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Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional – Relatório Brasil 2009 / Luiz Gustavo Medeiros Barbosa (Organizador) — — Brasília: Ministério do Turismo, 2009. 85 p. Inclui bibliografia. ISBN Online: 978-85-61239-21-3 1. Turismo. 2. Concorrência. 3. Marketing de destinos. I. Barbosa, Luiz Gustavo Medeiros. CDD - 338.4791 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV ESTUDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65 DEST INOS INDUTORES DO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO REGIONAL R E L A T Ó R I O B R A S I L 2 0 0 9 FICHA TÉCNICA EQUIPE DO MINISTÉRIO DO TURISMO Coordenação Geral e Técnica Ana Clévia Guerreiro Lima Equipe Técnica Alessandra Madeira de Biase Sakamoto André Gustavo Souza dos Santos Andréa Aiolfi Anna Paola Alleone Luksevicius Montenegro Brena Pinheiro Coelho Bruno César Leal de Souza Carlos Alfredo Sitta Fortini Helenize Fernandes Karlla Karolline Vieira Bastos Kelly Cristina Martins Leslie Anne Lima Santos Luana Cristina de Castro Philippe Fauguet Figueiredo Colaboração Técnica José Augusto Falcão Coordenação de Programação Visual Isabel Barnasque EQUIPE DO SEBRAE Dival Schmidt Filho Germana Barros Magalhães Valéria Barros Lara Chicuta Franco Aryanna Nery EQUIPE DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS Coordenação Geral do Estudo Luiz Gustavo Barbosa Coordenação Executiva Cristiane Rezende Coordenadores Técnicos Joaquim Rubens Fontes Filho Luiz Antônio Tavares Moisés Balassiano Saulo Rocha Equipe Técnica Agnes Dantas* André Meyer Coelho Camilla Rezende* Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Ministro de Estado do Turismo Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Secretário-Executivo Mário Augusto Lopes Moysés Secretário Nacional de Políticas do Turismo Airton Pereira Diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Ricardo Martini Moesch Coordenadora-Geral de Regionalização Ana Clévia Guerreiro Lima Coordenadora-Geral de Segmentação Sáskia Freire Lima de Castro Coordenadora-Geral de Informação Institucional Isabel Barnasque Coordenadora-Geral de Serviços Turísticos Rosiane Rockenbach SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Adelmir Santana Diretor Presidente Paulo Tarciso Okamotto Diretor – Técnico Luiz Carlos Barboza Diretor de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviço Ricardo Guedes FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS Presidente Carlos Ivan Simonsen Leal Diretor da FGV Projetos Cesar Cunha Campos Coordenação do Núcleo de Turismo Luiz Gustavo M. Barbosa Deborah Moraes Zouain 5 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL Carlyle Falcão Claudio de Souza Osias Cristiane Rezende Erick Lacerda Fabíola Barros Ique Guimarães João Evangelista Dias Monteiro Laura Monteiro* Leonardo Siqueira Marcelo Abreu Márcia Magalhães* Maria Clara Tenório Paola Lohmann Paulo Cesar Stilpen Roberto Pascarella Saulo Rocha Thays Venturim Guimarães Vinicius Morais Metodologia e Estatística Leonardo Siqueira Moisés Balassiano Pesquisadores Flavia Frota Gabriela Serpa Luciana Velloso Maíra Meyer Margarida Fraga Rosalina Couto CONSULTORIA Guilherme de Oliveira COLABORAÇÃO Órgãos Oficiais de Turismo das unidades Federadas APOIO Conselho Nacional de Turismo — Câmara Temática de Regionalização do Turismo PARCEIROS Confederação Nacional do Comércio — CNC TEXTO FINAL Agnes Dantas, Cristiane Rezende, Luiz Gustavo Barbosa, Paulo Cesar Stilpen, Roberto Pascarella e Thays Venturim Guimarães REVISÃO ORTOGRÁFICA Eni Valentim Torres DIAGRAMAÇÃO Quattri Design IMPRESSÃO Gráfica Brasil (*) atuaram também como pesquisadores de campo. MENSAGEM Do SENHoR MINISTRo DE ESTADo Do TURISMo O documento que as senhoras e os senhores têm em mãos é parte da razão de ser do Ministério do Turismo: dotar uma atividade econômica tão importante de estudos e diagnósticos que possibilitem o planejamento mais criterioso e a ação mais acertada. É para honrar esse compromisso que lhes entregamos o segundo relatório do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Turismo Regional. Com ele, damos continuidade ao projeto iniciado em 2007 por meio da parceria entre o Ministério do Turismo, o Sebrae Nacional e a Fundação Getulio Vargas, que identificou o grau de desenvolvimento e o nível de preparação para o turismo de 65 municípios com forte potencial de promover e induzir o desenvolvimento turístico nas regiões onde estão situados. Para elaborá-lo, os pesquisadores da FGV refizeram, entre abril e outubro últimos, o caminho percorrido dois anos atrás. Aqui estão, portanto, dados atualizados dos 65 destinos indutores, o que permite avaliar sua evolução em quesitos, como infraestrutura geral, acesso, serviços e equipamentos turísticos, políticas públicas e sustentabilidade. Com base neste diagnóstico, a união, os estados e os municípios podem identificar acertos e erros, vícios e virtudes do trabalho realizado nos últimos dois anos. Fundamentados nos acertos, aprofundar políticas e inves- timentos e reprogramar ações de curto, médio e longo prazos. O turismo brasileiro deu um grande salto nos últimos seis anos. Qualquer indicador de que lancemos mão reflete esse avanço. O número de turistas estrangeiros que nos visitam dobrou, a entrada de dólares é recorde, o fluxo doméstico aumenta em proporções chinesas, o crédito à disposição do viajante e das empresas de turismo é crescente. O Brasil avança continuamente nos rankings elaborados a cada ano pelos organismos internacionais. Já ocupa o 7º lugar na lista elaborada pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês) – era o 19º em 2003. A cidade de São Paulo é a líder das Américas, na 12ª posição. Ainda há muitos desafios, tendo em vista, principalmente, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para que esse trabalho seja sustentável social, econômica e ambientalmente, o planejamento é imprescin- dível. Somente com indicadores atualizados do turismo nacional, governos e iniciativa privada seremos precisos na ação. Luiz Barretto Ministro de Estado do Turismo MENSAGEM Do SENHoR SECRETÁRIo NACIoNAL DE PoLÍTICAS DE TURISMo Apresentamos o segundo Relatório Brasil, estudo realizado em 2009, fruto da parceria entre o Ministério do Turismo, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Fundação Getulio Vargas (FGV). O relatório traz o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, que avalia os principais indicadores da competitividade dos destinos. A presença de indicadores em todo processo gerencial aumenta a transparência das ações e facilita o diálogo entre os atores envolvidos no processo. Dessa maneira, fundamenta-se a execução de ações estratégicas voltadas para a competitividade e, consequentemente, para o desenvolvimento dos destinos. É importante, portanto, que a governança local entenda competitividade no contexto apresentado pelo primeiro Relatório Brasil em 2008, ou seja, como a capacidade crescente de gerar negócios nas atividades econômicas relacionadas com o setor de turismo, de forma sustentável, proporcionando ao turista uma experiência positiva. Após a difusão da primeira edição do Relatório Brasil, buscou-se divulgar os resultados individuais e cons- cientizar os destinos da importante ferramenta ofertada pelo Ministério do Turismo para que definam quais as ações que devem implementar, a fim de melhor promover a competitividade de seu destino. Para tanto, no segundo semestre de 2008, realizou-se o Seminário Técnico de Competitividade em cada um dos 65 destinos, ocasião em que se constituíram os grupos gestores. Esses grupos de trabalho, que têm por missão exercitar a governança para a melhoria da competitividade do destino indutor, foram indicados pela instância local, compõem-se de integrantes da iniciativa privada, do Poder Público, do Terceiro Setor e de representantes da região turística. Ao dar continuidade às ações, o Ministério do Turismo firmou parcerias importantes para implementar o Projeto de Gestão dos 65 Destinos Indutores. O projeto consiste no apoio à gestão desses destinos, capacitando os grupos gestores, ampliando os conhecimentos sobre planejamento estratégico, fortalecendo a governança e a inter-relação com as respectivas regiões turísticas. Este trabalho orientará as ações de incremento à compe- titividade instalada, por meio das propostas elencadas durante os Seminários Técnicos de Competitividade Turística. Em complementação a esse processo de gestão, o Ministério do Turismo disponibilizou uma ferramenta eletrônica que proporciona um método automatizado para a gestão da competitividade e promove a articulação das ações entre o Ministério do Turismo e os 65 destinos indutores. E mais: apoiará ações efetivas do grupo gestor e proporcionará ao gestor público a geração de métricas relativas às ações priorizadas pelo destino com base no estudo de competitividade. Todos esses esforços, realizados em simetria com as diferentes esferas governamentais e a sociedade civil, contribuíram para que houvesse um grande avanço na expansão e no fortalecimento do mercado turístico interno, com especial ênfase na função social do turismo como gerador de emprego e renda, aumentando assim a qualidade de vida da população atuante no setor. Como consequência dessas iniciativas, o Brasil se consolida definitivamente como um dos principais destinos turísticos mundiais. Apresentamos, pois, o Relatório Brasil — 2009, que inova em trazer ao trade, gestores públicos, gover- nanças locais e cidadãos brasileiros, indicadores referentes às dimensões e variáveis do estudo e pela primeira vez constrói uma série histórica de dados científicos sobre diversos aspectos do turismo brasileiro. Boa leitura! Airton Pereira Secretário Nacional de Políticas de Turismo MENSAGEM Do SENHoR PRESIDENTE Do SEBRAE Ao concluir, em 2008, a primeira fase do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores, resultado de parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas com o Ministério do Turismo e a Fundação Getulio Vargas, disponibilizamos a todo o Sistema SEBRAE informações muito valiosas. Esse estudo permitiu que cada um dos municípios envolvidos identificasse seu estágio de atuação e compe- titividade, comparado ao universo dos principais destinos turísticos brasileiros. Fortaleceu, portanto, os governos locais que puderam direcionar suas demandas e permitiu também ao SEBRAE alinhar sua atuação com as micro e pequenas empresas do setor, de forma eficaz e objetiva, por meio de seu planejamento estratégico e do plano plurianual de cada uma das unidades estaduais da instituição. Nesta edição de 2009, os avanços são ainda maiores. Foram realizados ajustes métricos e metodológicos que permitiram que se realizassem a avaliação e o acompanhamento da evolução dos destinos estudados, asse- gurando o aprofundamento do conhecimento de seus níveis de competitividade e ressaltando cada uma das peculiaridades locais e regionais. Com base nas informações coletadas e disponibilizadas, os clientes do SEBRAE, ou seja, os empreendedores individuais e os empresários de negócios de micro ou de pequeno porte, podem identificar oportunidades, principalmente quando temos pela frente uma agenda para o setor, bastante positiva e mobilizadora — com destaque a Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016. O Relatório Brasil representa um importante diferencial para mais de 170 projetos voltados para o setor de turismo do Sistema SEBRAE e de seus parceiros empresariais e garantirá ainda mais e melhores resultados para empreendedores e empresários, Poder Público, entidades representativas e sociedade em geral. Paulo Okamotto Diretor-Presidente do SEBRAE Nacional MENSAGEM Do SENHoR PRESIDENTE DA FUNDAÇÃo GETULIo VARGAS Criada em 1944, com a missão de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil, a Fundação Getulio Vargas, há mais de sessenta anos, assume uma trajetória de destaque no cenário histórico nacional, sendo responsável pela elaboração dos principais indicadores econômicos do País. Da formação acadêmica à pesquisa científica, da assessoria técnica à orientação e avaliação das práticas de políticas públicas, sua importância, no cenário nacional, está diretamente relacionada com a qualidade e o prestígio de sua marca. A FGV desenvolve estudos e projetos fundamentados em experiências consolidadas de profissionais de diversas áreas do conhecimento, reunindo capacidade técnica e metodologia capazes de contribuir para a efici- ência das práticas gerenciais e econômicas de organizações públicas e privadas, no Brasil e no exterior. Com base nesse conjunto de competências, a revista Foreign Policy classificou a FGV como uma das cinco principais think tanks do mundo, de acordo com uma pesquisa global, realizada com centenas de acadêmicos e especialistas, que englobou cerca de 5.500 instituições de ensino de 170 países. Esse reconhecimento faz com que as expec- tativas se ampliem em relação às atividades desenvolvidas pela FGV, reforçando ainda mais o seu compromisso com a qualidade. Com base em sua expertise nas áreas de administração, políticas públicas, economia e finanças, a FGV atua criando soluções, desenvolvendo boas práticas econômicas e de governança corporativa nos principais setores de atividade, entre os quais o turismo, o qual é apresentado, hoje, como um ramo capaz de promover a acele- ração econômica e o desenvolvimento nas áreas social, cultural e ambiental. Ressalte-se que o turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no mundo, fonte relevante de geração de renda e de empregos diretos e indiretos, fundamentais para a economia de diversos países com exce- lente potencial turístico, como o Brasil. Evidencia-se, portanto, o acirramento da competitividade entre diversos destinos turísticos no País e no exterior, sendo de grande importância que tal atividade não seja tratada de forma inadequada e fazendo-se necessária a disponibilidade de dados capazes de instruir governos na formulação de políticas públicas voltadas para o setor. Nesse sentido, o Relatório Brasil é um estudo que a FGV orgulha-se de ter elaborado juntamente com o Ministério do Turismo e o SEBRAE. Cabe salientar que os resultados obtidos neste segundo ano de pesquisa permitirão avaliar a evolução dos destinos nas dimensões definidas no Estudo de Competitividade, e subsidiar, consequentemente, ações para o desenvolvimento do turismo nessas localidades. Carlos Ivan Simonsen Leal Presidente da Fundação Getulio Vargas 14 RELATÓRIO BRASIL SUMÁRIo 15 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL SUMÁRIO EXECUTIVO 16 CAPÍTULO 1 PLANO NACIONAL DE TuRISMO E PROGRAMA DE REGIONALIZAÇÃO DO TuRISMO – ROTEIROS DO BRASIL 20 Mapa dos Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional 24 CAPÍTULO 2 ESTuDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL 28 CAPÍTULO 3 RESuLTADOS DO ESTuDO 32 CAPÍTULO 4 ASPECTOS METODOLÓGICOS 50 REFERÊNCIAS 82 16 RELATÓRIO BRASIL SUMÁRIo EXECUTIVo 17 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL Planejamento, estratégia de longo prazo, tomada de de- cisão, sustentabilidade. Transformar terminologias em ações efetivas na atividade turística é um desafio que exige estar de posse de ferramentas adequadas. É com o intuito de auxiliar na gestão desse processo de trans- formação, com o fornecimento de indicadores para essa caminhada, que o Ministério do Turismo (MTur) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) solici- taram à Fundação Getulio Vargas (FGV) a elaboração do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. Após a elaboração da metodologia e do instrumento de coleta de dados, realizaram-se pesquisas de campo nos 65 destinos, entre os meses de novembro de 2007 e fevereiro de 2008. A análise dos dados, segundo a metodologia elaborada, permitiu a criação de índices de competitividade por cidade em cada uma das 13 dimen- sões avaliadas. Os resultados consolidados dos 65 destinos foram, então, apresentados no Relatório Brasil 2008. Com a divulgação dos resultados consolidados, a equipe da FGV percorreu novamente os 65 destinos para a realização de seminários. Assim, realizaram-se encontros entre julho e setembro de 2008 que tiveram como objetivo disseminar os conceitos empregados no estudo, apresentar os resultados para cada um dos destinos, realizar uma dinâ- mica de priorização das variáveis e elaborar propostas para o incremento da competitividade. Além disso, criou-se um comitê gestor com o intuito de acompanhar as propostas apresentadas por cada destino. Para dar continuidade ao estudo, a Fundação Getulio Vargas retornou aos destinos turísticos avaliados entre os meses de abril e outubro de 2009, com o compromisso de averiguar a situação de cada município em mais de sessenta variáveis e de constituir uma série histórica de indicadores de competitividade do turismo no Brasil. Assim como ocorreu na primeira edição do estudo, aplicaram-se questionários com mais de seis- centas perguntas em cada município a fim de mensurar os índices de competitividade dos destinos turísticos e identificar se houve evolução com relação às variáveis analisadas. Para acompanhar o processo dinâmico da competi- tividade na economia global, a metodologia de avaliação precisa ser passível de ajustes e de melhorias, de forma a acompanhar a evolução do mercado em questão. Cabe ressaltar, portanto, que, para gerar os resultados do Estudo de Competitividade 2009, foram feitas alterações na estrutura e na nomenclatura de algumas dimensões e variáveis avaliadas, de modo que pudessem refletir melhor todos os itens em estudo. O Relatório Brasil 2009 reúne, portanto, os resultados da segunda edição do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. O Capítulo 1 contextualiza as políticas públicas delineadas pelo Ministério do Turismo em prol do desenvolvimento do turismo em âmbito nacional. O Capítulo 2 apresenta as teorias de competitividade em empresas (que podem ser aplicadas ao contexto de destinos), bem como os aspectos que nortearam o estudo em questão, ressaltando a importância para os destinos em progredir ao longo do tempo a fim de acompanhar as mudanças de um ambiente em permanente evolução. 18 RELATÓRIO BRASIL O Capítulo 3 esclarece, de forma sintetizada, a composição dos indicadores, a fim de facilitar a leitura dos dados, e, em seguida, apresenta os resultados do estudo de forma consolidada (média dos 65 destinos avaliados) e desagregada (média das capitais, não capitais e regiões). De posse do detalhamento das questões que foram investigadas, descritas no Capítulo 4 sob a forma de dimen- sões e variáveis, cada destino será capaz de avaliar a impor- tância, para o turismo, dos aspectos levados em consideração na composição de seus índices de competitividade e realizar seu próprio diagnóstico. Mais do que notas ou números, essa descrição ajudará o município no entendimento da evolução de suas ações. Além da busca por melhorias, os destinos turísticos poderão apostar em soluções alternativas ou complementares capazes de potencializar benefícios e mitigar impactos sobre a realidade local. Com este documento, o Ministério do Turismo, o SEBRAE e a FGV reafirmam o compromisso de monitorar a evolução da atividade turística ao longo do tempo, de forma a nortear o fortalecimento do setor como segmento econômico capaz de gerar empregos e promover o desen- volvimento local. 19 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL 20 RELATÓRIO BRASIL 1 PLANo NACIoNAL DE TURISMo E PRoGRAMA DE REGIoNALIZAÇÃo Do TURISMo — RoTEIRoS Do BRASIL 21 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL O Plano Nacional de Turismo, instrumento de planeja- mento e gestão estratégica das ações governamentais no setor, estabelece as diretrizes da Política Nacional de Turismo. Nesse sentido, o Plano propõe um processo de gestão compartilhada, participativa e descentralizada, a fim de promover o desenvolvimento do turismo em todo o País, com a integração de diversas instâncias — Públicas, Privadas e do Terceiro Setor. Em sua 2ª edição, o Plano Nacional de Turismo 2007-2010 — uma Viagem de Inclusão (PNT 2007/2010) caracteriza-se por avançar na perspectiva de expansão e fortalecimento do mercado interno, tendo como premissa o turismo como fator indutor da inclusão social. Entre as metas estabelecidas, destaca-se a que apresenta a estru- turação de 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional, os quais, inseridos nos 87 roteiros apresen- tados no 2º Salão do Turismo em 2006, foram identifi- cados por meio de avaliações e valorações do Plano de Marketing Turístico Internacional — Plano Aquarela —, do Plano de Marketing Turístico Nacional — Plano Cores do Brasil —, além de outros estudos e investigações sobre investimentos do governo. O Plano promove um realinhamento do Programa de Regionalização do Turismo — Roteiros do Brasil, conferindo-lhe o status de macroprograma e incorporando- lhe um conjunto de ações que visam ao desenvolvimento do turismo no País. Para o incremento da oferta de produtos turísticos com padrão de qualidade internacional e diante da proposta de estruturação de roteiros integrados, o Programa de Regionalização do Turismo estimula, nas regiões turísticas, a integração de destinos com vocações territoriais em comum, independentemente das fronteiras que os definem, para que, também, intercambiem poten- cialidades turísticas que os complementem como roteiro turístico. A partir daí, observa-se a estruturação, desen- volvimento e sustentabilidade das regiões turísticas como resultado do processo de gestão descentralizada, uma vez que, no surgimento de oportunidades infinitas de coope- ração intra e interestaduais, são ofertados roteiros com identidade única, sejam eles integralmente nacionais ou internacionais, capazes de surpreender e atrair um maior fluxo de turistas. Para a implantação do Programa de Regionalização, realizou-se, em 2004, o primeiro mapeamento do terri- tório nacional, que serviu para que se identificassem 219 regiões turísticas que compreendem 3.203 municí- pios. Considerando que o turismo é um setor dinâmico, a revisão desse mapeamento, em 2006, resultou no 2º Mapa de Regionalização do Turismo, abrangendo 200 regiões e 3.819 municípios. Com o amadurecimento do turismo em âmbito estadual, a iniciativa de realizar um novo mapeamento partiu das 27 unidades da Federação. Apresentado na 4ª edição do Salão do Turismo, o 3º Mapa de Regionalização do Turismo contempla 276 regiões e 3.635 municípios. Considerando a realidade de desenvolvimento e sustentabilidade regional e com base nas metas e dire- trizes estabelecidas no PNT 2007/2010, o Ministério do Turismo desenvolve o projeto Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. De acordo com o Programa de Regionalização do Turismo — Roteiros do Brasil, esses destinos caracterizam-se por apresentar 22 RELATÓRIO BRASIL infraestrutura básica e turística e atrativos qualificados, isto é, capazes de atrair ou distribuir significativo número de turistas para seu entorno. Dessa forma, têm como missão induzir o desenvolvimento regional, dinamizando a economia da região turística em que estão inseridos. No contexto do Projeto 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Nacional, o Programa de Regionalização do Turismo fortaleceu, nas regiões turísticas, 39 instâncias de governança regionais e apoiou a criação de outras 15; as demais regiões estão sendo trabalhadas para que suas instâncias de gover- nança também sejam constituídas. O Programa de Regionalização do Turismo, após cinco anos de existência, evoluiu como modelo de gestão e desenvolvimento do turismo, com participação ativa dos agentes envolvidos, o que representou um grande amadurecimento da gestão participativa. No que tange às ações de promoção e apoio à comercialização dos roteiros estruturados pelo Programa, destaque-se a incontestável importância do Salão de Turismo. Ao longo de suas quatro edições, o evento consolidou-se como a maior vitrine de oferta turística brasileira, estimulando o aumento do consumo interno, além de propiciar a troca de experiências e práticas exitosas entre os atores envolvidos no setor. No Salão, esse crescente aumento do consumo interno espelha a adoção, pelo Ministério do Turismo, de uma política estratégica de diversificação da oferta de novos roteiros e produtos turís- ticos, ratificando, dessa maneira, a sua importância como um relevante espaço para comercialização. Trata-se, afinal, de uma série de ações cumulativas, direcionadas para avanços na composição e empodera- mento de governanças locais, que são capacitadas para a gestão de seus destinos de forma sustentável, gerando emprego e renda além das fronteiras geopolíticas dos municípios. Os esforços são contínuos e extrapolam a apresentação dos resultados desta segunda edição do Estudo de Competitividade. Assim, espera-se que, com edições regulares do Estudo, o País se certifique de uma nova realidade do turismo, com inclusão social e avanço na competitividade dos destinos. 23 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL 24 RELATÓRIO BRASIL 25 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL 26 RELATÓRIO BRASIL Acre Rio Branco Região Turística Vale do Acre Assis Brasil Brasiléia Bujari Capixaba Epitaciolândia Plácido de Castro Porto Acre Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Xapuri Amazonas Barcelos Pólo Médio Rio Negro Barcelos Manaus Pólo Amazônico Autazes Careiro Careiro da Varzea Iranduba Itacoatiara Manacapuru Manaquiri Manaus Novo Airão Presidente Figueiredo Rio Preto da Eva Parintins Pólo Sateré Barreirinha Boa Vista do Ramos Maués Nhamundá Parintins Amapá Macapá Polo Meio do Mundo Macapá Pará Belém Pólo Belém Belém Santarém Pólo Tapajós Alenquer Belterra Monte Alegre Óbidos Oriximiná Santarém Roraima Boa Vista Roraima, a Savana Amazônica Alto Alegre Boa Vista Bonfim Cantá Iracema Mucajaí Normandia Rondônia Porto Velho Pólo Madeira-Mamoré Porto Velho Jacy-Paraná Abunã Tocantins Palmas Serras e Lago Brejinho de Nazaré Ipueiras Lajeado Monte do Carmo Palmas Paraíso do Tocantins Porto Nacional Mateiros Encantos do Jalapão Mateiros Novo Acordo Ponte Alta do Tocantins São Felix do Tocantins Alagoas Maragogi Região Costa dos Corais Barra de Santo Antônio Japaratinga Maragogi Matriz de Camaragibe Paripueira Passo de Camaragibe Porto Calvo Porto de Pedras São Luiz do Quitunde São Miguel dos Milagres Maceió Região Metropolitana Maceió Rio Largo Satuba Bahia Mata de São João Costa dos Coqueiros Camaçari Conde Entre Rios Esplanada Itanagra Jandaíra Lauro de Freitas Mata de São João Maraú Costa do Dendê Cairu Camamu Igrapiúna Ituberá Maraú Nilo Peçanha Presidente Trancredo Neves Taperoá Valença Porto Seguro Costa do Descobrimento Belmonte Eunapólis Itabela Porto Seguro Santa Cruz Cabrália Lençóis Chapada Diamantina Abaíra Andaraí Andorinha Barra do Mendes Bonito Brotas de Macaúbas Caem Campo Formoso Central Érico Cardoso Gentio do Ouro Ibicoara Ipupiara Iramaia Iraquara Itaetê Jacobina Jaguarari Jussiape Lençóis Livramento de Nossa Senhora Miguel Calmon Morro do Chapéu Mucugê Nova Redenção Ourolândia Palmeiras Paramirim Piatã Pindobaçu Piritiba Rio de Contas Rio do Pires Saúde Seabra Senhor do Bonfim Souto Soares Utinga Wagner Xique-xique Salvador Baía de Todos os Santos Aratuípe Cachoeira Itaparica Jaguaripe Madre de Deus Maragojipe Muniz Ferreira Nazaré Salinas da Margarida Salvador Santo Amaro São Félix São Francisco do Conde Saubara Vera Cruz Candeias Muritiba Ceará Fortaleza Fortaleza Aquiraz Caucaia Fortaleza Aracati Litoral Leste Aracati Beberibe Cascavel Euzébio Fortim Icapuí Pindoretama Nova Olinda Cariri Assaré Barbalha Brejo Santo Crato Juazeiro do Norte Missão Velha Nova Olinda Santana do Cariri Jijoca de Jericoacoara Litoral Extremo Oeste Acaraú Barroquinha Camocim Chaval Cruz Granja Jijoca de Jericoacoara Maranhão São Luís Pólo São Luís Alcântara Paço do Lumiar Raposa São José de Ribamar São Luís Barreirinhas Lençóis Maranhenses Barreirinhas Humberto de Campos Primeira Cruz Santo Amaro Paraíba João Pessoa Região Turística do Litoral Baia da Traição Bayeux Cabedelo Conde João Pessoa Lucena Marcação Mataraca Pitimbú Rio Tinto Santa Rita Pernambuco Ipojuca/ Recife Rota Costa História e Mar Cabo de Santo Agostinho Ipojuca Jaboatão dos Guararapes Olinda Recife Fernando de Noronha Fernando de Noronha Fernando de Noronha Piauí Parnaíba Pólo Costa do Delta Buriti dos Lopes Cajueiro da Praia Ilha Grande Luis Correia Parnaíba Teresina Pólo Teresina Altos Beneditinos Campo Maior Coivaras Curralinhos Demerval Lobão José de Freitas Lagoa Alegre Lagoa do Piauí Miguel Leão Monsenhor Gil Pau D’Arco do Piauí Teresina União São Raimundo Nonato Pólo das Origens Anísio de Abreu Bonfim do Piauí Brejo do Piauí Canto do Buriti Caracol Coronel José Dias Dirceu Arcoverde Dom Inocêncio Fartura do Piauí Guaribas João Costa Jurema São Braz do Piauí São João do Piauí São Lourenço do Piauí São Raimundo Nonato Tamboril do Piauí Várzea Branca Rio Grande do Norte Natal/ Tibau do Sul Região Pólo Costa das Dunas Arês Baía Formosa Canguaretama Ceará-Mirim Extremoz Goianinha Macaíba Maxaranguape Natal Nísia Floresta Parnamirim Pedra Grande Pureza Rio do Fogo São Gonçalo do Amarante São José do Mipibú São Miguel do Gostoso Senador Georgino Avelino Tibau do Sul Touros Vila Flor Sergipe Aracaju Pólo Costa dos Coqueirais Aracaju Barra dos Coqueiros Brejo Grande Estância Indiaroba Itaporanga d’ Ajuda Laranjeiras Nossa Senhora do Socorro Pacatuba Pirambu Santa Luzia do Itanhy Santo Amaro das Brotas São Cristóvão 27 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL Distrito Federal Brasília Brasília - Patrimônio Cultural da Humanidade Brasília Gama Taguatinga Brazlândia Sobradinho Planaltina Paranoá Núcleo Bandeirante Ceilândia Guará Cruzeiro Samambaia Santa Maria São Sebastião Recanto das Emas Lago Sul Riacho Fundo Lago Norte Candangolândia Águas Claras Riacho Fundo II Sudoeste / Octogonal Varjão Park Way Setor Complementar de Indústria e Abastecimento Sobradinho II Jardim Botânico Itapoã Setor de Indústria e Abastecimento Vicente Pires Goiás Caldas Novas Região das Águas Buriti Alegre Cachoeira Dourada Caldas Novas Inaciolândia Itumbiara Lagoa Santa Quirinópolis Rio Quente São Simão Três Ranchos Goiânia Região dos Negócios Anápolis Aparecida de Goiânia Goiânia Trindade Pirenópolis Região do Ouro Abadiânia Cidade de Goiás Cocalzinho de Goiás Corumbá de Goiás Jaraguá Pirenópolis Alto Paraíso de Goiás Região da Reserva da Biosfera Goyaz Alto Paraíso de Goiás Cavalcante Colinas do Sul Formosa Guarani de Goiás Posse São Domingos São João d’Aliança Mato Grosso Cáceres Pantanal Mato Grossense Barão de Melgaço Cáceres Nossa Senhora do Livramento Poconé Santo Antônio do Leverger Cuiabá Região Metropolitana Cuiabá Várzea Grande Mato Grosso do Sul Campo Grande Caminho dos Ipês Campo Grande Corguinho Dois Irmãos do Buriti Jaraguari Nova Alvorada do Sul Ribas do Rio Pardo Rio Negro Rochedo Sidrolândia Terenos Corumbá Pantanal Anastácio Aquidauana Corumbá Ladário Miranda Bonito Bonito / Serra da Bodoquena Bela Vista Bodoquena Bonito Caracol Guia Lopes da Laguna Jardim Nioaque Porto Murtinho Rio de Janeiro Rio de Janeiro Metropolitana Niterói Rio de Janeiro Armação dos Búzios Costa do Sol Araruama Armação dos Búzios Arraial do Cabo Cabo Frio Carapebus Casimiro de Abreu Iguaba Grande Macaé Maricá Quissamã Rio das Ostras São Pedro da Aldeia Saquarema Petrópolis Serra Verde Imperial Cachoeiras de Macacu Guapimirim Nova Friburgo Petrópolis Teresópolis Angra dos Reis/Paraty Costa Verde Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Paraty Rio Claro São Paulo Ilhabela Costa Tropical Caraguatatuba Ilhabela São Sebastião Ubatuba São Paulo São Paulo São Paulo Minas Gerais Belo Horizonte Circuito Turístico Belo Horizonte Belo Horizonte Diamantina Circuito Turístico dos Diamantes Alvorada de Minas Couto de Magalhães de Minas Datas Diamantina Felício dos Santos Gouveia Monjolos Presidente Kubitschek Santo Antônio do Itambé São Gonçalo do Rio Preto Senador Modestino Gonçalves Serro Rio Vermelho Ouro Preto Circuito Turístico do Ouro Bom Jesus do Amparo Caeté Catas Altas Congonhas Itabira Itabirito Mariana Nova Era Nova Lima Ouro Preto Piranga Rio Acima Sabará Santa Bárbara Santa Luzia São Gonçalo do Rio Abaixo Tiradentes Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes Antônio Carlos Barbacena Barroso Carrancas Conceição da Barra de Minas Coronel Xavier Chaves Dores de Campos Entre Rios de Minas Ibituruna Lagoa Dourada Madre de Deus de Minas Nazareno Piedade do Rio Grande Prados Resende Costa Ritápolis Santa Cruz de Minas São João Del Rei São Tiago Tiradentes Espírito Santo Vitória Região Turística Metropolitana Cariacica Fundão Guarapari Serra Viana Vila Velha Vitória Paraná Paranaguá Litoral do Paraná Antonina Guaraqueçaba Guaratuba Matinhos Morretes Paranaguá Pontal do Paraná Curitiba Rotas do Pinhão Adrianópolis Agudos do Sul Almirante Tamandaré Araucária Balsa Nova Bocaiúva do Sul Campina Grande do Sul Campo do Tenente Campo Largo Campo Magro Cerro Azul Colombo Contenda Curitiba Dr. Ulysses Fazenda Rio Grande Itaperuçu Lapa Mandirituba Piên Pinhais Piraquara Quatro Barras Quitandinha Rio Branco do Sul Rio Negro São José dos Pinhais Tijucas do Sul Tunas do Paraná Foz do Iguaçu Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu Diamante D’Oeste Entre Rios D’Oeste Foz do Iguaçu Guaíra Itaipulândia Marechal Cândido Rondon Medianeira Mercedes Missal Pato Bragado Santa Helena Santa Terezinha do Itaipu São José das Palmeiras São Miguel do Iguaçu Terra Roxa Rio Grande do Sul Porto Alegre Microrregião Porto Alegre e Delta do Jacuí Alvorada Cachoeirinha Eldorado do Sul Glorinha Gravataí Porto Alegre Triunfo Viamão Gramado Microrregião Hortênsias Canela Gramado Nova Petrópolis Picada Café São Francisco de Paula Bento Gonçalves Microrregião Uva e Vinho Antônio Prado Bento Gonçalves Boa Vista do Sul Carlos Barbosa Casca Caxias do Sul Coronel Pilar Cotiporã Fagundes Varela Farroupilha Flores da Cunha Garibaldi Gentil Guaporé Marau Monte Belo do Sul Nova Araça Nova Bassano Nova Pádua Nova Prata Nova Roma do Sul Paraí Protásio Alves Santa Tereza Santo Antônio da Palma São Domingos do Sul São Marcos São Valentim do Sul Serafina Corrêa Veranópolis Vila Flores Vila Maria Vista Alegre do Prata Santa Catarina São Joaquim Serra Catarinense Anita Garibaldi Bocaina do Sul Bom Jardim da Serra Bom Retiro Campo Belo do Sul Capão Alto Cerro Negro Correia Pinto Lages Otacílio Costa Painel Palmeira Rio Rufino São Joaquim São José do Cerrito Urubici Urupema Balneário Camboriú Costa Verde Mar Balneário Camboriú Bombinhas Camboriú Ilhota Itajaí Itapema Luiz Alves Navegantes Penha Piçarras Porto Belo Florianópolis Grande Florianópolis Águas Mornas Angelina Anitápolis Antônio Carlos Biguaçu Florianópolis Governador Celso Ramos Palhoça Rancho Queimado Santo Amaro da Imperatriz São Bonifácio São José São Pedro de Alcântara 28 RELATÓRIO BRASIL 2 ESTUDo DE CoMPETITIVIDADE DoS 65 DESTINoS INDUToRES Do DESENVoLVIMENTo TURÍSTICo REGIoNAL 29 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL Diversas teorias sobre a competitividade têm sido aplicadas em estudos de mercado e análises de segmentos econômicos internacionais. Essas teorias podem ser analisadas segundo diferentes abordagens: (i) teorias que consideram vantagens competitivas como um atributo de posicionamento de uma empresa no âmbito de sua indústria e que explicam a com- petitividade por fatores externos à organização; (ii) teorias que defendem que as vantagens competitivas são fatores provenientes de aspectos internos à organização. Entre as teorias que versam sobre a competitivi- dade com foco em fatores externos, estão as do modelo Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD) e as da escola de posicionamento, amplamente disseminada por Porter (VASCONCELOS e CYRINO, 2000). Porter elaborou sua teoria com base na afirmação de que a vantagem compe- titiva de uma empresa é o resultado (i) da capacidade de adquirir melhores preços comparados aos dos concor- rentes; (ii) da capacidade de organizar as atividades a fim de prover um valor único para os consumidores. A estratégia para alcançar tais vantagens competitivas seria, segundo o autor, a análise de uma determinada indústria e o posicionamento de uma empresa nessa indústria de modo a protegê-la contra as forças competitivas, o que foi chamado de modelo de cinco forças. Algumas críticas à escola de posicionamento apontam para o fato de que, segundo essa teoria, as empresas são consideradas entidades abstratas que transformam recursos em produtos, e, nesse caso, a heterogeneidade de recursos utilizados por essas firmas não é levada em consideração. Para a escola de posicionamento, portanto, a estrutura da indústria possui um papel central para deter- minar e limitar ações estratégicas, instigando a empresa a buscar oportunidades e a adaptar suas estratégias de acordo com o ambiente externo (TEECE et al., 1997; VASCONCELOS e CYRINO, 2000). Além disso, se as infor- mações para analisar as oportunidades na indústria e os recursos estratégicos (físicos, organizacionais e humanos) estão à disposição de todas as empresas de um segmento econômico, não haveria como considerá-los vantagens competitivas (VASCONCELOS e CYRINO, 2000). Ao contrário das perspectivas que examinam as vanta- gens competitivas por uma ótica ex post — isto é, com o foco em indicadores de performance, como a taxa de ocupação hoteleira —, teorias, como a dos recursos (RBV) e a de capacidades dinâmicas, apresentam uma análise ex ante, com foco em indicadores de eficiência. Nesse tipo de análise, avaliam-se as características estruturais de um país ou de uma região, por exemplo, a fim de prover subsídios para o planejamento estratégico e de mensurar a capaci- dade de geração de resultados. Segundo a abordagem da RBV, as vantagens compe- titivas de uma organização são calcadas inicialmente em seus recursos internos e competências e, em segundo plano, na estrutura da indústria (VASCONCELOS e CYRINO, 2000; BARBOSA, 2008; PASCARELLA, 2008). Considera-se recurso tudo aquilo que possa ser pensado como uma força ou fraqueza (WERNERFELT, 1984). Mais específico, Barney (1991) descreve que os 30 RELATÓRIO BRASIL recursos de uma organização incluem capacidades, processos organizacionais, atributos, informação e conhe- cimento, entre outros ativos controláveis pela empresa, que permitam a implementação de estratégias, com o objetivo de melhorar a eficiência e a efetividade. De acordo com a perspectiva da teoria RBV, os recursos devem gerar produtos ou serviços que possam ser colocados no mercado ou que permitam a criação de estratégias superiores, o que poderia explicar diferenças de performances. Baseando-se nessa premissa, conclui-se que a competição não aconteceria entre produtos, mas entre recursos e competências (VASCONCELOS e CYRINO, 2000; PASCARELLA, 2008). O desempenho superior, de acordo com a teoria RBV, justifica-se pela posse de recursos raros, imperfei- tamente imitáveis e não substituíveis. Dessa forma, um recurso torna-se raro em virtude de razões estruturais — por exemplo, aspectos físicos, geográficos e naturais —; imperfeitamente imitável quando outras empresas não conseguem identificar ou reproduzir os recursos de seus competidores; e não substituível quando é difícil encontrar recursos que possam ser usados para atingir resultados idênticos ou superiores aos dos concorrentes (BARNEY, 1991; VASCONCELOS e CYRINO, 2000; EISENHARDT e MARTIN, 2000; PASCARELLA, 2008). A capacidade dinâmica, por sua vez, consiste na habi- lidade de uma empresa de construir, integrar e reconfi- gurar seus recursos internos e externos, bem como suas competências, de forma a atingir congruência com as mudanças no ambiente de negócios (TEECE et al., 1997; EISENHARDT e MARTIN, 2000). Em síntese, as capacidades dinâmicas significam a habilidade de uma organização de desenvolver e alterar recursos e elaborar estratégias de acordo com ambientes que se transformam rapidamente. Em outras palavras: as capacidades dinâmicas refletem a habilidade organizacional de atingir formas inovadoras de competitividade, levando em consideração a dependência do histórico da empresa e as posições de mercado (EISENHARDT e MARTIN, 2001; TEECE et al., 1997; LEONARD-BARTON, 1992). Portanto, como afirmado por Schumpeter (1951), o processo de destruição criativa, isto é, as modificações estruturais introduzidas em economias e setores por meio das inovações — desencadeando a emergência de novas estratégias, novos arranjos organizacionais, novos processos produtivos e novas tecnologias — pode acar- retar profundas alterações na importância relativa dos recursos de uma empresa. Assim, em que pesem as diferenças, as capacidades dinâmicas e a abordagem com base na teoria RBV não podem ser vistas como correntes autoexcludentes em estratégia e competitividade, e sim como complementares entre si. Por isso, ambas são importantes para a formu- lação de estratégias que lidem com a competitividade das empresas e podem ser extrapoladas para os destinos turísticos na qualidade de unidade de análise no lugar das empresas ou organizações. As vantagens competitivas, segundo essas teorias, derivam (i) do acesso a recursos únicos, por exemplo, a localização geográfica privilegiada; (ii) da capacidade de aplicar melhores métodos que os concorrentes e de trans- formar fatores de produção em produtos a serem vendidos; (iii) da capacidade de reconfigurar recursos e compe- tências, recombinando-os com a finalidade de produzir novos produtos; e (iv) da capacidade de criar um processo contínuo de inovação (VASCONCELOS e CYRINO, 2000). Neste sentido, as fontes de vantagem competitiva podem ser definidas como a capacidade de transformação dos fatores de produção em produtos vendáveis no mercado e de renovação de estoque de recursos e competências para que se criem novos produtos e se gere um fluxo ininter- rupto de inovações (HOGARTH e MICHAuD, 1991). Para tanto, a geração, a integração e o desenvolvimento de novos recursos tornam-se aspectos essenciais na capaci- dade competitiva dos destinos turísticos. Pela ótica das teorias dos recursos (RBV) e das capa- cidades dinâmicas, o turismo é um segmento econômico plenamente capaz de beneficiar-se dessa combinação estratégica de recursos, da geração de novos produtos e da adoção de processos de inovação. Isso porque uma maneira de se explorar a vantagem competitiva é compre- endê-la na qualidade de um fator interno e heterogêneo (como explicado pela teoria RBV) e, ao mesmo tempo, sensível ao aspecto dinâmico do mercado para sua reno- vação e seu aprimoramento, segundo a teoria das capa- cidades dinâmicas (DAY, 1999; TEECE et al., 1997; HILL e DEEDS, 1996; SANCHEZ e HEENE, 1996; HENDERSON e CLARK, 1990). No contexto do turismo, em especial de destinos turísticos, emprega-se o conceito de competitividade de forma a oferecer aos municípios ou às regiões a capaci- dade de se autoanalisar e, assim, planejar e desenvolver vantagens competitivas. Se bem administrados e combi- nados, os recursos poderão gerar atratividade para o destino por meio de novos produtos turísticos, melhorias em operações e infraestrutura, incrementos na qualidade dos serviços prestados, aperfeiçoamento no ambiente de negócios local e, finalmente, implicações para um desem- penho econômico superior. Em suma, ser competitivo é ser capaz de evoluir conti- nuamente. Dessa forma e posto que a atividade turística é multisetorial e dinâmica, fica evidente a necessidade 31 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL de que se monitorem todos os aspectos que possam, ao longo de um determinado período de tempo, configurar ou não a evolução de um destino turístico. Para subsidiar esse acompanhamento, torna-se fundamental a geração de indicadores que, se interpretados como elementos de uma série histórica de mensurações, poderão tornar-se instrumentos de acompanhamento estratégico do desem- penho dos destinos. 32 RELATÓRIO BRASIL 3 RESULTADoS Do ESTUDo 33 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL 1. Resultados consolidados A construção do índice de competitividade para os desti- nos turísticos indutores levou em consideração diferentes referenciais conceituais, ao examinar as características do contexto brasileiro. O modelo construído contempla a soma ponderada de 13 dimensões (Infraestrutura geral, Acesso, Serviços e equipamentos turísticos, Atrativos turísticos, Marketing e promoção do destino, Políticas públicas, Cooperação regional, Monitoramento, Economia local, Capacidade empresarial, Aspectos sociais, Aspectos ambientais, e Aspectos culturais), analisadas segundo a importância para a competitividade do turismo. Importante destacar que o foco das dimensões e suas respectivas variáveis consideradas na construção do índice foi sua contribuição à competitividade do destino, definida como a capacidade crescente de gerar negó- cios nas atividades relacionadas com o setor de turismo, de forma sustentável, proporcionando ao turista uma experiência positiva. Nesse sentido, os resultados das análises realizadas sobre as dimensões do estudo consideraram cinco níveis de competitividade, numa escala de 0 a 1001. O primeiro nível (0 a 20 pontos) refere-se ao intervalo em que os destinos apresentam deficiência em relação à determinada dimensão; o segundo nível (21 a 40 pontos), apesar de expor uma situação mais favorável do que o anterior, ainda evidencia condição inadequada para a competitividade de um destino; o terceiro nível (41 a 60 pontos) configura situação regularmente satisfatória; o quarto nível (61 a 80 pontos) revela a existência de condições adequadas para a atividade turística, considerado o padrão mínimo de quali- dade; e o quinto nível corresponde ao melhor posiciona- mento que um destino pode alcançar (81 a 100 pontos). Vale ressaltar que a análise das dimensões, por parte dos destinos, deve levar em consideração o seu posicio- namento relativo, ou seja, determinadas localidades não precisam necessariamente atingir os níveis mais elevados da escala para se tornarem competitivas. Isso é especialmente aplicado a alguns dos destinos não capitais ou destinos que trabalhem nichos específicos de mercado. Assim, os resultados são apresentados a seguir de forma consolidada (posicionamento em níveis e média dos 65 destinos) e de forma desagregada (média das capi- tais, não capitais e macrorregiões). Esses resultados foram comparados às médias da pesquisa anterior, a fim de possibilitar o acompanhamento da evolução do total geral e dos resultados de cada dimensão2. Com relação ao posicionamento dos 65 destinos nos níveis da escala utilizada, identificou-se que a maior parte deles se posicionou no nível 3, com 37 destinos, um a menos que na pesquisa anterior. Por sua vez, houve um aumento no número de destinos situados no nível 4 : 21 destinos em 2009 contra 18 no ano anterior. Em contra- partida, o nível 2 concentra sete destinos, dois a menos que na pesquisa anterior. Ressalte-se que nenhum destino obteve índices referentes ao primeiro nível e ao quinto. 1 Para o posicionamento em níveis segundo a escala proposta, foi utilizado critério de arredondamento das pontuações. Por exemplo: entre 20,1 e 20,4, a pontuação posicionou-se no nível 1 (entre 0 e 20 pontos); entre 20,5 e 20,9, classificou-se no nível 2 (entre 21 e 40 pontos), e assim por diante. 2 Os resultados apresentados no Relatório Brasil 2008 sofreram pequenas alterações em função da revisão de metodologia – foram realizadas, pois, modificações na estrutura de algumas variáveis e incluídas novas questões. 34 RELATÓRIO BRASIL A média nacional (considerando os 65 destinos turísticos pesquisados) atingiu 54,0 pontos, situando-se no nível 3, resultado superior ao obtido na pesquisa anterior, que era de 52,1. A média obtida pelas capitais (61,9 pontos) situou-se no limite inferior do quarto nível, um nível acima em relação à pesquisa anterior, quando a média era de 59,5. No caso das não capitais, a média alcançou 48,4, resultado que, no ano anterior, foi de 46,9, mantendo-se no nível 3, conforme se pode constatar no gráfico a seguir: GRÁFICO 1 - TOTAL GERAL - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 52,1 61,9 20 40 60 80 100 46,9 48,4 0 2008 2009 59,5 54,0 No resultado consolidado, oito dimensões ficaram acima da média nacional (de 54,0 pontos): Infraestrutura geral (64,6 pontos) e Aspectos ambientais (61,8) – resultados esses que chegaram a se posicionar no quarto nível da escala (entre 61 e 80 pontos); Atrativos turísticos (59,5); Acesso (58,1); Aspectos sociais (57,4); Economia local (57,1); Capacidade empresarial (55,7); e Aspectos culturais (54,6). Por outro lado, cinco dimensões apresentaram média inferior à nacional: Políticas públicas (53,7); Cooperação regional (48,1); Serviços e equipamentos turísticos (46,8); Marketing e promoção do destino (41,1) e Monitoramento (34,5), sendo esta última a única dimensão a posicionar-se no nível 2 da escala. No que se refere às capitais (média de 61,9 pontos), as sete dimensões que obtiveram resultados acima da média foram: Capacidade empresarial (78,1); Infraestrutura geral (71,3); Acesso (69,9); Economia local (67,6); Aspectos ambientais (67,0); Aspectos sociais (63,1); e Aspectos cultu- rais (63,0). Abaixo da média, estão as seis seguintes dimen- sões: Serviços e equipamentos turísticos (59,4); Políticas públicas (58,7); Atrativos turísticos (58,5); Marketing e promoção do destino (47,5); Cooperação regional (47,1); e Monitoramento (41,8). Quanto às não capitais, Atrativos turísticos (60,2 pontos); Infraestrutura geral (58,9); Aspectos ambientais (58,1); Aspectos sociais (53,4); Políticas públicas (50,2); Acesso (49,7); Economia local (49,6); Cooperação regional (48,8); e Aspectos culturais (48,7) foram as nove dimen- sões que se posicionaram acima da média (48,4 pontos). Ao contrário, Capacidade empresarial (39,8); Serviços e equipamentos turísticos (37,9); Marketing e promoção do destino (36,5); e Monitoramento (29,4) foram as quatro dimensões com resultados abaixo da média das não capi- tais, situando-se no nível 2 da escala. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. TABELA 1 — RESuLTADOS CONSOLIDADOS Dimensões Média Brasil Capitais Não Capitais 2008 2009 2008 2009 2008 2009 Total Geral 52,1 54,0 59,5 61,9 46,9 48,4 Infraestrutura geral 63,8 64,6 70,5 71,3 58,1 58,9 Acesso 55,6 58,1 66,9 69,9 47,5 49,7 Serviços e equipamentos turísticos 44,8 46,8 56,8 59,4 36,3 37,9 Atrativos turísticos 58,2 59,5 56,6 58,5 59,3 60,2 Marketing e promoção do destino 38,2 41,1 46,3 47,5 32,4 36,5 Políticas públicas 50,8 53,7 55,7 58,7 47,3 50,2 Cooperação regional 44,1 48,1 42,9 47,1 45,0 48,8 Monitoramento 35,4 34,5 42,1 41,8 30,6 29,4 Economia local 56,6 57,1 64,7 67,6 50,9 49,6 Capacidade empresarial 51,3 55,7 72,1 78,1 36,6 39,8 Aspectos sociais 57,2 57,4 62,3 63,1 53,5 53,4 Aspectos ambientais 58,9 61,8 63,8 67,0 55,5 58,1 Aspectos culturais 54,6 54,6 61,4 63,0 49,8 48,7 Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. 35 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL No que concerne aos resultados por região, consta- tou-se elevação de todas as médias em comparação com o ano anterior, sendo que a região Sul foi a única a alcançar o nível 4, com média de 61,0 pontos. Em 2008 esta média era de 58,7 (nível 3). As demais regiões mantiveram-se no nível 3, com as seguintes médias: Sudeste (59,2); Centro- Oeste (54,6); Nordeste (50,4); e Norte (49,6). GRÁFICO 2 - TOTAL GERAL - RESuLTADOS POR REGIÃO Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 52,1 54,0 50,4 20 40 60 80 100 47,6 49,6 0 2008 2009 49,0 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 52,1 54,6 57,5 59,2 58,7 61,0 Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. 36 RELATÓRIO BRASIL INFRAESTRuTuRA GERAL O Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional analisou as seguin- tes variáveis referentes à Infraestrutura geral: capacidade de atendimento médico para o turista no destino, estrutu- ra urbana nas áreas turísticas, fornecimento de energia e serviço de proteção ao turista. Em termos gerais, a média nacional (considerando-se todos os 65 destinos estudados) atingiu o patamar de 64,6 pontos nas variáveis examinadas (escala de 0 a 100). Observa-se pouca diferença em relação à média obtida no ano anterior, que foi de 63,8 pontos, o que mantém a dimensão no nível 4. utilizando o corte entre capitais e não capitais, os resultados indicam que as primeiras alcançaram a média de 71,3 pontos e as segundas, a média de 58,9 pontos. Enquanto a média das capitais posiciona-se no nível 4, a das não capitais enquadra-se no nível 3 da escala, mesmos patamares alcançados na pesquisa anterior, quando a média das capitais e das não capitais foram de 70,5 e 58,1, respectivamente. Partindo para a análise por região, verificou-se que três delas alcançaram índices que as enquadram no nível 4: Sul, com 74,1 pontos; Sudeste, com 68,4 pontos; e Centro-Oeste, com 66,4 pontos. Atingiram nível 3 as regiões Nordeste e Norte, com 60,4 e 56,4 pontos, respec- tivamente. Dessa forma, as cinco regiões se mantiveram nos mesmos níveis de 2008. Nessa dimensão, o estudo identificou que os destinos se concentraram nos níveis 3 e 4, com 18 destinos no nível 3 e 40 destinos no nível 4. Este resultado aponta uma evolução em relação ao ano passado, 20 destinos no nível 3 e 38 destinos no nível 4. Assim como no ano anterior, apenas dois dos destinos avaliados estão classificados no nível 2. Com uma infraestrutura qualificada no melhor nível, encontram-se cinco destinos, o mesmo número do ano passado. A análise dos resultados desta dimensão indica que houve evolução na média nacional entre os anos de 2008 e 2009. A maioria dos destinos avaliados dispõe de serviço de atendimento 24 horas e bom fornecimento de energia elétrica, salvo casos em que esse serviço sofre interrupções na alta temporada. No entanto, as variáveis relacionadas à segurança do turista e à estrutura urbana ainda apre- sentam alguns problemas. A existência de grupamentos especiais ou programas de proteção ao turista nas Polícias Militar e Civil e a disponibilidade e estado de conser- vação do mobiliário urbano são exemplos de fatores que precisam ser melhorados em muitos destinos, em especial nas não capitais. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 3 - INFRAESTRuTuRA GERAL - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 63,8 64,6 60,4 20 40 60 80 100 56,6 56,4 0 2008 2009 60,2 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 64,7 66,4 66,7 68,4 73,2 74,1 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 63,8 71,3 20 40 60 80 100 58,1 58,9 0 2008 2009 70,5 64,6 GRÁFICO 4 - INFRAESTRuTuRA GERAL - RESuLTADOS POR REGIÃO 37 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL ACESSO Acesso aéreo, acesso rodoviário, acesso aquaviário, acesso ferroviário, sistema de transporte no destino e proximida- de de grandes centros emissivos de turistas foram as seis variáveis examinadas na dimensão Acesso. A média nacional nessa dimensão atingiu o índice de 58,1 pontos no corrente ano, nas variáveis analisadas. No ano anterior, a média de Acesso foi de 55,6 pontos. Esse resultado mantém a média nacional no nível 3 (41 a 60 pontos). Houve predominância, de maneira geral, das capitais dos estados sobre as não capitais, em termos de compe- titividade nessa dimensão. No caso das capitais, o valor médio alcançado foi de 69,9 pontos. As não capitais atingiram a média de 49,7 pontos. Essa predominância também ocorreu no ano de 2008, quando a média das capitais foi de 66,9 pontos, contra 47,5 nas não capitais. Ressalte-se que a diferença entre a média referente às capitais (nível 4 da escala) e a das não capitais (nível 3), nessa dimensão, é significativa (20,2 pontos). Ao analisar os resultados por região, verifica-se o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste do país atingiram o nível 4, com médias 66,4, 65,5 e 60,8 pontos, respectivamente. As demais regiões posicionaram-se no nível 3: Norte, com 53,8; e Nordeste, com 51,8. Todas as cinco regiões evolu- íram na dimensão acesso, sendo que para a região Centro- Oeste essa melhora possibilitou a elevação de nível, pois em 2008 o resultado foi de 58,0 pontos. Ressalta-se que os resultados encontrados apontam que a maioria dos destinos está situada nos níveis 3 e 4, sendo 20 destinos no nível 3, e 28 no nível 4. No ano ante- rior, havia 23 destinos no nível 3, e 25 no nível 4. Por sua vez, no nível 2 estão posicionados 12 destinos (quatorze no ano anterior), enquanto que no nível 5 localizam-se cinco destinos, dois a mais que em 2008. Na dimensão Acesso, identificou-se evolução em relação à média da pesquisa anterior. O destaque na média das capitais sobre a média das não capitais se deve à maior estrutura de acesso das primeiras. Na variável acesso aéreo, por exemplo, todas as capitais dispõem de aeroporto, fator que eleva a nota nesta dimensão. Mesmo no caso das não capitais que dispõem dessa estrutura, de forma geral, seus aeroportos não recebem voos interna- cionais e possuem elementos infraestruturais inferiores aos dos aeroportos das capitais. Adicionalmente, duas variáveis que exerceram impacto negativo nos índices de competitividade foram acesso aquaviário e acesso ferroviário. Nas cidades onde existe terminal aquaviário, o desenvolvimento do modal ainda é incipiente. O acesso por meio ferroviário, por sua Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 5 - ACESSO - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 55,6 58,1 51,8 20 40 60 80 100 51,6 53,8 0 2008 2009 49,5 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 58,0 60,8 63,3 66,4 62,9 65,5 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 55,6 69,9 20 40 60 80 100 47,5 49,7 0 2008 2009 66,9 58,1 vez, mostra-se como um desafio para o país, visto que são raros os destinos que o possuem. Desenvolver este tipo de acesso poderia elevar consideravelmente a competitividade dos destinos, como pode-se constatar ao observar exem- plos internacionais, como na Europa, onde os trens de alta velocidade são muito utilizados nas viagens turísticas. Por fim, foram também identificados, em relação ao sistema de transporte de grande parte dos destinos, problemas relacionados a congestionamentos e disponibi- lidade de linhas de ônibus urbanos que atendam às princi- pais atrações turísticas. GRÁFICO 6 - ACESSO - RESuLTADOS POR REGIÃO 38 RELATÓRIO BRASIL SERVIÇOS E EQuIPAMENTOS TuRÍSTICOS A dimensão Serviços e equipamentos turísticos contem- plou as seguintes variáveis: sinalização turística; centro de atendimento ao turista; espaço para eventos; capacidade dos meios de hospedagem; capacidade do turismo recep- tivo; estrutura de qualificação para o turismo; e capacida- de dos restaurantes. A pontuação média nacional nessa dimensão alcançou 46,8 pontos, situando-se no nível 3 (entre 41 e 60 pontos), o que apresentou evolução satisfatória em relação à média do ano anterior, que foi de 44,8. Observa-se que as capitais posicionaram-se no nível 3, com 59,4 pontos, enquanto as não capitais atingiram uma média de 37,9 pontos, valor equivalente ao nível 2. Em 2008, a média das capitais foi de 56,8 pontos e das não capitais, 36,3. Na análise por região, as médias ficaram concentradas no nível 3. As regiões Sul e Sudeste atingiram as maiores médias, de 59,1 e 52,2 pontos, respectivamente, seguidas das regiões Norte, com média 44,0, Centro-Oeste, com 43,8, e Nordeste, com 41,8 pontos. Vale ressaltar que, embora a região Nordeste tenha obtido a menor média nessa dimensão, foi constatada uma evolução em relação ao ano anterior, suficiente para elevá-la do segundo para o terceiro nível. Nesta dimensão, houve um equilíbrio quanto à clas- sificação por nível. Atingiram o segundo nível 20 destinos, 22 atingiram o terceiro nível e 19, o quarto nível. Em 2008, estes números foram de 23 destinos no segundo nível, 23 destinos no nível 3 e 16 destinos no nível 4. Este quadro deixa clara a evolução dos destinos de um ano para o outro. No ano anterior, a pesquisa não identificou destinos posicionados no nível 5, enquanto na pesquisa atual um destino alcançou o nível mais alto. Por fim, três cidades ficaram posicionadas no nível 1, mesmo número do ano anterior. Serviços e equipamentos turísticos foi outra dimensão no qual foi constatada evolução na média. Tal evolução se deve, entre outros fatores, ao incremento no número e estrutura dos centros de atendimento ao turista, bem como à presença de empresas de receptivo com atendi- mento em idioma estrangeiro na maioria dos destinos avaliados. Em contrapartida, muitos destinos ainda não contam com sinalização turística viária nos padrões reco- mendados pelo Ministério do Turismo e não possuem centro de convenções. Em relação à capacidade dos meios de hospedagem, a criação de incentivos formais para a priorização da questão ambiental e o cumprimento da lei de acessi- bilidade são fatores que precisam ser desenvolvidos em muitos destinos. Além disso, a adoção, por parte do Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 7 - SERVIÇOS E EQuIPAMENTOS TuRÍSTICOS - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 44,8 46,8 41,8 20 40 60 80 100 43,0 44,0 0 2008 2009 40,0 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 41,3 43,8 50,3 52,2 55,9 59,1 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 44,8 59,4 20 40 60 80 100 36,3 37,9 0 2008 2009 56,8 46,8 destino, de instruções a respeito da higiene na preparação de alimentos é fundamental para garantir a qualidade dos serviços. GRÁFICO 8 - SERVIÇOS E EQuIPAMENTOS TuRÍSTICOS - RESuLTADOS POR REGIÃO 39 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL ATRATIVOS TuRÍSTICOS A dimensão Atrativos turísticos examinou quatro variáveis: atrativos naturais; atrativos culturais; eventos programa- dos; e realizações técnicas, científicas e artísticas. A pontuação média nacional alcançou 59,5 pontos, situando-se no nível 3. Nessa dimensão também obser- vou-se evolução em relação à pesquisa anterior, quando a média foi de 58,2 pontos. As não capitais, com 60,2 pontos, registraram um resultado pouco superior ao das capitais, cuja média foi de 58,5. No ano anterior as não capitais obtiveram média 59,3 contra 56,6 pontos das capitais. A análise por região mostra que duas delas obtiveram média acima da nacional, enquadrando-se no nível 4: Sudeste (63,8 pontos) e Sul (63,2). Já as regiões Centro- Oeste (59,5), Nordeste (57,8) e Norte (55,0 pontos) posi- cionaram-se nível 3. Da mesma forma que no ano anterior, grande parte dos 65 destinos está posicionada nos níveis 3 (26 destinos) e 4 (33 destinos). Na pesquisa anterior, 30 destinos situa- vam-se no nível 3, e 29 no nível 4. Em uma faixa inferior, nível 2, encontram-se quatro destinos, mesmo número do ano anterior. Vale ainda destacar que dois destinos atin- giram o nível mais elevado da escala, mesmo número de 2008. A dimensão Atrativos turísticos é uma das mais relevantes na determinação da competitividade de um destino. É importante observar a existência de mais de um tipo de atrativo na maioria dos destinos indutores. Muitos deles possuem atrativos naturais, culturais, eventos programados e realizações técnicas, científicas e artísticas. Adicionalmente, foi observada preocupação com relação à preservação ambiental do entorno de seus atrativos em grande parte dos destinos. No entanto, ainda são poucos os que realizam estudos de capacidade de carga para os atrativos - em especial os naturais e culturais - sendo que, dos que possuem tal estudo, nem todos o aplicam. Além disso, o estudo indicou a necessidade de adaptação dos atrativos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 9 - ATRATIVOS TuRÍSTICOS - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 58,2 59,5 57,8 20 40 60 80 100 52,8 55,0 0 2008 2009 57,8 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 55,4 59,5 62,8 63,8 62,4 63,2 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 58,2 58,5 20 40 60 80 100 59,3 60,2 0 2008 2009 56,6 59,5 GRÁFICO 10 - ATRATIVOS TuRÍSTICOS - RESuLTADOS POR REGIÃO 40 RELATÓRIO BRASIL MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO Planejamento de marketing; participação em feiras e even- tos; promoção do destino; e web site do destino foram as variáveis examinadas na dimensão Marketing e promoção do destino. A média nacional alcançada por essa dimensão foi de 41,1 pontos. Observa-se evolução importante nesta dimensão, suficiente para elevar a média para o terceiro nível. Em 2008 a média foi de 38,2 pontos (nível 2). As capitais mostraram melhor desempenho nessa dimensão, pois atingiram a média de 47,5 pontos (nível 3). Por sua vez, as não capitais obtiveram uma média de 36,5 (nível 2). Ambas evoluíram positivamente em relação ao ano passado, quando as médias eram de 46,3 pontos para as capitais e 32,4 para as não capitais; entretanto, mantiveram-se nos mesmos níveis da escala de pontos. As médias obtidas pelas regiões Sudeste (53,8 pontos) e Sul (49,6) enquadram as duas regiões no terceiro nível 3 da escala utilizada. As regiões Nordeste (37,1 pontos), Centro-Oeste (35,9) e Norte (33,6) atingiram apenas o segundo nível, situando-se abaixo da média nacional. Ressalte-se que foi constatada evolução nas médias de quatro dentre as cinco regiões. Assim, foi possível observar que, dos 65 destinos indutores, cerca de metade deles (32) alcançou o segundo nível de competitividade, que no ano anterior abarcou 24 destinos. Acima destes, no nível 3, encontram-se 17 destinos. Atingiram o quarto nível o total de oito destinos. Em 2008, 14 destinos haviam atingido o nível 4, e 11, o nível 3. O nível mais elevado de classificação foi atingido por 3 destinos - um a mais que em 2008. Pode-se observar evolução satisfatória nesta dimensão ao comparar as duas edições da pesquisa: em 2008, havia 14 destinos no nível 1, enquanto no corrente ano apenas 5 ainda mostram-se pouco desenvolvidos neste quesito. A elevação no nível de competitividade da dimensão Marketing e promoção do destino deve-se, entre outros fatores, à pratica institucionalizada de participação em feiras e eventos do setor de turismo na maioria dos destinos. A existência de material promocional institu- cional também contribuiu favoravelmente para os índices nesta dimensão, ainda que estes não estejam disponíveis em idioma estrangeiro. No entanto, muitos destinos ainda não desenvol- veram planos de marketing, variável de grande impor- tância para a competitividade dos destinos. Outro aspecto que merece atenção é a falta de informações turística nos web sites governamentais, na maior parte dos municípios pesquisados. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 11 - MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 38,2 41,1 37,1 20 40 60 80 100 29,6 33,6 0 2008 2009 34,6 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 30,2 35,9 54,8 53,8 44,4 49,6 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 38,2 47,5 20 40 60 80 100 32,4 36,5 0 2008 2009 46,3 41,1 GRÁFICO 12 - MARKETING E PROMOÇÃO DO DESTINO - RESuLTADOS POR REGIÃO 41 ESTuDO DE COMPETIVIDADE DOS 65 DESTINOS INDuTORES DO DESENVOLVIMENTO TuRÍSTICO REGIONAL POLÍTICAS PÚBLICAS A dimensão Políticas públicas para o turismo avaliou cinco variáveis: estrutura municipal para apoio ao turismo; grau de cooperação com o governo estadual; grau de coopera- ção com o governo federal; planejamento para a cidade e para a atividade turística; e grau de cooperação público- privada. A média dessa dimensão atingiu 53,7 pontos no ano em curso, contra 50,8 pontos na pesquisa anterior, reve- lando elevação na média, que continuou a situar-se no nível 3. Nessa dimensão, tanto as capitais como as não capitais também se situaram nesse nível, com médias, 58,7 e 50,2 pontos, respectivamente. Tais médias evoluíram em relação ao ano de 2008, quando registraram 55,7 pontos para as capitais e 47,3 para as não capitais. Numa análise regional, verifica-se que apenas a média do Sul do País (61,7 pontos) atingiu o nível 4, acima da média nacional. As demais regiões obtiveram médias posi- cionadas no terceiro nível. São elas: Centro-Oeste, com 56,8; Sudeste, com média de 56,5; Nordeste, com 51,3 e; Norte, com 46,6 pontos. A pesquisa identificou evolução considerável em termos de Políticas públicas. No ano anterior, havia 1 destino no nível 1 e outros 12 no nível 2, considerados com capacidades insatisfatórias na dimensão analisada. No ano em curso, nenhum destino ficou posicionado no primeiro nível e apenas oito encontram-se no segundo nível. A maior parte dos destinos pesquisados (35 das 65 cidades estudadas) obteve uma média equivalente ao nível 3, enquanto 22 alcançaram o nível 4. Em 2008, o nível 3 abrangia 35 destinos, enquanto que 17 situaram-se no nível 4. Nenhum destino enquadrou-se no nível mais alto da classificação, assim como ocorreu no ano passado. Muitos dos destinos receberam recursos federais provenientes de emendas parlamentares, além de investi- mentos diretos por parte dos governos estaduais e federal, o que influenciou de forma positiva os resultados obtidos nessa dimensão. Além disso, a maioria dos Planos Diretores Municipais dos destinos pesquisados contempla o setor de turismo. A representação do órgão da administração pública local responsável pelo turismo nos conselhos ou fóruns estaduais de turismo foi mais um fator positivo identificado. Os aspectos que geraram influência negativa na média desta dimensão foram a inatividade de grande parte das instâncias de governança locais e a falta de um planeja- mento formal para o setor de turismo. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 13 - POLÍTICAS PÚBLICAS - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 50,8 53,7 51,3 20 40 60 80 100 43,2 46,6 0 2008 2009 48,0 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 54,0 56,8 55,4 56,5 57,7 61,7 Brasil Capitais Não Capitais Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 50,8 58,7 20 40 60 80 100 47,3 50,2 0 2008 2009 55,7 53,7 GRÁFICO 14 - POLÍTICAS PÚBLICAS - RESuLTADOS POR REGIÃO 42 RELATÓRIO BRASIL COOPERAÇÃO REGIONAL No que concerne à dimensão Cooperação regional, o es- tudo considerou cinco variáveis: governança; projetos de cooperação regional; planejamento turístico regional; ro- teirização; e promoção e apoio à comercialização. Nessa dimensão, a média nacional registrada foi de 48,1 pontos, acima da média do ano anterior, que foi de 44,1 pontos, equivalente ao nível 3. A média das não capi- tais (48,8 pontos) ficou acima da média das capitais (47,1). Na pesquisa anterior, as médias foram de 45,0 pontos para as não capitais e 42,9 para as capitais. Nesta dimensão, todas as regiões ficaram situadas no nível 3, representando um equilíbrio nacional. As médias para cada região foram: 51,2 para região Centro-Oeste; 50,9 para região Sudeste; 48,8 para região Sul; 48,2 para região Nordeste e; 41,7 para região Norte. Em relação à classificação em níveis de avaliação de competitividade, 25 dos 65 destinos avaliados atingiram nível 3 e 20 deles, o nível 4. Os níveis 1 e 2 abrangeram 3 e 17 destinos, respectivamente. Na pesquisa anterior, havia 7 destinos no nível 1, e 19 no nível 2. Nenhum destino obteve média suficiente para atingir o nível mais elevado, assim como verificado no ano anterior. A maioria dos 65 destinos indutores faz parte de uma região turística coordenada por uma instância de gover- nança regional. Ainda que muitas dessas instâncias não estejam permanentemente constituídas, este é um fator decisivo para o fortalecimento do produto. Além disso, identificou-se compartilhamento de projetos de coope- ração regional entre os destinos. De forma geral, os destinos integram roteiros regionais considerados priori- tários pelo Ministério do Turismo e comercializados por operadoras turísticas. Fatores que poderiam fortalecer esta dimensão são: o desenvolvimento de um plano turístico integrado para as regiões e a coprodução, por parte dos destinos inte- grantes, de material promocional dos roteiros regionais. Fonte: FGV/MTur/SEBRAE, 2009. GRÁFICO 15 - COOPERAÇÃO REGIONAL - RESuLTADOS CONSOLIDADOS Brasil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 44,1 48,1 48,2 20 40 60 80 100 37,6 41,7 0 2008 2009 45,1 Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul 51,0 51,2 42,1 50,9 44,6 48,8
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