CORBUSIER . URBANISMO CIDADE PROGRESSISTA - CIDADE ESPETÁCULO: trata as edificações antigas como símbolos e os novos edifícios com grande carga estética EDIFÍCIO COMO OBRA DE ARTE LE CORBUSIER . A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933. A Carta, que trata da chamada Cidade Funcional, prega a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, propondo, no lugar do caráter e da densidade das cidades tradicionais, uma cidade-jardim, na qual os edifícios se localizam em áreas verdes pouco densas. Tais preceitos influenciaram o desenvolvimento das cidades europeias após a Segunda Guerra Mundial e a criação do Plano Piloto de Brasília por Lúcio Costa. LE CORBUSIER . “O urbanismo tem quatro funções principais, que são: primeiramente, assegurar aos homens moradias saudáveis, isto é, locais onde o espaço, o ar puro e o sol, essas três, condições essenciais da natureza, lhe sejam largamente asseguradas; em segundo lugar, organizar os locais de trabalho, de tal modo que, ao invés de serem uma sujeição penosa, eles retomem seu caráter de atividade humana natural; em terceiro lugar, prever as instalações necessárias à boa utilização das horas livres, tornando-as benéficas e fecundas; em quarto lugar, estabelecer o contato entre as diversas organizações mediante uma rede circulatória que assegure as trocas, respeitando as prerrogativas de cada uma. LE CORBUSIER . Essas quatro funções, que são as quatro chaves do urbanismo, cobrem um domínio imenso, sendo o urbanismo a consequência de uma maneira de pensar levada à vida pública por uma técnica de ação” Defende a cidade da época maquinista, em que estariam presentes as fábricas, as indústrias, os veículos Não admite que fenômenos da industrialização e do capitalismo e a circulação de carros promoveram a degradação dos centros históricos das cidades. LE CORBUSIER . WALTER GROPIUS, BAUHAUS, MIES VAN DER ROHE . WALTER GROPIUS ARQUITETURA - Preocupação em entender a arquitetura como produto industrial e artístico - Trabalha a estrutura independente, fechamento em vidro, volumetria pura - Pré-fabricação: trabalha sistemas “abertos” a serem combinados em cada caso pelos arquitetos “O problema consiste na reconciliação das necessidades individuais com a produção mecânica para produzir uma solução que possa satisfazer as diversas exigências humanas” GIEDION, pág: 529 . BAUHAUS - É fundada em 1919 por Walter Gropius a Staatliche Bauhaus (Casa Estatal de Construção) em Weimar; - Uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, incentivando as relações entre os artistas modernos, os artesãos qualificados e a indústria. - O homem da modernidade é tratado como ser individual. BAUHAUS Escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A proposta de Walter Gropius para a Bauhaus deixa entrever a dimensão estética, social e política de seu projeto. Tratava-se de formar novas gerações de artistas de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática, em que não há hierarquias, mas somente funções complementares. O trabalho conjunto, na escola e na vida, possibilitaria não apenas o desenvolvimento das consciências criadoras e das habilidades manuais como também um contato efetivo com a sociedade urbano-industrial moderna e seus novos meios de produção. OBJETIVOS DO CURSO NA BAUHAUS: - Libertar as forças expressivas e criadoras do indivíduo através da prática manual e artística; - Desenvolver nele uma personalidade ativa, espontânea e sem inibições; - Exercitar integralmente os seus sentidos; - Propiciar a aquisição e cultivo de conhecimentos não exclusivamente intelectuais, mas também emocionais, não só através dos livros, mas também através do trabalho. - Teve como príncipio, tanto na arquitetura quanto na criação de bens de consumo, primar pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, procurando sintonizar a criação artística com a técnica industrial. NOVA SEDE - Por causa de pressões da autoridade de Weimar, Gropius abandona a cidade e transfere a escola para Dessau no início de 1925; - Em 1926, a nova sede projetada por Gropius é composta por edifícios que se encontram entre as mais belas expressões do Movimento Modernista emergente: - planta baixa com forma de um cata-vento, espalhando-se pelo espaço comouma tela de Mondrian; - quatro grandes elementos com estrutura de concreto armado são distribuídos livremente no terreno plano; dessa forma, não há a tradicional fachada principal; essa composição dispersa representa um rompimento com a disposição monumental geralmente utilizada em instituições de ensino; - as oficinas da Bauhaus projetaram e executaram todos os interiores; - os materiais de construção industriais (concreto e vidro) foram utilizados sem ornamentos. NOVA SEDE - Obra funcionalista. Segue os ideais de adolf loos. Utilização de aço, vidro. (Materias industriais) - Nega o seu entorno. WALTER GROPIUS OBRAS PRÉDIO DA BAUHAUS DE DESSAU (1926) Esqueleto em concreto armado e aço Cortina de vidro contrasta com as paredes horizontais brancas Relação entre planos verticais e horizontais Transparência cria relação entre espaço interno e externo WALTER GROPIUS OBRAS PRÉDIO DA BAUHAUS DE DESSAU (1926): Superfícies transparentes e contínuas desmaterializam os cantos permitindo relações de planos suspensos Conceito de unidade - Renúncia de Gropius ao cargo de diretor em 1928; - Hannes Meyer escolhido como seu substituto, mas em 1930 é também substituído por Mies van der Rohe. - Em 1932, os Nazistas assumiram o controle de Dessau e fecharam a escola. Logo depois Mies conseguiu reabrir a Bauhaus em Berlim, mas em 1933 a Gestapo invadiu o edifício e a Bauhaus encerrou suas atividades definitivamente. FIM DA BAUHAUS MIES VAN DER ROHE 1886-1969 - Foi professor da Bauhaus; - “Menos é mais”; - A aplicação da procura da essência na arquitetura: desmaterialização. Arquitetura de “pele e osso”. A perfeição técnica dos detalhes viria apenas a apoiar esse sentimento de vazio do espaço, que segundo Mies, deveria ser preenchido pela vida. MIES VAN DER ROHE ARQUITETURA - Arquitetura reconduzida a técnica e afastada do destino das artes figurativas. - Pesquisa da simplificação e purificação do ato construtivo: forma subjugada a sua máxima pureza – “LESS IS MORE” MIES VAN DER ROHE ARQUITETURA - Obras em aço e vidro: potencialidade construtiva e expressiva destes materiais (pilar de aço e armação de aço e vidro): Pavilhão de Barcelona - Qualidade expressiva de uma técnica objetiva de construção, concebida com lógica e executada com rigor MIES VAN DER ROHE OBRAS PAVILHÃO ALEMÃO - EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE BARCELONA, 1929 Uma ordenação espacial horizontal era subdividida e articulada por planos e colunas independentes MIES VAN DER ROHE OBRAS PAVILHÃO ALEMÃO - EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE BARCELONA, 1929 - Um dos projetos de arquitetura mais famosos do século XX; - Uma estrutura pequena, que se destacava pela qualidade do seu projeto, dos materiais e do trabalho artesanal. O projeto é, ao mesmo tempo, simples e sofisticado; - Mies também desenhou os bancos, as mesas e as cadeiras. MIES VAN DER ROHE OBRAS PAVILHÃO ALEMÃO - EXPOSIÇÃO MUNDIAL DE BARCELONA, 1929 MIES VAN DER ROHE OBRAS CASA TUGENDHAT, REPÚBLICA TCHECA MUSEU NACIONAL, BERLIM (1962-68) MIES VAN DER ROHE OBRAS CROWN HALL, CHICAGO (1952-56) O edifício de dois pavimentos que abriga a escola de arquitetura é configurado como um puro formato retangular envolvendo um espaço interior livre de colunas no nível superior apoiado em cima de um nível inferior. O telhado é apoiado por colunas de aço expostas apoiando vigas de aço exteriores visíveis acima do telhado. Crown Hall é caracterizado por uma estética de simplicidade industrial, com armação de aço expostas claramente. A moldura de aço é vedada com grandes folhas de vidro de diferentes níveis de transparência, resultando em um leve e delicado envolvimento da fachada por aço e vidro. Frank Lloyd Wright Frank Lloyd Wright (1864 – 1955) Frank Lloyd Wright • É considerado um dos maiores mestres da arquitetura contemporânea e o mais importante arquiteto norte- americano; • Frank Lloyd Wright foi a figura mestra da arquitetura orgânica. Wright acreditava que a arquitetura não era só uma questão de habilidade e criatividade, mas deveria transmitir felicidade. • Wright defendia que o projeto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que "a forma e a função são uma só". Seus principais trabalhos foram a casa Kaufmann ou Casa da Cascata, considerada a residência moderna mais famosa do mundo. Também fez a sede do Museu Guggenheim em Nova York. Frank Lloyd Wright FALLINGWATER HOUSE (1935-39) PENSILVÂNIA Frank Lloyd Wright FALLINGWATER HOUSE (1935-39) PENSILVÂNIA - Considerada uma das melhores obras da arquitetura moderna – Exemplo de arquitetura orgânica: uma casa deve nascer para atender às necessidades das pessoas e do caráter do país como um organismo vivo; - Sinônimo de equilíbrio entre arquitetura e natureza. - Três pavimentos de concreto armado estendidos no vazio se integram às estruturas verticais revestidas por placas de pedras, sustentando todo o edifício. - Os longos vitrais anulam o conceito tradicional de janela, liberando o visual para a natureza. - A continuidade entre o interior e o exterior é reforçado pelo emprego dos mesmos materiais.
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