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O Espírito das Leis de Montesquieu

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Charles-Louis de Secondat, 
barão de Montesquieu 
O ESPÍRITO DA LEIS
PROFa. Patrícia R. C. da Cunha
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BIOGRAFIA:
Nasceu na França, foi um dos grandes filósofos políticos do Iluminismo;
Nobre, de família rica, Charles-Louis formou-se em direito na Universidade de Bordeaux, em 1708. 
Em 1721, Montesquieu publicou as "Cartas Persas", um sucesso instantâneo que lhe trouxe a fama como escritor. 
Foi eleito para a Academia Francesa em 1728. 
Sua obra-prima, "O Espírito das Leis“, que foi publicada em 1748 
Montesquieu morreu, aos 66 anos, de uma febre. 
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Liberdade
Um Estado é livre, quando nele o poder trava o poder. 
Montesquieu procura encontrar um significado para a palavra liberdade até chegar ao conceito de liberdade no sentido político, que seria o direito de fazer tudo o que as leis permitem (negativa). 
E argumenta: se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. 
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As leis
Não tirei meus princípios de meus preconceitos, e sim da natureza das coisas.
As leis, em seu significado mais extenso, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas; e, neste sentido, todos os seres têm suas leis
Antes da existência das leis elaboradas, havia relações de justiça possíveis. 
Assim que os homens estão em sociedade, perdem o sentimento de sua fraqueza; a igualdade que existia entre eles finda, e o estado de guerra começa. Cada sociedade particular começa a sentir sua força; o que produz um estado de guerra de nação a nação. 
Estes dois tipos de estado de guerra fazem com que se estabeleçam leis entre os homens.
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DIREITO
DIREITO DAS GENTES = leis na relação que os povos possuem entre si;
DIREITO POLÍTICO: leis na relação entre aqueles que governam e aqueles que são governados;
DIREITO CIVIL:relação que todos os cidadãos possuem entre si; 
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Leis, natureza e princípio de governo
Devem ser relativas ao físico do país; ao clima gélido, escaldante ou temperado; à qualidade do terreno, sua situação e grandeza; ao gênero de vida dos povos, lavradores, caçadores ou pastores; devem estar em relação com o grau de liberdade que sua constituição pode suportar; com a religião de seus habitantes, com suas inclinações, com suas riquezas, com seu número, com seu comércio, com seus costumes, com seus modos.
Examinarei todas estas relações: elas formam juntas o que chamamos o ESPÍRITO DAS LEIS.
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leis que derivam diretamente da natureza do governo
três espécies de governo: 
o REPUBLICANO, o povo em seu conjunto, ou apenas uma parte do povo, possui o poder soberano;
o MONÁRQUICO, aquele onde um só governa, mas através de leis fixas e estabelecidas; e 
o DESPÓTICO, onde um só, sem lei e sem regra, impõe tudo por força de sua vontade e de seuscaprichos". 
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Na república
Quando o povo em conjunto possui o poder soberano, trata-se de uma Democracia. 
Quando o poder soberano está nas mãos de uma parte do povo, chama-se uma Aristocracia.
No Estado popular, o povo está dividido em certas classes. É pela maneira de fazer esta divisão que se destacaram os grandes legisladores, e é disto que a duração da democracia e sua prosperidade sempre dependeram.
Como a divisão daqueles que têm direito ao sufrágio é, numa república, uma lei fundamentai, a maneira de dá-lo é outra lei fundamental.
O sufrágio pelo sorteio é da natureza da democracia; o sufrágio pela escolha é da natureza da aristocracia.
A lei que fixa a maneira de dar os bilhetes de sufrágio é também urna lei fundamental na democracia. Outra lei fundamental da democracia é aquela que diz que somente o povo elabora as leis.
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leis relativas à natureza da aristocracia
Na aristocracia, o poder soberano está nas mãos de certo número de pessoas. São elas que elaboram as leis e que mandam executá-las; e o resto do povo está para elas, no máximo, como os súditos estão para o monarca, numa monarquia.
Em toda magistratura, deve-se compensar a grandeza de seu poder pela brevidade de sua duração. Um ano é o tempo que a maioria dos legisladores fixou; um tempo mais longo seria perigoso, um tempo mais curto seria contrário à natureza da coisa. 
A melhor aristocracia é aquela na qual a parte do povo que não tem participação no poder é tão pequena e tão pobre, que a parte dominante não tem nenhum interesse em oprimi-la.
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leis relativa à natureza
do governo monárquico
Os poderes intermediários, subordinados e dependentes, constituem a natureza do governo monárquico, isto é, daquele onde um só governa com leis fundamentais. 
Na monarquia, o príncipe é a fonte de todo poder político e civil. Estas leis fundamentais supõem necessariamente a existência de canais médios por onde flui o poder: pois, se existe num Estado apenas a vontade momentânea e caprichosa de um só, nada pode ser fixo e, conseqüentemente, nenhuma lei pode ser fundamental.
O poder intermediário subordinado mais natural é o da nobreza
Não é suficiente, numa monarquia, que existam grupos intermediários; precisa-se ainda de um depósito das leis. Este depósito só pode estar nos corpos políticas, que anunciam as leis quando elas são elaboradas e as lembram quando são esquecidas.
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Das leis relativas à natureza do Estado despótico
Resulta da natureza do poder despótico que o único homem que o exerce faça-o da mesma forma ser exercido por um só.
 É mais simples então que ele a deixe para um vizir, que teria, inicialmente, o mesmo poder que o príncipe. O estabelecimento de um vizir é, neste Estado, uma lei fundamental.
Assim, nestes Estados, quanto mais povos o príncipe tem para governar, menos ele pensa no governo; quanto maiores são os negócios, menos se delibera sobre os negócios.
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VIRTUDE:
virtude na república é o amor à pátria, ou seja, o amor à igualdade. Não é uma virtude moral, nem uma virtude cristã, é a virtude política; e este é o motor que move o governo republicano, como a honra é o motor que move a monarquia. Logo, chamei de virtude política o amor à pátria e à igualdade
O homem de bem do qual se trata não é o homem de bem cristão, e sim o homem de bem político, que possui a virtude política 
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Locke e Montesquieu
 Entre Locke e Montesquieu, há uma diferença de intenção fundamental. O objetivo de Locke é limitar o pode real, mostrar que se o monarca ultrapassar certos limites ou faltar a certas obrigações, o povo, verdadeira origem da soberania, tem o direito de reagir. Em contrapartida, a idéia essencial de Montesquieu não é a separação dos poderes no sentido jurídico do termo, mas o que poderíamos chamar o equilíbrio das forçar sociais, condição da liberdade política. 
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O 3 Poderes
Montesquieu verifica que em Inglaterra um monarca detém o poder executivo. Uma vez que este exige rapidez de decisão e de ação, é bom que um só o detenha, ou seja, o rei. O poder legislativo é encarnado por duas assembléias: a Câmara dos Lordes, que representa a nobreza, e a Câmara dos Comuns, que representa o povo. 
Há ainda um terceiro poder, o poder de julgar. Mas Montesquieu precisa que “o poder de julgar, tão terrível entre os homens, não estando ligado nem a uma certa situação nem a uma certa profissão, torna-se por assim dizer, invisível e nulo”. 
Essa divisão clássica está consolidada atualmente pelo artigo 16 da Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e é prevista no artigo 2º na nossa Constituição Federal. 
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Classes sociais
Montesquieu analisa o conjunto da história romana em termos de relações entre a plebe e o patriciado. 
O que o interessa é a rivalidade entre as classes. Esta competição social é a condição do regime moderado porque as diversas classes são capazes de se equilibrar. 
Montesquieu não concebia o equilíbrio das forças sociais, condição da liberdade, senão segundo o modelo de uma sociedade aristocrática. Pensava que os bons governos eram moderados,e que os governos só podiam ser moderados quando o poder travasse o poder, ou ainda quando nenhum cidadão tivesse que temer outro. 
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Montesquieu estabeleceu o princípio segundo o qual a condição do respeito das leis e da segurança dos cidadãos é que nenhum poder seja ilimitado.

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