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Resumo Filosofia textos de 1 a 6

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Resumo Filosofia
Questões filosóficas dos textos 1 e 2
Durante a Antiguidade e Idade Média as práticas educativas eram dependentes do dogmatismo metafísico, verdade absoluta e incorruptível, que em nome da filosofia era exercido pelo Estado, pela tradição ou pelos religiosos. No século XX essa autoridade filosófica do modelo metafísico foi substituída pela autoridade do saber científico, que definia o fazer educativo como campo de permanente exploração das ciências humanas, o que reduziu a filosofia a uma etapa especializada de seu fazer investigativo. Mas a partir da década de 1980, a tendência de filosofia como um «modo de ser» de um indivíduo ou de um grupo e a concepção de Gramisc de que «todos são filósofos», afirmou a atividade do pensamento como atividade filosófica. Todavia, este entendimento separou a filosofia do espaço de reflexão critica sobre a vida, transformando-a numa atividade cotidiana de pensamento.
A educação passou a ser tratada como um fazer técnico, com valorização da busca de um conhecimento objetivo, certo e preciso, preocupado com a explicação, o controle e a predição das ações humanas, porém a ciência não consegue explicar o imponderável da experiência humana e a condição humana de criação, e sendo, a educação um processo de criação, é na filosofia que ela encontra a interrogação do significado da criação, exercício fundamental para um projeto de autonomia humana.
A educação tem por finalidade construir a autonomia do indivíduo, tomando como base essa própria autonomia, ou seja, a autonomia deve se constituir, ao mesmo tempo, em fim a ser buscado e na própria atividade, o que a faz uma atividade prático-poética.
O momento educativo é momento de liberdade e construção de autonomia. A função emancipadora da educação deve ser de possibilitar que o indivíduo passe a ser dotado pela reflexão, de tomar consciência de seu poder de deliberar. Deliberar é uma atividade criadora que cabe ao educador. A filosofia é o instrumento questionador que permite ao educador refletir e deliberar, de forma fundamentada, sobre a prática pedagógica, a fim de uma educação que leve o indivíduo à autonomia e emancipação.
Questões filosóficas do texto 3
Platão: o conhecimento como conversão
Para Platão o conhecimento provém do raciocínio, de uma reflexão, livre de qualquer pré-concepção, pré-juízos ou pontos de vistas destorcidos pela irreflexão, o conhecimento da verdade supõe uma verdadeira conversão, a adesão a um ideal radical, que nem todos estão preparados. Desta forma, Platão afasta o conhecimento sensível do conhecimento verdadeiro, que é para ele puramente intelectual.
E o conhecimento que a educação deve buscar tem o sentido mais pleno possível: implica, primeiramente, um rigor e uma indagação constantes, mas também, indissociavelmente, numa modificação profunda, através de uma razão que interroga. Mas não é também qualquer razão, senão aquela que se interroga continuamente, e que supõe a conformidade radical do desejo. Em suma, é paixão.
Conhecimento e auto-conhecimento: a crítica de Rousseau
Para Rousseau o conhecimento se realiza por graus contínuos, partindo da sensação até chegar às ideias. Tudo que entra no entendimento humano vem pelos sentidos, a primeira razão do homem é sensitiva; é ela que serve de base para a razão intelectual. (Emílio, p.148) Ele também define a curiosidade como um instituto natural que conduz o homem a buscar, através de sua própria experiência, suas descobertas: na natureza e, sobretudo, na sua própria natureza, levando-o ao conhecimento que é, em suma, autoconhecimento. O autoconhecimento permite um equilíbrio entre o sentimento e razão, enquanto faculdades indispensáveis para o homem.
Rousseau sustentava a necessidade de uma educação dos sentidos, dos afetos, dos ideais, que regenere a ação humana, que prepara o indivíduo para liberdade, para um conhecimento e para uma deliberação ética que devem, a cada momento, basear-se numa adesão interior a valores livremente eleitos.
Castoriadis: conhecimento, deliberação, autonomia.
Segundo Castoriadis, a sociedade e tudo que a compõe – valores, formas, necessidades, afetos – são criações humanas, ou, mais precisamente, do «coletivo anônimo» que a constitui. Dessa forma, o conhecimento necessário à vida democrática constitui aquilo que ele chama o «domínio do participável»: os valores e bens sociais que, devem pertencer a todos. No pensamento de Cornelius Castoriadis, o conhecimento e, por conseqüência, o conhecimento escolar ocupa um lugar de destaque, definindo o caráter autenticamente democrático de uma sociedade. Pois, na medida em que, rompendo com o fechamento das verdades instituídas, o conhecimento passa a significar uma «interrogação permanentemente aberta», voltada para a integralidade das questões que interessam à existência humana, ele já pode ser, ou antes, deve necessariamente ser assimilado à instituição da própria autonomia humana, individual e coletiva. E no contexto do projeto dessa autonomia o conhecimento significa elucidação interminável que tem por finalidade a participação social, na qual subsidia a atuação de todos os cidadãos nas deliberações que constituem seu destino comum.
Questões filosóficas do texto 4
Mais importante do que conhecer muitas teorias é, para o professor, tomar consciência de sua autonomia, de seu poder de criação, já que essa consciência é a condição indispensável para que o professor assuma sua própria auto-formação, buscando e reivindicando por aquilo que precisa para exercer dignamente sua tarefa. É essa consciência, e somente ela, que pode impedir que sua formação seja, na verdade, mais uma etapa de sua alienação como indivíduo e profissional; e essa consciência é exatamente a finalidade maior da prática da reflexão a que a filosofia pode dar acesso, pois aquilo que filósofos do passado ou da atualidade puderam pensar e produzir, serve de apoio e de inspiração na busca, do professor, pelos próprios caminhos. E isso porque a filosofia é sempre um exercício de se colocar no lugar do outro: ela ensina a desconfiar do próprio ponto de vista, para buscar a perspectiva do outro, para apropriar-se de sentidos que vêm dos outros: teóricos, colegas, alunos… Nessas condições, qualquer reflexão sobre a Escola pública, sobre a ação e a formação docente deve ter, como referência central, o projeto de autonomia, que sempre é, concomitantemente, individual e coletivo, pois Autonomia significa que cada homem é capaz de se autodeterminar, de deliberar sobre sua existência e de participar da deliberação sobre a existência comum.
Na antigüidade, a democracia era o regime das decisões mais legítimas, na qual todo homem é capaz de refletir sobre o que considera que é justo e o que acredita que deva ser a verdade. A cidadania era definida como exercício continuado de deliberação, de criação de leis e de instituições, de reflexão e de discussão, de muita discussão, uma prática de autonomia. Era a prática da cidadania que formava os cidadãos. Socializavam-se os indivíduos para e através dos valores instituídos e criados por toda a sociedade. Era um pertencimento a uma comunidade política, que instruía e educava os cidadãos, em uma igualdade política que era conseqüência da afirmação absoluta da igualdade política dos cidadãos. Porém perdeu-se no esquecimento, em algum ponto da história, a noção de que o cidadão é aquele que participa em pé de igualdade na construção da comunidade política. Perdeu-se a noção da autonomia.
Produziram-se muitas teorias e especialistas em política. A cidadania passou a designar uma série de coisas: direitos e deveres definidos por leis de cuja instituição os indivíduos comuns nunca participam, apenas os «especialistas», inserção no mundo do trabalho, ou no mundo do consumo, reivindicação de interesses particulares etc.
Na modernidade é criada a Escola pública, na qual a educação pública passa a pretender socializar os indivíduos para valores que, justamente, não estão instituídos pela sociedade, nem foramcriados por ela. Fazendo da educação um domínio especializado e fortemente hierarquizado. A formação do cidadão deixou de ser uma questão de prática, para se transformar em uma questão de conhecimento. Todavia a Escola democrática é, antes de qualquer outra coisa, uma questão de autonomia e fora dessa perspectiva, a teoria pode se tornar instrumento de submissão e de alienação, pois qualquer teoria pode se tornar alienante, se ao invés de servir à deliberação, à criação e à descoberta da autonomia, passar a ser a fórmula pela qual os indivíduos substituem sua exigência de pensar por si mesmos pelo pensamento de outro, por melhor que seja.
Não há, nenhuma lei, que determine o que deve ser a cidadania e o que deve ser a educação comum a que todos têm direito: por isso mesmo, o sentido do que é a cidadania, do que achamos que deva ser a cidadania e do que achamos que deva ser a educação comum é construído. Atualmente, ele é construído pelos especialistas, regulamentado nas leis, nas normas, nos dispositivos, discutido e revirado nos textos acadêmicos… E então só resta ao professor, no final da cadeia hierárquica, «aplicar» o que os outros pensaram. Mas todo aquele que é professor sabe que seu ofício consiste em um continuado exercício de deliberar e de criar cotidianamente o sentido do que é educar, frente ao aluno, frente ao grupo de alunos que está em face, pois não há teoria, não há método, não há receita que garanta os resultados, que substitua a criação do professor. O professor deve construir constantemente, na prática, seus caminhos, pois é porque há a educação como prática que pode haver teoria e método educacional, e não ao contrário. Assim, a educação democrática envolve necessariamente duas autonomias: a do professor, tanto quanto a do aluno. Já que, para que o professor se interrogue e ajude a construir a autonomia de outros, é necessário que ele acredite e pratique sua autonomia.
A capacidade de interrogação, de reflexão e criação não é, em nenhum de nós, espontânea. Tanto para o aluno como para cada professor ela emerge como fruto de uma lenta e contínua construção, e nisso o conhecimento, a teoria podem ajudar e muito. A autonomia é uma prática que decerto exige a adesão interior e pessoal, mas que é apenas uma miragem se não se constrói como uma experiência comum, pública. A autonomia do professor está relacionada com o dever de prestar contas de suas interrogações, de suas descobertas, de sua experiência, de suas decisões, primeiramente aos próprios alunos e à sociedade, mas também a seus colegas. Essa prestação de contas é que torna a criação dos sentidos da educação e da cidadania uma obra coletiva. É ela que transforma o espaço escolar num coletivo instituinte. É ela que dá visibilidade à atividade autônoma de construção desses sentidos. Sem os quais educação e cidadania permanecerão, entre nós, apenas teorias.
Questões filosóficas do texto 5
Mestre , segundo Sócrates é aquele que não só reconhece a sua ingnorância, e por isso, interroga o instituido, mas também aquele que está disposto a levar o discípulo a sabedoria por meio do exercício constante da interogação.
A relação mestre-discípulo, como pensada por Rousseau, é baseada na confiança do aluno na ação do mestre e no compromisso do mestre de prestar contas, ao aluno, dos motivos e decissões no que diz respeito à ação pedagógica.
Essa relação pedagógica corresponde às condições de um contrato, o contrato pedagógico, em que o dsicípulo conservar sua liberdade, ao mesmo tempo em que obedece às ordens de seu mestrer, ao consentir explicitamente a autoridade do mestre. Esta autoridade resulta, pois, de um acordo, cujos termos são os seguintes: o adolescente se engaja a obedecer incondicionalmente às ordens do adulto; que em troca, se compromete em não ordenar senão aquilo que é melhor para o aluno.
Por um lado, para se instituir, a relação pedagógica supõe, do aluno, uma «confiança», que é um investimento eminentemente afetivo que tem por objeto a figura do mestre, capaz de fornecer suporte e concretização para o «saber» que é buscado. Por outro lado, para que a relação pedagógica não se instale sob o signo da farsa, ou da dominação, a convicção íntima adquirida pelo mestre de que o que tem a oferecer não é uma coisa, uma soma de respostas, mas suas interrogações – aliada à descoberta de que não está unido ao aluno por uma simples «transmissão» de conteúdos – não pode permanecer secreta.
Questões filosóficas do texto 6
A Filosofia da Educação contribui para prática educativa na medida em que ajuda na elucidação e reflexão crítica sobre a prática educativa e a escola Pública. Seu esforço é de garantir para ação educativa a possibilidade de deliberar sobre si mesma, por meio da elucidação das condições que lhe atribuiem significados e da crítica das ações espontâneas e irrefletidas que se efetuam com base no que está antecipado e prescrito pelas teorias pedagógicas fixas.
A medida que a ela parte do pressuposto de que a prática educativa e a escola pública são obras humanas, promove a consciência de que essas instituições são passíveis de questionamento e mudanças, forçando o campo da ação educativa a se preservar como espaço de pensamento e ação livre e de autocriação do homem e da sociedade.
Engloba também o problema da deliberação política com vista a uma sociedade autônoma. Contribuindo para a deliberação e a construção da autonomia individual e coletiva, por meio do campo da educação.
A Filosofia da Educação é considerada como prática de interrogação e de exame da realidade sobre a qual o homem pode deliberar, ou seja, pode definir outros contornos possíveis para a vida comum. Assim, seu compromisso é interogar a ação educativa como significado atribuído, construído e criado pela sociedade, num exercício contínuo da deliberação como condição para o projeto de autonomia individual e coletiva.

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