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Lista 2 Macro II 2014 1

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Universidade Federal de Pernambuco
Departamento de Economia
Prof. Marcelo Eduardo
Macroeconomia 2 - Lista 2
Entrega: 06/05/2014
1. Discuta as afirmativas abaixo, dizendo se concorda ou não, e apresente as razões para sua con-
cordância ou não. Se necessário use gráficos.
(i) A hipótese do ciclo de vida concentra-se mais na forma como os indivíduos criam expectativas sobre
suas rendas futuras do que faz a teoria da renda permanente.
(ii) Para a teoria da Renda Permanente os consumidores maximizam sua utilidade, ao manter um
padrão estável de consumo, e, portanto, não ajustam (integralmente) seus gastos em consumo,
quando ocorrem alterações consideradas transitórias na renda.
(iii) A falta de sensibilidade do consumo em relação à renda corrente pode ser causada por restrições de
liquidez que impedem que os indivíduos peguem emprestado o suficiente para manter seu perfil
regular de consumo.
(iv) A existência de indivíduos sem acesso ao mercado de crédito é um dos motivos apontados para a
violação da hipótese da Equivalência Ricardiana.
2. Suponha uma economia com apenas 2 períodos. Existem dois tipos de famílias nesta economia:
uma tomadora e outra emprestadora (poupadora). Ambas procuram maximizar uma função de util-
idade U(Cj1 , C
j
2) = lnC
j
1 + βlnC
j
2 , onde C
j
1 representa o consumo no primeiro período da família do
tipo j, onde j = T quando a família é Tomadora ou j = E quando a família é emprestadora. Cj2 rep-
resenta o consumo no segundo período da família do tipo j, β é um parâmetro de preferência e ln é o
logaritmo natural. A diferença entre as famílias consiste na taxa de juros que cada uma enfrenta e na
renda recebida. A família Tomadora enfrenta a seguinte restrição orçamentária no primeiro período:
C1 +S
T
1 = Y
T
1 − τ1 e no segundo período é dada por: C2 = Y T2 − τ2 + (1+ rT )ST1 , onde ST1 é a poupança
da família no primeiro período, Y T1 e Y
T
2 representam a renda no primeiro e no segundo períodos; τ1 e
τ2 são impostos pagos ao governo no período 1 e 2, respectivamente e rT representa a taxa de juros. A
família Emprestadora, por outro lado, enfrenta a seguinte restrição orçamentária: CE1 + S
E
1 = Y
E
1 − τ1
e no segundo período é dada por: CE2 = Y
E
2 − τ2 + (1 + rE)SE1 , onde SE1 é a poupança da família no
primeiro período, Y E1 e Y
E
2 representam a renda no primeiro e no segundo períodos; τ1 e τ2 são impostos
pagos ao governo no período 1 e 2, respectivamente e rE representa a taxa de juros. Responda:
a) Considere o problema da família tomadora. Determine as escolhas ótimas de C1, C2 e S1 assumindo
que a renda da família em t = 1 é de Y1 = 1000 e t = 2 é de Y2 = 1200. Considere que T1 = 200 e
T2 = 100 e que a taxa de juros real é de 10%, ou seja, r = 0, 10. Assuma β = 0, 9.
b) Agora considere o problema da família Emprestadora. Determine as escolhas ótimas de C1, C2 e S1
assumindo que a renda da família em t = 1 é de Y1 = 2000 e t = 2 é de Y2 = 1200. Considere que
T1 = 200 e T2 = 100 e que a taxa de juros real é de 5%, ou seja, r = 0, 05. Assuma β = 0, 9.
c) Suponha que existam 100 milhões de famílias do tipo Tomadora e 50 milhões de famílias do tipo
Emprestadora. Determine o consumo agregado da economia.
d) Suponha agora que devido à crise financeira internacional, a percepção de risco na economia aumen-
tou, elevando a taxa de juros cobrada pelos bancos das famílias tomadoras. Esta taxa agora é de
20%, ou seja, r = 0, 20 (assuma que nenhum efeito foi sentido pelas famílias emprestadoras). Qual
o impacto deste aumento na percepção de risco sobre o nível de consumo das famílias tomadoras
em t = 1? Qual o impacto sobre o consumo agregado?
1
f) Suponha que na tentativa de amenizar os efeitos da crise sobre o consumo, o governo decida conceder
um subsídio equivalente a 50 unidades do bem de consumo em t = 1 para as famílias tomadoras,
ou seja, o novo imposto passa a ser τ1 = 150 para estas famílias. Para compensar os efeitos sobre o
déficit orçamentário, o governo decide cobrar um imposto maior em t = 2, mas apenas das famílias
poupadoras. Este imposto passa a ser de 150, ou seja, τ2 = 150. Quais os efeitos esperados desta
política sobre os níveis de consumo em t = 1 e t = 2 dos dois tipos de famílias? Qual o impacto
sobre o consumo agregado em t = 1?
3. Suponha que exista imperfeição no mercado de crédito devido à informação assimétrica. Na
economia, uma fração b dos consumidores consiste de emprestadores, os quais recebem uma dotação
de y1 unidades do bem de consumo no período atual, e 0 unidades de consumo amanhã. Uma fração
(1 − b)a dos consumidores são bons tomadores, os quais recebem 0 unidades do bem de consumo hoje
e y1 unidades no período futuro. Finalmente, uma fração (1 − b)(1 − a) dos consumidores são maus
tomadores, que recebem 0 unidades do bem de consumo hoje e amanhã. O governo estabelece seus
gastos no período atual e futuro iguais a zero, ou seja, G1 = G2 = 0, e cobra impostos lump-sum de todos
os consumidores hoje, T1, e amanhã, T2. O governo não pode diferenciar entre bons e maus tomadores,
mas, assim como os bancos, pode observar a renda quando esta é recebida (ou seja, saberá ex-post quem
é mau e quem é bom tomador).
a) Escreva a restrição orçamentária do governo, deixando claro quem é capaz de pagar os impostos e
quem não é capaz.
b) Suponha que o governo reduza T1 e aumente T2 de tal forma a manter o orçamento do governo
equilibrado. Qual o efeito (se este existe) que esta política terá sobre as decisões de consumo e de
poupança de cada um dos tipos de famílias? Use gráficos nesta resposta.
c) A Equivalência Ricardiana é observada neste caso? Explique porque ou porque não.
4. Suponha que exista comprometimento limitado no mercado de crédito e que os emprestadores
neste mercado são incertos sobre o valor do colateral que é oferecido. Cada consumidor tem uma quan-
tidade H de colateral para oferecer, mas do ponto de vista do emprestador, existe uma probabilidade a
de que o colateral valerá P no período futuro, e uma probabilidade 1−a de que este colateral não valerá
nada, ou seja, 0 no período futuro. Suponha que os consumidores sejam iguais.
a) Determine a restrição de colateral para o consumidor e mostre a Restrição Orçamentária Intertempo-
ral graficamente.
b) Como uma queda em a afetaria as escolhas de consumo e poupança do consumidor no período
corrente, e a escolha de consumo no período futuro? Explique seus resultados.
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