
Angela Maria La Sala Batà Do Eu Inferior ao Eu Superior
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do pulso, com aparência de morta. Agite-a para a frente e para trás, até o pulso, fazendo o mesmo depois com a outra mão e, logo após, com as duas mãos ao mesmo tempo. 2 - Relaxar o antebraço, deixando-o cair solto do cotovelo. Elevar o antebraço até o braço, evitando porém a contração dos músculos. Agite o antebraço, mantendo-o frouxo e solto. Primeiramente um braço, depois o outro, logo após, os dois ao mesmo tempo. 3 - Relaxar, por completo, o pé, fazendo-o girar livre-mente até o tornozelo. Será necessário um pouco de tempo e de prática porque os músculos motores dos pés estão geralmente em contração; entretanto, os pés de uma criança são bem soltos quando estão em movimento. Primeiramente um pé, depois o outro. 4 - Relaxar a perna, retirando todo o Prana e deixando-a cair solta e frouxa até o joelho. Movê-la e agitá-la. Primeiro uma perna e depois a outra. 5 - Relaxar a cabeça, deixando-a cair para a frente e em seguida movê-la através do movimento do corpo. Depois, sentado numa cadeira, relaxe-a e deixe-a cair para trás naturalmente; assim, ela cairá em qualquer direção quando dela você tiver tirado todo o Prana. Para atingir melhores resultados, pense numa pessoa que está com muito sono e que, no momento em que o sono se apodera dela, relaxa-se e, deixando de contrair os músculos do pescoço, deixa a cabeça cair para a frente. 6 - Depois de ter praticado todos os exercícios anteriores o máximo possível, se você achar conveniente, poderá relaxar todo o corpo, começando do pescoço até os joelhos, e cair suavemente ao chão de uma só vez. Este é um hábito eficaz, especialmente nos casos de queda ou de outros acidentes desse tipo. (De Hata-Yoga, de Ramacháraka, pp. 179-180-181.) IX - A MEDITAÇÃO b) A Aquietação Emotiva O corpo emotivo, o corpo astral, é um dos veículos da personalidade que, precisamente, corresponde ao segundo aspecto da Alma; o Amor. Tudo é tríplice no universo. Deus é uma trindade: Pai, Filho e Espírito Santo (isto é, Vontade, Amor e Inteligência); a manifestação de Deus, o Homem, é também tríplice, pois, de fato, ele é feito de Espírito, Alma e Corpo (como diz S. Paulo), ou seja, Mônada, Ego e Personalidade (como dizem os esotéricos). Por sua vez, cada um desses três aspectos é tríplice; assim, a Mônada tem três aspectos: Vontade, Amor e Inteligência; o Ego tem três aspectos que são o reflexo dos três aspectos da Mônada; também a personalidade é composta de três partes: corpo mental, corpo emotivo e corpo físico, que refletem os três aspectos da Mônada e do Ego. Assim, tornando ao corpo emotivo, ele reflete, ou melhor, deveria refletir o segundo aspecto do Ego: o Amor. Entretanto, transcorre muito tempo e passam-se muitas encarnações antes que o corpo emotivo do homem possa se tornar um límpido refletor e transmissor da energia do Amor da Alma. 0 corpo emotivo é composto de uma substância fluida, mutável, sensibilíssima e está aberto a todas as influências e vibrações, sejam provenientes dos outros dois veículos da personalidade, sejam provenientes do exterior, dos veículos das outras pessoas ou do plano astral em geral. E antes que o homem possa regular essas influências, repelindo as negativas, aceitando as positivas, e possa dirigir a receptividade do corpo astral para a Alma, deve-se tornar consciente de sua meta, desenvolver o corpo mental, a vontade e o autodomínio. No corpo emotivo, porque ele é a correspondência inferior do aspecto Amor da Alma, há o amor pessoal como uma nota dominante, com todos os seus aspectos derivados, positivos e negativos; assim há o amor e o ódio, a atração e a repulsão, a simpatia e a antipatia, a benevolência e a inveja e o ciúme... 0 corpo emotivo é a sede de todas as paixões, de todos os sentimentos, de todos os movimentos do ânimo humano, dos mais baixos aos mais elevados. O corpo emotivo do homem comum está em contínua agitação e movimento, sendo fácil entender por que é necessário acalmá-lo e aquietá-lo, se quisermos nos preparar para a prática da meditação. As energias da Alma podem encontrar na sua agitação um formidável obstáculo e a mente pode ofuscar-se, influenciar-se e tornar-se menos eficiente pelo tumulto das ondas emotivas. A aquietação emotiva é, portanto, uma prática indispensável a quem quiser se tornar sensível consciência anímica e abrir-se ao afluxo espiritual. O corpo emotivo, durante o alinhamento, deveria estar calmo, sereno, recolhido para o alto e límpido como um cristal. Os livros espirituais dizem que o símbolo do corpo astral é a água, justamente porque a fluidez, a mutabilidade, a sensibilidade a cada vibração da substância emotiva o faz parecer-se com o elemento áqüeo. A aquietação emotiva alcança-se de muitas maneiras e por vários métodos, que diferem de pessoa para pessoa, conforme seu temperamento, grau evolutivo, polarização etc. Dissemos outras vezes que o desenvolvimento do corpo emotivo não é igual em todas as pessoas, podendo algumas ter o corpo emotivo vago, informe e pouco desenvolvido, enquanto outras têm um corpo emotivo formado e organizado, dependendo tal fato sobretudo do Raio dominante naquela pessoa, Raio que a influencia e faz desenvolver nela certas partes e negligenciar outras. Em algumas pessoas pode estar mais desenvolvido o corpo mental que o emotivo e em outras, o contrário. Acho que poderia ser útil esquematizar, aqui, os vá-rios tipos possíveis: 1) tipos pouco desenvolvidos, com um corpo emotivo vago, informe, mas receptivo e sensível; 2) tipos com corpo emotivo desenvolvido e organizado, mas não purificado e dominado, e com corpo mental pouco desenvolvido; 3) tipos com corpo mental desenvolvido e corpo emotivo pouco desenvolvido e reprimido; 4) tipos desenvolvidos mental e emotivamente. Falar dos tipos do primeiro grau é talvez inútil porque para eles a meditação é prematura, pois deveriam, primeiro, procurar desenvolver o corpo mental e tornar-se, assim, mais positivos emotivamente. Para eles as tentativas de meditação poderiam ser infrutíferas, pois não seriam capazes de ter aquele comporta-mento recolhido, concentrado, vigilante e atento interiormente, necessário a tal prática e, adotando, espontaneamente um comportamento passivo e receptivo, semelhante ao "transe", cairiam num estado de sonolência e abrir-se-iam às influências astrais mais baixas, tornando-se presa das formas-pensamento e vibrações astrais negativas. Os tipos da segunda categoria são aqueles que possuem maiores dificuldades em procurar atingir a aquietação emotiva, pois têm o corpo astral muito desenvolvido e o mental ainda não formado, e não podem com facilidade dominar as agitações, os tumultos dos sentimentos, e ainda não conseguem estimular a força da mente, cuja tarefa é a de dirigir, controlar e governar a personalidade. Eles procuram aquietar as ondas emotivas, mas não conseguem por não terem nem mesmo força de vontade. E, então, de que maneira esses tipos de pessoas devem prosseguir? Acaso, para elas, o caminho da meditação está fechado? Há uma só solução para essa categoria de corpo emotivo desenvolvido, não dominado e de mente ainda informe: o caminho da purificação emotiva e da prece mística. A meditação oculta, a verdadeira meditação, feita por via mental, seguindo o caminho da vontade, é impossível para eles, a não ser que desenvolvam pouco a pouco o intelecto. Na realidade, a verdadeira meditação só é possível às pessoas que pertencem à terceira e quarta categorias, isto é, aos tipos desenvolvidos mentalmente e de corpo emotivo informe ou reprimido e aos tipos desenvolvidos mental e emotivamente. Em outras palavras, só quando a mente é bem desenvolvida e o homem aprende a pensar e a usar o intelecto, a meditação é possível. Num primeiro momento, poderão acontecer vagas tentativas, impulsos místicos, uma forma de elevação e de