Buscar

Apostila - Legislação Trabalhista - Prof. Silvia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Legislação Trabalhista
 Surgimento e Evolução do Direito do Trabalho no mundo 
 História Geral do Direito do Trabalho
A Sociedade Pré-Industrial – Predominou a escravidão que fez do trabalhador simplesmente uma coisa sem a possibilidade sequer de se equiparar a sujeito de direito. Portanto não tinha direitos trabalhistas.
Nas corporações de Ofício os artesãos agrupavam-se todos do mesmo ramo em uma localidade. Houve então, uma transformação: a maior liberdade do trabalhador, porque cada corporação tinha um estatuto com algumas normas regulando as relações de trabalho.
Categorias de membros das corporações
Os mestres – proprietários de oficinas – empregadores de hoje.
Os companheiros – trabalhadores livres que ganhavam salários dos mestres.
Os aprendizes – menores que recebiam dos mestres os ensinamentos de um ofício ou profissão.
A Sociedade Industrial e o Trabalho Assalariado.
O direito do trabalho nasce com a Sociedade Industrial e o trabalho assalariado.
Com a expansão da indústria e do comércio, houve a substituição do trabalho escravo, servil e corporativo pelo trabalho assalariado em larga escala, do mesmo modo que a manufatura cedeu lugar à fábrica e, mais tarde, a liberdade de produção.
História do Direito do Trabalho no Brasil.
Fatores influentes externos de muita importância foram as transformações que ocorriam na Europa e a crescente gama de leis de proteção ao trabalhador em muitos países. Foi importante também o Tratado Internacional, ratificado pelo Brasil, sendo ator na O.I.T., criada pelo tratado de Versalhes (1919) e, mais recentemente, a crise econômica mundial de 2009.
Os fatores internos foram o movimento operário com a participação dos integrantes com inspirações anarquistas, caracterizado por inúmeras greves em fins de 1800 e início de 1900; a avalanche industrial, efeito da Primeira Grande Guerra Mundial com a elevação do número de fábricas e de operários; a política trabalhista de Getúlio Vargas (1930) e na atualidade, não só a CLT, como os dispositivos Sindicais e ampla legislação esparsa.
Leis Principais
Todas as constituições brasileiras, desde a de 1934, passaram a ter normas de direito do trabalho, as Constituições de 1937, 1946, 1967, a Emenda Constitucional de 1969 e a Constituição de 1988.
A “CLT” (1943) é a Sistematização das leis esparsas existentes, acrescidas de novos institutos.
A Constituição de 1988 – artigo 7º.
O Direito do Trabalho em Transformação.
O período contemporâneo dá maior amplitude às normas de respaldo ao Sindicalismo, de proteção contra o desemprego e de ampliação das negociações coletivas.
Estamos vendo as transformações do mundo das relações de trabalho numa Sociedade que produz mais com pouca mão-de-obra. A tecnologia mostrou o seu lado cruel: a substituição do trabalho humano pelo software; a desnecessidade, cada vez maior, de um quadro numeroso de empregados para obter os mesmos resultados com redução da demanda de trabalhadores entre 25% e 35% da força de trabalho; a informatização e a robótica como um dos principais fatores do crescimento da produtividade; o aumento do desemprego e do subemprego em escala mundial; o avanço da sociedade de serviços maior do que a sociedade industrial; novas profissões; sofisticados meios de trabalho, uma realidade bem diferente daquela na qual o direito do trabalho nasceu.
Os direitos fundamentais e de personalidade do trabalhador são cada vez mais, protegidos. A defesa da vida, da saúde, da integridade física e da dignidade do trabalhador, tornam-se tão ou mais importantes do que a dos direitos econômicos.
Esses aspectos vêm transformando a fisionomia do direito do trabalho.
Teoria Geral do Direito do Trabalho
Definição e Denominação
Definição – É o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, os princípios que disciplinam as relações de trabalho determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade.
Denominação – É um conjunto de princípios e normas pertinentes à relação de trabalho subordinado, cuja finalidade é a proteção do trabalhador hipossuficiente, assegurando-lhe melhores condições sociais e de trabalho, para que haja equilíbrio entre as partes, tomador e prestador de serviços, na relação contratual.
Natureza Jurídica e Características
“O Direito do trabalho integra-se tanto de relações jurídicas privadas, cujo expoente máximo é o contrato de trabalho, como de relações jurídico públicas, nas em que aparece o Estado como garantidor da ordem pública trabalhista e como administrador de uma complexa trama de serviços públicos laborais.” Alfredo Montoya Melgar – Derecho del Trabajo, Madri.
Princípios do Direito do Trabalho
1 – Da Proteção – É uma forma de compensar a Superioridade econômica do empregador em relação ao empregado, dano a este uma Superioridade Jurídica. Desmembra-se em 3 outros princípios.
a)Indubio pro operario: na dúvida, aplica-se a regra mais favorável ao empregado.
b) da norma favorável ao trabalhador: havendo conflito de interesses, terá a aplicação a norma que atenda melhor aos interesses do empregado.
c) da condição mais benéfica: uma vantagem já conquistada não pode ser reduzida; devem-se respeitar os direitos adquiridos.
2) Da irrenunciabilidade dos direitos – Leis de ordem pública ou imperativas não podem ser objeto de renúncia ou transação.
3) Da Primazia da Realidade – Não importam as cláusulas de um contrato de trabalho, mas sim o que o empregado faz. Os fatos é que são importantes. (relevantes).
4) Da continuidade da relação de emprego – Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado, exceto aquele por prazo determinado.
Sujeitos do Contrato
Trabalho é todo esforço físico ou intelectual destinado à produção. Emprego é o trabalho subordinado, não eventual, sob dependência e remuneração.
Empregado – Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado. “Toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” – 3º CLT.
Empregado em Domicílio – É a pessoa que presta serviços em sua residência ao empregador, que o remunera estando presentes todos os elementos da condição de empregado. – 6º CLT.
Empregado Público – É espécie do gênero servidor público. Seu contrato é regido pela CLT. A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso público. 37, II da C.F.
Trabalhadores com Regulamentação Própria
Empregado Doméstico – Presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Tem seus direitos previstos no parágrafo único do art.7º da CF, na Lei 5.859/72 e na Lei 11.324/06: salário mínimo, irredutibilidade de salário, 13º salário, repouso semanal remunerado, férias anuais mais um terço (férias anuais de 30 dias), licença e garantia de emprego para a gestante, licença-paternidade e aposentadoria. È facultada a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mediante requerimento do empregador (Lei 10.208, de 23/3/01).
Trabalhador Avulso
São aqueles que exercem atividades desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho para execução dessas atividades. (Lei 12.023, de 27/08/2009). Tem os mesmos direitos que os empregados, conforme determina o inciso XXXIV do art. 7º da CF.
Trabalhador Temporário
Empresas de trabalho temporário colocam mão-de-obra à disposição de outras empresas, por meio de um contrato de prestação de serviços, que não poderá exceder três meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho. Somente se justifica pela necessidade transitória dos serviços. Tem suas regras previstas na Lei 6.019/74 e no Decreto 73.841/74.
Trabalhador Rural
É a pessoa física que, empropriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. A norma que cuida do trabalhador rural é Lei 5.889/73. A CF igualou seus direitos aos do trabalhador urbano no caput do art. 7º.
Trabalhador Autônomo
Não há subordinação. A CLT não se aplica ao trabalhador que exerce atividade por conta própria.
Trabalhador Eventual
Presta serviços de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego.
Estagiário
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Está regulamentado pela Lei 1.788/08. Não há vínculo empregatício. Direitos: 30 dias de recesso, auxílio transporte, bolsa de estudos ou outra contraprestação. Prazo do contrato; até 2 anos.
Trabalhador Voluntário
Pessoa física que presta atividade não remunerada a entidade pública de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Não gera vínculo empregatício obrigação trabalhista. Está previsto na Lei 9.608/98.
Cooperativas de Trabalho
Celebram contrato de cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum, sem objetivo de lucro (art. 3º, Lei 5.764/71).
Empregador – É a atividade empresária, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. – 2º CLT. São equiparados ao empregador os profissionais liberais, as instituições de benemerência, as associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos. Parágrafo 1º do art.2º.
Sucessão de Empresas não afetam os direitos adquiridos dos empregados. 10º da CLT.
O mesmo acontece com o Grupo Econômico que são solidariamente responsáveis tanto a Organização Principal quanto as subordinadas. – art. 2º,§ 2º da C.L.T.
Contrato de Trabalho.
Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego. – 442 CLT.
Requisitos – Consensual, sinalagmático (dependência recíproca de obrigações), continuidade, subordinação, onerosidade, personalidade, alteridade (prestação de serviço por conta alheia, não há qualquer risco do trabalhador).
Anotação do contrato de trabalho – O empregador terá o prazo de 48 horas para anotar na Carteira de Trabalho, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais. – 29 da CLT.
O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. Art. 443 da CLT.
Livre estipulação entre as partes – As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Art. 444 da CLT.
Prazos do Contrato de Trabalho
Prazo indeterminado – É o contrato de duração indefinida ao longo do tempo.
Prazo determinado – É o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado, da execução de serviços especificados ou da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Art. 443, § 1º da CLT.
Só será válido em se tratando: - art. 443,§ 2º da CLT.
a)de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo.
b) de atividades empresariais de caráter transitório.
Obs. Considera-se também indeterminado aquele contrato que suceder, dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado. Art. 452 da CLT.
Contrato de Experiência
Não poderá exceder 90 dias, podendo ser prorrogado uma só vez. 445, parágrafo único da CLT.
Alteração do Contrato de Trabalho.
Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, em prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade. – 468 da CLT.
A Lei admite exceções:
a)Retorno ao cargo efetivo anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
b) Substituição eventual ou temporária.
c) Readaptação do trabalhador em nova função.
Transferência do Empregado – É proibido transferir o empregado, sem sua anuência, causando a mudança de seu domicílio. Art. 469 da CLT.
Não estão compreendidos na proibição os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham a transferência como condição. É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento.
O empregador é obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25%. As despesas oriundas da transferência serão pagas pelo empregador. - 470 da CLT.
O empregado eleito para o cargo de administração sindical não poderá ser transferido para uma localidade que o impeça ou dificulte seu desempenho nas atividades sindicais – Art.543 da CLT. Se o empregado de livre e espontânea vontade se transferir, perderá o mandato. – 543, § 1º da CLT.
Suspensão e interrupção do Contrato de Trabalho. – art. 471 da CLT.
Ao empregado afastado do emprego, são assegurados, por ocasião da volta todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na Organização.
Suspensão
- Não há trabalho.
- Não há pagamento de salário.
Interrupção
- Não há trabalho.
- Há pagamento de salário.
Remuneração e Salário
Salário – É o valor pago diretamente ao empregado pelo empregador referente à prestação dos Serviços. Compõe o salário além da parte fixa as comissões, gratificações, diárias de viagens e abonos. – 457,§ 1º da CLT.
Remuneração
Além do salário, as gorgetas. – 457 da CLT.
*Gorgeta – é aquela dada pelo cliente e também a cobrada pela atividade empresária ao cliente.
Formas de Salário
a)Por tempo –mês, semana, quinzena, hora.
b) Por produção – calculada, com base no número de unidades produzidas pelo empregado.
c) Por tarefa – com base na produção.
d) Por comissão – pode ser um valor determinado por unidade vendida ou um percentual sobre as vendas.
Salário “in natura”
É o benefício recebido pela prestação de serviços e não para a prestação dos serviços, além do pagamento do salário. – 458 da CLT.
Não são consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
a)vestuários, equipamentos e outros acessórios para a prestação ou execução do serviço;
b) educação;
c) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno;
d) assistência médica;
e) seguros de vida e de acidentes pessoais;
f) previdência privada.
A habitação e a alimentação fornecidas como salário utilidade não poderão exceder, respectivamente, 25% e 20% do salário contratual.
Medidas de proteção
Salário é impenhorável – Só para pagamento de prestação alimentícia.
Salário é irredutível – Só será possível a redução em caso de acordo ou convenção coletiva.
Salário é intangível – O empregador não pode efetuar qualquer desconto no salário do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos (vale), de dispositivos legais.
Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que essa possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. – art. 462 da CLT.
Equiparação Salarial
Para funções idênticas, mesmo salário. – 461 da CLT.
Exceções para aplicação:
a) Quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira. – 462, § 2º da CLT.
b) O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestadapor órgão competente da Previdência Social não servirá de paradígma para fins de equiparação salarial. – 461 da CLT.
13º Salário
Ou gratificação natalina é baseada na remuneração integral ou no valor da aposentadoria – 7º, VIII da Constituição Federal.
A fração igual ou superior a 15 dias será havida como remuneração integral. O pagamento será feito em duas parcelas, a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
Fundo de Garantia
Os trabalhadores urbanos e rurais tem direito ao FGTS, que é o depósito bancário efetuado pelo empregador, a favor do empregado, no montante de 8% sobre todas as parcelas que integram a remuneração.
A incidência também ocorre nas hipóteses de afastamento para serviço militar obrigatório e acidente de trabalho, primeiros 15 dias de licença doença e licença-gestante.
É facultativo aos empregadores o depósito do FGTS do empregado doméstico.
O FGTS poderá ser sacado nas seguintes hipóteses:
- dispensa sem justa causa por parte do empregador.
- rescisão indireta do contrato de trabalho.
- extinção da Organização.
- aposentadoria.
- pagamento de financiamento habitacional.
- quando o empregado permanecer 3 anos ininterruptos fora do regime do FGTS.
- extinção do contrato a termo.
- falecimento do trabalhador.
- dentre outras. 7º, III da C.F.
COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO 
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 mês, a menos que seja referente a comissões, percentagens e gratificações. Art. 459, da CLT.
Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser pago até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido. – 459, § 1º da CLT.
O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de consumada a transação a que se referem. – 466 da CLT.
 DURAÇÃO DO TRABALHO
De acordo com o artigo 7º, inciso XIII da Constituição Federal, a duração do trabalho normal é não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observando o limite máximo de 10 minutos diários. – 58,§ 1º da CLT.
Se ultrapassar esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal.
 JORNADAS ESPECIAIS
a)Advogado – 4 horas contínuas ou 20 semanais.
b) bancários – 6 horas contínuas de 2ª a 6ª feira, num total de 30 horas semanais. 227 CLT.
c) telefonista – 6 horas diárias ou 36 semanais – 227 da CLT.
d) professores – em um mesmo estabelecimento de ensino, não poderá o professor dar, por dia, mais de 4 aulas consecutivas nem mais de seis intercaladas. – 318 a 320 da CLT.
e) jornalistas profissionais – 5 horas diárias – 303 da CLT.
f) médicos – 4 horas diárias.
 JORNADA “IN ITINERE”
O tempo gasto pelo empregado até o local de trabalho e para seu retorno não será computado na jornada de trabalho, a menos que o local do trabalho seja de difícil acesso ou não for servido por transporte público e o empregador fornecer a condução.- 58, § 2º da CLT.
A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito as horas “in itinere”. Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da Organização, as horas, “in itinere” remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
O fato do empregador cobrar, parcialmente ou não, valor pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não, servido por transporte regular, não afasta o direito à receber horas “in itinere”.
 HORAS EXTRAORDINÁRIAS
As horas extraordinárias não poderão exceder de 2 horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato coletivo de trabalho. – 59 da CLT.
A duração das horas extraordinárias poderá exceder o limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução acarrete prejuízo manifesto – 61 da CLT.
O trabalho não poderá exceder de 12 horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite.
O adicional de horas extras será de, no mínimo 50% sobre o valor da hora normal, nos termos do artigo 7º, inciso XVI da Constituição Federal.
 REFLEXO NAS DEMAIS VERBAS DO CONTRATO DE TRABALHO
Havendo habitualidade na prática da realização de horas extras, elas irão refletir no 13º salário, aviso-prévio, gratificações semestrais, férias adicionadas de 1/3, DSR´S e indenização. Havendo habitualidade ou não haverá incidência no FGTS.
 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS
Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas não exceder, no período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem for ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias.
A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
 DESCANSO INTERJORNADA
Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso. – 66 da CLT.
Todo empregado deverá ter descanso semanal de 24 horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. -67 da CLT.
 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Todos os trabalhadores urbanos ou rurais deverão gozar do Repouso Semanal Remunerado, de preferência aos domingos. Art. 7º, inciso XV da Constituição Federal.
 DESCANSO INTRAJORNADA – 71 da CLT.
Em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda 6 horas, é obrigatório um intervalo para repouso ou alimentação que será no mínimo, de uma hora, não podendo exceder duas horas, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em convenção em contrário.
Se o trabalho não exceder 6 horas, será obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar 4 horas. Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido, se o estabelecimento tiver refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado à horas suplementares. – 71, § 3º da CLT.
 JORNADA NOTURNA
O trabalho realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, terá a remuneração acrescida de no mínimo 20% sobre a hora diurna. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário para todos os efeitos.
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
 TRABALHO NOTURNO RURAL
A hora do trabalho noturno será computada como de 60 minutos, com acréscimo de 25%.
Lavoura: entre 21 e 5 horas.
Pecuária: entre 20 e 4 horas.
 TURNOS DE REVEZAMENTO
A jornada de trabalho realizado em turnos de revezamento ininterruptos, será de 6 horas, salvo negociação coletiva. 7º, XIV da Constituição Federal.
O regime de revezamentono trabalho não exclui o direito do empregado ao adicional noturno. – 7º, XIV da Constituição Federal.
 SOBREAVISO
Considera-se de sobreaviso o empregado efetivo que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. As horas de sobreaviso serão contadas à razão de um terço (1/3) da hora normal. – 244,§ 2º da CLT.
O uso do aparelho “BIP” pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço.
 TRABALHO A TEMPO PARCIAL – 58-A da CLT.
Trabalho em regime de tempo parcial é aquele cuja duração não exceda a 24 horas semanais.
O salário a ser pago aos empregados sob regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
Estes não poderão fazer horas extras.
 EMPREGADOS NÃO SUBMETIDOS AO CAPÍTULO DA DURAÇÃO DO TRABALHO. Art. 62 da CLT.
a) os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e no registro de empregados.
b) os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito no disposto no artigo 62, os diretores e chefes de departamento ou filial, quando o salário do cargo confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%.
 FÉRIAS ANUAIS
O empregado tem direito a férias anuais remuneradas com pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal, sem prejuízo da remuneração. 129 da CLT e 142 da CLT.
 PERÍODO AQUISITIVO
Após cada período de 12 meses de trabalho, tem direito a férias de 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço injustificadamente. 130 da CLT.
 PERÍODO CONCESSIVO
As férias serão concedidas em até nos 12 meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Elas poderão ser fracionadas em 2 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 10 dias.
Menor de 18 anos e maior de 50 anos, não poderão ter férias fracionadas.
Aviso da Concessão – no mínimo de 30 dias de antecedência. 135 da CLT.
Época da Concessão – De acordo com os interesses do empregador. 136 da CLT, se não concedida no prazo, o empregador pagará as férias, em dobro ao empregado, adicionado de 1/3 . 137 da CLT.
 REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
Deverá ser paga 2 dias antes da concessão. 145 da CLT.
 ABONO PECUNIÁRIO
É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias que tem direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 143 da CLT.
 FÉRIAS COLETIVAS
Todos os empregados entram em férias ao mesmo tempo. Pode ser fracionado em 2 períodos, nunca inferior a 10 dias.
Os empregados que não tenham 12 meses de trabalho gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se novo período aquisitivo. 139 a 141 da CLT.
O empregador deve comunicar ao Ministério do Trabalho e ao Sindicato da categoria com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim das férias.
 PERDA DO DIREITO DAS FÉRIAS – 133 da CLT.
a) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias.
b) permanecer de gozo de licença remunerada por mais de 30 dias
c) deixar de trabalhar por mais de 30 dias em virtude de paralização parcial ou total dos serviços.
d) estiver em auxílio-doença ou acidente de trabalho por mais de 6 meses, mesmo que descontínuos.
Será iniciado novo período aquisitivo após o retorno do empregado aos serviços.
 Prescrição das férias - é contada do período concessivo e não do período aquisitivo. 149 da CLT.
 AVISO PRÉVIO
A parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá avisar a outra parte de sua decisão com a antecedência mínima de 30 dias. Se a parte notificante mudar de idéia, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. 487 da CLT.
Horário de trabalho durante o aviso prévio – dispensa imotivada – iniciativa do empregador – Será reduzido de 2 horas diárias, sem prejuízo do salário integral. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução de 2 horas e faltar 7 dias corridos, sem prejuízo do salário. 488 da CLT.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
É o ato pelo qual se coloca fim a uma relação de trabalho, ou seja, é a extinção do contrato de trabalho e das relações de emprego. 486 e 477 da CLT.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
 Iniciativa do Empregador
 Imotivada ou sem justa causa – 482 da CLT
Deverá ser pago ao empregado:
a) Saldo de salário 
b) aviso prévio.
c) 13º salário + proporcional.
d) férias vencidas (se houver) e proporcionais com adicional de 1/3.
e) multa de 40% sobre os depósitos do FGTS.
f) guias para liberação do FGTS.
g) guias para o seguro-desemprego.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
 Iniciativa do empregador
 Justa causa – 482 da CLT.
Caracteriza-se por:
a)Ato típico – o fato não poderá extrapolar os limites fixados pela lei.
b) Ato grave – gravidade tal que impossibilite a normal continuação do vínculo.
c) Ato de Improbidade – Atentado contra o patrimônio do empregador, de terceiros ou de companheiros de trabalho. Perda total da confiança.
d) Incontinência de conduta ou mau procedimento – ligada ao desagregamento do empregado no tocante a vida sexual, obscenidade e pornografia.
e) Negociação habitual – por conta própria ou alheia, sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à organização para a qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço.
f) Condenação criminal – do empregado transitado em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena.
g) Desídia – No desempenho de suas funções. É a negligência, caracterizada pela prática ou omissão de vários atos, comparecimento impontual, ausências, produção imperfeita.
h) Embriaguez habitual – do empregado ou em serviço.
i) Violação de segredo da organização.
j) Ato de indisciplina ou insubordinação 
- Indisciplina – desobediência de ordens gerais.
- Insubordinação – desobediência de ordens diretas.
k) Abandono de Emprego – A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador.
l) Ato lesivo da honra ou da boa fama – praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ofensas físicas, nas mesmas condições, a menos que seja em legítima defesa própria ou de outrem.
m) Ato lesivo da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, a menos que seja em legítima defesa, própria ou de outrem.
n) Prática constante de jogos de azar.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
 Por iniciativa do empregado
 Imotivada – pedido de demissão – 487 da CLT.
O empregado deverá trabalhar durante o aviso prévio e não haverá redução de horário. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo se houver comprovação de que o prestador dos serviços obtevenovo emprego.
 VERBAS RESCISÓRIAS
a) Saldo de salário.
b) 13º salário proporcional.
c) Férias vencidas (se houver) e proporcionais, acrescidas de 1/3.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
 Por iniciativa do empregado
 Motivada – rescisão indireta – 483 da CLT
O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores as suas forças, proibidos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheias ao contrato.
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo.
c) ocorrer perigo manifesto de mal considerável.
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato.
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama.
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, a não ser em legítima defesa, própria ou de outrem.
g) o empregador reduzir seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente o valor do salário.
h) atraso salarial contumaz por 3 meses.
 Verbas Rescisórias
a) Saldo de salário.
b) aviso prévio indenizado.
c) 13º salário proporcional.
d) férias vencidas (se houver) e proporcionais, acrescidas de 1/3.
e) multa de 40% sobre o FGTS.
f) guias para o seguro desemprego.
g) guias para liberação do FGTS.
 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO
DETERMINADO
 Artigos 479,480,481 da CLT.
Ao final, serão pagos ao empregado, 13º salário proporcional, férias vencidas acrescidas de 1/3, se houver e férias proporcionais também acrescidas de 1/3. Liberação do FGTS, sem a multa de 40%.
Rescisão antecipada – nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que sem justa causa despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o fim do contrato. 479 da CLT.
O empregado se desligando antes do término do contrato, sem justa causa, terá como pena a obrigação de indenizar o empregador dos prejuízos que desse ato lhe resultarem. 480 da CLT.
Culpa Recíproca – Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (484), o tribunal do trabalho reduzirá pela metade a indenização que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador. O empregado tem direito a 50% do valor do Aviso Prévio, do 13º salário e das férias proporcionais.
Prescrição e Decadência
Artigo 7º, inciso XXIX, da CF: “ ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho”.
Prescrição do FGTS
É de 30 anos a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento.

Outros materiais