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VENTILAÇÃO, PERFUSÃO E AS RELAÇÕES V/Q

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VENTILAÇÃO, PERFUSÃO E AS RELAÇÕES V/Q
	A ventilação e o fluxo sanguíneo pulmonar (perfusão) são componentes importantes da troca gasosa no pulmão.
	Ventilação: É o processo no qual o ar é movido para dentro e para fora do pulmão.
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
Composição do ar
A inspiração traz o ar atmosférico para os alvéolos, onde o O2 é captado e o CO2 excretado. Assim, a ventilação alveolar se inicia com o ar ambiente. Este é uma mistura de gases composta de N2 e O2, com quantidades mínimas de CO2, argônio e gases inertes.
Composição Gasosa Alveolar
Quando o gás atinge o alvéolo, o O2 é transportado através da membrana alveolar e o CO2 se move do leito capilar para o interior dos alvéolos. Ao final da inspiração e com a glote aberta a pressão total do alvéolo é atmosférica; então, as pressões parciais dos gases no alvéolo devem se igualar a pressão total, que no caso é a atmosférica.
Composição do gás arterial
Em indivíduos normais, a Pco2 arterial é estreitamente regulada e mantida com cerca de 40 mmHg. Aumentos ou reduções da Pco2 arterial tem profundo efeito sobre a função celular, incluindo as atividades enzimáticas e de transporte de proteínas.
Aumento da Pco2 resulta em acidose respiratória e a redução resulta em alcalose respiratória.
Distribuição da Ventilação
A ventilação não é distribuída uniformemente no pulmão, em grande parte devido aos efeitos da gravidade. Na posição ortostática os alvéolos próximos ao ápice do pulmão estão mais expandidos que os alvéolos da base. A gravidade puxa o pulmão para baixo e o arrasta da caixa torácica.
Além dos efeitos gravitacionais sobre a distribuição da ventilação, a ventilação das unidades respiratórias terminais não é uniforme. Isso é causado por variações da resistência ou da complacência.
Espaço Morto
A ventilação do espaço morto é a ventilação da via aérea que não participa da troca gasosa. Existem dois tipos de espaço morto: anatômico e fisiológico.ESPAÇO MORTO ANATÔMICO: é composto do volume do gás que preenche as vias aéreas.
ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO: é o volume total do gás, em cada respiração, que não participa da troca gasosa.
CIRCULAÇÃO PULMONAR
A circulação pulmonar se inicia no átrio direito. O sangue desoxigenado que sai do átrio direito chega ao ventrículo direito, via válvula tricúspide, e é então bombeado sob baixa pressão para o interior das artérias pulmonares através da válvula pulmonar. As artérias da circulação pulmonar são as únicas artérias do corpo que levam sangue desoxigenado.
As funções do sistema circulatório pulmonar são:
• Reoxigenar o sangue e eliminar o CO2;
• Auxiliar no balanço fluídico do pulmão;
• Distribuir produtos metabólicos para e do pulmão;
A oxigenação das hemácias ocorre nos capilares que ficam ao redor dos alvéolos, onde o leito capilar pulmonar e os alvéolos se aproximam da parede alveolar, em configuração única para a troca gasosa.
Estrutura da circulação pulmonar
As artérias da circulação pulmonar têm paredes finas, com quantidade mínima de músculo liso. Os vasos estão em estado dilatado e tem diâmetros maiores do que as artérias sistêmicas similares. Esses fatores contribuem para um sistema circulatório muito complacente, com baixa resistência, que auxilia no fluxo do sangue, pela circulação pulmonar, via ação relativamente fraca de bombeamento do ventrículo direito.
CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA
É um sistema circulatório distinto do pulmão que leva sangue arterial sistêmico para a traqueia, as vias aéreas superiores, células secretoras de superfície, glândulas, nervos, superfície pleural visceral, linfonodos, artérias pulmonares e veias pulmonares. A circulação brônquica só perfunde o trato respiratório superior, não alcançando os bronquíolos terminais, respiratórios ou os alvéolos.
Resistência vascular pulmonar
O fluxo sanguíneo, nas circulações pulmonares, é pulsátil e influenciado pela resistência pulmonar. Trata-se da variação da pressão desde a artéria pulmonar até o átrio esquerdo, dividida pelo fluxo, que é o débito cardíaco.
Distribuição do fluxo sanguíneo pulmonar
Pelo fato de a circulação pulmonar ser um sistema de baixa pressão/baixa resistência ela é influenciada de modo mais acentuado pela gravidade do que a circulação sistêmica.
Relação Ventilação-Perfusão
Esta relação mede a funcionalidade do sistema respiratório. Deve haver um equilíbrio entre a capacidade de ventilação e a perfusão sanguínea alveolar, para que as trocas gasosas ocorram de forma adequada.
VENTILAÇÃO-PERFUSÃO EM ALVEOLO ÚNICO
Desvio Anatômico: Modo útil de examinar a relação entre a ventilação e a perfusão é o modelo unitário de dois pulmões. Dois alvéolos são ventilados, cada um dos quais é suprido por sangue do coração.
Desvio Fisiológico: Pode se desenvolver quando a ventilação das unidades do pulmão está ausente, em presença da perfusão contínua.
HIPOVENTILAÇÃO AVEOLAR
É a ventilação insuficiente para manter os níveis normais de CO2. A hipoventilação sempre reduz a Pao2 e aumenta a Paco2.
MECANISMOS QUE INDUZEM A HIPERCAPNIA
Hipoventilação alveolar;
Graves distúrbios da relação ventilação-perfusão;
Respiração de ar contendo gás carbônico;
EFEITOS DAS VARIAÇÕES DO DÉBITO CARDÍACO
Reduzir o débito cardíaco diminui o conteúdo de O2 e aumenta o de CO2 do sangue venoso misto. Aumentar o débito cardíaco exerce o feito oposto. Essa variação do conteúdo de O2 e de CO2 terá pouco efeito nos níveis arteriais de O2 e CO2 em indivíduos com pulmões normais, a não ser que o débito cardíaco seja extremamente baixo.

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