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é vista como nascimento. Esse nascimento é a Segunda Morte. Tornemos tudo isso claro com um exemplo. A vida, tendo evoluído para além da capacidade das formas inferiores para lhes dar expressão, constrói para si formas superiores. Os restos fossilizados de formas inferiores abandonadas encontram-se entre os escombros da vida. Eles morreram; sua raça foi extinta; eles não existem mais; mas a vida renasceu num tipo superior de veículo. E só com o abandono da forma mais simples que a vida pode passar à mais complexa, embora a consciência que está no plano da forma mais simples veja nisso uma tragédia porque ela não pode conceber a vida superior e vê a sua própria vida passando prenunciada; mas a consciência da vida superior vê o nascimento de uma nova manifestação e se alegra, pois ela vê a expressão mais completa de suas potencialidades. A Terceira Morte. Cada consciência individualizada vive para morrer e morre para viver, E só com a morte que podemos colher os frutos da vida. Apascentamos nos campos da Terra e dormimos nos campos do Céu para ruminar. Já se disse que "para cada hora de estudo deve-se fazer três horas de meditação". Na morte está a meditação da alma e na vida o seu estudo. Se vocês só "vivessem", todas as experiências passariam pela consciência e deixariam uma impressão muito pequena após todos os primeiros quadros terem preenchido todo o espaço disponível. Tudo poderia ser concreto, não-relacionado, não-sintetizado; na meditação, que é "morte", a essência abstrata da vida é extraída e, em vez de um milhão de imagens concretas, há o conceito abstrato. Aprendam a confiar na morte. Aprendam a amar a morte. Aprendam a contar com a morte no seu esquema de coisas e pratiquem regularmente o exercício de se visualizarem como mortos e de imaginarem como vocês seriam se estivessem mortos, pois assim vocês aprenderiam a construir uma ponte entre a vida e a morte, de maneira que ela pudesse ser atravessada com facilidade cada vez mais crescente. Vejam-se como mortos trabalhando seus destinos. Vejam-se como mortos e continuem seu trabalho a partir do plano dos mortos. Assim será construída a ponte que leva para além do Véu. Permitam que o abismo entre o que se chama vida e o que se chama morte seja atravessada por este método; e que o homem deixe de temer a morte. A Quarta Morte. Quatro é o número "de ligação". O quarto corpo, sendo ele o aspecto mais superior da Personalidade, liga-a à Individualidade e a Quarta Morte é chamada morte "de ligação" \u2014 morte "educadora", ou, de outra maneira, chamada de "sono". O sono é uma morte em miniatura, exatamente como a morte é o sono maior, e um conhecimento da natureza do sono ajuda a explicar a morte. A natureza do sono ainda não foi suficientemente compreendida. As impressões do sono recebidas pela consciência desperta são enganadoras. No sono o plano físico está dissociado de outros planos e a alma assim liberta não mais recebe as impressões que chegam pelos cinco portões dos sentidos e dizemos que ele dorme e é passivo; mas a Individualidade desperta e é ativa. Na vida desperta, a Individualidade dorme, e na vida adormecida a Individualidade desperta. Essa é a regra para a maioria; mas chega um tempo na evolução de alguns em que a Personalidade é capaz de ser usada pela Individualidade para se expressar. Isso exige uma Personalidade altamente desenvolvida e uma Individualidade altamente evoluída. A Individualidade está indicada nas escrituras sagradas como o "Anjo que sempre vê a face de Deus". Durante a vida desperta do corpo a Individualidade está empenhada em traduzir em seus próprios termos de abstração as impressões concretas que fluem para a alma inferior. Quando ela não mais procede dessa maneira, ela se torna objetiva em seu próprio plano e vê a "face do Pai". Ela então se mede pelo modelo divino e efetua ajustamentos em seu poder; mas os ajustamentos do espírito são aeônicos e medidos pelo palmo do Céu. Durante o sono a alma pouco evoluída não pode, todavia, mergulhar no esquecimento, mas, estando comprometida com os desejos insatisfeitos da carne, pode continuar a funcionar em relação aos pensamentos-formas nascidos desses desejos. Ela sonha os sonhos derivados de paixões insatisfeitas e da ânsia dos instintos. A Individualidade não é livre e, em vez de ver a "face do Pai que está no Céu", vê a imagem invertida da forma humana e se desenvolve à sua semelhança. A Individualidade, sendo incapaz de funcionar em seu próprio plano, não cresce e permanece sem evolução; e a Personalidade torna-se uma caricatura exagerada de si mesma. Ela só pode se libertar dela com a Terceira Morte, capacitando a Individualidade a fazer valer os seus direitos, mas, se a Terceira Morte for incompleta, a alma inferior continuará a sonhar no plano astral. Isto remete à questão da Quinta Morte. A Quinta Morte é a morte da Personalidade. A Personalidade, quando separada do corpo pela morte, continua a viver e a funcionar como uma Personalidade e o homem de forma alguma mudou e ainda "responde ao nome que traz na carne". Nos Infernos Inferiores ele queima com o desejo até que as possibilidades do desejo estejam queimadas. O desejo então continua como uma idéia abstrata e faz parte da Individualidade. O homem então morre para os desejos inferiores mas continua a viver nos desejos superiores. Ele aprende então que esses desejos superiores são finitos e mortais; compreende que eles constituem barreiras entre ele e seu Pai cuja face ele veria e deseja escapar deles. Ele não mais ama com o amor pessoal que ama uma pessoa, mas com a manifestação superior de amor que é ela mesma Amor e que não ama nenhuma pessoa ou coisa, mas é um estado de consciência em que tudo está abrangido. Ele então procura se libertar do amor menor e este desejo de se libertar daquilo que, embora seja bom, é finito para compreender o bem é que é infinito e que causa a Quinta Morte e ele nasce para a consciência da Individualidade e vive no plano da Individualidade, percebendo a "face do Pai Que está no Céu". Mas com o despertar do desejo sobrevêm os sonhos e com os sonhos surge a lembrança da matéria. O Espírito, vendo a face de seu Pai até que a consciência esteja revestida de Seu brilho, fecha seus olhos e dorme; e, dormindo, sonha com seus desejos incumpridos e nasce novamente, pois no plano do desejo um estado de consciência é um lugar e, à medida que desejamos, renascemos, é assim que cada homem faz o seu carma. Alguém poderia perguntar: como é então que os homens traçam limitações e sofrimentos para si mesmos que eles não poderiam desejar? E porque eles colhem não os frutos da fantasia, mas os frutos da atualidade. São-lhes dados os resultados daquilo que eles se permitiram desejar, não a coisa que eles desejam. Para exemplificar \u2014 o homem que desejou o poder poderá obter a vaidade. Para obter o poder ele teria de desejar as qualidades que conferem poder, a saber, força, presciência e sabedoria. 0 homem que deseja poder constrói para si a consciência do egoísta vaidoso. O homem que deseja força, presciência e sabedoria constrói para si a consciência do poder. A Sexta Morte é o transe. No transe o corpo dorme mas a alma está desperta. Ele é ativo em seu próprio plano. Pode funcionar na esfera de seus aspectos inferiores, os instintos, com o corpo como pano de fundo, ou pode os instintos, com o corpo como pano de fundo, ou pode funcionar na esfera de seus aspectos superiores \u2014 com a mente concreta e as emoções como pano de fundo. No psiquismo normal, a consciência do quadro retrata os eventos dos mundos interiores como um espelho mágico, sendo que as condições de foco são determinadas pelos estados emocionais. Quando